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Posts Tagged ‘Observatório’

A carta do Loco Abreu – na íntegra

January 24th, 2011 | 100 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2011, Observatório

A imprensa funciona como intermediária o que não é um papel que se despreze. Afinal, quem lê jornal precisa de concisão.

Mas, PUTA QUE PARIU, resumir uma carta de um jogador de futebol? Ainda mais essa aberta, simples, bem escrita e postada no site do mesmo?

Mas bem… lendo o conteúdo da carta e para quem ela é de fato direcionada, entende-se a motivação da supressão dos trechos principais.

Wikileaks futebolero JÁ

Por Washington Sebastián Abreu Gallo

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Ronaldinho pode ir para o Fluminense

January 7th, 2011 | 18 Comments | Filed in Corinthians, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Observatório, Palmeiras

Eu ainda não recebo propostas de 1 milhão por mês. Devo receber um dia, e ir além, oferecer isso a terceiros, mas não é o caso hoje. Desta forma, não sou ainda indicado para cagar regra de como Ronaldinho e seu irmão Assis devam negociar seus contratos. Mas como nessa indústria opineira futebolística ter respaldo é o que menos importa, darei meu pitaco.

Ronaldinho e Assis acenam para torcida do Flamengo no Rio de Janeiro

Apesar da extensa cobertura sobre o assunto diante da mobilização que o Gaúcho consegue, as informações não são melhores que uma negociação envolvendo Josiel, por exemplo. A diferença é que elas são repetidas a todo momento, especulações e possibilidades elevadas a status de notícia. À princípio tudo “pode.

Se Ronaldinho não for mesmo para o Fluminense como se especula, o Blá blá Gol terá errado menos que outros veículos de mídia maiores que errarão pelo menos 3 palpites.

De qualquer forma, as não-notícias vem sendo dadas em exaustão com grande cobertura, em função da demanda de interesse nas negociações e não há como negar que as equipes de reportagem estão cumprindo seu papel dentro das limitações de sigilo que Assis e Ronaldinho impõem (alguém pode confirmar se a grafia é essa?).

Imposições essa naturais em uma negociação com múltiplos interessados que jogam a regra do jogo. Imposições que sabe-se lá porque cargas d’água, andam aborrecendo formadores de opinião mídia à fora.

Gente que anda de saco cheio da “novela” Ronaldinho, gente que diz que Ronaldinho por não definir logo seu futuro irá se queimar com as demais torcidas do Brasil (fazendo parecer que todos os adversários poderiam idolatrar Ronaldinho só por ele declarar sua decisão rapidamente E atropelando etapas), gente que considera que dinheiro não é mais importante para Ronaldinho, gente que acredita que ouvir propostas é fazer leilão, gente que acha ruim leiloar uma mercadoria única, desejada e valorizada e por aí vai.

Ronaldinho, Deco e Marquinho

Só não vi gente analisar como Ronaldinho se encaixaria nos times especulados. Com quem jogaria e quem sairia para que ele jogasse. Vai ver porque essa “gente” só entende de opinar sobre comportamento e como disse, cagar regra.

No Fluminense, que é o local que apurei que Ronaldinho pode jogar, o melhor lugar para ele é disputando posição com Deco, na reserva de Marquinho, uma vez que o reserva do Abnegado Conca é o próprio Conca.

E no Grêmio, Palmeiras, Flamengo e Corinthians? Alguma luz? Alguém viu qualquer análise dos especialistas por aí ou só clamor por respeito às torcidas?

O BBG tem em seus comentaristas e leitores abalizados torcedores desses quatro times. Alguém disposto a inferir como o time mudaria com Ronaldinho, ou mesmo se manifestar se quer ou não a presença do cidadão em suas fileiras?

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Timemania 1: Ranking 2008/09/10

January 6th, 2011 | 34 Comments | Filed in Números, Observatório, Timemania

Muito se falou à respeito da Timemania antes da sua instituição. Não era para menos. Uma loteria envolvendo todos os clubes grandes e com viés populista de (mais uma) salvação do futebol brasileiro era o prato cheio.

Enquanto o assunto estava em pauta, as mariposa ficava tudo dando vorta em torno da lâmpida. Instituida a loteria com arrecadações naturalmente abaixo das previsões proselitistas do governo e clubes necessárias para a implementação do projeto (alguém iria comprar o barulho se não valesse à pena nem na propaganda?), a imprensa se decepcionou(?), baixou a bola e passou a ignorar (possivelmente faria o mesmo ainda que a arrecadação superasse as previsões) a existência da mesma.

Em 2010 a Timemania completou 3 anos firme, forte e regular. Por essa regularidade e pelo desprezo midiático, curiosamente a Timemania acaba adquirindo uma funcionalidade não prevista (ou pelo menos não aventada): rankear consumidores de futebol por time.

Desta forma, no Universo de 3 anos de concursos, o ranking final até 2010 apresenta a distribuição abaixo

Colocação Time UF Total (2008/09/10) Porcentagem
1 FLAMENGO RJ 12.389.711 7,21%
2 CORINTHIANS SP 10.139.727 5,90%
3 PALMEIRAS SP 7.502.282 4,37%
4 SAO PAULO SP 7.264.220 4,23%
5 GREMIO RS 6.766.016 3,94%
6 SANTOS SP 6.576.526 3,83%
7 INTERNACIONAL RS 5.888.865 3,43%
8 VASCO DA GAMA RJ 5.617.804 3,27%
9 CRUZEIRO MG 4.923.753 2,87%
10 BOTAFOGO RJ 4.801.883 2,79%
11 FLUMINENSE RJ 4.412.359 2,57%
12 ATLETICO MG 4.049.224 2,36%
13 BAHIA BA 3.686.315 2,15%
14 FORTALEZA CE 2.670.734 1,55%
15 VITORIA BA 2.609.506 1,52%
16 GOIAS GO 2.507.145 1,46%
17 CORITIBA PR 2.262.129 1,32%
18 ATLETICO PR 2.228.544 1,30%
19 CEARA CE 2.190.027 1,27%
20 SPORT PE 2.061.776 1,20%
21 JUVENTUDE RS 2.029.761 1,18%
22 ABC RN 1.974.236 1,15%
23 SANTA CRUZ PE 1.870.149 1,09%
24 AVAI SC 1.781.872 1,04%
25 TREZE PB 1.725.746 1,00%
26 LONDRINA PR 1.599.863 0,93%
27 GUARANI SP 1.567.601 0,91%
28 NAUTICO PE 1.526.325 0,89%
29 JOINVILLE SC 1.486.101 0,86%
30 REMO PA 1.455.293 0,85%
31 PONTE PRETA SP 1.452.414 0,85%
32 PORT DESPORT SP 1.439.593 0,84%
33 BOTAFOGO PB 1.409.881 0,82%
34 IPATINGA MG 1.392.820 0,81%
35 FIGUEIRENSE SC 1.376.568 0,80%
36 GAMA DF 1.359.188 0,79%
37 PAYSANDU PA 1.328.508 0,77%
38 ITUANO SP 1.312.890 0,76%
39 RIVER PI 1.312.236 0,76%
40 MARILIA SP 1.283.092 0,75%
41 ATLETICO GO 1.282.547 0,75%
42 BANGU RJ 1.272.752 0,74%
43 MIXTO MT 1.256.113 0,73%
44 BRASILIENSE DF 1.245.250 0,72%
45 JI-PARANA RO 1.228.518 0,71%
46 UBERLANDIA MG 1.226.501 0,71%
47 MOTO CLUBE MA 1.219.876 0,71%
48 JUVENTUS SP 1.184.490 0,69%
49 SAO CAETANO SP 1.182.098 0,69%
50 INTER LIMEIRA SP 1.175.751 0,68%
51 AMERICA MG 1.172.867 0,68%
52 AMERICA RJ 1.160.445 0,68%
53 VILA NOVA GO 1.159.657 0,67%
54 PARANA PR 1.143.082 0,67%
55 PALMAS TO 1.133.095 0,66%
56 SANTO ANDRE SP 1.118.249 0,65%
57 CRICIUMA SC 1.088.610 0,63%
58 SERGIPE SE 1.065.349 0,62%
59 OLARIA RJ 1.057.619 0,62%
60 YPIRANGA AP 1.031.459 0,60%
61 AMERICA RN 1.018.272 0,59%
62 BRAGANTINO SP 1.009.899 0,59%
63 BARUERI SP 1.000.235 0,58%
64 SAMP CORREA MA 997.357 0,58%
65 CRB AL 991.169 0,58%
66 S RAIMUNDO AM 989.960 0,58%
67 OPERARIO MS 943.752 0,55%
68 NACIONAL AM 941.687 0,55%
69 CSA AL 920.919 0,54%
70 AMERICANO RJ 859.015 0,50%
71 TUNA LUSO PA 847.503 0,49%
72 RIO BRANCO ES 845.275 0,49%
73 XV PIRACICABA SP 781.796 0,45%
74 RORAIMA RR 769.627 0,45%
75 RIO BRANCO AC 760.380 0,44%
76 PAULISTA SP 744.727 0,43%
77 DESPORTIVA ES 723.545 0,42%
78 UNIAO S JOAO SP 704.655 0,41%
79 VILLA NOVA MG 674.732 0,39%
80 U BARBARENSE SP 668.235 0,39%
TOTAL 171.829.751 100,00%

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Este assunto não se encerra neste post. Outros virão para melhor detalhamento.

  1. Ranking 2008/09/10

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Cadê o Tri do Fluminense?

December 22nd, 2010 | 489 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro, Campeonato Brasileiro 2010, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Observatório, Palmeiras, Santos, Sport

TÁQUI, porra!

A saga deste post Observatório está chegando ao fim.

A CBF unificou os títulos pré-71 tirando a reinvindicação tricolor do proselitismo à oficialidade.

Conforme fui registrando à medida que os acontecimentos se desenrolavam (e que podem ser acompanhados neste mesmo post), o mais acessado portal de futebol no Brasil, Globoesporte.com, optou em oferecer ao Fluminense, postulante ao seu terceiro título do Campeonato Brasileiro, o status oficial de momento, considerando-o apenas campeão de 1984 e relegando 70.

Fez o portal o que lhe era de direito, embora tenha comprado um ano antes o barulho do Hexacampeonato do Flamengo tratando-o como se fosse algo normal, banal e de aceitação inequívoca, sendo que apenas 4 títulos eram reconhecidos pela CBF.

Agora meus camaradas… rebolem para explicar.

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Semi Post Scriptum: Ao contrário do que se imagina, este post não se encerra aqui. Quem acompanhou lendo com atenção, percebe que antes de uma briga por oficialização ou não de títulos (coisa que eu não esperei para ver), este post é um Observatório. Por isso, ainda será necessário voltar a ele no futuro para ver quais prefixos matemáticos serão adotados pelo portal escolhido para se observar em cada caso.

Como cada caso, entenda-se como estes quatro grupos de times:

  1. Bahia, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense
  2. Sport Recife
  3. Flamengo
  4. Todos os demais

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Postado em 13 de Dezembro de 2010

O noticiário dá conta que a CBF homologará como oficiais os títulos disputados pré-71 ainda sobre a chancela da CBD atendendo à necessidade de revisão na contagem de títulos dentre seus filiados por demanda de alguns destes, campeões de Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa.

Pela coincidência do Fluminense, vencedor do mais recente campeonato dentre os que ainda foram disputados sob os cuidados da CBD, estar disputando o título de 2010, o assunto surgiu com muita força na imprensa carioca, culminando com a constrangedora transmissão “técnica” da final do Brasileirão onde Luis Roberto pisou em ovos para explicar a reinvindicação tricampeonatista da torcida do Fluminense.

A Globo, emissora que detém os direitos de transmissão em TV aberta e fechada, apesar de colocar à contragosto o assunto em pauta, manteve-se inflexível em taxar o Fluminense apenas como Campeão Brasileiro de 2010, no que entendo, agiu com correção técnica. O Blá blá Gol fez o mesmo [2]. Todavia, o Blá blá Gol faz isso por critérios de alguns editores em considerar o uso de prefixos matemáticos somente para títulos sequenciais (existem exceções no blog, como na segunda conquista da Libertadores do Internacional) e não para fugir de uma briga e ter de se explicar por nada.

Quem clicou no link da noticia percebe que o Globoesporte.com é cuidadoso em enumerar e diferenciar os títulos não reconhecidos ainda pela CBF, mas não tem o menor pudor em enumerar como os títulos existentes, um que além de não ter sido igualmente reconhecido pela CBF, foi o único rechaçado pela entidade.

Alguém aí contou um título existente a mais também?

Ainda na iminência do reconhecimento oficial, e mesmo dando o destaque que vem sendo obrigado a dar ao assunto que está sendo enfiado golea abaixo, a editoria da emissora insiste na cara-dura e desfaçatez em tratar 16 clubes com o rigor dos regulamentos, e um com um asterisco hashtageado malhado de rodapé.

Felizmente, a exposição de opiniões anda ganhando ares mais democráticos graças exclusivamente ao desenvolvimento tecnológico. Tivesse o Fluminense esperado “apenas” 16 anos ao invés de 26, sua torcida teria gritado dicampeão, ao invés de tri.

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Postado em 2 de Dezembro de 2010

Globoesporte.com acena com o asterisco

Depois de ser categórico em relação a luta do Fluminense pelo bicampeonato Brasileiro há menos de uma semana sem maiores menções ao título de 1970, o Globoesporte.com cede ao barulho da torcida tricolor e começa a levantar a lebre deste título. O assunto ainda entra como a “Polêmica de 70”, mas já é uma vitória da torcida do Fluminense, pois o barulho está comprado.

A conclusão do artigo ainda explicita que a linha editorial denota 1970 como não sendo um título de Campeão Brasileiro Oficial, mas que já passa a constar no boa miúda como sendo.

Bom, tá tudo bem dito aí. Não tenho muito a acrescentar, mas obviamente, com todo respeito aos meus nobres colegas, concordo mais com uns que com outros. Minha opinião? Há uma série de coisas que não são necessariamente oficiais, mas nem por isso deixam de ser legítimas. É o caso do título do Fluminense em 1970. Pelas características da Taça de Prata, disputada entre 1967 e 1970 – chamada até de “embrião” do Campeonato Brasileiro pela similaridade – considero justo que os campeões das quatro edições (Palmeiras duas vezes, Santos e Fluminense) sejam equiparados aos campeões atuais. Sendo assim, é legítimo dizer que o Flu luta pelo tri. Cabe ao clube continuar tentando oficializar isso. Mesmo que para a torcida, mais do que nomenclaturas oficiais, o que vale mesmo é a boa e velha faixa, comprada nos melhores camelôs do ramo.

O Globoesporte.com abre caminho para querendo estampar um belo de um TRICAMPEÃO em sua capa em caso de conquista tricolor à revelia da CBF como fez com o Flamengo ano passado, mas deixa a ressalva negritada acima de tratar o Tricolor de forma diferenciada do Rubronegro condicionando um título ao esforço do clube em oficializá-lo.

De qualquer forma, a torcida do Fluminense está fazendo o seu papel ao valorizar sua conquista mesmo que não entenda o que significa e forçar a barra da mesma forma que a torcida do Flamengo faz. Afinal, o papel de torcida não é ponderar e sim torcer, puxar a brasa para sua sardinha.

Deixe a formalidade das discussões para nós, metidos a sensatos.

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Postado em 28 de Novembro de 2010

O Globoesporte.com definiu bem claramente sua linha editorial em relação à Taça Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Globoesporte.com conta para o Flu apenas os títulos reconhecidos pela CBF

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Postado em 29 de Outubro de 2010

Na coletiva de Fluminense 2×0 Grêmio um repórter fez uma pergunta mais ou menos assim à respeito de Conca:

Blá blá blá blá blá Conca blá blá blá Conca do começo da competição e blá blá blá blá blá blá blá blá caiu o rendimento e blá blá blá blá agora joga o esperado para levar o Fluminense ao bicampeonato?

Muricy ateve-se ao Abnegado Conca em sua respostae deixou passar batida a referência ao número de títulos do Fluminense.

A esta altura do campeonato de 2009, era um tal de Hexa do Flamengo para cá, Hexa do Flamengo para lá. A CBF definira que o título Brasileiro de 1987 não era do Flamengo. Entretanto, torcida, clube e mídia passaram por cima e davam o time como Campeão alardeando que em 2009 o time buscava seu Hexa campeonato.

Não estavam errados. Clube e torcida dão a interpretação dos fatos que lhe convém, e valorizar um título certamente é conveniente para esses dois agentes. Já os veículos de mídia, seguem sua linha editorial, não necessariamente compromissada com a rigidez dos fatos. Neste caso, a esmagadora maioria dos veículos de massa adotaram o rubronegro carioca como Campeão Brasileiro de 1987 (ainda que adotem vaselinisticamente o rubronegro pernambucano também)

O Fluminense por sua vez pleiteou há algum tempo o reconhecimento do título de 1970 como um Campeonato Brasileiro, além do que sua torcida começa a criar o hábito de colocar o time como Bicampeão Brasileiro em 1970 e 1984, tendo mostrado inclusive em mosaico recente. Já a mídia ignora solenemente o título brasileiro do Tricolor. Quando não o faz, deixa clara a denominação Taça Roberto Gomes Pedrosa.

A grande mídia, usa de dois pesos e duas medidas, uma vez que para o rubronegro, ela fugiu do pragmatismo e comprou o barulho da conquista de 1987, enquanto para o tricolor, basta a frieza do esquecimento que a distância permite dar.

Mas as mídias, como dito, escolhem a linha editorial que bem entende. Seus leitores que interpretem a coerência/incoerência das mesmas e critiquem por si próprio. Pelo seu lado, o Fluminense é quem deveria rechaçar insinuações a um “mero” bicampeonato, além de martelar na cabeça de seu torcedor, a ideia tricampeonatista. For esperar cair do céu, futebol brasileiro em 70 será lembrado apenas pela Seleção Brasileira e não pelo Campeão Brasileiro.

Conca joga o esperado para levar o Fluminense ao título Brasileiro de 2010 desde o início da competição. Joga todos os jogos, sendo que em alguns joga para levar sozinho, como contra o Grêmio.

Portaluppi avaliou que seu time controlou a partida e pressionou o Fluminense, sem descuidar da marcação, onde os gols sairam pela genialidade do argentino Abnegado. Está certo o treinador gremista.

Ao conseguir seu 1º gol, a equipe de Muricy recuou e assistiu o Grêmio alugar meio-campo. O que não necessariamente é ruim para o Fluminense, uma vez que ao ser pressionado, evita que muitas bolas cheguem em Washington. É meio canhestro o raciocínio, mas quanto menos a bola passar por Washington, melhor.

O Grêmio não se valeu desse raciocínio, e insistiu em utilizar André Lima. Por isso perdeu. Merecidamente. Um time que confia em André Lima merece perder, por melhor que jogue.

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Parabéns à diretoria e torcida do Fluminense. A diretoria entendeu uma das limitações do uso do Engenhão que é a torcida se pulverizar. Por isso, fechou um dos lados para concentrar os torcedores em um só local e aumentar a pressão. Funcionou, e menos de 20.000 tricolores foram suficientes para criar um clima positivo ao time da casa, empurrando-o para a pressão inicial que resultou no golaço de Conca.

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Felipão não é assessor de imprensa do Palmeiras

November 5th, 2010 | 1 Comment | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Observatório, Palmeiras

Pelo que me consta, o bem sucedido e vitorioso Luis Felipe Scolari foi contratado pelo Palmeiras para ser treinador e técnico de seu time.

Em tempo de marketing impulsionado pela cobertura de eventos, o técnico além de treinar sua equipe necessita fazer a mise èn scene ,depois do seu expediente, fazendo serão para atender às câmeras e a gente da TV que filmava tudo ali. Uma gente que outrora se destacava pelas informações arrancadas ao pé do ouvido (ou pelo menos passada como se assim fosse obtida) e que agora apenas empunha o microfone com perguntas padrões em busca da sonora.

Pela lei do menor esforço e de adequação à realidade marketeira, não é condenável. Nem que o clube/treinador ofereça tal forma de comunicação, nem com os repórteres que agora disputam o acesso à informação com toneladas de veículos. Uma conversa ao pé do ouvido em tempos de informação instântanea e compartilhada com e por todos não faz sentido para alguém se sustentar.

Entretanto, ainda se faz necessário entender que uma entrevista coletiva com um treinador não é um talk-show. O técnico ou qualquer outro representante do clube não está ali para elucidar dúvidas, ser imparcial, ensinar futebol para quem não entende picas e similares. Quem fala pelo time, fala… pelo time.

Felipão é grosseiro, intempestivo, estúpido e por aí vai? Pode ser, e daí?

Isso, pode ser a notícia. Certamente é interessante e pertinente ao trabalho da imprensa traçar o perfil de uma personalidade como Felipão. O que talvez não seja pertinente, é ela, a imprensa, buscar ser notícia.

Ao levar uma resposta pública atravessada do técnico alviverde, os jornalistas corporativistas resolveram aparecer e aparecer com nariz de palhaço em protesto à Felipão. Ora bolas, por que diabos o protesto? A resposta saiu atravessada e isso ofende o repórter?

Bem… pelo que me consta, esses aborrecimentos fazem parte da vida do repórter, especialmente daquele que questiona. Ele recebe para isso. Estou certo que em suas profissões, veterinários, músicos, economistas, engenheiros, publicitários, garis, esportistas, promotores, professores e afins espiam seus pecados com grande frequencia também e nem por isso colocam nariz de palhaço. Quem nunca engoliu sapo pela liturgia do cargo e função?

Felipão ao dar sua resposta atravessada, provavelmente errada, era a notícia em estado bruto, um filão para um bom jornalista. Mas pelo visto, os medíocres preferem que a notícia se molde às publicações deles e que estes sejam tratados como Mestre de Cerimônias ao invés de repórteres.

Repórter ao fim do mês

Felipão, com sua personalidade inequívoca é o técnico do Porco, não o assessor de imprensa. É justo para o consumidor de notícias que o elemento que deva ser noticiado seja pressionado por uma Associação de Cronistas Esportivos para mudar seu comportamento?

Os repórteres ao perderem o foco protestando contra a notícia e brigando para tornar seu trabalho mais mamão com açúcar apenas desvalorizam seu próprio ofício. Se um Felipão e a Associação tem de trabalhar por eles, por que o empregador se preocuparia em última instância em manter ($$$) um repórter impertinente que aguenta pancadas?

O corporativismo de repórteres que deveria valorizar a classe, no fim das contas, presta-se ao papel patronal ao pedir que os técnicos trabalhem por eles.

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Um Ode à Gambiarra

October 20th, 2010 | 8 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Copa Sul-Americana 2010, Estrutura, Observatório

Quando foi anunciada que o campeão da Libertadores pegaria uma vaga de seu País, a choradeira começou. G4 (?) virou G3 e apenas Internacional e Santos assistiam tranquilos. Com certa empáfia, tricolores, corinthianos e cruzeirenses ficaram semi-tranquilos porque ainda carregam em seu discurso a briga pelo título.

A turma da meiuca sentiu o baque e comemorou a volta da 4ª vaga do Campeonato Brasileiro, assim como quem vende o Campeonato, uma vez que as 3 vagas tenderiam a ficar com quem chegasse ao final disputando o título.

Acontece que a grande bandeira da mídia nos últimos anos foi exatamente bradar contra a imprevisibilidade que acometiam os clubes e competições brasileiros como se campeonatos e times de bola fossem Caderneta de Poupança. Se o Campeonato Brasileiro que não é da alçada da CONMEBOL perdeu uma vaga no meio da disputa, perdeu essa vaga ainda em hora incipiente na disputa do Torneio.

4ª vaga do Brasileirão

Tempo hábil para diagnosticar as condições em se brigar ou não pelas 3 primeiras posições e traçar o planejamento existia por mais unilateral e casuística que tivesse sido à decisão da Confederação Sulamericana em relação à afiliada brasileira. Pelo seu lado, a CBF tinha mais é de correr atrás de colocar a 4ª vaga, quiçá 5ª, 6ª ou 20ª. Faz parte do jogo.

Mas o que chama a atenção é que o restabelecimento da tal 4ª vaga é condicional à conquista ou não do título da Copa Sulamericana por um time brasileiro.

Trocando em miúdos: Terminado o Campeonato Brasileiro em dezembro, um time ficará ainda na dependência de outro campeonato, organizado por outra federação, para saber se jogará em 2011 a Libertadores ou Copa do Brasil. Nada poderá ser feito por esse time a não ser secar um adversário jogando contra clubes que não disputou.

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Eu, particularmente, estou cagando. Tenho total capacidade de adaptação e entendimento das regras vigentes, além de aceitar qualquer mudança por mais radical ou inoportuna que seja. Sou um mero espectador/torcedor e seguirei as regras atuais. Contudo, não posso deixar de registrar como Observador, que por um pouco mais de farinha no pirão, a mídia também cagou para a tão propalada previsibilidade cobrada em oposição aos calendários antigos.

Isso para não dizer que cagaram para a desvalorização do certame Nacional em detrimento ao sub-torneio Continental. Pois será com a vaga do Brasileirão que a Sulamericana fará uma graça em caso de vitória brasileira. Isto passará batido em notas de rodapé, afinal, a Sulamericana precisa ser vendida por aqui concomitantemente com o Brasileirão. Vai Porco!

Registre-se.

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Sulamericana 2008 e 2009. Não parece que as torcidas de Internacional e Fluminense precisaram de subsídios para comprarem o barulho da competição ao caminharem para a decisão. Registre-se²

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Imprensa esportiva discute o legado de Ricardo Teixeira para o futebol brasileiro

September 27th, 2010 | 50 Comments | Filed in Estrutura, Futebol, Observatório

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Fred x Michel Simoni

September 10th, 2010 | 26 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Observatório

Fred já treina com bola nas Laranjeiras

Fred esbravejou em entrevista coletiva. Não só com o médico do Fluminense mas com a imprensa, embora esta prefira discutir e repercutir apenas as alfinetadas em Simoni. Faz certo, porque no fim das contas, a categoria com maior respeitabilidade dentre as três envolvidas no caso é a do médico.

Fred ao responder jornalistas que publicam sobre seu repouso na praia enquanto o time joga em Campinas ou alguma noitada que tenha feito está coberto de razão e embasado pelo bom senso ao alegar que está trabalhando como programado aparecendo para seus treinamentos e tratamentos no clube ou onde quer que seja. Quem lhe paga está (ou deveria estar) comprovando isto.

Além do que pouco importa se o artilheiro estiver mentindo ou embromando. Os jornalistas não fazem parte da equipe do Fluminense ou de assessoria do jogador. Fred pode tergivesar e se insurgir contra os mesmos sem prejuízos maiores. Entretanto, há outros profissionais que trabalham em conjunto, fazendo parte de um time, e neste caso, o entendimento deve existir. Ainda mais em se tratando de um trabalho em que a comunicação externa faz parte do negócio.

Custo a crer que a evolução dos problemas de Fred no Fluminense não estivessem sendo colocadas ao jogador, ainda que surpresas ocorressem no desenrolar da história. Há um bom tempo o Fluminense justifica a ausência de Fred com o tratamento de lesões e agiu certo em contratar Washington.

Quem deveria estar mais preocupado com a ausência de Fred, Muricy Ramalho, vem sendo enfático para rechaçar qualquer tipo de pressão em relação ao retorno do jogador ,dando exemplo de como jogar em equipe:

Contra o Guarani vai ser um pouco difícil. Não está descartado, mas o jogador está em processo de recuperação. A contusão foi séria. Precisamos tomar cuidado para que ele não volte a sentir. O Fred tem realizado um trabalho muito duro e nesta reta final é muito importante estar bem condicionado fisicamente para ir até o fim da temporada.

Fred dialoga com Simoni sobre suas lesões

Lógico que Muricy deve todo dia buzinar no ouvido do Simoni: “- Porra! O Fred volta ou não volta?“, até porque ele deve estar ansioso para substituir Washington e ter a tão desejada posse de bola no ataque, impossível com o atual camisa 9 ainda que este esteja cumprindo com esmero seu papel na equipe.

Ao expor Simoni para se defender de quem não tem obrigação de jogar por ele, Fred briga com quem trabalha por ele da mesma forma que contra quem não trabalha e fode com a porra toda, ouvindo uma resposta muito bem dada:

Poucas vezes eu ouvi tanta bobagem em uma entrevista em relação à parte médica. Ele não é capacitado para falar disso, assim como eu não sou para falar sobre a parte técnica ou da vida dele. Ele foi extremamente infeliz em suas colocações. Traiu pessoas que sempre o ajudaram. Ele chegou aqui com sete, oito lesões, e nós sempre estivemos do lado dele.

Resposta muito bem dada, e verdadeira pelo que se constata do período em que está no Fluminense, e ainda mais somando 1+1 para constatar porque alguém novo com o talento dele não está na Europa, e dispensado pelo multicampeão francês Lyon que recebe bem jogadores brasileiros e tem por hábito manter jogadores.

Entre acreditar na palavra de um jogador de futebol bichado com largo histórico de lesões e um médico que não cede a pressões preservando um atleta, eu faço a minha escolha.

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Luxemburgo, quais as garantias?

August 24th, 2010 | 14 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2010, Observatório

Ainda que quase ninguém fale sobre, Luxemburgo tem um blog, que por sinal é atualizado com uma frequência bastante razoável e com todo o jeitão de ser escrito pelo próprio e não por assessoria.

As ideias por lá não são muito elaboradas e não querem dizer muita coisa, o que acaba sendo perfeito para uma conversa sobre futebol. Por exemplo, diante do mau momento do Atlético-MG, Luxa busca justificar o injustificável ao relativizar uma derrota do seu time para o Santos com outra pior para o Ceará em casa. Em outros, ele se defende de estocadas (ao mesmo tempo que instiga) de Juca Kfoury.

Infelizmente, a imprensa que gosta de citar bobagens de moleques pelos 140 caracteres do Twitter, não é muito disposta a debater com um técnico vivido, polêmico e campeão. Quer dizer, até é, mas se o técnico for ao programa do entrevistador e não ir até ao blog do técnico.

No mesmo post sobre as derrotas, o treinador do Galo garante que em breve a torcida atleticana terá condições de pensar em alguma coisa melhor. Não esclarece como isso se dará e nem que garantias para tanta certeza.

Dito isto, proponho eu a Luxemburgo as seguintes perguntas:

  1. O rendimento do Atlético teve alguma melhora que indique uma iminente subida de produção em campo e na tábua de classificação?
  2. Os jogadores estão entrando em uma fase de alto rendimento atlético que pode refletir na melhora dos resultados?
  3. Os teste e o conhecimento da equipe cessaram já tendo uma precisa avaliação do que não funciona e do que funciona à contento?
  4. O rendimento do Atlético-MG a essa altura da competição está abaixo da pontuação estipulada pela comissão técnica no início do planejamento?
  5. Estando abaixo, qual o déficit? Foi estipulada uma nova meta de rendimento? Qual a ambição do Atlético ao fim do campeonato? Quantos pontos e qual zona de classificação?
  6. Jogando como está jogando, é possível que a equipe alcance seu objetivo na competição?

Mesmo que não chegue nem perto de responder tais questões, o blog do Luxemburgo vale à pena ser seguido. Afinal, ele é uma personalidade no futebol brasileiro que tem algo a dizer ao contrário de Madson e Felipe. Inclusive, volta e meia ele toca em assuntos não pertinentes ao Galo, mas ao futebol em geral.

Repórteres que desejarem utilizar minhas perguntas em alguma coletiva dessas de sempre, usem sem moderação. Estão autorizados. Não precisam nem citar a fonte.

Prezado UOL, peço que além de disponibilizarem os Feeds completos, atualizem o layout do blog do Luxa para o mais novo, com links únicos assim como fizeram para o do Juca…

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Eu também gasto mais com ração para o meu cachorro

August 2nd, 2010 | 47 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Santos, Vitória

Não me surpreende que Felipe gaste mais com ração para o cachorro dele que um popular das interwebes. Se eu gasto mais com ração para meu cachorro do que eu ganho, não me espanta a troça do goleiro do Santos.

Mas vale cada centavo

Apesar do show de moralismo, os sub-moleques da Vila nada fizeram. É possível que a imprensa esteja irritada por chegar atrasada e perder monopólio e exclusividade da comunicação entre agentes a serem noticiados e público.

O Santos deveria adotar providência urgente: estampar logos da Seara, patrocinadora do clube, nos quartos da concentração. Apenas a Apple com sua maçãzinha no laptop de um anônimo moleque da Vila, que sossegadamente via as fotos das filhas de Bebeto, Romário e Tita no Blá blá Gol, teve exposição espontânea.

No aspecto resenhístico de ser, a Twitcam peixeira que trouxe à tona o que repórteres deveriam trazer deu de lambuja a pauta para mesa-redondistas se fartarem.

Alguém sentirá falta do Pedalada no Santos?
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Com ou sem twitcam, Santos é favoritíssimo para levantar a Copa do Brasil e somar mais um torneio nacional à sua extensa lista de títulos. Dorival e diretoria não tem o que se preocupar pois antes da vaca ir para o brejo a Janela trará novos ares.

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