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Posts Tagged ‘Conca’

Fluminense 2X3 Botafogo – Cajá maduro

February 6th, 2011 | 194 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2011, Fluminense

Desequilibrou. Matou a pau. Se consagrou.

Cajá - o pequeno que resolve

Tudo quanto for definição possível que eu encontrar vai ser pouco pra descrever a MAIÚSCULA atuação de Renato Cajá no clássico. No primeiro tempo só deu ele, com cobranças de falta colocadas com a mão e passes açucarados. O Cajá regeu o Botafogo. Baixou um espírito de Conca no meia alvinegro. Ficou até a dúvida se aquela bola entrou ou não. Sem tira-teima ficou difícil, mas tem foto pra deixar mais em dúvida ainda.

O jogo se tornava dramático para o Botafogo, pois Fred e Rafael Moura faziam carnaval na entrada da área botafoguense. Aí veio o lance capital: depois de falta em Bruno Thiago, o Loco foi reclamar com o juizão cobrando um cartão amarelo para Valencia. Conseguiu (de quebra a expulsão do volante tricolor), ganhou um também e deu-se início à derrocada tricolor.

Fred saiu de si, arranjou confusão, começou empurra-empurra. E o psicológico tricolor foi pro espaço. O juiz tentou dar uma compensada depois com a discutível expulsão de Marcelo Mattos. Veio o intervalo, e a essa altura o Fluminense ainda vencia por 2 a 1. A noite prometia a consagração do He-Man.

O Dono do Jogo

No segundo tempo, dramaticidade logo de cara. Um pênalti indiscutível do He-Man sobre o Loco, que eu aqui já alertava que com certeza ia ser de cavadinha (tenho testemunhas). Cavalieri ouviu e permaneceu impassível. Pegou. Veio outro pênalti (eu vi um calço no Bruno Thiago) e a torcida pediu por aquele que é ÍDOLO até quando perde pênalti. O CAPITÃO Loco Abreu cobrou no modo [COJONES]²de novo com cavadinha só que desta feita colocada na direita. Gol, delírio da torcida, aclamação do HERÓI e aquela comemoração digna da raça uruguaia. Ou seja, Loco é ÍDOLO até quando perde pênalti.

Raça também no gol de Herrera, em nova jogadaça de Cajá, encobrindo o bom goleiro do tricolor em saída arrojada. Mas não teve jeito. Terceiro do Fogão e vitória sacramentada.

E Jefferson. Meu Deus, que muralha. Preciso, gelado. Um MONSTRO. Espero que Mano tenha assistido, pois reconheço que a convocação fez o talento do goleiraço alvinegro potencializar.

Um Botafogo diferente daquele que fez a torcida sofrer contra o Bangu. Na teoria, o mesmo 3-5-2. Na prática, com a saída de Somália e com um Alessandro com liberdade para atacar, o Botafogo foi à frente muito mais até que o Fluminense – coisa que se refletiu logo de cara no número de finalizações de cada time no primeiro tempo. A defesa ficou mais sólida porque, enfim, os volantes sabiam como marcar e como fazer a cobertura da zaga.

Valeu, Joel. É assim que se fala. É o teu 3-5-2, com a ofensividade que a torcida quer. Chegou-se no meio termo bom para todos.

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Cadê o Tri do Fluminense?

December 22nd, 2010 | 489 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro, Campeonato Brasileiro 2010, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Observatório, Palmeiras, Santos, Sport

TÁQUI, porra!

A saga deste post Observatório está chegando ao fim.

A CBF unificou os títulos pré-71 tirando a reinvindicação tricolor do proselitismo à oficialidade.

Conforme fui registrando à medida que os acontecimentos se desenrolavam (e que podem ser acompanhados neste mesmo post), o mais acessado portal de futebol no Brasil, Globoesporte.com, optou em oferecer ao Fluminense, postulante ao seu terceiro título do Campeonato Brasileiro, o status oficial de momento, considerando-o apenas campeão de 1984 e relegando 70.

Fez o portal o que lhe era de direito, embora tenha comprado um ano antes o barulho do Hexacampeonato do Flamengo tratando-o como se fosse algo normal, banal e de aceitação inequívoca, sendo que apenas 4 títulos eram reconhecidos pela CBF.

Agora meus camaradas… rebolem para explicar.

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Semi Post Scriptum: Ao contrário do que se imagina, este post não se encerra aqui. Quem acompanhou lendo com atenção, percebe que antes de uma briga por oficialização ou não de títulos (coisa que eu não esperei para ver), este post é um Observatório. Por isso, ainda será necessário voltar a ele no futuro para ver quais prefixos matemáticos serão adotados pelo portal escolhido para se observar em cada caso.

Como cada caso, entenda-se como estes quatro grupos de times:

  1. Bahia, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense
  2. Sport Recife
  3. Flamengo
  4. Todos os demais

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Postado em 13 de Dezembro de 2010

O noticiário dá conta que a CBF homologará como oficiais os títulos disputados pré-71 ainda sobre a chancela da CBD atendendo à necessidade de revisão na contagem de títulos dentre seus filiados por demanda de alguns destes, campeões de Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa.

Pela coincidência do Fluminense, vencedor do mais recente campeonato dentre os que ainda foram disputados sob os cuidados da CBD, estar disputando o título de 2010, o assunto surgiu com muita força na imprensa carioca, culminando com a constrangedora transmissão “técnica” da final do Brasileirão onde Luis Roberto pisou em ovos para explicar a reinvindicação tricampeonatista da torcida do Fluminense.

A Globo, emissora que detém os direitos de transmissão em TV aberta e fechada, apesar de colocar à contragosto o assunto em pauta, manteve-se inflexível em taxar o Fluminense apenas como Campeão Brasileiro de 2010, no que entendo, agiu com correção técnica. O Blá blá Gol fez o mesmo [2]. Todavia, o Blá blá Gol faz isso por critérios de alguns editores em considerar o uso de prefixos matemáticos somente para títulos sequenciais (existem exceções no blog, como na segunda conquista da Libertadores do Internacional) e não para fugir de uma briga e ter de se explicar por nada.

Quem clicou no link da noticia percebe que o Globoesporte.com é cuidadoso em enumerar e diferenciar os títulos não reconhecidos ainda pela CBF, mas não tem o menor pudor em enumerar como os títulos existentes, um que além de não ter sido igualmente reconhecido pela CBF, foi o único rechaçado pela entidade.

Alguém aí contou um título existente a mais também?

Ainda na iminência do reconhecimento oficial, e mesmo dando o destaque que vem sendo obrigado a dar ao assunto que está sendo enfiado golea abaixo, a editoria da emissora insiste na cara-dura e desfaçatez em tratar 16 clubes com o rigor dos regulamentos, e um com um asterisco hashtageado malhado de rodapé.

Felizmente, a exposição de opiniões anda ganhando ares mais democráticos graças exclusivamente ao desenvolvimento tecnológico. Tivesse o Fluminense esperado “apenas” 16 anos ao invés de 26, sua torcida teria gritado dicampeão, ao invés de tri.

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Postado em 2 de Dezembro de 2010

Globoesporte.com acena com o asterisco

Depois de ser categórico em relação a luta do Fluminense pelo bicampeonato Brasileiro há menos de uma semana sem maiores menções ao título de 1970, o Globoesporte.com cede ao barulho da torcida tricolor e começa a levantar a lebre deste título. O assunto ainda entra como a “Polêmica de 70”, mas já é uma vitória da torcida do Fluminense, pois o barulho está comprado.

A conclusão do artigo ainda explicita que a linha editorial denota 1970 como não sendo um título de Campeão Brasileiro Oficial, mas que já passa a constar no boa miúda como sendo.

Bom, tá tudo bem dito aí. Não tenho muito a acrescentar, mas obviamente, com todo respeito aos meus nobres colegas, concordo mais com uns que com outros. Minha opinião? Há uma série de coisas que não são necessariamente oficiais, mas nem por isso deixam de ser legítimas. É o caso do título do Fluminense em 1970. Pelas características da Taça de Prata, disputada entre 1967 e 1970 – chamada até de “embrião” do Campeonato Brasileiro pela similaridade – considero justo que os campeões das quatro edições (Palmeiras duas vezes, Santos e Fluminense) sejam equiparados aos campeões atuais. Sendo assim, é legítimo dizer que o Flu luta pelo tri. Cabe ao clube continuar tentando oficializar isso. Mesmo que para a torcida, mais do que nomenclaturas oficiais, o que vale mesmo é a boa e velha faixa, comprada nos melhores camelôs do ramo.

O Globoesporte.com abre caminho para querendo estampar um belo de um TRICAMPEÃO em sua capa em caso de conquista tricolor à revelia da CBF como fez com o Flamengo ano passado, mas deixa a ressalva negritada acima de tratar o Tricolor de forma diferenciada do Rubronegro condicionando um título ao esforço do clube em oficializá-lo.

De qualquer forma, a torcida do Fluminense está fazendo o seu papel ao valorizar sua conquista mesmo que não entenda o que significa e forçar a barra da mesma forma que a torcida do Flamengo faz. Afinal, o papel de torcida não é ponderar e sim torcer, puxar a brasa para sua sardinha.

Deixe a formalidade das discussões para nós, metidos a sensatos.

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Postado em 28 de Novembro de 2010

O Globoesporte.com definiu bem claramente sua linha editorial em relação à Taça Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Globoesporte.com conta para o Flu apenas os títulos reconhecidos pela CBF

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Postado em 29 de Outubro de 2010

Na coletiva de Fluminense 2×0 Grêmio um repórter fez uma pergunta mais ou menos assim à respeito de Conca:

Blá blá blá blá blá Conca blá blá blá Conca do começo da competição e blá blá blá blá blá blá blá blá caiu o rendimento e blá blá blá blá agora joga o esperado para levar o Fluminense ao bicampeonato?

Muricy ateve-se ao Abnegado Conca em sua respostae deixou passar batida a referência ao número de títulos do Fluminense.

A esta altura do campeonato de 2009, era um tal de Hexa do Flamengo para cá, Hexa do Flamengo para lá. A CBF definira que o título Brasileiro de 1987 não era do Flamengo. Entretanto, torcida, clube e mídia passaram por cima e davam o time como Campeão alardeando que em 2009 o time buscava seu Hexa campeonato.

Não estavam errados. Clube e torcida dão a interpretação dos fatos que lhe convém, e valorizar um título certamente é conveniente para esses dois agentes. Já os veículos de mídia, seguem sua linha editorial, não necessariamente compromissada com a rigidez dos fatos. Neste caso, a esmagadora maioria dos veículos de massa adotaram o rubronegro carioca como Campeão Brasileiro de 1987 (ainda que adotem vaselinisticamente o rubronegro pernambucano também)

O Fluminense por sua vez pleiteou há algum tempo o reconhecimento do título de 1970 como um Campeonato Brasileiro, além do que sua torcida começa a criar o hábito de colocar o time como Bicampeão Brasileiro em 1970 e 1984, tendo mostrado inclusive em mosaico recente. Já a mídia ignora solenemente o título brasileiro do Tricolor. Quando não o faz, deixa clara a denominação Taça Roberto Gomes Pedrosa.

A grande mídia, usa de dois pesos e duas medidas, uma vez que para o rubronegro, ela fugiu do pragmatismo e comprou o barulho da conquista de 1987, enquanto para o tricolor, basta a frieza do esquecimento que a distância permite dar.

Mas as mídias, como dito, escolhem a linha editorial que bem entende. Seus leitores que interpretem a coerência/incoerência das mesmas e critiquem por si próprio. Pelo seu lado, o Fluminense é quem deveria rechaçar insinuações a um “mero” bicampeonato, além de martelar na cabeça de seu torcedor, a ideia tricampeonatista. For esperar cair do céu, futebol brasileiro em 70 será lembrado apenas pela Seleção Brasileira e não pelo Campeão Brasileiro.

Conca joga o esperado para levar o Fluminense ao título Brasileiro de 2010 desde o início da competição. Joga todos os jogos, sendo que em alguns joga para levar sozinho, como contra o Grêmio.

Portaluppi avaliou que seu time controlou a partida e pressionou o Fluminense, sem descuidar da marcação, onde os gols sairam pela genialidade do argentino Abnegado. Está certo o treinador gremista.

Ao conseguir seu 1º gol, a equipe de Muricy recuou e assistiu o Grêmio alugar meio-campo. O que não necessariamente é ruim para o Fluminense, uma vez que ao ser pressionado, evita que muitas bolas cheguem em Washington. É meio canhestro o raciocínio, mas quanto menos a bola passar por Washington, melhor.

O Grêmio não se valeu desse raciocínio, e insistiu em utilizar André Lima. Por isso perdeu. Merecidamente. Um time que confia em André Lima merece perder, por melhor que jogue.

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Parabéns à diretoria e torcida do Fluminense. A diretoria entendeu uma das limitações do uso do Engenhão que é a torcida se pulverizar. Por isso, fechou um dos lados para concentrar os torcedores em um só local e aumentar a pressão. Funcionou, e menos de 20.000 tricolores foram suficientes para criar um clima positivo ao time da casa, empurrando-o para a pressão inicial que resultou no golaço de Conca.

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Larga essa bola, Washington

October 24th, 2010 | 29 Comments | Filed in Atlético-PR, Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Futebol

Deitado na cama com pé para o alto via Netbook – O Verão começou mais cedo para mim tendo em vista que passei todo o fim de semana pelos 39 e 40 graus (não tem a bolinha de número nessa merda de tecladinho). Meu breve momento de recuperação e lucidez no fim de semana serviu para ver Washington desencantar marcando um gol contra.

Sim, deu-me raiva, mas quer saber? Fez gol contra porque estava ali cumprindo o que estava determinado a fazer e paciência. Deu azar.

Claro que um azar muito inconveniente pela fase do Canela Valente. Mais um que se soma a outros tantos que vem ocorrendo e que obviamente só explicam a titularidade do 99 (número bizarro) pela completa ausência de opções.

Mas o lixo total é que depois do penalty arrancado pelo time do Muricy, esse Egocêntrico dos Infernos quis cobrá-lo. A raiva suprema só foi superada pela felicidade do Abnegado e Brioso Capitão Conca ter retirado na marra a bola deste Abestalhado com a aprovação imediata do comandante Muricy (aprenda Dorival, voz de comando é para ser dada e cumprida na hora).

Penalty cobrado com raiva para o fundo da rede e empate mais que merecido no jogaço, onde pelas circunstâncias do campeonato e de jogo faz com que algumas partidas os dois oponentes necessitem alterar o placar.

Se ficou a sensação aos tricolores que qualquer coisa diferente da vitória foi ruim, busque olhar a partida com olhar atleticano, time que dentro de casa apoiado pela torcida buscou jogo igual ao Flu com Paulo Baier jogando o fino na armação, com direito a belos dribles na meiuca. O Zidane de pobre.

Fica assim. Sem mais detalhes e sem imagem que a bateria está indo para o saco e meu pé está doendo.

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Muricy em ‘A Vida Como Ela É’

September 26th, 2010 | 4 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Vitória

Enebriados com a reação do Fluminense em 2009 para fugir do rebaixamento, saindo da 18ª posição para a 16ª, torcedores tricolores ficaram ressabiados com a queda de rendimento da equipe nas últimas rodadas. Diga-se de passagem, não sem razão, pois mesmo normal, a luz amarela se acendeu.

Entretanto, assim como o revés é para ser levado em consideração, a retomada de rumo não está descartada como bem sabe Muricy, treinador que ao contrário da torcida do Fluminense é acostumado a ver e entender a tabela pela ótica de quem disputa por cima.

Sem Fred e Emerson, Muricy arrumou sua equipe com Washington e Ruimdriguinho. O atual camisa 10 da equipe ignora a existência de um companheiro no ataque fazendo com que o Tricolor entre em campo com dois atacantes independentes. Especificamente na partida contra o Vitória, Ruimdriguinho ainda jogava o 1º tempo como se Washington fosse, atuando como mais um pivô.

Muricy fez omelete sem ovos e exigiu que o reserva de Emerson  parasse de jogar de costas e assim colocou Conca e Deco na partida já que o Fluminense fazia sua parte em não deixar o jogo e o Vitória correr. Desta forma, Ruimdriguinho fez a única coisa que lhe resta em um time de futebol, mirar o gol. Partindo para dentro da área sofreu penalty fazendo Conca desencabaçar.

Aí, quando o Vitória empatou com Henrique rasgando contra Leandro Euzébio em mais uma falta mal defendida, o Abnegado praticamente obrigou Ruimdriguinho a desempatar como se o rubronegro baiano fosse carioca.

Ruimdriguinho e Conca comemoram gol da liderança Tricolor

Ainda que a torcida do Fluminense esteja ressabiada pelo pouco costume, Muricy sabe como funciona a vida lá de cima, e não por outro motivo o ambicioso Tricolor substituiu Cuca, além do esforço de manter seu comandante perante abordagem da Seleção Brasileira.

O time do técnico preferido pela CBF segue firme entre os ponteiro do campeonato brigando pelo título.

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Muricy está perdido

September 16th, 2010 | 53 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Corinthians, Fluminense

Muricy não está conseguindo descobrir como armar o time sem atacantes, especialmente se esse atacante chama-se Emerson. O treinador tricolor que de nada reclamou desde que chegou ao Fluminense, veio a público apenas para lamentar a perda de Alan, reserva de Emerson.

Muricy e Ruimdriguinho

Muricy sabia que sem Alan, na ausência do Sheik teria de lançar mão de Ruimdriguinho. Sem confiança, tem optado em não entrar com o atacante e jogar com Conca avançado. O Abnegado é um craque talhado para servir e não concluir. Com isso, o ataque do Fluminense resume-se a Washington e às subidas de seus zagueiros em bolas paradas.

O esquema é um nítido acochambre, tanto que ao sofrer um revés, Muricy coloca Ruimdriguinho em campo pois não tem a convicção que o esquema original é passível de superar um adversário fechado com vantagem.

Adilson Baptista matou o ataque tricolor no 1º tempo abusando da linha burra que invariavelmente deixava Washington em impedimento e permitiu a tranquilidade para seu ataque tentar a sorte, obtida com o gol de Jucilei em grande noite.

Voltando do intervalo, Muricy acusou o golpe escalando Ruimdriguinho e entregando nas mãos do acaso, que foi Fiel e ampliou com Iarley para 2×0 deixando o Timão com a faca e o queijo nas mãos. Curiosamente, Ruimdriguinho tem uma mísera utilidade quando é flecha e não precisa tocar a bola para ninguém. Deste personagem que escancara as fragilidades tricolores sairam junto com o Abnegado os últimos suspiros de esperança em manter distância para o Corinthians, que com o time limpo, pode parar Conca de longe com repetidas faltas ao fim do jogo impedido a fluidez carioca.

Deco deve ser um jogador muito diferenciado. Mas tão diferenciado e genial a ponto de que eu não entenda o que ele faz em campo. O talento de sobra vem sendo inócuo.

Há de se considerar a segura arbitragem de Simon. A partida cheia de cascas de banana foi simplificada pelo árbitro. O Fluminense que esboça desde o começo do campeonato não tem podido reclamar das arbitragens, inclusive contra o Corinthians, time-alvo dos chororenses. Como Simon costuma ser execrado, é um dos poucos árbitros que presto atenção, e sigo sempre achando justas suas indicações para Copas do Mundo.

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O Pirão de Conca

August 19th, 2010 | 6 Comments | Filed in Fluminense

Fred, Muricy, Deco, Fred de novo.

Lá vai o Fluminense investindo pesado subindo sua folha salarial montando e mantendo seu time estrelar.

Enquanto isso, o melhor jogador do time, que foi aclamado pela própria torcida como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2009 através de votação por um site especializado de esportes (sempre quis fazer isso), estava na encolha.

Mas discrição pouca é bobagem, ainda mais quando clube e patrocinador comemoram renovação do atacante de 4,7 anos para 5 (o que é um tanto quanto non-sense uma vez que basta times europeus chegarem juntos que começa o festival de “estamos estudando as propostas”).

Até por isonomia, não faz sentido que o salário de Conca fique aquém ao resto da companhia.

Que se crie a Concamania

Certamente o argentino não irá pipocar em campo e continuará jogando seu grande futebol. Mas vai saber se aquela bola que sai de primeira para um Washington não comece a levar dois ou três segundos a mais para ir cair no pé de Fred?

A grande questão de manter um time estrelar, é que não adianta ter um abismo enorme, já que futebol é jogado por um time. O custo de ter estrelas é elevado pelo custo de se manter coadjuvantes valorizados.

Enquanto festeja-se o mise en scene de Mano Menezes por convocar jogadores que atuam em solo e clubes brasileiros, esquece-se que na outra ponta valoriza-se o profissional que precisa receber por isso. Ter jogadores de Seleção Brasileira no plantel gera um custo. Custo que claro, pode ser tido como investimento ao gerar interesse de torcedores e futuras negociações, é necessário balancear.

Depois de Conca, não se duvide que Mariano, convocável, pleiteie sua valorização. E aí, como uma cascata, outros menos cotados de se aproximarem do lateral.

O preço que se paga por Deco, Fred e Muricy é encher o bolso de Diogo, Marquinho e Rodriguinho.

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Fluminense 3×0 Internacional: O Melhor Elenco do Brasileirão

August 17th, 2010 | 116 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Internacional

Domingo sem Fórmula-1

O competitivo Fluminense não vem afinando diante das facilidades. Aproveitou bem as rodadas antes da Copa do Mundo pontuando bastante. Pela parada atípica no campeonato, o time parece ainda não ter sentido o comum declínio que todo atleta ou equipe costuma ter no médio prazo, com a perda de performance. A dica vem do excelente desempenho comparado com o mesmo número de rodadas das edições anteriores.

Além disso, emplaca vitórias com propriedades quando do adversário não deve se apiedar. Ao enfrentar a dupla Gre-Nal, esbarrou no ocaso de Silas e sapecou 3 pontos no Olímpico, assim como sem dificuldades acachapou o reserva Internacional no Maracanã.

O Colorado com pompas e circunstâncias de melhor elenco do Brasil não foi páreo com seu time B contra Conca, Mariano, Emerson e cia. “Melhor elenco” é super-trunfo para comentaristas, mas não deve ser usado a qualquer momento sob risco de ser engolido pela carta “A”.

Um elenco forte apresenta resultado quando o mesmo é lançado na forma de substituições pontuais de jogadores, ou como alternativas para modificações em virtude de situações esporádicas e do adversário. Fiar-se em time reserva na íntegra aludindo um bom elenco é quebrar a fuça e confundir o pobre torcedor iludido.

O melhor elenco do Brasileirão até o momento é o do Fluminense, que pode dedicar todos seus esforços na competição e que conta com substitutos na medida para seus titulares mantendo padrão vitorioso de jogo. Washington em boa-forma dispensado pelo São Paulo substitui Fred sem maiores traumas. Ainda aquém do que se esperava, Julio Cesar cumpre seu papel no lugar de Carlinhos. Diogo, Diguinho e Belleti conseguem se alternar na volância tricolor, enquanto Cassio mostrou dar conta do recado entrando com mais dois zagueiros titulares quaisquer.

Conca pelo que vem jogando no Brasileiro não tem substitutos, embora na teoria Deco manterá o padrão na armação. Sem alternativas direta no time tricolor aparecem Emerson e Mariano. O Sheik caiu como uma luva nesta equipe e Rodriguinho é um jogador débil, não à toa que Muricy lamenta-se publicamente a perda de Alan. Chora-se com a possibilidade de Thiaguinho substituir Mariano, ou mesmo Belleti voltar às suas origens. A alternativa à Mariano seria mexer na forma do time jogar. É o que se pode fazer ao perder um jogador de Seleção Brasileira:

Outro dia dei uma opinião sobre quem levaria para a seleção. Eu fui um pouquinho técnico e certamente levaria dois jogadores: o Mariano e o Fred. A fase dele é muito boa. É um jogador como eu gosto, com muita velocidade e que agride o tempo todo. Está em um grande momento e tem que continuar assim.

Jogo 16:00 pode ser visto por todos

Pura e simplesmente os nomes de Fabiano Eller, Tinga, Rafael Sóbis e Andrezinho somados a outros reservas menos ilustres e o atabalhoado Renan em sua volta nada significam. Pelo contrário, Fabiano Eller destacou-se abaixo da linha da decência nesta partida. O elenco do Internacional não forma dois times, como nenhum outro forma. Ao fim da Libertadores, abre-se a discussão. Até a 14ª rodada, o melhor elenco do campeonato é do Fluminense Football Club, especialmente quando Conca, o melhor jogador do campeonato, estiver em campo. Sem ele,  o elenco Tricolor pode vir a ser competitivo à altura dos demais, eventualmente até belisque o título.

O placar de 3×0 em jogo tranquilo de segundo tempo até sonolento, reflete o que foi Conca x Reservas Colorados. Resuma-se nas palavras de Celso Roth:

Sempre é difícil estar em duas competições assim. Se o Fluminense jogar sempre assim vai ser difícil ser batido. Teve méritos na vitória. O Inter jogou desajustado e perdeu. Mudamos o esquema no fim jogo para não ficar pior do que já estava. Sorte do Fluminense que nos pegou num momento como esse. Mas manter esse nível não é fácil. Posso dizer isso pela experiência no Grêmio

ADENDO:

Não puxei essa discussão sobre elenco da minha cabeça. A pauta foi ditada pelo próprio Muricy há pouco mais de uma semana.

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Conca não deixa dúvidas para Maradona

April 23rd, 2010 | 4 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Fluminense, Portuguesa

A cabeça não estava no Maracanã

Uma convocação de Conca para a Copa do Mundo não passou nem perto de ser cogitada por Maradona. Possivelmente Don Diego nem mesmo faz ideia da existência do camisa 11 tricolor.

Mas se fizesse ideia e estivesse em dúvida, as mesmas teriam sido dirimidas na partida contra a Portuguesa.

Conca esteve tão mal na partida que conseguiu quase acabar com esse post ao ser expulso e torná-lo óbvio. Todavia, o post sairia ainda que Conca terminasse a partida como começou tão mal estava em campo. O segundo amarelo foi a cereja no bolo.

O Fluminense fez uma partida de grande contra pequeno no 1º tempo com três gols de Fred, período onde Conca teve participação apagada. A equipe voltou mais frouxa no 2º e Conca abaixo da crítica perdido e fazendo o time perder campo para a Lusa que passou a sufocar o Fluminense marcando 2 gols.

Os dois cartões amarelos levados pelo meio-campista tricolor foram de uma boçalidade gritante, cartões bobos porém inquestionáveis. Coisa de quem está de saco cheio de estar em campo. Aliás, ser expulso com 10 minutos para o fim pode ter sido o que melhor fez Conca na partida. Acabou por dar um gás final no Fluminense na missão de segurar a onda da Portuguesa que jogou briosamente na 2ª etapa.

Conca não jogará a partida de ida das quartas-de-final contra o Grêmio no Maracanã. Ainda que seja algo para o Fluminense se lamentar será pelo menos curioso observar como a equipe se comportará com esta ausência e tendo de buscar o jogo

DISCLAIMER: sim, não é paradoxal constatar que o meia vem jogando mal mas ainda assim é peça integrante da engrenagem tricolor.

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Em 4 tempos, a Portuguesa foi inferior ao Fluminense nos 3 primeiros. Michelle, torcedora da Lusa foi ainda mais exigente e considerou pouco menos de 0,5.

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Vasco 3×0 Fluminense com as bençãos de André Lima

March 29th, 2010 | 10 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2010, Fluminense, Vasco

O clássico com foco tricolor:

Não fosse por André Lima, o Fluminense teria maiores chances no primeiro tempo onde teve maior volume de jogo.

Cada jogo que passa aumenta minha convicção da desmotivação em ver a bola bater lá na frente do ataque tricolor e voltar. É uma espécie de Washington sem poder, e que não assusta o adversário.

Durante a semana, li diversas reportagem tentando elevar a moral desse bonde e ensaiando coisas do tipo:
André Lima já pensa em ser titular ao lado de Fred”.

Ou o atacante ou o repórter: um dos dois não tem senso de ridículo. Ou então, o leitor, o que também é muito provável.

O jogo não foi fácil para o Vasco como o placar pode deixar transparecer. Vendo o primeiro tempo, afirmei sem receio que a equipe do Fluminense era bem melhor que a do Vasco, mas me incomodava imensamente a produçao zero do ataque tricolor. O time saia rápido para o ataque, mas lá nada fazia contra os grandalhões zagueiros vascaínos.

No 2º tempo, Gaúcho meteu o dedo no Vasco, era perceptível a orientação aos cruzmaltinos de marcar na área tricolor, apertando os zagueiros do Fluminense, e assim, o 2º tempo começou com mais bola por parte dos Templários que dos Tricolores. Se o gol vascaíno saiu de um reles escanteio, o Vasco já fazia por merecer ainda que seu gol saísse da forma que fosse. Coisa que o Fluminense não mereceu no primeiro tempo por pura inaptidão de seu atacante bonde.

A hora em que mais me animei foi com a entrada de Wellington Silva no lugar do bonde. Animação que não rendeu lá grandes coisas. Além do gol e expulsão de Leandro Euzébio, a zaga vascaína encurralou o moleque tricolor na ponta que ciscou, ciscou, ciscou e por lá ficou.

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Mariano, que eu dentre muitos metralhamos no seu início do Fluminense é junto com Diguinho um dos melhores do time no ano. Com esses dois, o Fluminense saia rápido da defesa do ataque (infelizmente André Lima fazia com que a bola voltasse para a zaga tricolor com a mesma velocidade).

Eu acho que o meio-campo do Fluminense perde muito sem Dalton ali atrás na sobra da zaga: 1º porque ele é muito bom nessa função defensiva e 2º porque ele inicia com muita propriedade a saída da zaga para o meio (o que já empurra Mariano pela direita, Diguinho e Everton para perto de Conca na intermediária adversária). Achei além de Conca, Everton escondido e muito atrás.

Mais que Conca, que depende da bola grudada no pé dele para fazer aquelas jogadas que se entende pouco onde ele quer chegar, mas chega, achei Everton omisso na partida.

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O foco no Vasco vale mais pela contraposição da postura do time antes e após Mancini:

Lá na frente se tiver de emitir algum comentário sobre a capacidade de Mancini em armar um time, ignorarei a passagem dele no Vasco. O que os jogadores vascaínos fizeram com ele é digno de nota e para entrar nos manuais da bola de “como se derrubar um técnico em 30 dias”.

Não vou entrar no mérito moral da coisa, porque tem horas que cabe-se apenas observar e aprender. O boicote a a má-vontade com o ex-treinador ficou explícita com a gênese explicada por Serginho.

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Minutos fora da zona na vitória bônus

November 22nd, 2009 | 6 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Fluminense, Sport

Sport 0x3 Fluminense

Por alguns minutos o Fluminense tornou-se respeitável e deixou a zona. Enquanto vencia seu jogo no Recife e o craque rubronegro do campeonato, não fazia história no Engenhão.

Pela minha simulação, esta foi uma vitória bônus para o Fluminense, já que contava como derrota.

E o jogo chatinho não mostrava que o Fluminense colocaria no bolso os 3 pontos até que por contigências da partida, Moacir levou o 2º amarelo.

O Fluminense não jogava bisonhamente, isto é, não lembrava o Tricolor do 1º turno, mas apenas apresentava-se competitivo com sua desconfigurada equipe. Logo após a expulsão de Moacir, o Sport foi para cima com fogo de palha, mas a vantagem numérica facilitou a vida tricolor e o gol visitante saiu inevitavelmente.

A vida seguiu fácil e Conca tratou de não dar sopa para o azar e pôs a partida em suas mãos.

Faço aqui minha corneta: O argentino tricolor tem lugar na Copa do Mundo?

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Como eu imaginava também, Coritiba perdeu fora de casa. Continuo achando que o Coxa é o alvo do Fluminense. Achava mesmo que o Fluminense perdesse esta partida bônus. Tendo vencido então.

Pelas minhas contas, o Tricolor chegaria à última rodada tendo de vencer o Coritiba fora de casa. Com a vitória em Recife, o ajuste leva a vantagem do empate para o Fluminense, e quem sabe, algumas combinações em caso de derrota carioca.

Três pontinhos que vieram bem a calhar ao Fluminense na sua estafante reta final.

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O Vitória tem 44 pontos antes de enfrentar o Barueri. Mas pela tabela que tem, ainda não coloco o time baiano a candidato a rebaixamento.

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