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Feliz aniversário! O Futebol te deu o presente

November 6th, 2014 | 5 Comments | Filed in Atlético-MG, Copa do Brasil 2014, Cruzeiro

Ah, pai! Ah, velho! No dia do teu aniversário ter esse presente? Como dormir, sr. João Caldas? Como não sonhar com você comigo naquele Gigante da Pampulha mais uma vez vendo A Final das finais?

Heróico como você, viejo. Machucado, doído, como foi a vida da gente, mas glorioso ao final. Com um resultado que mostrou superação, mas também mostrou a TÉCNICA que você sempre quis no teu time. O controle de jogo, a tranquilidade de saber espetar o peixe na hora certinha.

Você que sempre sonhou em ver o futebol mineiro acima dos outros, que sempre, SEMPRE, quis que Cruzeiro e Atlético dominassem o cenário nacional, que sempre preteriu, se negou a torcer pra outros clubes de outros estádios e estados contra o rival citadino (ainda que eu, neófito que sou, brigasse contigo por isso).

Agora não vai poder ver esse embate que já está na história. Ou vai?

Uma pena, viejo, que não estejas aqui comigo nessa hora para ver como um sentimento que mescla estupefação, alegria e suspense paira nessa noite quente de Belo Horizonte. Noite (ou começo do dia) do teu aniversário. Ou está? E estará?

São 01:30h da manhã do dia 6 de novembro. É teu aniversário. E hoje sei que o Futebol te deu o presente que você sempre quis. Teu time na final, contra um time irmão (por que não?) do qual tua esposa, minha mãe, foi torcedora – ou é, secretamente, ainda que somente se perceba num sorriso de canto de boca quando o atlético ganha do Flamengo, por motivos que só nós sabemos.

De torcedores de ambos os lados que amam odiar um ao outro (mas somente dentro das 4 linhas, espera-se) .

O futebol demorou a te dar esse presente, velho, mas ele veio num momento em que podemos contemplá-lo em toda sua glória. Eu sei que estarás lá no Gigante. Gigante como teu amor. Gigante como Cruzeiro. Eu sei que sofreremos, porque futebol é isso. Venceremos? Talvez, mas é claro que torceremos até o fim para que sim. Para que gritemos “Pentacampeão”, eu daqui, você daí. Porque o Cruzeiro é um amigo que nunca me abandonou, mesmo quando pensei que tu tivesses me deixado. Ele me lembrou que não, que sua história está comigo. Ele me pediu “não se esqueça” e eu não esqueci!

Parabéns, pai. Aproveite este presente que Cruzeiro, Atlético e o Futebol te deram. A história já foi escrita. E ainda tem mais dois eletrizantes capítulos. Te amo!

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Sobre o Tempo e as Obras de Arte

August 22nd, 2014 | 13 Comments | Filed in Copa do Brasil 2013, Cruzeiro, Flamengo, Futebol, Imagens

Um ano passa rápido, né? Ainda mais se você é aquela pessoa que, como eu, já venceu o 1º quarto de século. Você provavelmente tem trabalho, faculdade, um par de obrigações que fazem com que seu dia, sua semana, sua vida passe cada vez mais célere, quase como um Mayke quando encontra uma brecha pra atacar pela ponta direita.

Um ano passa rápido. Desde 21/08/2013 você, Cruzeirense como eu, viu uma eliminação na Copa do Brasil para o Flamengo, viu um título do Campeonato Brasileiro conquistado de forma indiscutível, viu um título estadual. Viu também uma Copa do Mundo que, dentro de campo, foi das melhores da história. Viu crises entre povos, viu a corrida para próximo Presidente do país começar e viu uma tragédia levar um candidato. E chega hoje, 21/08/2014, às vésperas de mais um importante jogo contra o Grêmio, no Mineirão.

Mas tudo isso são filigranas perto da arte. A arte, senhoras e senhores, é atemporal. Obras de arte ficam na memória por proporcionar, a quem lhes admira, uma sensação comum, independente do tempo ou da situação em que são admiradas. Esse sentimento pode ser de inquietação, felicidade, raiva, tristeza, êxtase, depende da vontade do artista.

Eram por volta das 23 horas e 11 minutos daquele 21 de agosto de 2013. Exatamente um ano atrás.

Quando a bola subiu, desceu e foi chutada com a violência de quem quer transformar seu nome em história para milhões, o que se viu foi uma obra de arte.

Opa, já vai?

Opa, já vai?

Quando aquele camisa 17 (ou seria 10?), rápido como nossa vida, correu para a área, para o gol e depois para a torcida, havia duas sensações comuns em todos Cruzeirenses que admiraram aquele momento raro (e pode-se dizer que em muitos não-Cruzeirenses também). Alegria e Gratidão. Ali foi criada uma obra-prima, já imortalizada por vídeos, narrações, fotos, mas, mais importante que tudo, por sentimento.

Porque o Cruzeirense que presenciou aquele feito jamais se esquecerá do que sentiu naquela virada do relógio, naquela bola encontrando o tecido que delimita o gol.

E, melhor, sempre que ver esse lance, sentirá novamente. Afinal de contas, é arte. Um ano passa rápido, mas tempo algum apaga.

Obrigado, Éverton Ribeiro, por imortalizar a alegria.

Que golaço!

Também publicado em: www.cruzeironews.com.br

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Dunga pela justiça

July 21st, 2014 | 63 Comments | Filed in Copa 2010, Copa 2018, Copa Sul-Americana 2010, Futebol, Seleção Brasileira

Assim como em 94, acredito no Anão retomando a taça em 2018 e gritando que “essa porra é nossa, caralho!” na fuça dos “fãs de esporte” e “globalistas” que já estão o detratando.

Vale lembrar que a opinião dos que são o “meio-termo” aqui nem é tão interessante porque, apesar de ser o padrão ideal, é o menos existente. Óbvio que Dunga será visto com toda a reserva, como qualquer outro técnico. Aliás, não como qualquer outro técnico porque ele fez um trabalho bom no Brasil e isso dá uma ajuda a ele, ou deveria dar.

Mas Dunga foi, uma vez, injustiçado pelos “fãs do esporte” (que não eram tantos nem tinham esse nome, à época) e, muito por isso, aquela justiça de 1994 foi ótima. Agora conta com o ódio também daqueles movidos pela detentora dos direitos do BRzão que o criticam porque ele não é brother da Fátima Bernardes.

A notícia ressoou em Iespiênicos que detestaram Dunga porque… Ele foi contratado pelo Marin! Ora, contra Gilmar, esse sim um absurdo, não houve esse gritaria toda. E olha que Dunga prestou ótimos serviços à seleção. Gilmar só o contrário.

Dunga pode, com o título eventual, mandar um chupa pra geral e ainda um “fodas” pra Marin que o colocou ali pra ser um escudo.

"Fotografa essa porra!"

“Fotografa essa porra!”

Seria a vitória de um bom técnico e a justiça por 2010. 

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Copa do Mundo Brasil 2014 – Estratégias e resultados dentro e fora de campo

July 11th, 2014 | 35 Comments | Filed in Copa 2014, Estrutura, Futebol, Marketing & Publicidade, Números

Por Rafael Ramos Abrahão e Matheus Ferreira Caldas*

O evento futebolístico mais popular do mundo está prestes a terminar e, com toda a movimentação que teve início muito antes do apito inicial, as empresas, que se prepararam para maior visibilidade no país do futebol, começam a colher frutos de seus investimentos. Os resultados começam a aparecer, o que demonstra que o evento está sendo um sucesso, ao menos neste aspecto.

As principais empresas de material esportivo, Nike e Adidas, travaram uma árdua batalha para conquistar seus espaços, seja trabalhando diretamente com as seleções, seja atingindo os torcedores que se espalham por todo país através de vários tipos de mídia.

Tem-se que, dentro das quatro linhas, a empresa Adidas levou a melhor, uma vez que as seleções finalistas, a Alemanha e Argentina, são patrocinadas pela empresa, enquanto a Nike é patrocinadora das seleções do Brasil e Holanda, que disputam a terceira colocação no Mundial.

Até onde isso reflete uma estratégia das empresas? As marcas de produtos esportivos buscam, com toda certeza, ligar seus nomes às seleções e jogadores mais vencedores do Mundo. O que deve-se perguntar é: existe um real estudo sobre as potencialidades esportivas dessas equipes e quanto isto influencia no momento de definição de patrocínio?

E mais: é possível que tais empresas tenham estudado o futuro destas seleções através de pesquisa em categorias de base e verificação de trabalhos que vêm sendo feitos por cada país?

Fora das quatro linhas, conforme publicado no jornal Valor Econômico em 11/07/2014, até o presente momento, a empresa Adidas havia vendido a estratosférica amonta de 14 milhões de “Brazucas”, a bola oficial da competição, e faturado a quantia de 2 bilhões de euros com todos os produtos, 500 milhões de euros a mais do que na copa anterior.

Os representantes das marcas entendem o momento especial. “A Nike veste a seleção brasileira, e consequentemente, vai receber uma atenção especial desta vez”, afirma Olaf Markhoff, porta-voz da empresa americana.

Já Lars Mangels, porta-voz da Adidas, deixa claro a importância da Copa de 2014: “O Mundial é muito importante para nós e vamos usar o evento para chamar atenção em todo o mundo com nossos produtos, campanhas, atletas e times”.

Ressalte-se também que a internet e as redes sociais têm fundamental importância na disputa comercial destes gigantes. E, neste quesito, a vitória da Nike é esmagadora: até o momento, o vídeo “Winner Stays” atingiu mais de 86 milhões de visualizações. Já a Adidas, com seu vídeo “Messi’s Dream”, atingiu pouco mais de 38 milhões de visualizações.

Já nas redes sociais diversas, o vídeo da Nike foi compartilhado por mais de 1,3 milhões de usuários, e o da Adidas, por menos de 300 mil.

Assim, ainda que existam opiniões contrárias, pode-se claramente dizer que, para muitos, a Copa do Mundo Brasil 2014 está sendo um verdadeiro sucesso. Dentro de campo, as melhores campanhas foram premiadas, com grandes jogos na primeira fase e, posteriormente, a inexistência de surpresas nas fases finais.

Do ponto de vista do mercado, tal sucesso é ainda maior. Os recordes de audiência e os valores movimentados até o momento pelas empresas aqui citadas já demonstram o êxito nas estratégias adotadas. Ressalte-se que o real lucro só será apresentado num futuro próximo. Independente de quem vença a Copa do Mundo no próximo domingo, o mercado agradece.

****

* Rafael Ramos Abrahão é advogado da Advocacia Procópio de Carvalho. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, é especializado em Direito Empresarial e Trabalhista.

Matheus Ferreira Caldas é advogado da Advocacia Procópio de Carvalho. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, é especializado em Direito Empresarial e Cível e pós-graduando em Direito Corporativo pelo IBMEC.

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Uma cerveja, por favor…

February 27th, 2014 | 20 Comments | Filed in Estádios

Jorge Santana levantou a bola…

Deu no Fantástico:

  • Entre 1999 e 2008, 42 pessoas foram mortas no Brasil nos conflitos entre torcidas. Vítimas aumentaram a partir de 2009, chegando a 23 mortos em 2012 e a 30 em 2013.

Ontem, em Sampa, morreu o primeiro de 2014. Um santista de 34 anos, casado, pai de um garoto de seis meses, foi morto num ponto de ônibus por oito bandidos que torcem pelo São Paulo.

Se não prender, processar e condenar, nada vai mudar. Neztepaiz, assassinar tá saindo barato demais. E assassinar por conta de futebol é o campeão dos crimes por motivos fúteis.

Aproveitei a deixa e fui buscar a data de “proibição” das cervejas nos estádios: 2008.

31 mortes em 5 anos, contra 42 em 10 anos. A tendência é piorar, até porque, como a reportagem diz, a partir de 2009 houve um aumento acentuado.

Vou sentar minha bunda na cadeira num jogo de Copa do Mundo, pedir minha cerveja e esperar pra ver os justos pagando pelos pecadores. Pior é que nem pra resolver o problema isso serve.

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Obrigado e Parabéns!

November 14th, 2013 | 24 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, Campeonato Mineiro 2013, Cruzeiro

Eu nasci Cruzeirense. Sempre me vi assim. Aos sábados e domingos de manhã, desde os 2 anos de idade, ele me levava ao Clube e, à tarde, aos jogos. Foi algo tão natural que, guri que era, eu pensei que só existia o Cruzeiro. Não entrava na minha cabeça alguém não torcer pro Cruzeiro. Não existia outro time. E meu pai era meu herói, me mostrou isso e nunca me deixaria ver de outra forma. Eu estava errado.

*****

Dia 3 de fevereiro de 2013. Cruzeiro x Galo. Reinauguração do Gigante da Pampulha. O Cruzeiro vence por 2×1, gols de Marcos Rocha, contra, e Dagoberto. Fim de jogo, eu ligo pro meu pai. 2 vezes não sou atendido. Na terceira, com a voz um tanto quanto embargada (no momento, pensei que pela emoção), meu pai me felicita e diz que foi um jogão. Que o Cruzeiro tinha futuro em 2013. Eu desligo. Feliz. Por saber que ele está feliz também.

Dia 4 de fevereiro. Recebo uma ligação logo cedo. Minha mãe me avisa que meu pai foi hospitalizado. Sozinho em casa naquele 3 de fevereiro, ele passou mal, perdeu o equilíbrio e não conseguiu se mexer por aproximadamente 5 horas. Só se mexeu pra atender minha ligação. E, me vendo feliz, não quis me deixar preocupado. Talvez.

Dia 15 de fevereiro. Por falência múltipla dos órgãos meu pai falece. Sem me deixar nenhum bem material. Só um sentimento de frustração por não ter entendido a importância daquela internação. Por ter pensado que, forte como só os nossos pais nos parecem, ele passaria incólume por aquele período. E que comemoraria mais jogos do Cruzeiro comigo. Não consegui me despedir. Quando cheguei, meu pai já não podia mais falar e, segundo os médicos, não entenderia o que eu falasse. Frustração. E saudade. Foi o que me sobrou. E um escapulário dele que minha mãe me deu.

16 de fevereiro. Meu pai é velado e enterrado. Leva consigo a bandeira do Cruzeiro que eu tinha. A única. Como meu único pai. Não faria sentido ficar com ela sem ele. Foi ele quem me transmitiu aquele amor. Pra que continuar depois? Desnecessário.

E logo no primeiro jogo sem ele, o Cruzeiro empata com o Guarani de Divinópolis, em 17 de fevereiro. Meu ano não seria bom. Eu tinha certeza disso. Eu estava errado.

O Galo, com méritos, foi campeão da Libertadores e do Mineiro. E eu vi um grande amigo, em uma foto fenomenal, comemorando com seu pai em um abraço dos mais emocionantes. E eu me sentia desolado. Como pode o futebol fazer isso com uma pessoa? Por que tudo acontece ao mesmo tempo? Por que eu não poderia mais ter aquele abraço?

Eu deveria saber que meu melhor amigo, aquele de todas as horas mesmo, desde que me entendo por gente, não me abandonaria. Mas eu não sabia. Eu estava errado.

O Cruzeiro começa a vencer. Claudicante no começo, sofrendo com a dupla Diego Souza/Éverton Ribeiro. Mas vencendo. Eu ainda me sentia mal, mas o Cruzeiro me abraçou. E eu abracei o clube, como se nada mais restasse. Nada mais havia. Só eu e Ele. E meu pai vendo de cima, espero.

E o time tomou forma. Eu tinha certeza que era por mim. Que os caras sabiam do meu sofrimento e pensaram: “Não podemos deixar o Matheus desse jeito, o ano dele tem que ser bom de alguma forma”. Mas, mesmo com o gol mais bonito que vi in loco, uma pintura de Éverton Ribeiro, uma chance se foi. No lance da pintura do camisa 17, meu escapulário arrebentou pela primeira vez, dentro do Mineirão. Desesperei por não encontra-lo e pedi pro meu pai não me abandonar de novo. Pouco depois achei jogado embaixo de uma das cadeiras. Mas o Cruzeiro foi eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil. Restava o Brasileiro.

O time tomou fôlego e foi. E eu fui junto. Em todos os jogos do Cruzeiro no Mineirão, eu lá estava. Aquele título era pra mim, eu sabia, como não poderia vê-lo acontecer? E acreditei. Eu sabia. Esse texto já estava pronto desde muito tempo. Porque eu sabia, algo me dizia. Seedorf errando pênalti? Bola na trave de Barcos? Golpes de sorte contra o Goiás fora de casa? Eu não acreditava. Eu tinha certeza. Era pra acontecer. Eu estava certo.

Contra o Botafogo, meu escapulário arrebentou mais uma vez. E eu pedi novamente pro meu pai não ir embora. E um amigo meu encontrou. Alguns minutos depois, gol do Cruzeiro. E outro. E eu chorava. Faltavam 15 rodadas, mas eu já chorava por não poder abraçar meu pai no título. Meu amigo talvez não tenha entendido. Disse que era cedo pra chorar. Mas ali tudo se confirmou.

E hoje, 14 de novembro de 2013, 8 meses depois do falecimento do meu pai, 8 dias após seu aniversário, o Cruzeiro conquista seu terceiro título Brasileiro, seu sétimo título nacional. E eu estou feliz. Porque eu sei que meu pai está feliz. Não preciso gritar “TRICAMPEÃO!”, não preciso ficar bêbado, não preciso sair quebrando tudo por BH, não preciso gritar “CHUPA, GALO! CHUPA, KALIL!”.

Eu só preciso agradecer e parabenizar. Obrigado pai, por me fazer Cruzeirense. Obrigado Cruzeiro, por me fazer feliz. Parabéns pra nós todos por sermos três vezes campeões brasileiros!

Cruzeiro Campeão!

Cruzeiro Campeão!

Ps. 1: Eu gostaria de agradecer a todo o time, pessoalmente, um dia. Os caras não sabem o bem que fizeram a esse torcedor. Fábio, Dedé, Bruno Rodrigo, Egídio, Ceará, Mayke, NILTON, Lucas Silva, Henrique, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Borges, Dagoberto, William, Élber, Vinícius Araújo, Luan, JÚLIO BAPTISTA…todos. Muito obrigado! Marcelo Oliveira, pra mim, já é ídolo Cruzeirense. E também agradecer aos parceiros de todos os jogos da Sociedade Cruzeirense.

Ps. 2: #GilvanEterno e #AlenxandreMittos

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Não é milagre…

July 26th, 2013 | 18 Comments | Filed in Atlético-MG, Futebol, Libertadores 2013

*Por não ter assistido a nenhum jogo do Atlético nessa Libertadores, além do motivo óbvio de ser Cruzeirense, deixei para um amigo dos melhores e atleticano dos mais difíceis a tarefa de demonstrar como uma noite, um gol, uma Copa, podem mudar a vida de milhões. Além de grande amigo, Lucas Leal também já foi parte atuante da torcida Galo/Boca e isso eu não esqueço. Rá!

 

Não é milagre...Por Lucas Leal Esteves*

O dia 24 de julho começou parecido para a maioria dos Atleticanos. Enquanto uma parte de BH dormia, a outra sofria com uma insônia que parecia ser a mais longa da vida do torcedor alvinegro. Uma insônia daquelas que nem filme ruim cura, chá de camomila não resolve, música clássica não aplaca. Dormir não era possível. Estávamos a aproximadamente 24 horas de conquistar a América, quem conseguiria dormir? Se não é sofrido não é Galo. Não faria sentido ter uma boa noite de sono horas antes da maior festa de nossas vidas atleticanas.

O dia se arrastou. Mais do que nunca, a cada estampido diferente, a cada copo que caía no chão, ecoava o grito de “Galo!”, aquele que se ouve em qualquer lugar do mundo a qualquer sinal de um barulho mais alto. Junto com o dia, o foguetório também se arrastou. Iniciados na noite anterior, na festa de boas vindas realizada para receber os jogadores do Olimpia em frente ao hotel em que se hospedaram, os estouros duraram por todo o dia, refletindo a confiança do Atleticano no título, muito bem representada pelo “Yes, We C.A.M.” e pelo “Eu acredito!”. E como não acreditar depois de sair em desvantagem em outras duas oportunidades e conseguir revertê-la?

A produtividade nos ambientes de trabalho atingiu níveis críticos. Ninguém conseguiria se concentrar em uma planilha de Excel que não fosse aquela com os resultados do Galo até aquele dia. Papel, só se fosse o jornal do dia trazendo as escalações e os detalhes da grande decisão. Na cabeça os números fervilhavam… três gols nos trazem o título no tempo normal. Dois gols para a prorrogação e, quem sabe, para mais uma oportunidade do milagreiro São Victor fazer chover no Mineirão. Tudo girava em torno daquela partida que se iniciaria dali a pouco.

As pessoas se cumprimentavam nas ruas. Alguns, inclusive, desejavam um Feliz Ano Novo a quem passava, pois chegava o dia 31 de dezembro, mas não chegava 21h50. A cidade se pintou de preto e branco, o manto alvinegro invadia todos os ambientes, a expectativa consumia cada segundo daquele longo dia. Aos poucos as pessoas iam deixando suas casas, seus trabalhos e iam enchendo as avenidas rumo ao Mineirão. O gigante da Pampulha finalmente seria recompensado por todos os serviços prestados ao Clube Atlético Mineiro e testemunharia pela segunda vez no ano uma festa alvinegra, dessa vez a maior da história.

Mais cedo ou mais tarde, a hora do Galo chegaria. Quis o tempo que fosse mais tarde. Era ali, era agora. O Clube Atlético Mineiro entraria em campo pela última vez sem o título da Libertadores. O Atleticano teria sua última noite de sofrimento nessa competição. O Cuca finalmente poderia trocar de blusa. O mundo, finalmente, pararia para ver o Galo retornar ao lugar mais alto do pódio. E parou.

Os pés de Jô, mais uma vez, iniciaram a festa. A cabeça de Leonardo Silva, depois de sofridos 42 minutos do segundo tempo, na bacia das almas, quando só o Atleticano ainda acreditava, possibilitaria que a luta prosseguisse. Finalmente, de novo pelo pé esquerdo salvador de Victor, a Taça começaria a brilhar diante dos nossos olhos para, enfim, depois de muito sofrer, como manda o enredo, a trave do Mineirão nos brindar com a glória.

Clube Atlético Mineiro - Campeão da Copa Libertadores 2013

Clube Atlético Mineiro – Campeão da Copa Libertadores 2013

Choveu no Mineirão. Lágrimas, papel picado, fogos, zica, azar, praga, cabeça de burro enterrada na sede, manto da santa pintado de preto, hashtags, músicas, provocações, tudo. Tudo isso caiu ali no Mineirão. O nosso Horto psicológico matou mais um e, impiedosamente, o Atleticano comemorou. Comemorou porque ali se encerrava um período de 42 anos se alimentando de títulos do Campeonato Mineiro, porque ali caía o estigma de cavalo paraguaio do time e o azar do Cuca, porque naquele momento morria o Urubu chamado Wright que sobrevoava a sede, morria o vice-campeonato invicto, morria aquela final em que dependíamos do Curê para sermos campeões. Comemorou porque mereceu esse título mais do que ninguém.

Até esse dia de alegria, foram muitos dias de luta. Foram semanas agüentando todo tipo de provocação depois de empatar e perder os primeiros jogos contra Tijuana, NOB e Olimpia. Foram meses lutando para superar a desconfiança de todos, que começou lá no sorteio com um sonoro “não vão passar nem da primeira fase”. Foi uma vida de expectativas frustradas, de vitórias que escaparam entre os dedos. Mas esse dia se transformaria no dia do fim. O fim do “nunca serão”. O fim o “eu tenho, você não tem”. O fim do “só converso com quem tem Libertadores”, do “meu irmão mais novo já viu mais títulos que você”, do “não ganha nada, time sofredor”.

Esse dia se tornaria, ainda, o dia o início. O início da nova vida do Atleticano. O Atleticano campeão, altivo, vencedor, confiante. O Atleticano que é reconhecidamente o torcedor mais apaixonado do Brasil e, agora, das Américas e que vai até o Marrocos acreditando ser possível conquistar o mundo. O Atleticano que, finalmente, teve do seu time um retorno, uma recompensa por todo o dinheiro, suor, tempo e lágrimas que dedicou à instituição Clube Atlético Mineiro.

Esse dia fez questão de entrar para a história como o dia mais importante da história do Atleticano. 25 de julho de 2013: o dia da redenção. Não é milagre, é Atlético Mineiro.

 

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Faltam 6 horas. Seis.

February 3rd, 2013 | 37 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2013, Cruzeiro, Estrutura, Torcidas Organizadas

Cruzeiro x Atlético-MG

A verdade é que o clássico que reabrirá o Mineirão esse domingo tem tudo pra ser o dia em que duas torcidas apaixonadas matarão a saudade daquele que, por muito tempo, foi o único motivo de unanimidade entre elas. O Gigante está de volta.

Infelizmente, pela babaquice de marginais que se denominam torcedores, pela incompetência das autoridades que não conseguem (ou não querem?) garantir o mínimo de segurança para aqueles que só buscam apoiar o time do coração e pela mania de querer aparecer de alguns dirigentes, esse tem tudo para ser o último clássico com presença de ambas as torcidas, o que o tornará um espetáculo ainda mais especial.

Que os dois lados se esmerem em transformar a tarde de hoje em algo maravilhoso com canções, bandeiras, faixas e gols. Que esse não seja o último clássico verdadeiro. O Mineirão merece mais que isso.

Faltam 6 horas. Seis.

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Independência, ainda que tardia

June 29th, 2012 | 42 Comments | Filed in América-MG, Atlético-MG, Cruzeiro, Estrutura, Futebol

Tardiamente venho apresentar o relato sobre a ida à nova joia* futebolera de Belo Horizonte. Em razão do jogo Cruzeiro x Figueirense, com uma bela história de perrengues, compareci ao novo Independência e explano minhas primeiras impressões do estádio que tem capacidade para 23.018 almas.

Fui sem ingresso pro bairro do Horto e resolvi tentar presenciar in loco de última hora. Erro meu. Deveria ter mantido o meu Sócio Torcedor que desativei quando venceu meu segundo ano de contrato, em meados de 2011. Eu odiava ir pra Sete Lagoas e meu orçamento andava comprometido, acabou que perdi a boquinha. Agora é batalha pra conseguir ingresso toda semana e confesso que, se ganhei a primeira, mediante módicos R$ 70,00 pra área que valia R$ 30,00 (inteira), acho que vou perder a segunda.

Pois bem, fala-se muito da visibilidade. Engenheiros podem até me ajudar com opinião especializada quanto às cadeiras superiores. Assisti o jogo, como vocês podem ver pela foto, atrás do gol. Não tive maiores problemas, exceto quando os animais das torcidas organizadas tremulavam suas bandeiras no meio da peleja, por motivo nenhum. Bandeira grande tem que ser usada na entrada do time, no intervalo, no gol e após o jogo. Durante o jogo, é bonito? Sim, mas fode a visão de quem tá atrás.

Independência – Atrás do gol

Outra reclamação que tenho escutado bastante é que não se pode sentar. Ou você senta, ou você vê o jogo. Quanto a isso, eu sempre acompanhei em pé. É uma coisa minha, eu simplesmente não consigo assistir ao jogo como se estivesse em casa,  meu estado de nervos não permite. Entendo quem goste de ver assim, mas acho complicado no Independência, por enquanto. Acredito que, com o tempo, cada torcedor saberá onde tem a melhor experiência. Por exemplo, pessoal que gosta de sentar, vai buscar os lugares mais caros e vai se juntar ali. Quem assiste em pé, vai buscar a região das organizadas que sempre foi assim.

Quanto a oferta de ingressos, acredito que o torcedor que não é sócio sofrerá bastante. O Cruzeiro, nos 3 últimos anos de Mineirão, tinha média de público superior a 20.000 pagantes. Anos de baixa, a média caía pra 15.000. A média geral gira em torno dos 19.000 pagantes. No Mineirão, é uma média tranquila, mas no Independência é casa cheia todo jogo. Com a carga posta nas bilheterias de 8.600, será uma eterna luta. Associe-se ou ficará de fora.

Minha experiência com o estádio, em si, foi ótima. Achei muito bonito, consegui ter uma boa visão do jogo, as cadeiras retráteis ajudam quem quer ficar em pé, dando-lhe espaço, além do cidadão não ter que ficar destruindo as mesmas. Fui de ônibus tranquilamente, o metrô te deixa na boca do estádio (mas nesse dia estava em greve), consegui entrar e sair do estádio sem maiores problemas. Não vi tropeiro, alguém me falou que não tinha, mas havia duas lanchonetes na área em que fiquei, atendendo bem a demanda. Não tive problemas com o banheiro também, coisa que muitos já reclamaram.

Lindo, por sinal

Lindo, por sinal

Quanto ao aspecto da segurança, a PM-MG adora procurar pelo em ovo e já não permite os torcedores permanecerem perto do vidro que separa a arquibancada do gramado. Seria um belo fator de pressão, mas como brasileiro tem um sério problema com limites, talvez seja melhor evitar eventuais problemas. A BWA já quer proibir bandeiras grandes e faixas. Sinalizador não pode há muito tempo.

Enfim, como estádio principal pra uma cidade com dois times de grande porte como Belo Horizonte, o Independência seria deficitário. Mas será uma bela alternativa quando o Gigante acordar novamente. Para jogos menores, sempre se terá a impressão de lotação máxima. Interessante. Não há chance de agradar a todos. Ainda mais aos filiados do PT. Mas eles podem preferir assistir em Sete Lagoas. Por mim, está muito bom.

*Tem gente que não gostou de NADA no Estádio. Pra mim, foi um belo presente dos belorizontinos para a cidade.

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Uma estreia padrão

June 10th, 2012 | 14 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2012, Flamengo, Grêmio, Seleção Brasileira

Ao embarcar em uma viagem ao Festival de Gastronomia de Itapecerica, centro-oeste da Terra das Alterosas, tive a oportunidade de acompanhar juntamente com alguns atleticanos e um flamenguista à tão aguardada estreia do camisa 49 no Atlético Mineiro.

Jogo contra o Palmeiras em uma fria São Paulo, público razoável no Pacaembu e uma aura de euforia por parte dos atleticanos que se justifica, já que há tempos um ex-Melhor do Mundo não passava pelos domínios alvinegros de Minas Gerais.

Não se falará aqui sobre o jogo em si. Ronaldinho Gaúcho esteve bem, principalmente no 2º tempo, deu passes e lançamentos importantes, se movimentou, mostrou que queria jogo e ajudou a equipe atleticana a vencer os Verdes do Parque Antarctica, o que nem foi tão difícil visto que esse time do Palmeiras pareceu muito fraco.

Estreia contra o Palmeiras de Kid Bengala

Estreia contra o Palmeiras de Kid Bengala

Sendo assim, o feio dentuço manteve histórico de suas estreias por outros times pelos quais passou, a saber:

Estreia no Grêmio
Estreia na Seleção Brasileira
Estreia no Paris St. Germain
Estreia no Barcelona
Estreia no Milan
Estreia no Flamengo

Atentem para o fato de que, com exceção dos jogos da Seleção e do Barcelona, todos os outros apontados foram jogos de competições oficiais e não meramente amistosos.

São 5 vitórias, contando a atual, 1 empate e 1 derrota. O início, como a maioria dos outros, foi promissor.

Resta saber como aquela que já é chamada de mais importante contratação da história do Clube Atlético Mineiro irá se portar no restante dos 6 meses de contrato. Só nos cabe aguardar.

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