A arte da surpresa
June 8th, 2012 | 8 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2012, CruzeiroUm jogo surpreendente aconteceu ontem em Engenho de Dentro, no embate de dois membros da família dos Canídeos. Bom, talvez não tão surpreendente para alguns.
Eu, por exemplo, sabia que o Cruzeiro iria passar sufoco. E o primeiro tempo foi TODO do Botafogo que usava de muita velocidade em seu ataque comandado por Herrera com apoio de Maicossuel, Vitor Júnior (olho nesse guri) e Andrézinho. Fez 1×0 com extrema tranquilidade, dominou o meio-campo e só não marcou mais gols porque faltou a referência chamada Sebastián Abreu.
Mas o Alvinegro era bem melhor e os Azuis estavam perdidos como se não aguentassem mais a sina de ter que correr contra o resultado. Pelo lado do Cruzeiro, dois pontos restaram claros: a inofensividade de W. Parede e a descoberta de um novo câncer que vitima times de futebol chamado Diego Renan. É impressionante como um moleque de 20 e poucos anos não consegue apoiar, marcar e toda hora chega atrasado nos lances cometendo faltas bobas. Pra esse aí, que já foi chamado de “jóia” do Cruzeiro, não dá mais.
Veio o segundo tempo, o Cruzeiro melhorou com a entrada de Fabinho no lugar de Souza, começou a dominar, mas numa falha bisonha da zaga, tomou o 2º gol com Herrera finalizando muito bem, após belo passe de Vitor Júnior.
Mas nesse momento o Cruzeiro já era melhor. Isso, por si só, já me surpreendeu. E eu fiquei de boca aberta ao perceber o quanto o time do Botafogo MORREU na etapa final. O time simplesmente parou. O Cruzeiro marcou um gol, mas eu ainda não acreditava. Dois minutos depois, num contra-ataque (como um time que está vencendo dá o contra-ataque, eu não sei, mas todo mundo comete erros), Everton igualou. E três minutos depois, Fabinho recebeu sozinho, tocou para Montillo que deu um toque por cima de Milton Raphael e sofreu o pênalti. Parede bateu e marcou.
O Botafogo parecia não acreditar. Eu não acreditava. Gaburah e RB por certo que bufavam e o Saulo me mandou criar uma fotinha do Abreu chorando com o Montillo atrás e mandar um “chupa, Gaburah!”. Desnecessário, é claro. Até por que sou fã do Loco, além do cara nem ter jogado.
Enfim, o Cruzeiro fez os primeiros gols, conquistou três pontos e, bom, continua invicto. Rá! O Botafogo faz boa campanha com duas vitórias em três jogos, mas a zaga e o preparo físico assustam. Há que abrir os olhos.
Quem diria, num campeonato chato à vera, ainda há espaço para situações inesperadas.