Sobre o Tempo e as Obras de Arte
August 22nd, 2014 | 13 Comments | Filed in Copa do Brasil 2013, Cruzeiro, Flamengo, Futebol, ImagensUm ano passa rápido, né? Ainda mais se você é aquela pessoa que, como eu, já venceu o 1º quarto de século. Você provavelmente tem trabalho, faculdade, um par de obrigações que fazem com que seu dia, sua semana, sua vida passe cada vez mais célere, quase como um Mayke quando encontra uma brecha pra atacar pela ponta direita.
Um ano passa rápido. Desde 21/08/2013 você, Cruzeirense como eu, viu uma eliminação na Copa do Brasil para o Flamengo, viu um título do Campeonato Brasileiro conquistado de forma indiscutível, viu um título estadual. Viu também uma Copa do Mundo que, dentro de campo, foi das melhores da história. Viu crises entre povos, viu a corrida para próximo Presidente do país começar e viu uma tragédia levar um candidato. E chega hoje, 21/08/2014, às vésperas de mais um importante jogo contra o Grêmio, no Mineirão.
Mas tudo isso são filigranas perto da arte. A arte, senhoras e senhores, é atemporal. Obras de arte ficam na memória por proporcionar, a quem lhes admira, uma sensação comum, independente do tempo ou da situação em que são admiradas. Esse sentimento pode ser de inquietação, felicidade, raiva, tristeza, êxtase, depende da vontade do artista.
Eram por volta das 23 horas e 11 minutos daquele 21 de agosto de 2013. Exatamente um ano atrás.
Quando a bola subiu, desceu e foi chutada com a violência de quem quer transformar seu nome em história para milhões, o que se viu foi uma obra de arte.
Quando aquele camisa 17 (ou seria 10?), rápido como nossa vida, correu para a área, para o gol e depois para a torcida, havia duas sensações comuns em todos Cruzeirenses que admiraram aquele momento raro (e pode-se dizer que em muitos não-Cruzeirenses também). Alegria e Gratidão. Ali foi criada uma obra-prima, já imortalizada por vídeos, narrações, fotos, mas, mais importante que tudo, por sentimento.
Porque o Cruzeirense que presenciou aquele feito jamais se esquecerá do que sentiu naquela virada do relógio, naquela bola encontrando o tecido que delimita o gol.
E, melhor, sempre que ver esse lance, sentirá novamente. Afinal de contas, é arte. Um ano passa rápido, mas tempo algum apaga.
Obrigado, Éverton Ribeiro, por imortalizar a alegria.
Que golaço!
Também publicado em: www.cruzeironews.com.br