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Posts Tagged ‘Cuca’

Não é milagre…

July 26th, 2013 | 18 Comments | Filed in Atlético-MG, Futebol, Libertadores 2013

*Por não ter assistido a nenhum jogo do Atlético nessa Libertadores, além do motivo óbvio de ser Cruzeirense, deixei para um amigo dos melhores e atleticano dos mais difíceis a tarefa de demonstrar como uma noite, um gol, uma Copa, podem mudar a vida de milhões. Além de grande amigo, Lucas Leal também já foi parte atuante da torcida Galo/Boca e isso eu não esqueço. Rá!

 

Não é milagre...Por Lucas Leal Esteves*

O dia 24 de julho começou parecido para a maioria dos Atleticanos. Enquanto uma parte de BH dormia, a outra sofria com uma insônia que parecia ser a mais longa da vida do torcedor alvinegro. Uma insônia daquelas que nem filme ruim cura, chá de camomila não resolve, música clássica não aplaca. Dormir não era possível. Estávamos a aproximadamente 24 horas de conquistar a América, quem conseguiria dormir? Se não é sofrido não é Galo. Não faria sentido ter uma boa noite de sono horas antes da maior festa de nossas vidas atleticanas.

O dia se arrastou. Mais do que nunca, a cada estampido diferente, a cada copo que caía no chão, ecoava o grito de “Galo!”, aquele que se ouve em qualquer lugar do mundo a qualquer sinal de um barulho mais alto. Junto com o dia, o foguetório também se arrastou. Iniciados na noite anterior, na festa de boas vindas realizada para receber os jogadores do Olimpia em frente ao hotel em que se hospedaram, os estouros duraram por todo o dia, refletindo a confiança do Atleticano no título, muito bem representada pelo “Yes, We C.A.M.” e pelo “Eu acredito!”. E como não acreditar depois de sair em desvantagem em outras duas oportunidades e conseguir revertê-la?

A produtividade nos ambientes de trabalho atingiu níveis críticos. Ninguém conseguiria se concentrar em uma planilha de Excel que não fosse aquela com os resultados do Galo até aquele dia. Papel, só se fosse o jornal do dia trazendo as escalações e os detalhes da grande decisão. Na cabeça os números fervilhavam… três gols nos trazem o título no tempo normal. Dois gols para a prorrogação e, quem sabe, para mais uma oportunidade do milagreiro São Victor fazer chover no Mineirão. Tudo girava em torno daquela partida que se iniciaria dali a pouco.

As pessoas se cumprimentavam nas ruas. Alguns, inclusive, desejavam um Feliz Ano Novo a quem passava, pois chegava o dia 31 de dezembro, mas não chegava 21h50. A cidade se pintou de preto e branco, o manto alvinegro invadia todos os ambientes, a expectativa consumia cada segundo daquele longo dia. Aos poucos as pessoas iam deixando suas casas, seus trabalhos e iam enchendo as avenidas rumo ao Mineirão. O gigante da Pampulha finalmente seria recompensado por todos os serviços prestados ao Clube Atlético Mineiro e testemunharia pela segunda vez no ano uma festa alvinegra, dessa vez a maior da história.

Mais cedo ou mais tarde, a hora do Galo chegaria. Quis o tempo que fosse mais tarde. Era ali, era agora. O Clube Atlético Mineiro entraria em campo pela última vez sem o título da Libertadores. O Atleticano teria sua última noite de sofrimento nessa competição. O Cuca finalmente poderia trocar de blusa. O mundo, finalmente, pararia para ver o Galo retornar ao lugar mais alto do pódio. E parou.

Os pés de Jô, mais uma vez, iniciaram a festa. A cabeça de Leonardo Silva, depois de sofridos 42 minutos do segundo tempo, na bacia das almas, quando só o Atleticano ainda acreditava, possibilitaria que a luta prosseguisse. Finalmente, de novo pelo pé esquerdo salvador de Victor, a Taça começaria a brilhar diante dos nossos olhos para, enfim, depois de muito sofrer, como manda o enredo, a trave do Mineirão nos brindar com a glória.

Clube Atlético Mineiro - Campeão da Copa Libertadores 2013

Clube Atlético Mineiro – Campeão da Copa Libertadores 2013

Choveu no Mineirão. Lágrimas, papel picado, fogos, zica, azar, praga, cabeça de burro enterrada na sede, manto da santa pintado de preto, hashtags, músicas, provocações, tudo. Tudo isso caiu ali no Mineirão. O nosso Horto psicológico matou mais um e, impiedosamente, o Atleticano comemorou. Comemorou porque ali se encerrava um período de 42 anos se alimentando de títulos do Campeonato Mineiro, porque ali caía o estigma de cavalo paraguaio do time e o azar do Cuca, porque naquele momento morria o Urubu chamado Wright que sobrevoava a sede, morria o vice-campeonato invicto, morria aquela final em que dependíamos do Curê para sermos campeões. Comemorou porque mereceu esse título mais do que ninguém.

Até esse dia de alegria, foram muitos dias de luta. Foram semanas agüentando todo tipo de provocação depois de empatar e perder os primeiros jogos contra Tijuana, NOB e Olimpia. Foram meses lutando para superar a desconfiança de todos, que começou lá no sorteio com um sonoro “não vão passar nem da primeira fase”. Foi uma vida de expectativas frustradas, de vitórias que escaparam entre os dedos. Mas esse dia se transformaria no dia do fim. O fim do “nunca serão”. O fim o “eu tenho, você não tem”. O fim do “só converso com quem tem Libertadores”, do “meu irmão mais novo já viu mais títulos que você”, do “não ganha nada, time sofredor”.

Esse dia se tornaria, ainda, o dia o início. O início da nova vida do Atleticano. O Atleticano campeão, altivo, vencedor, confiante. O Atleticano que é reconhecidamente o torcedor mais apaixonado do Brasil e, agora, das Américas e que vai até o Marrocos acreditando ser possível conquistar o mundo. O Atleticano que, finalmente, teve do seu time um retorno, uma recompensa por todo o dinheiro, suor, tempo e lágrimas que dedicou à instituição Clube Atlético Mineiro.

Esse dia fez questão de entrar para a história como o dia mais importante da história do Atleticano. 25 de julho de 2013: o dia da redenção. Não é milagre, é Atlético Mineiro.

 

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Covarde Fluminense samba na fuça dos Cuquistas

April 11th, 2013 | 14 Comments | Filed in Fluminense, Grêmio, Libertadores 2013

Grêmio 0x0 Fluminense

Sou o único tricolor que achou o time uma bosta-cocô. Jogaram com medo todo o 2º tempo, e o fez de forma mais covarde que o habitual da retranca. Fez um canhestro telecoteco entre Edinho e Leandro Euzébio cheio de dedos para atacar. Porra, era um jogador a mais. Isso é MUITA vantagem.

Rolou o pragmatismo de segurar o empate, para ter mais um resultado em mãos contra o Caracas. Eu, como defensor incondicional do pragmatismo, sempre irei cuspir na cara dos detratores da retranca ao encherem meu saco futuramente, lembrando da festinha nessa partida. Desse medinho de Libertadores.

Foda-se que o juiz anulou um gol válido de Rhayneken e Fluminense criou por volta de 3 a 4 chances. Foda-se muito os eventuais lances obtidos porque a postura foi conservadora diante da possibilidade de carimbar a classificação. Não buscar a vitória na Arena Grêmio com um a mais em campo reduzindo as chances de desclassificação a ZERO para ter vantagem do empate em São Januário foi, em essência, menosprezar o Caracas e superestimar o Grêmio.

Amanhã, estarão todos os festivos tricolores se lamuriando diante da retranca de Abelão chorando que bom é o Cuca e seu Atlético avassaladores dentro e fora de casa. Mas nada como um dia após o outro. Depois de amanhã, sairão as ruas com camisas bordadas com escudetos colados pelas retrancas de Muricy e Abel Braga aguardando inconscientemente um futuro mais distante onde perceberão que o que fica é campeonar.

O Fluminense foi uma bosta-cocô contra o Grêmio e isso foi lindo. Cagamos, eu, Abel e os Cuquistas para o Caracas. A diferença é que eu e Abel não nos queixaremos de futuras retrancas necessárias, enfartantes e campeoneras.

Na cara dos Cuquistas

Na cara dos Cuquistas

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Barcelona: Practical Parreirism for Dummies

December 20th, 2011 | 62 Comments | Filed in Mundial de Clubes 2011

Posso ser tachado de maluco mas nas poucas vezes que vi o Barcelona jogar (e talvez por isso tenha visto tão poucas vezes) não achei nada bonito e lúdico. Fico quieto na minha, mas acharia temerário fosse eu da turma oitentaedoisista que ALUDE gostar de ver o tal do futebol-arte-espetáculo que a filosofia futebolera do Barcelona/Espanha tomasse conta do Mundo (pelo menos em teoria de pensamento linear).

O Barcelona/Espanha é o supra-sumo do futebol teleco-teleco. Uma chatice sem tamanho. Curiosamente, o time preza mesmo pela excelência e qualidade e por isso aplaudem o Barcelona GRITANDO que deve servir de modelo para o “futebol brasileiro”, quando em essência desejam o porraloquismo cabacento de Cuca, esse sim divertido e alegre, apesar de perdedor.

Esquema tático/técnico do Barcelona

Choro ao ler que os autores das frases de efeito como “precisa perder para implantar essa filosofia” são os mesmos que não entenderam porra nenhuma quando Parreira disse que o gol era apenas um detalhe. E Parreira ganhou.

O que joga o Barcelona hoje é justamente a utopia Parreirista de futebol que foi execrada mesmo com uma Copa do Mundo no bolso. Vão se fuder agora com esse papinho bunda-mole de “tem de ter paciência para implantar filosofia de jogo”.

Parreira conceituou, Loco Abreu explicou e Barcelona executou.

Não jogo para ser artilheiro do campeonato. Jogo para ser campeão. Graças a Deus, essa mentalidade me ajudou a levantar onze taças. Quero mais que isso, mais uma, mais duas. O gol é consequência do jogo, da movimentação que o time tem. Eu, como atacante, tenho que aproveitar as chances que tiver.

O Barcelona tal qual o Parreirismo é a busca incessante pela EFICIÊNCIA. A eficácia é consequência.

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Papai Joel, o estrelado

June 27th, 2011 | 37 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Coritiba, Cruzeiro

Não tem jeito. O homem tem estrela mesmo. O Cruzeiro vinha de um início de Brasileirão sofrível e ainda parecia sentir o baque pós-Libertadores, mesmo com um título Mineiro para dar uma alegrada no ambiente. Cu”caiu” depois de 5 jogos com 3 empates e 2 derrotas e o contratado foi a LENDA Joel Santana.

Macaco velho que sou deste blog, já tinha reparado que Joel fazia bons omeletes mesmo que com os poucos ovos que lhe eram dados. Diferentemente da maior parte da mineirada que ou enxergava a contratação com desconfiança (no caso dos cruzeirenses) ou trollava a mesma (no caso dos atleticanos), eu tinha esperança de que a chegada do mestre em língua inglesa poderia dar uma cara mais vencedora a esse time do Cruzeiro.

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Minha teoria ainda se provará correta ou não, mas que a estrela do homem brilhou nesse sábado na Arena do Jacaré, não há dúvida. O jogo ia caminhando para um empate modorrento e Henrique, um dos três pilares do meio-campo vencedor do Cruzeiro, ia mal. Errava passes bobos, parecia desconcentrado, não era o Henrique que faturou a amarelinha a bem pouco tempo. Num lance isolado, o meia fratura o pulso e Papai Joel saca o volante para a entrada de Dudu, meio-campo de ligação, ultraofensivo e com uma certa dificuldade no quesito marcação. Bom, o que restou? Um CHUPA SAULO! do tamanho do Mineirão, apesar do primeiro tempo terminar em 0x0 e o estreante sentir o peso da cobrança da turma do amendoim azul.

Mas, logo no início do segundo tempo, Dudu foi derrubado na área, Montillo bateu com a categoria que lhe é peculiar e o Cruzeiro abriu o placar. Os pão-de-queijeiros tinham controle do jogo, Joel trocou um atacante por outro mesmo vencendo (outro CHUPA SAULO!), mas quem marcou foi o Coritiba, com Marcos Aurélio, deixando todos apreensivos com uma possível estreia já com sintomas de crise. Mas o craque Montillo, em outra ótima bola de Dudu, botou o Cruzeiro de novo na frente do placar, tirando um peso gigante das costas dos jogadores e dando tranquilidade ao professor.

Enfim, vitória. Se o time ano passado foi vice-campeão mesmo começando muito mal e com a “síndrome de Cuca” e Dabliupê no ataque, esse ano com o vitorioso Joel Santana e Anselmo Ramon, que é muito melhor que seus antecessores, o time pode melhorar. Basta trabalhar com seriedade extrema.

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Victoria Quæ Sera Tamen

April 28th, 2011 | 25 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

Demorou. 72 minutos, aproximadamente. 72 minutos de uma certa apreensão, ainda que o Cruzeiro fosse melhor, do ponto de vista técnico, do que o Once Caldas. O time trocava passes e dominava as ações, mas por não traduzir isso em gol no 1º tempo e pelo tradicional perigo do CRIME acontecer com os melhores times de La Copa, a necessidade de um gol que desse tranquilidade era grande. Até porque um time que tem o mítico Rentería (e seu indefectível Ruque-Raque) no comando de ataque não pode ser menosprezado.

Mas se tem algo que esse Cruzeiro tem é competência. Ainda que não tenha se provado um time efetivamente vencedor (até porque não ganhou nenhum campeonato e poucos se lembram dos que não são campeões), o time de Cuca tem se especializado em não perdoar os adversários fazendo valer, no fim, a sua superioridade.

Cheguei no bar pra ver a peleja e já fui brindado com um pelotásso no travessão por parte do Once Caldas. Tremi. Mas à medida que ia me embebedando (e talvez em função disso) comecei a acreditar que o jogo era do Cruzeiro. Fábio, como sempre, salvava. A zaga se postou bem e o meio-campo passou a funcionar. Não na mesma medida dos jogos anteriores, mas esperar facilidade sempre é demais também. E é bom que abre os olhos.

Mas o tempo passava, às vezes o Once Caldas assustava e a possibilidade de um gol no fim do jogo que complicaria as coisas pesava. Cuca voltou pro 2º tempo com Everton no lugar de Roger, que parece ter sentido a altitude de Manizales. Além disso, trocou o estreante Brandão pelo sempre brigador Ortigoza. As substituições, principalmente a última, fizeram efeito. Em boa jogada de Walter, el Caballero, Montillo, Ortigoza foi lançado na ponta esquerda e cruzou na medida pro Iluminado Wallyson guardar o seu. Cruzeiro 1×0 e sensação de alívio.

Onde está o Wally?

Onde está o Wally?

 

Sensação que aumentou quando, já aos 39 minutos, Ortigoza apareceu por trás da zaga e, com um leve toque sobre o goleiro, aumento pra 2×0 a vantagem dos comedores-de-pão-de-queijo. Nesse momento eu já tava bêbado e satisfeito com os gols e com o brochete que enchia a mesa. Pra não parecer muito fácil, Rentería cruzou para Nuñes diminuir perto dos 45 minutos. Mas o estrago já estava feito.

O Cruzeiro, mais uma vez, facilita sua própria vida ao ganhar bem os dois primeiros jogos dos mata-matas que disputou. Ainda que não se possa dizer que os times sejam essa Coca-Cola toda, não se pode dar mole pro azar. Os azuis se tornaram, inclusive, o primeiro time brasileiro a ganhar do Once Caldas na Colômbia. E foi uma vitória importante. Quarta que vem tem mais.

Ps.: Leandro Guerreiro me deu medo ontem. E Victorino foi soberano, mais uma vez!

*****

Acá, los goles!

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O fim da Gloriosa série 2006-2010

April 17th, 2011 | 83 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2011, Futebol

Vasco, Fluminense, Flamengo e Olaria colocaram um fim à longa série botafoguense de protagonismo no Campeonato Fluminense. Iniciada com a conquista do título de 2006, o Botafogo foi campeão ou vice nas 5 últimas edições. A série para qualquer clube está zerada uma vez que ainda que o título tenha sido decidido na embelmática cavadinha de Loco Abreu sobre Bruno Microcéfalo, tal jogo era para o rubronegro apenas a decisão da Taça Rio como meses antes fora a Taça Guanabara para o Vasco.

O feito do Botafogo no período 2006-2010 é emblemático ao situar a equipe no cenário carioca diante do mesmo período dos rivais Fluminense e Flamengo.

Enquanto o tricolor recebe grandes aportes da Unimed para a montagem dos times, que culminaram em disputas de título em competições continentais e um Brasileiro e  o rubronegro com sua propensão hegemônica recebe investimentos naturais oriundos de seu gigantismo e predomínio midiático, o Botafogo montou e desmontou equipes com limitações de orçamento, prezando pela austeridade em detrimento a elencos estrelares.

Assim como quem não quer nada no ressurgimento botafoguense com Bebeto de Freitas, o Botafogo de Carlos Roberto venceria o Estadual de 2006 em momento de entresafra no Estado onde os pequenos começavam a falar grosso. As oscilações no Brasileirão trouxeram Cuca que armou um já surpreendente Botafogo no fim daquele Brasileiro que encantou torcidas País afora após um 2×0 sobre o Vasco frustando as pretensões Romaristas de fazer o Gol Mil no Fogão. Daí por diante, os holofotes iluminaram a Estrela Solitária com epopeias cocainômalas variando entre a euforia inconsequente e depressão profunda.

Bebeto saneou o Canil

Cucaiu, voltou, Mario Sergio e Geninho deram as caras e a casa só encontrou normalidade e sobriedade com Ney Franco que foi cair com mais de um ano por insubordinação de jogadores em momento não muito favorável ao Glorioso elevando um insosso Estevam Soares de curto período marcado pela redenção no Brasileiro de 2009 capitaneada pelo Filho do Trabalho e a chinelada vascaína no Engenhão que colocaram em momento propício duas entidades que encontravam-se no alinhamento astral: Joel e Botafogo uniam-se na maturidade da administração low-profile para alcançar o melhor ano da série.

Foi com Natalino e Assumpção que o Botafogo consagrou o Engenhão como um estádio atrativo e Loco Abreu como ídolo. Ademais, Joel alcançou com o Botafogo o título que seus antecessores viram escorrer traumaticamente por três anos consecutivos e mais importante de tudo, passar todo o Brasileirão na parte de cima da tabela mesmo com a menor folha salarial dentre os grandes times do País.

Papai Joel trouxe antecipado o presente de Natal alvinegro em 2010

Este Loco Botafogo entrou 2011 respeitado e com cobranças acima do que jamais teria começado uma temporada ainda que seus rivais estivessem com os cofres abertos. Os egos em General Severiano contrapunham o estilo conservador do Bruxo Joel, especialista em tirar leite de pedra, mas que por limitações inerentes não conseguia transformar a pedreira em vaca premiada.

Papai Joel deixou o estruturado Botafogo em clima de guerra com enloquecida torcida ansiosa por ofensividade, passando seu posto para um Caio Junior caindo na armadilha de apresentar um discurso em contraposição ao estilo de Joel. Caio Junior assumia o Glorioso prometendo colocar o time para frente com um belo futebol, o que no curto prazo acalmaria a loca afliceta, mas no longo bateria de frente justamente contra a vitoriosa campanha de… 2010. O efeito chegou no médio prazo, somada com a campanha fabuloso do Olaria na Taça Rio e a consistência do Fluminense apesar dos percalços da Libertadores.

2011  encerra a série alvinegra de finais, mas não necessariamente fechará um ciclo. O Botafogo que mostrou-se austero neste período sucumbiu finalmente diante de dois esbanjadores rivais e de um terceiro que depois de longo e tenebroso inverno dá o ar da graça (de forma similar ao mesmo alvinegro em 2007). Se períodos de baixa são naturais na vida desses centenários clubes, cabe lembrar que hoje o Botafogo é um time estruturado que passa longe dos monstros que Bebeto de Freitas teve de enfrentar, e que a preocupação no futebol botafoguense é mais técnica e tática do que institucional.

Despeço-me sem dizer adeus

Aos botafoguenses cabem discutir o que mexer no time, que padrão adotar para repetir com louvor a participação no campeonato passado, e quem sabe com um pouco de sorte e um inspirado Maicossuel almejar a improvável glória.

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O que tem o Cruzeiro pra Libertadores

February 16th, 2011 | 240 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O time Azul chega pra sua 4º Libertadores seguida após queda nas oitavas-de-final em 2008, um vice-campeonato em 2009 e queda nas quartas-de-final em 2010. Em 2008, não houve surpresa de forma geral, em 2009 a boa campanha deu status de grande time à base formada por A.B. e em 2010, o time que era favorito caiu pros dois melhores jogos do São Paulo na temporada. Para 2011 o Cruzeiro mantém a base, finalmente tem um camisa 10 que pode decidir e algumas deficiências preocupantes.

Aonde o pão-de-queijo tem mais sabor:

  • O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
  • O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
  • Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
  • Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

Aonde se pode temperar ainda mais:

  • Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
  • Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

Aonde o caldo pode desandar:

  • Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
  • Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
Dá pra confiar, chefia?

Dá pra confiar, chefia?

Aonde o bolo de fubá acabou:

  • Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
  • Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
No quesito "Dancinha", nota 6.

No quesito "Dancinha", nota 6.

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Parabéns ao Cruzeiro Esporte Clube

November 14th, 2010 | 146 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Corinthians, Cruzeiro, Taça Brasil 1966

O Cruzeiro chora pela arbitragem contra o Corinthians, jogo que não vi mas Matheus, cruzeirense de quatro costados conta da seguinte forma na seção mais visceral do Blá blá Gol, o Open-Bar.

Discutir pra que?
Torcer pra que?

vai vendo (n+1)

Eu ja fiz uma eleição sobre os jogos mais roubados que vi na vida. Em primeiro, Flamengo x Atlético em 80. Depois, Corinthians x Cruzeiro em 2005. E, empatado com Cruzeiro x Palmeiras no ano passado, entra esse Corinthians x Cruzeiro.

O Cruzeiro foi roubado. Não existe outra palavra. E nem digo pelo pênalti (discutivel e que eu duvido que seria marcado para o Cruzeiro).

Digo pelos dois pênaltis não dados em cima do T. Ribeiro. Da falta em cima do T. Ribeiro que não foi marcada e gerou a jogada do pênalti. Além dos 4 (QUATRO) impedimentos ridículos que foram marcados contra o Cruzeiro. Nenhum deles estava. Nenhum estava por muito.

Sem falar em faltas invertidas, faltas não marcadas, esse tipo de coisa que Serginho cansou de falar aqui.

O Cruzeiro era MUITO melhor que o Corinthians que só chegou duas ou três vezes durante todo o jogo. E eu ainda tenho que escutar daquela BALEIA que foi vitória da superação.

ENFIA A SUPERAÇÃO DENTRO DO SEU CÚ, FILHO DA PUTA MARQUETEIRO E AMANTE DE TRAVECO!

Vence o Fluminense. Por questões pessoais, sou muito mais o Tricolor carioca!

Mas este episódio que revoltou cruzeirenses em todas as instâncias, incluindo torcedores, dirigentes, técnico e jogadores propiciou que o vestiário azul fosse aberto.

Taça Brasil goela abaixo

O Cruzeiro briga pelo reconhecimento da Taça Brasil de 1966 como título brasileiro. Se é válido ou não, discutamos nós que tentamos entender e pondere a CBF que é a quem cabe decidir ou não. Ao Cruzeiro, é válida a reinvidicação e valorização de seus títulos e sua marca, ainda que sua verdade não seja uma verdade universal.

O Cruzeiro reforçou esse título internamente, e como efeito colateral do quiprocó do Pacaembu incitou a mídia a propalar seu proselitismo. Já passou da hora dos clubes que postulam reconhecimento* oficial dos títulos pré-71 forçarem a mídia a trabalhar por eles. O caminho para isso, é lobotimizar as próprias torcidas. Isso já foi feito com sucesso em outra ocasião e os clubes podem ter certeza que a mídia é forte mas não rema contra a maré.

*Reconhecidos os títulos já são. Postulantes querem que sejam como Campeonatos Brasileiros

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Não faz sentido sacarem Cuca do Fluminense

April 17th, 2010 | 13 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Campeonato Brasileiro 2010, Campeonato Carioca 2010, Copa do Brasil 2010, Fluminense

Passada a a perda insossa do Cariocão 2010, resta sentar e analisar o momento do time com vista às competições que seguem em 2010, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Como a Copa do Brasil é decidida jogo a jogo, perdendo-se ou ganhando, qualquer ideia de planejamento para ela que seja levantado trata-se de orelhada, e portanto não serei eu quem farei isso.

Já o Brasileiro, que pode ser disputado com direito de derrotas em determinados jogos, e a tal da regularidade (sic) é o que conta, vale uma ou outra consideração.

A consideração em questão, é que o Fluminense com Cuca apesar de afinar na hora do à vera contra times de mesmo quilate como nos clássicos estaduais que vem disputanto (onde só venceu o Botafogo na Taça Rio), joga bem contra os demais times (a verdade é que joga bem os clássicos também, mas perde) e vence. Jogou bem e venceu times medianos e da rabeira da tabela na arrancada final do Brasileirão de 2009, além da Sulamericana.

Taticamente não se pode negar que o Fluminense encontrou uma boa forma de jogar. E isto pesa para o longo Brasileirão que se aproxima, pelo menos para garantir um mínimo de qualidade.

Se há problemas de relacionamento e comando, talvez fosse mais fácil o Fluminense atuar nesta questão localizada como bombeiro e apagar os focos de incêndio a trocar o treinador que conseguiu o mais difícil. Há tempo para isso e há tranquilidade.

Agora é hora do Cuca ficar.

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005 – O Império do Amor contra o Cabacento Impetuoso

January 31st, 2010 | 197 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2010, Flamengo, Fluminense

1º tempo – O tempo tricolor

O débil Flamengo foi a tônica do 1º tempo colocado na roda pelo absolutamente arrumado Fluminense onde Maicon e o Príncipe Alan voavam para cima de Fierro improvisado (?) na lateral-direita. O Campeão Brasileiro constrangia qualquer rubronegro que por acaso tivesse levado um amigo gringo para conhecer o Mengão no Maracanã.

A escalação do Flamengo era a baba do boi cansado e o Fluminense deu o mole histórico de não aplicar uma goleada acachapante neste período de jogo.

O Fluminense chegou ao placar de 2×0 através do Príncipe que exigiu um passe de Diguinho e contou com a interpretação favorável do árbitro ao marcar o penalty convertido pelo argentino Conca, apagadinho no 1º tempo.

Diguinho que fazia grande partida comete penalty tão infantil em Juan, que ele mesmo mostrou-se envergonhado. O gol de Adriano, seguido da blitz de Cássio que culminara com o 3º gol tricolor fizeram parecer que a bobagem de Diguinho e o consequente primeiro gol rubronegro foi meramente um acidente de percurso.

O primeiro tempo terminava 3×1 para o Fluminense que apesar da mobilidade de Alan, parecia sentir a ausência do ponto de referência Fred, especialmente Conca e Mariano. Indubitavelmente o 2º tempo não seria como o 1º. Qualquer coisa que Andrade fizesse, qualquer coisa mesmo, necessariamente melhoraria o Flamengo. O que de fato, aconteceu.

2º tempo – O tempo rubronegro

O Flamengo voltou sem Petkovic e Fernando, entrando com Vinicius Pacheco e Willians que automaticamente recolocaram o Urubu na partida. E com que eficiência. Em menos de 10 minutos, o Flu x Fla estava empatado com o rubronegro sobrando pela direita de seu ataque, forçando Cuca a substituir Julio Cesar para a entrada de Marquinho.

Quem acompanhara as finais entra Flamengo e Botafogo com Cuca no comando alvinegro, via mais uma vez a repetição de um filme. Seu time encantar durante o jogo, e conhecer a realidade da eficiência.

O eletrizante clássico, então assentou com moral para o Flamengo, até que Álvaro leva o 2º amarelo e deixa o Flamengo com um a menos em campo, lance determinante para o desfecho da partida.

10 contra 11

Andrade finalmente saca Fierro evitando assim que o Flamengo jogasse com apenas 9 atletas. Neste momento, a moral passava para o lado tricolor, e via-se no jogo uma situação curiosa, apesar do Fluminense ter imposto as ações da partida, Adriano ficava com grande liberdade para atacar. Risco que o Fluminense defendendo-se com pouca gente correra no início da partida, e que fatalmente teria de correr. No entanto, paradoxalmente Conca jogava melhor neste 2º tempo e o jogo seguia aberto com ligeira vantagem ao time das Laranjeiras, até que…

Até que Cuca em uma afliceta impetuosa e cabacenta clássica bate forte no peito e à lá Milton Leite grita:

Eu vou “se” consgrar

Cuca que mesmo com um a mais via Adriano levar vantagem sobre a defesa tricolor, resolve sacar um desses zagueiros que já não conseguia conter o Império do Amor e escalar ninguém (isto é, colcou Kiesa, que efetivamente foi ninguém). Assim,  Vagner Love e Vinicius Pacheco passearam junto ao Imperador pela zaga tricolor virando e ampliando o placar sem maiores sustos apesar da insossa vantagem numérica do Fluminense dentro de campo.

Resultado final de um grande jogo, comprovado pelo estado de espírito mostrado por alguns jogadores após o mesmo – Flamengo 5×3 Fluminense, com Cuca mascarando a bobagem de Andrade.

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Destaques individuais

O lado vencedor:

  • Vinicius Pacheco e Adriano – os melhores do lado rubronegro portando-se como gigantes no 2º tempo.
  • Kleberson, Vagner Love e Willians – coadjuvantes à altura dos protagonistas
  • Petkovic – saiu apagado, mas não jogou mal. Curiosamente, o Flamengo esteve tão atordoado no 1º tempo, que nem negativamente houve alguém que se destacasse tamanha era a apatia de toda a equipe.
  • Álvaro e Fierro – perdidos com Alan e Maicon no 1º tempo, sendo que o zagueiro ainda conseguiu deixar seu time com um a menos no 2º.
  • Andrade – Pavorosa escalação e manutenção do time no 1º tempo. Coisa que exigia uma substituição. Até se tirasse Bruno sem colocar ninguém melhoraria o Flamengo. Deve agradecer aos céus pela ausência de Fred, contusão de Maicon, à exuberante qualidade dos jogadores do Flamengo e à grotesca cagada de Cuca.

A qualidade que fez a diferença

O lado perdedor:

  • Alan – o elegante atacante tricolor foi o melhor do time, nos dois períodos, o brilhante e o obscuro.
  • Maicon – infernal pelas pontas casuando pânico na torcida adversária. Ele é tão rápido que parece que vai estourar a musculatura em qualquer corrida, como de fato aconteceu. Aliás, Maicon é um jogador que certamente arranca no limite, faz-se necessária melhor observação em sua forma de jogar e condicionamento muscular ou do contrário uma carreira será abreviada. Há de ter moderação com a galinha dos ovos de ouro.
  • Diguinho – Esteve bem em campo, apesar do bobo penalty cometido em Juan evitando a vitória por nocaute no 1º round
  • Willians, Marquinho e Kieza – as substituições de Cuca não foram apenas pavorosas taticamente, mas também individualmente. Willians, o do Flu, foi o menos pior. Marquinho mostrou no clássico sua verdadeira faceta de jogador sem a menor inspiração, disfarçada por alguns golzinhos contra adversários menores, e Kieza teve participação digna de Edmundo em Copa do Mundo. O centroavante tricolor voltou de sua contusão um arremedo de jogador de futebol.
  • Cuca – Desastre total. Como um cabacento-mór, viu o filme novamente de seu time dominar ações e não concretizar, ao contrário do adversário. Ganhou todas as chances do Mundo com a expulsão de Álvaro e consagrou Andrade.

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