Papai Joel, o estrelado
June 27th, 2011 por Matheus | Categorias: Campeonato Brasileiro 2011, Coritiba, Cruzeiro.Não tem jeito. O homem tem estrela mesmo. O Cruzeiro vinha de um início de Brasileirão sofrível e ainda parecia sentir o baque pós-Libertadores, mesmo com um título Mineiro para dar uma alegrada no ambiente. Cu”caiu” depois de 5 jogos com 3 empates e 2 derrotas e o contratado foi a LENDA Joel Santana.
Macaco velho que sou deste blog, já tinha reparado que Joel fazia bons omeletes mesmo que com os poucos ovos que lhe eram dados. Diferentemente da maior parte da mineirada que ou enxergava a contratação com desconfiança (no caso dos cruzeirenses) ou trollava a mesma (no caso dos atleticanos), eu tinha esperança de que a chegada do mestre em língua inglesa poderia dar uma cara mais vencedora a esse time do Cruzeiro.
Minha teoria ainda se provará correta ou não, mas que a estrela do homem brilhou nesse sábado na Arena do Jacaré, não há dúvida. O jogo ia caminhando para um empate modorrento e Henrique, um dos três pilares do meio-campo vencedor do Cruzeiro, ia mal. Errava passes bobos, parecia desconcentrado, não era o Henrique que faturou a amarelinha a bem pouco tempo. Num lance isolado, o meia fratura o pulso e Papai Joel saca o volante para a entrada de Dudu, meio-campo de ligação, ultraofensivo e com uma certa dificuldade no quesito marcação. Bom, o que restou? Um CHUPA SAULO! do tamanho do Mineirão, apesar do primeiro tempo terminar em 0x0 e o estreante sentir o peso da cobrança da turma do amendoim azul.
Mas, logo no início do segundo tempo, Dudu foi derrubado na área, Montillo bateu com a categoria que lhe é peculiar e o Cruzeiro abriu o placar. Os pão-de-queijeiros tinham controle do jogo, Joel trocou um atacante por outro mesmo vencendo (outro CHUPA SAULO!), mas quem marcou foi o Coritiba, com Marcos Aurélio, deixando todos apreensivos com uma possível estreia já com sintomas de crise. Mas o craque Montillo, em outra ótima bola de Dudu, botou o Cruzeiro de novo na frente do placar, tirando um peso gigante das costas dos jogadores e dando tranquilidade ao professor.
Enfim, vitória. Se o time ano passado foi vice-campeão mesmo começando muito mal e com a “síndrome de Cuca” e Dabliupê no ataque, esse ano com o vitorioso Joel Santana e Anselmo Ramon, que é muito melhor que seus antecessores, o time pode melhorar. Basta trabalhar com seriedade extrema.
Joel é bom treinador. Tenho uma teoria preconceituosa sobre sua falta de sucesso nacional: o cara não aconteceu em São Paulo. No Brasil, para ser alguém como técnico, é preciso “acontecer” em São Paulo. Foi assim com Felipão, por exemplo. Só foi visto como grande técnico após o ritual de beija-mão da imprensa paulista (engraçado que eu acho o melhor trabalho de Big Phill o Grêmio, de 1995 a 1996).
O preconceito por parte dos periodistas paulista em relação a Joel é tanto que eu já vi comentarista conceituado achar Estevam Soares mais técnico do que Natalino.
Mas Cuca é o meu predileto. rsrsrsrs
Vejam o lado bom. Eu só escrevo merdas inofensivas. Eu poderia ser o dirigente do seu time. Rá!
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Mas eu já falei minha posição sobre o Cuca.
O cara é bom, só falta ter comando.
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Matheus não acompanhou a carreira do Joel o suficiente para dar uma avaliação completa. O Narigudo sempre busca a ofensividade quando o placar é adverso, muitas vezes lança atacantes em demasia na base do desespero. Esquece de melhorar a qualidade do setor do meio campo, na maioria das vezes, castigado pelo estilo brucutu. O início é sempre promissor, na base do papo motivacional e o jeito bonachão. Depois os seus times ficam previsíveis e começam a cair de produção, vamos aguardar até o fim do campeonato.
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Saulo, do meio de campo do Cruzeiro, cite um volante brucutu.
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O time do Cruzeiro foi montado pelo Cuca e Adilson Batista. Ainda falta tempo ao Joel mostrar sua filosofia.
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Não.
A filosofia de jogo atual foi montada pelo Dorival Júnior e muito aperfeiçoada pelo Adílson.
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http://www.blablagol.com.br/o-fim-da-era-vai-vendo-14043#comment-98492
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“início é sempre promissor, na base do papo motivacional e o jeito bonachão. Depois os seus times ficam previsíveis e começam a cair de produção, vamos aguardar até o fim do campeonato.”
Existe algum trabalho de técnico que não seja assim?
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Hahahahaha
Quando eu li, iria trollar exatamente da mesma forma.
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O Saulo é tão sensato em relação ao Joel quanto eu sou em relação ao “o melhor técnico do Brasil”. A diferença é que eu reconheço. rsrsrsrs
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Luxemburgo, Felipão, Muricy, Ney Franco…
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Eu sou putaço com Joel no Flu, mas acho ele uma figura.
Muito bom ele estar em um time de presença no BBG. Pauta eterna.
Em tempo: eu ser putaço com Joel não me faz achá-lo ruim. Pelo contrário. Eu acho ele muito bom técnico. Mas muito bom mesmo.
Top 5 entre os técnicos do Brasileirão, fácil.
E não se engane, ele sabe trabalhar com bons jogadores. Não é de graça que o cara é adorado por gente do naipe de Romário, Portaluppi, Edmundo, Bebeto e por aí vai.
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Luxemburgo tá mal. Mas o cara é tão bom que mesmo mal ainda leva estadual.
Felipão, sinceramente, gostei apenas do seu trabalho do Grêmio – o melhor time da década de 1990, ao lado do SPFC do Telê. Diferentemente do que propagavam, o Grêmio jogava bonito.
Ney Franco não é mal técnico.
Muricy… esse tem pacto com o capeta. Engraçado que eu ia escrever um post – mas a preguiça não me deixa – sobre o dia em que Renato Gaúcho mudou as convicções de Muricy Ramalho. Sim, houve um confronto, em 2007, se não me engano, em que o Renight armou um time fechadinho, só explorando contra-ataque, e conseguiu vencer o SPFC, no Morumbi. À época, Muricy qualificou a atuação do Flu como “a atuação perfeita, a maneira que queria que seus times jogassem”. Desde então… ZzZzZzZ
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Esse jogo foi fodaço. Por mim, Renato seria o Alex Fergusson do Tricolor (acho que pelo Celso também).
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Aliás, Renato costuma bater em Muricy no confronto direto.
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Matheus deu um título do qual o Joel nunca teve: “mestre em ganhar campeonatos”. Trinta anos de carreira e apenas “me enganas que eu gosto” no currículo. Muito pouco a quem se intitula o “rei” do Rio e ao mesmo tempo o “Senhor Ninguém” pela imprensa sul africana.
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Imprensa sul africana, uma verdadeira sumidade quando o assunto é futebol.
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Bom, a daqui também não fica tão atrás assim, concorda?
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Claro, o que a poderosa Africa do Sul tem a dizer sobre futebol é quase tão relevante quanto o que fala o Brasil.
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Céus… É difícil, viu…
Segundo a sua linha de raciocínio, devo presumir então que ninguém aqui no Brasil pode emitir uma opinião relevante e correta sobre o Apartheid (pra manter a comparação, no mínimo, nos mesmos termos)?
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Não, não deve. Até porque esta não é a minha linha de raciocínio.
Mas se a imprensa sul africana dissertar sobre o tema, e a imprensa daqui emitir uma opinião diferente, a probabilidade maior é que a imprensa imersa na questão tenha muito mais conhecimento de causa.
Do mesmo modo, e para usar um exemplo infinitamente mais próximo do debate proposto aqui, a imprensa sul africana deve entender muito mais de rugby do que a imprensa nacional.
Talvez você “pense” diferente. Direito seu.
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Isso para não abordar da seguinte forma:
Pode ser que a imprensa daqui tenha uma visão global até correta sobre o assunto e até discorra com alguma propriedade, mas pouco saberia os meandros que envolvem os personagens, especialmente os secundários.
A imprensa sul-africana possivelmente deveria saber da fama do futebol brasileiro, seus principais jogadores e os técnicos Parreira, Zagallo e Scolari.
Incapaz de julgar qualquer coisa além, assim como a imprensa brasileira não consegueria discorrer mais de 3 minutos sobre qualquer técnico português que não fosse Mourinho.
Não é do escopo dela.
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Sem dúvida.
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Lamentável a visão eurocentrista(como se alguém daqui fosse nascido no velho continente), colonizada e preconceituosa. A imprensa sul africana tem suas qualidades e defeitos como em qualquer lugar do mundo. Lembremos que acabou de sediar a última edição da Copa do Mundo e era natural pesquisar a carreira do então treinador Joel Santana. Em termos de importância, ganhar estaduais a um treinador de longa carreira tem um peso pouco significativo. Quando se trata em assumir uma seleção de um país sede, as cobranças são maiores e a quantidade de informações sobre o currículo é melhor avalizada.
Diferente, segundo alguns próprios jornalistas, a imprensa esportiva carece de qualidade no Brasil. A grande maioria dos ditos “especialistas”, segue o método empírico e muitas vezes comentam-se muitas bobagens em assuntos técnicos e sobre a preparação física. Eu mesmo já pude assistir alguns corneteiros defenderem o fim do impedimento e compararem a preparação física a esportes completamente diferentes em termos de valências físicas(ex: basquete e volei). Não seria diferente dizer os mesmos equívocos sobre o Joel Santana. Um treinador do qual teve todas as oportunidade do mundo em mostrar seu trabalho sem títulos importantes.
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Exemplos cabais: Juca Kfouri e RMP.
*****
Volto a dizer: Imprensa sul-africana, exemplo de conhecimento futebolístico extremo.
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O fato dos profissionais da imprensa sul africana não estar envolvida diretamente em relação aos patrocinadores do evento(o sustentáculo financeiro dos veículos de imprensa são os anunciantes), presume-se mais isenção e racionalidade nas avaliações ao treinador Joel Santana. Aqui os jornalistas amaciam em virtude desses interesses e pelo jeito amistoso do narigudo no trato dos profissionais envolvidos na cobertura esportiva. É muita pretensão dizer sobre a incapacidade ou conhecimento extremo da imprensa da África do Sul sobre o futebol. Aqui no Brasil, por incrível que pareça, o automobilismo mostrou um jornalismo especializado de alta qualidade.
Juca Kfouri e RPM são bons comentaristas dos bastidores do futebol e toda a politicagem envolvida no esporte. Na parte técnica, considero igual a media dos seus colegas. Apenas o Sérgio Noronha supera em bobagens na média.
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http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2008/04/22/jornal_sul-africano_chama_joel_santana_de_sr_ninguem_nao_confirma_contratacao_do_tecnico-426992454.asp
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Interessante…
Joel foi contratado e o jornal estampou uma mentira, portanto.
De certo, um jornal bastante confiável. Aliás, Saulo. Você disse que a imprensa sul-africana o chamou assim. Na verdade, foi apenas um jornal.
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Não tem nenhuma mentira: Joel Santana tem títulos poucos expressivas na sua longa carreira.
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Na época que ganhou alguns estaduais, estes estavam longe de ser “me engana que eu gosto”.
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Em 30 anos de carreira, Joel venceu 14 campeonatos. Quase 0.5 títulos por ano, uma média excelente.
É uma boa aposta do Cruzeiro. No mínimo, Joel >>>>>>>>>>>>> Cuca (13 anos de carreira e 2 títulos).
E ao contrário de muitos treinadores, está em evolução nos últimos anos. Fez um excelente Brasileiro ano passado com o Botafogo, que poderia ter sido melhor ainda sem as contusões de peças importantes, num elenco limitado.
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Joel e Cuca, na teoria, são antíteses. Um seria o retranqueiro de marca maior. Outro é conhecido pelo jogo ofensivo-vistoso de seus times.
Acho ambos bons treinadores, cada um com suas peculiaridades.
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O Cuca tem uma estrada muito longa a percorrer, diferente do Joel.
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O Cruzeiro é seríssimo candidato ao título do Brasileirão 2011.
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Gaburah, escutei uma música e só consegui pensar em você postando para seu eterno troll aqui do blablagol.
Fica como uma nova opção de reforço de suas convicções contra os comentários alheios com embasamento zero.
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Joel tem contrato com a Globo na moral. Nunca vejo reportagem do Cruzeiro, aí semana passada lançaram uma gigante tendo ele como destaque. No dia seguinte mais uma, agora tendo sua prancheta (sempre ela) como enfoque. Depois ele começa com o papo de ‘eu sou a lenda’ aí fudeu de vez.
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A lenda do Joel foi nunca ter conquistado ao menos uma mísera Sul Americana ou Copa do Brasil.
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