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A arte da surpresa

June 8th, 2012 | 8 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2012, Cruzeiro

Um jogo surpreendente aconteceu ontem em Engenho de Dentro, no embate de dois membros da família dos Canídeos. Bom, talvez não tão surpreendente para alguns.

Eu, por exemplo, sabia que o Cruzeiro iria passar sufoco. E o primeiro tempo foi TODO do Botafogo que usava de muita velocidade em seu ataque comandado por Herrera com apoio de Maicossuel, Vitor Júnior (olho nesse guri) e Andrézinho. Fez 1×0 com extrema tranquilidade, dominou o meio-campo e só não marcou mais gols porque faltou a referência chamada Sebastián Abreu.

Mas o Alvinegro era bem melhor e os Azuis estavam perdidos como se não aguentassem mais a sina de ter que correr contra o resultado. Pelo lado do Cruzeiro, dois pontos restaram claros: a inofensividade de W. Parede e a descoberta de um novo câncer que vitima times de futebol chamado Diego Renan. É impressionante como um moleque de 20 e poucos anos não consegue apoiar, marcar e toda hora chega atrasado nos lances cometendo faltas bobas. Pra esse aí, que já foi chamado de “jóia” do Cruzeiro, não dá mais.

Veio o segundo tempo, o Cruzeiro melhorou com a entrada de Fabinho no lugar de Souza, começou a dominar, mas numa falha bisonha da zaga, tomou o 2º gol com Herrera finalizando muito bem, após belo passe de Vitor Júnior.

Mas nesse momento o Cruzeiro já era melhor. Isso, por si só, já me surpreendeu. E eu fiquei de boca aberta ao perceber o quanto o time do Botafogo MORREU na etapa final. O time simplesmente parou. O Cruzeiro marcou um gol, mas eu ainda não acreditava. Dois minutos depois, num contra-ataque (como um time que está vencendo dá o contra-ataque, eu não sei, mas todo mundo comete erros), Everton igualou. E três minutos depois, Fabinho recebeu sozinho, tocou para Montillo que deu um toque por cima de Milton Raphael e sofreu o pênalti. Parede bateu e marcou.

Montillo apareceu pra decidir

Montillo apareceu pra decidir

O Botafogo parecia não acreditar. Eu não acreditava. Gaburah e RB por certo que bufavam e o Saulo me mandou criar uma fotinha do Abreu chorando com o Montillo atrás e mandar um “chupa, Gaburah!”. Desnecessário, é claro. Até por que sou fã do Loco, além do cara nem ter jogado.

Enfim, o Cruzeiro fez os primeiros gols, conquistou três pontos e, bom, continua invicto. Rá! O Botafogo faz boa campanha com duas vitórias em três jogos, mas a zaga e o preparo físico assustam. Há que abrir os olhos.

Quem diria, num campeonato chato à vera, ainda há espaço para situações inesperadas.

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Juca, sempre Juca, Romário, sempre Romário

May 22nd, 2012 | 18 Comments | Filed in Estrutura, TV

Romário, mais uma vez, mostrou porque é gênio. Se antes, da grande área, agora na arte de responder os questionamentos sempre, digamos, “tendenciosos” de Juca Kfouri.

Uma senhora entrevista!

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Fim de um continental…

May 20th, 2012 | 27 Comments | Filed in Copa dos Campeões 2011/2012

Didier Drogba é um baita jogador. Isso eu sempre soube. Eu diria que é um gênio, mas acho que daí já é demais. Apesar da minha opinião não ser unânime, é fato que o cara joga muita bola e, além de tudo, é extremamente inteligente no seu modo de jogo.

Who am I?

Who am I?

Um centro-avante de marca maior, em todos os aspectos. Até porque não fica parado como um Alecsandro cone ou rebatendo bolas jogadas em sua direção como se fosse um (no masculino, vocês sabem o motivo) Parede.

Drogba joga muito e foi o nome do jogo em que o Chelsea se sagrou campeão da Uefa Champions League, o grande campeonato continental europeu. Isso porque JOGO mesmo eu só vi a partir dos 10 minutos finais. A organização é sublime, o estádio é lindo, o gramado é perfeito, até as cores da TV são mais brilhantes, mas, PORRA, só eu acho muito mais bacana um jogo da Libertadores do que da Champions?

A final se arrastava, eu já esperava empate sem gols, até o momento em que Müller cabeçou no chão, a bola subiu e, bem, Peter Cech falhou. Sim, o Bayern dava pressão no Chelsea, mas não era nada como a exercida pelo Barcelona em cima dos Blues na semi-final, nada que não pudesse ser facilmente controlado e que, se houvesse um certo Queniano Azul em campo, desbaratinado mais rapidamente. Os alemães, de um endiabrado Ribéry, paravam no grande zagueiro Mario Gomez e o Chelsea ia se portando como gosta.

Mas o gol de Müller aos 37 minutos do segundo tempo deixou os ingleses com o c* na mão. Um medo, um espanto, uma verdadeira frustração geral tomou conta do lado minoritário das arquibancadas do lindíssimo Allianz Arena. Até que Drogba e seu cabelinho de cantineira subiram alto e sozinhos pra cabecear pra dentro do gol de um paralisado Neuer. 1 x 1 e ninguém mais queria botar tudo a perder antes da prorrogação.

Na prorrogação Drogba, fora do seu modo de jogo, fez pênalti bobo em Ribéry logo aos 4 minutos. O marfinense teve sua cabeça salva por Peter Cech que, se falhou no primeiro gol, foi um muro de gelo ante Robben.

Merecido

Merecido

Daí, a “loteria” dos pênaltis que faz qualquer jogo ficar legal. A essa hora, eu já bêbado, esperava por uma vitória azul. Mata, logo de cara, perdeu o seu e aumentou o drama. Mas Cech se mostrou novamente e pegou os pênaltis de Olic e do Criador de Porcos. Sobrou pro cara resolver, como deve ser com quem sabe fazer isso. Drogba, bateu bem, muito bem e acabou com a discussão. Chelsea merecidamente campeão. Afinal, botar um goleiro pra bater um pênalti numa decisão de Champions é piada. Mas quem tem Robben, Olic e Schweinsteiger acaba ficando sem muitas opções.

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Enfim começa a Copa do Brasil

April 19th, 2012 | 45 Comments | Filed in Copa do Brasil, Cruzeiro, Futebol, SC

Aproveitando o gancho do meu bom amigo Gaburah, entrei na onda da Copa do Brasil, ainda que movido por motivações inesperadas. Ora, não mais que obrigação ganhar do Chapecoense na Alligator’s Arena (lê-se “ARRIIIINA”) e eu fui tranquilo pro aniversário de uma amiga que me esperava em uma churrascaria da capital das Alterosas.

O problema é que em país de imprensa eugenista, não eliminar o 2º jogo nas duas primeiras fases da Copa é motivo de pressão para jogador de “time grande”. E assim, com uma leve pulga atrás da orelha, o Cruzeiro já veio querendo aprontar correria no começo do jogo e definir logo o certame. Não deu. E quem tem Vágner “Cara-de-Cavalo” Mancini na casamata pode esquecer o significado de “tranquilidade”. Os Azuis não só não encontraram seu jogo, como ainda sofreram pra segurar Os Índios na véspera de seu dia. Tanto que não aguentaram e, aos 32′ do 1º tempo, eu via o crime se desenhando com o bate rebate na área e o zagueiro Fabiano, tal qual um atacante, abrindo o placar pros visitantes. E eu tive que vestir meu avatar de torcedor, a tanto tempo inutilizado. Me aprumei na cadeira e passei a acompanhar o jogo como se decisão de Brasileiro fosse.

Lanchinho entre tempos

Lanchinho entre tempos

A pressão aumentou, se ouviam vaias e Mancini ia perdendo a cabeça, literalmente. O Cruzeiro não se encontrava, mas, meio que aos trancos e barrancos, empatou com Thiago Carvalho de cabeça, após saída ruim do (bom) goleiro Rodolpho. Obviamente que o time se animou e o Alviverde catarinense sentiu o baque de ter um “grande” indo pra cima em seus domínios. Mas o placar seguiu nesses números até o intervalo e, se a pressão tinha diminuído, ainda existia o perigo da marca fatal se a peleja terminasse daquela forma, além do inimaginável segundo gol dos visitantes que certamente faria aquela picanha que comi no rodízio me matar do coração.

Foi quando apareceu ELE. E eu ainda vou me arrepender do que estou escrevendo nestas tristes linhas, mas Wellington que não tem sido mais “Parede”, vem fazendo a diferença em 2012 com o incrível número de 16 tentos em 14 jogos. Cada um tem o Cristiano Ronaldo que merece. Wellington (e somente Wellington porque “Paulista” de c* é r*la) acertou um tirambaço de esquerda daqueles que você percebe que vai no gol quando sai do pé do atacante. Cruzeiro 2×1 e a certeza de que as coisas agora ficariam mais fáceis, como ficaram.

Anselo Ramon, esse sim bom jogador,  ganhou uma disputa de bola na força do zagueiro indígena, com um biquinho aumentou a diferença pra 3×1 e sacramentou a classificação. Por fim, o camisa 9 azul ainda fez um lindo gol após belo passe de Roger, dando por cobertura do goleiro com um toque parecido com aqueles de Messi. Categoria de Messi e aproveitamento de C. Ronaldo? É pra poucos.

Wellington e Anselmon, dupla sertaneja estourando no Brasil

Wellington e Anselmo, dupla sertaneja estourando no Brasil

O Cruzeiro agora enfrenta o perigoso Atlético pelas oitavas-de-final da Copa. O “Cara-de-Cavalo” tem boas opções de começar a partida, mas tenho percebido que, para jogos mais complicados, três atacantes não é uma boa pedida, atualmente. Até pela falta de laterais de qualidade, algo que a diretoria tem que resolver urgentemente. Por outro lado, a entrada do sr. Secco no 2º tempo sempre tem trazido bons resultados, o que dá uma certa esperança. Élber é um menino da base que tem bastante futuro, ao que parece e pode ajudar bastante o time dando velocidade como ponteiro.

Fato é que ainda não se testou o time esse ano. Pode ser ruim como foi ano passado, mas pode ser que, com contratações pontuais, o time se apresente digno. “Vamos aguardar” (BATISTA, Adílson, 2009).

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Cruzeiro, Atlético-MG, rivalidade e rebaixamento em: O Amanhã Nunca Morre

December 5th, 2011 | 63 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Foi uma semana de cornetagem pesada. Pra dizer o mínimo. Porque a cornetagem já se mostrava intensa desde que o Atlético-MG atropelou o Cruzeiro na fuga do rebaixamento. Quando ficou definido que a permanência do time Azul dependeria do jogo contra o maior rival, que vinha se portando bem nas pelejas, em contrapartida ao Penta-Estrelado que não mostrava absolutamente NENHUM padrão de jogo (valeu, Mancini!), Minas Gerais ficou em polvorosa.

O que  se leu e ouviu de comentários do tipo “Cruzeiro vai cair pra série B”, “Galo vai fechar o caixão e jogar cal por cima”, “Galo é favorito e vai passar por cima do Cruzeiro” foi de envergonhar qualquer flamenguista. A empáfia era tanta, mas tão exagerada, que por alguns momentos se acreditou que o Cruzeiro já tinha sido rebaixado. Ainda se falou de Bahia e Ceará, de Coritiba e Atlético, tudo sem levar em consideração o histórico dos últimos anos do Clássico do Pão de Queijo.

Humilhação "proseis".

Que a hegemonia dura mais de uma década, não há dúvidas. Que nos últimos 4 anos ela se intensificou, é tão claro quanto cristal. Que o placar mais comum tem 5 gols de diferença para o lado Azul, é fato. Então, nobre leitor, eu te pergunto: como poderia ser tão fácil rebaixar o maior rival, ainda que o time alvinegro tenha se tornado o maior freguês daquele? Coisas de uma torcida enlouquecida pela perspectiva da maior humilhação dos últimos 40 anos. Pela oportunidade de acabar com a tal “arrogância das Marias”. Vá entender lá em Vespasiano.

Mas, como diria John Pearson, O Amanhã Nunca Morre. A bola pune (RAMALHO, Muricy, 2006) e a empáfia de um time que, no fim das contas, conseguiu a façanha homérica de terminar esta temporada de forma mais melancólica do que o pior time do 2º turno do JKfourão foi punida de forma veemente, acachapante, desmoralizante.

O Cruzeiro jogou mais. Muito mais. Somente isso. Já se fala em entreguismo, em jogo comprado, em dinheiro que saiu do caixa azul e foi pro outro lado da lagoa, em BMG, em Tardelli voltando, mas nada muda o fato de que, quando o Cruzeiro quis jogar, não tomou conhecimento do Atlético-MG. Seja na final do Mineiro, seja nos dois jogos do Pontos Corridos. Seja nos últimos anos.

Mas, vale ressaltar, O Amanhã Nunca Morre também para o time deste que vos escreve essas linhas ainda banhadas pelas emoções dos acontecimentos dos últimos 2 meses. O Cruzeiro tem que abrir o olho. Foi um ponto fora da curva, tal qual 2003? Sim. O time vinha chegando bem nos últimos campeonatos e uma péssima gestão se mostrou agora? Fato. A goleada ajuda a levantar a cabeça, mas a nova presidência tem que fazer por merecer os votos que ganhou. Agora. Manter Vágner Mancini é um erro, mas Cristóvão Buarque Borges, Andrade e Tite estão aí pra mostrar que nem só de técnicos se faz uma boa campanha.

Manutenção de elenco é uma boa? Em certos aspectos. O Cruzeiro estuda manter uma barca de péssimos jogadores, mas quer se desfazer de Montillo, ou deveria, segundo Perrella. Em tempo, começa daí a mudança. O ex-presidente faria muito bem em ficar só em Brasília. Sem palpitar nas políticas e, principalmente, nas finanças de um Clube que chegou nesse ponto em 2011 só em função do descaso dele.

Sai do meu Cruzeiro, porra!

O Atlético-MG nos ensina mais uma lição. Resquícios de direções catastróficas podem se fazer conhecer da forma mais triste possível. Simplesmente tapar o sol com a peneira em razão de uma goleada que tem se tornado comum, é cavar mais fundo a cova no próximo ano.

Em 2011 toda arrogância foi castigada. Que sirva de lição.

Em tempo: Tchau, América!

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O buraco azul (e alguns outros) é mais embaixo

August 18th, 2011 | 10 Comments | Filed in Atlético-GO, Atlético-MG, Botafogo, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro, Flamengo

Torcedor tem mania de técnico. Fato. Torcedor costuma ser chato. Fato. Torcedor teima em se levar pelas opiniões daqueles que ele julga “entendidos do riscado”. Fato. E, por isso, parte da torcida do Cruzeiro (e alguns outros “entendidos“) têm afirmado com veemência que o grande problema do time azul das Minas Gerais é aquele barrigudo boa-praça que senta no banco de reservas e comanda a equipe com uma singela pranchetinha.

Barrigudinho boa-praça

Barrigudinho boa-praça

Longe do problema do Cruzeiro ser Joel Santana. O Natalino tem uma forma de trabalhar que é, ao meu ver, bastante simplória, mas que conquista resultados satisfatórios. Ao mexer com os brios das equipes que comanda e trazer o time pra perto de si, ele conquista a confiança dos jogadores e o time responde muito bem. Foi isso que se viu quando a Raposa-Que-Come-Pão-de-Queijo ganhou 4 jogos em 5 disputados (inclusive tirando a invencibilidade do Corinthians em pleno Pacaembú), se afastou da zona de rebaixamento e iniciou uma reação.

A partir daí, a torcida comprou o boi da equipe e passou a acreditar. Veio um tropeço num jogo contra o Atlético-GO fora de casa. Duas derrotas, uma para Botafogo e outra para o Flamengo, ambas na Arena do Jacaré e, por fim, outra derrota para o Internacional, no Beira-Rio. Pelo lado frio da coisa, resultados até normais. Mas quem tem c* Joel, tem medo e a pressão atacou a Toca da Raposa.

O Cruzeiro venceu bem o Avaí em Uberlândia, o que era de se esperar e perdeu outra, dessa vez para um renascido Atlético, em Curitiba. E eu voltei a escutar a ladainha: “Pô, mas com Joel é isso aí. Fora Natalino!

Não, meus amigos, não. Pela falta de um camisa 9 de qualidade, de dois laterais razoáveis e com desfalques sérios no miolo de zaga, é que a coisa apertou. Victorino, o xerife, veio machucado da Copa América e não jogou. Cribari ainda não estreiou. Keirrison e Bobô só chegaram agora, além do indefectível talento de W. Parede que voltou de “férias” do Palmeiras. Outro ponto importante para a queda de rendimento do Cruzeiro, mesmo com Joel, é a falta que faz Henrique, um dos pilares do meio-de-campo forte que sempre foi a marca registrada da base iniciada por Dorival Júnior e montada por Adílson Batista, nos idos de 2008. A vinda de Charles, apenas apara a aresta, mas aquele espaço não vai ser mais o mesmo, por enquanto.

O time é bom, não há dúvidas. A saída de T. Ribeiro, em virtude das circunstâncias, pode não ser tão sentida. Wallyson fará mais falta. Mas a torcida tem que saber que, em 2011, teremos uma temporada bem mais complicada do que as anteriores. Só resta torcer pra que a sucessão no alto comando do Cruzeiro seja tranquila. Crise política é a última coisa que o clube precisa.

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Por falar em crise…

O que acontece no lado alvinegro de Belo Horizonte não é brincadeira. Com uma rotação de material humano nunca antes vista na história deste País, o Galo vem sofrendo com uma administração que beira a irresponsabilidade.

E aí, presida? Comofas?

E aí, presida? Comofas?

Contratações sem critério, um time que não se acerta, a cobrança enorme de uma torcida que já não aguenta mais a situação, tudo tem feito para que um time que tem tudo para ir bem, pelo menos no papel, não consiga, sequer, ter padrão de jogo. O que aconteceu com o Clube Atlético Mineiro, eu deixo para o Kalil explicar. Eu não consigo.

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Perder para o Atlético-GO fora de casa é tropeço? E de goleada, em pleno Engenhão? É vexame, Saulo?

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Cruzeiro 5×0 Avaí – Em busca da regularidade perdida

August 14th, 2011 | 10 Comments | Filed in Avaí, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Que Papai Joel conhece do riscado, ninguém só o Saulo duvida. O que se pode discutir, por vezes, é a forma de trabalho do Natalino que se baseia, principalmente, na sua relação com seus comandados. Depois de um início de trabalho arrasador, o Cruzeiro sofreu para conquistar uma vitória. Não que o time estivesse mal. Quer dizer, contra Atlético-GO Botafogo e Flamengo o time não jogou. Só compareceu ao estádio. Já contra o Internacional, mantendo a tradição, grande jogo, mas nova derrota. Boatos de Dorival Júnior e Fred, pressão, mudança de estádio, enfim, a semana foi movimentada.

Mas nada como um jogo contra o pior time do Brasileiro para apaziguar ânimos e devolver a confiança. Com Papai Joel lançando um time ofensivo com dois meias de armação que pouco se encarregam da marcação atrás da linha do meio-campo, além de promover a reestreia de W. Parede ao lado do tanque Anselmo Ramon, o Cruzeiro foi pra cima disposto a não deixar dúvidas quanto ao POTENCIAL desse time. O jogo começou movimentado com Anselmo Ramon, mais uma vez, errando um gol fácil e Rafael Coelho, por outro lado, acertando um belo voleio na trave de São Fábio. Mas, após isso, o massacre começou.

Com Roger servindo à perfeição Fabrício (este último que é muito ÍDOLO), que só tocou no canto com muita categoria para marcar 1×0. Logo depois, o inútil Vitor fez valer a exceção que confirma a regra e cruzou para Anselmo Ramon guardar o segundo. O Cruzeiro se tranquilizou, mas não arrefeceu. Já no fim do primeiro tempo, W. Parede roubou a bola, sofreu o pênalti cometido por “Weltão” Felipe e Montillo guardou. E poderia ter guardado mais um, em pênalti cometido em Vitor, mas que o goleiro Felipe pegou bem.

Fabrício, o ÍDOLO!

No segundo tempo, Papai Joel tirou Roger para T. Ribeiro voltar e marcar o seu, o jogo correu sem maiores problemas e, já na metade final da 2ª etapa, Ortigoza fez lindo gol, ao receber a bola pela ponta direita, cortar para esquerda e bater no ângulo de Felipe.

Mas o jogo em si é mera desculpa para eu criar vergonha e voltar a escrever. Primeiro, sobre o problema do time do Cruzeiro. Apesar de parecer fazer efeito, a mudança de ares para jogar em Uberlândia é “para triangulino ver”. Não é a ALLIGATOR’S ARENA que faz o time perder seus jogos em casa, mesmo após vencer pedreiras como o Corinthians longe de seus domínios. Obviamente que também não é o técnico. Ou a parcela de culpa do Papai é muito pequena. Joel tem entrado para ganhar os jogos, joga ofensivamente, mas sem um camisa 9 de qualidade, fica complicadíssimo. W. Parede voltou, mas nunca foi um salvador. O que impressiona é a diretoria, sempre cuidadosa na sua política de contratações, investir cerca de R$ 200.000,00 por mês nos salários de Brandão e Farías. Manda as duas barcas embora e traz um de qualidade, porque ainda fica mais barato.

Por outro lado, o Cruzeiro não tem um problema político, apesar de eu achar que uma crise interna não seria de todo ruim. O patriarca da família Perrella, agora senador do Brasil (meu Deus!), não vai se candidatar nas próximas eleições. Assim como nenhum membro da “famiglia”. Resta saber como vão acontecer as coisas após outubro.

Por fim, uma boa notícia. O que parecia impossível de se pensar a alguns tempos, tem acontecido com certa regularidade nessa temporada. O Cruzeiro se negou a vender Montillo, de longe o maior camisa 10 desde Alex, pela bagatela de 10 milhões de euros. O que uma eleição, uma morte e uma ascensão ao poder não fazem, hein?

O futuro é nebuloso, enfim. Se o time não mantiver o futebol apresentado ontem e em alguns jogos desse campeonato, ficará pelo meio da tabela. Título é quase impensável sem um camisa 9 top de linha. E uma mudança de direção sempre é complicada. Mas o time, como foi dito, tem potencial e, talvez, o melhor jogador de meio-campo do Brasil hoje, junto com Thiago Neves. Só resta esperar e torcer.

Os gols:

 

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Cruzeiro 2×1 Bahia: Joel pescou sardinha

July 19th, 2011 | 12 Comments | Filed in Bahia, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Era um jogo com tudo pra ser complicado. Pressão (?) após derrota para o São Paulo, um time mordido do outro lado, o Cruzeiro com uma banda de desfalques e o uniforme 3 sendo utilizado. Uniforme lindo, dia-se de passagem, mas que não havia dado nenhuma vitória ao time AZUL até então.

O Cruzeiro foi pro embate contra o Tricolor de Aço querendo subir mais na tabela. Joel buscava a 4ª vitória em 5 jogos e usou a tática padrão dos últimos anos. 3 volantes, Gilberto dando proteção pras subidas do laterais (Gilberto na esquerda e a Vitor, uma nulidade, na direita) e liberdade para Montillo destilar seu talento.

A tática deu resultado logo de cara. Pressão na saída de bola, escanteio, bola rebatida pra entrada da área e Wallyson chutando Deus e o mundo pra dentro do gol de Marcelo Lomba. Cruzeiro 1×0. E o jogo continuava para o Cruzeiro, que perdeu algumas boas chances. O problema é que do outro lado estava o Filho do Trabalho.

Jobson foi um monstro. Correu, lutou, driblou, tabelou, fez o que quis em cima de Naldo e Léo durante todo o primeiro tempo. Seu gol, aos 14 da etapa inicial, foi merecidíssimo. Mesmo com o Bahia perdendo, Jobson foi o nome do jogo. A mágoa que ele diz que guardou do Cruzeiro, deu resultado. E ele ainda comemorou dando uma pescadinha, claramente provocando o técnico azul que recusou uma proposta do Bahia “por não trabalhar com peixe pequeno”. Sorte do Botafogo que não tem que se preocupar com o “endiabrado”.

Um olho na sardinha, outro no Saulo

Um olho na sardinha, outro no Saulo

O primeiro tempo acabou empatado, o Bahia terminou dominando o Cruzeiro e a torcida clamava por mudanças. Joel Santana, sagaz que só ele, voltou com Roger no lugar de Vitor, Leandro Guerreiro ficou com a função de ser um falso zagueiro, o pão-de-queijo ficou no ponto e a estrela do Papai brilhou mais uma vez. Logo aos 6 minutos, em belo contra-ataque puxado por Montillo, Ortigoza cruzou, Tite desviou mal e a bola sobrou para Wallyson carrinhar e desempatar para o Cruzeiro. Com Leandro Guerreiro destacado para marcar Jobson, a farra do Filho do Trabalho acabou. Guerreiro foi soberano em campo.

René Simões, vendo que os mineiros dominaram o meio-campo, trocou Júnior por Lulinha, o que deu muito certo. Joel mexeu, tirando Ortigoza para entrada de Éverton e o Cruzeiro recuou perigosamente para esperar o contra-ataque com Wallyson e Montillo. Como a jogada não saía, o Bahia pressionava cada vez com mais força, até que o “Rei do Rio” resolveu acabar com aquela bagunça, tirou Gilberto para a entrada de Dudu e levou muito perigo, além de arrefecer o ânimo dos tricolores.

No fim, vitória dos azuis e um time cada vez mais perto de brigar pelo campeonato. E um bom aproveitamento do novo professor, com 80% dos pontos ganhos. Na Arena do Jacaré, Joel tem pescado sardinha atrás de sardinha.

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Que falta faz Victorino.

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O Cruzeiro deve anunciar hoje a contratação de Charles, volante que atuava ao lado de Ramires no time de 2007/2008. Leão-de-chácara perfeito, mas longe de ter a qualidade de Henrique.

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Os gols:

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Mundial de Futebol Feminino – Sucesso de renda e público

July 3rd, 2011 | 12 Comments | Filed in Editorial, Estrutura, Futebol, Futebol Feminino, Mundial de Futebol Feminino 2011, Números, Observatório, Seleção Brasileira

Sem ter muito o que fazer nessa tarde de domingo, dia 03 de julho do Ano da Graça de 2011, dei uma olhada pelos diversos canais da tv a cabo para gastar tempo com qualquer coisa mais interessante do que os programas vespertinos da maior rede de televisão do Brasil. Foi quando me deparei com um Brasil x Noruega que estava rolando pelo Mundial de Futebol Feminino na Alemanha.

Futebol bem jogado e bem visto

Futebol bem jogado e bem visto

O jogo em si não tinha nada demais. O Brasil ia vencendo por 3×0, Marta, a mais completa futebolista do Brasil contando com os atletas do gênero masculino, ia dando seu show particular e o Brasil caminhava para a liderança do seu grupo que conta ainda com Austrália e Guiné Equatorial.

O que me chamou a atenção foi o público. Mais de 26 mil pessoas lotavam o estádio Arena Im Allerpark Wolfsburg para assistir à peleja, com os ingressos esgotados à 3 semanas. Me senti tentado a comentar sobre o fato, mas entrei no FIFA.com (site que já tinha me agradado muito na época do Mundial de Futebol Masculino da África do Sul) para confirmar se a Copa como um todo era um sucesso ou se o grande público era apenas relativo aos jogos da Seleção Brasileira, a melhor do Mundo.

Não consegui as informações de público e renda dos jogos já realizados (confesso que não pesquisei muito), mas a notícia mais atualizada dava conta de 450 mil ingressos já vendidos até o dia 1º de fevereiro deste ano, contabilizando-se todos os 32 jogos que compõem o calendário do Mundial, dando uma média, até então, de 14.062 pagantes por jogo. Comprovadamente um sucesso, o que não é surpresa, visto que “sucesso” é palavra padrão nos eventos que a FIFA realiza.

Futebol alegre é outra coisa!

Futebol alegre é outra coisa!

O futebol feminino vai ganhando força. Qualidade já tem, apesar de não ter ainda atingido o mesmo nível do futebol masculino. E a FIFA, inteligente que é, sabe muito bem como potencializar isso. Agora, rimando tal qual Juca Kfouri, só me resta sentar e comemorar se o Brasil campeonar.

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Noite de gala

July 1st, 2011 | 14 Comments | Filed in Blablagolianos, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro, Futebol, Vasco

Serginho Valente foi o representante desse espaço no jogo entre Vasco x Cruzeiro, na noite dessa quarta-feira, em São Januário. E não só como testemunha ocular do bom embate entre duas das esquadras mais tradicionais do futebol brasileiro, um grande clássico, mas também como o mais importante participante do dia num jogo que serviu apenas para duas coisas: Joel mandar mais um CHUPA, SAULO! e dar um desnecessário ar solene ao momento mais nervoso dessa temporada, a cobrança de pênalti do “Viejo” no intervalo entre o 1º e 2º tempo.

1º tempo que, se ficou no 0x0, foi longe de ser chato. O Vasco pressionava e o Cruzeiro teimava em querer me matar do coração sempre que o miolo de zaga errava saídas bobas, Leandro Guerreiro não conseguia dinamizar a ligação da defesa para o meio-campo, Éder Luis aprontava um auê no sistema defensivo postado por Papai Joel e, nas poucas vezes que o Cruzeiro conseguia armar  um contra ataque, Dedé se agigantava perante o ataque azul e demonstrava a razão de ser um dos melhores zagueiros do Brasil hoje.

Veio o 2º tempo, o Vasco manteve a mesma pegada, mas o Cruzeiro achou um gol. Numa bola recuada para Fernando Prass, o mesmo se atrapalhou frente à Thiago Ribeiro, tocou para a linha-de-fundo. Na batida do escanteio, Montillo colocou na cabeça de Leandro Guerreiro que subiu sozinho para guardar 1×0. A pressão veio forte, Diegou Souza obrigou Fábio a fazer impressionante defesa, o Vasco continou atacando, mas é nessas horas que aparece a estrela de Montillo. Em contra ataque, o meio foi lançado por “Maestro” Paraná, deu caneta desconcertante em Dedé e bateu no canto para marcar um golaço-aço. E momentos depois, Ortigoza invadiu a área, foi derrubado por Dedé e Roger cobrou o pênalti para fechar o placar.

Joel levantou o moral do time e o Cruzeiro caminha para a recuperação. O Vasco jogou bem, mas, à medida que os gols não saíam, o que pareceu é de que o time estava muito nervoso, principalmente Felipe. Por outro lado, é o melhor time da Cruz de Malta que eu vejo a algum tempo. Pode fazer bonito nesse BR-11, apesar de Ricardo Gomes, que nesse jogo mexeu mal.

Mas isso são meros prelúdios, ainda que extensos, daquilo que efetivamente parou a Colina Histórica. O lance que começa no 1º minuto deste vídeo:

Carol Valente agradece!

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