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Posts Tagged ‘Cruzeiro’

Cruzeiro 2×1 Bahia: Joel pescou sardinha

July 19th, 2011 | 12 Comments | Filed in Bahia, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Era um jogo com tudo pra ser complicado. Pressão (?) após derrota para o São Paulo, um time mordido do outro lado, o Cruzeiro com uma banda de desfalques e o uniforme 3 sendo utilizado. Uniforme lindo, dia-se de passagem, mas que não havia dado nenhuma vitória ao time AZUL até então.

O Cruzeiro foi pro embate contra o Tricolor de Aço querendo subir mais na tabela. Joel buscava a 4ª vitória em 5 jogos e usou a tática padrão dos últimos anos. 3 volantes, Gilberto dando proteção pras subidas do laterais (Gilberto na esquerda e a Vitor, uma nulidade, na direita) e liberdade para Montillo destilar seu talento.

A tática deu resultado logo de cara. Pressão na saída de bola, escanteio, bola rebatida pra entrada da área e Wallyson chutando Deus e o mundo pra dentro do gol de Marcelo Lomba. Cruzeiro 1×0. E o jogo continuava para o Cruzeiro, que perdeu algumas boas chances. O problema é que do outro lado estava o Filho do Trabalho.

Jobson foi um monstro. Correu, lutou, driblou, tabelou, fez o que quis em cima de Naldo e Léo durante todo o primeiro tempo. Seu gol, aos 14 da etapa inicial, foi merecidíssimo. Mesmo com o Bahia perdendo, Jobson foi o nome do jogo. A mágoa que ele diz que guardou do Cruzeiro, deu resultado. E ele ainda comemorou dando uma pescadinha, claramente provocando o técnico azul que recusou uma proposta do Bahia “por não trabalhar com peixe pequeno”. Sorte do Botafogo que não tem que se preocupar com o “endiabrado”.

Um olho na sardinha, outro no Saulo

Um olho na sardinha, outro no Saulo

O primeiro tempo acabou empatado, o Bahia terminou dominando o Cruzeiro e a torcida clamava por mudanças. Joel Santana, sagaz que só ele, voltou com Roger no lugar de Vitor, Leandro Guerreiro ficou com a função de ser um falso zagueiro, o pão-de-queijo ficou no ponto e a estrela do Papai brilhou mais uma vez. Logo aos 6 minutos, em belo contra-ataque puxado por Montillo, Ortigoza cruzou, Tite desviou mal e a bola sobrou para Wallyson carrinhar e desempatar para o Cruzeiro. Com Leandro Guerreiro destacado para marcar Jobson, a farra do Filho do Trabalho acabou. Guerreiro foi soberano em campo.

René Simões, vendo que os mineiros dominaram o meio-campo, trocou Júnior por Lulinha, o que deu muito certo. Joel mexeu, tirando Ortigoza para entrada de Éverton e o Cruzeiro recuou perigosamente para esperar o contra-ataque com Wallyson e Montillo. Como a jogada não saía, o Bahia pressionava cada vez com mais força, até que o “Rei do Rio” resolveu acabar com aquela bagunça, tirou Gilberto para a entrada de Dudu e levou muito perigo, além de arrefecer o ânimo dos tricolores.

No fim, vitória dos azuis e um time cada vez mais perto de brigar pelo campeonato. E um bom aproveitamento do novo professor, com 80% dos pontos ganhos. Na Arena do Jacaré, Joel tem pescado sardinha atrás de sardinha.

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Que falta faz Victorino.

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O Cruzeiro deve anunciar hoje a contratação de Charles, volante que atuava ao lado de Ramires no time de 2007/2008. Leão-de-chácara perfeito, mas longe de ter a qualidade de Henrique.

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Os gols:

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Noite de gala

July 1st, 2011 | 14 Comments | Filed in Blablagolianos, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro, Futebol, Vasco

Serginho Valente foi o representante desse espaço no jogo entre Vasco x Cruzeiro, na noite dessa quarta-feira, em São Januário. E não só como testemunha ocular do bom embate entre duas das esquadras mais tradicionais do futebol brasileiro, um grande clássico, mas também como o mais importante participante do dia num jogo que serviu apenas para duas coisas: Joel mandar mais um CHUPA, SAULO! e dar um desnecessário ar solene ao momento mais nervoso dessa temporada, a cobrança de pênalti do “Viejo” no intervalo entre o 1º e 2º tempo.

1º tempo que, se ficou no 0x0, foi longe de ser chato. O Vasco pressionava e o Cruzeiro teimava em querer me matar do coração sempre que o miolo de zaga errava saídas bobas, Leandro Guerreiro não conseguia dinamizar a ligação da defesa para o meio-campo, Éder Luis aprontava um auê no sistema defensivo postado por Papai Joel e, nas poucas vezes que o Cruzeiro conseguia armar  um contra ataque, Dedé se agigantava perante o ataque azul e demonstrava a razão de ser um dos melhores zagueiros do Brasil hoje.

Veio o 2º tempo, o Vasco manteve a mesma pegada, mas o Cruzeiro achou um gol. Numa bola recuada para Fernando Prass, o mesmo se atrapalhou frente à Thiago Ribeiro, tocou para a linha-de-fundo. Na batida do escanteio, Montillo colocou na cabeça de Leandro Guerreiro que subiu sozinho para guardar 1×0. A pressão veio forte, Diegou Souza obrigou Fábio a fazer impressionante defesa, o Vasco continou atacando, mas é nessas horas que aparece a estrela de Montillo. Em contra ataque, o meio foi lançado por “Maestro” Paraná, deu caneta desconcertante em Dedé e bateu no canto para marcar um golaço-aço. E momentos depois, Ortigoza invadiu a área, foi derrubado por Dedé e Roger cobrou o pênalti para fechar o placar.

Joel levantou o moral do time e o Cruzeiro caminha para a recuperação. O Vasco jogou bem, mas, à medida que os gols não saíam, o que pareceu é de que o time estava muito nervoso, principalmente Felipe. Por outro lado, é o melhor time da Cruz de Malta que eu vejo a algum tempo. Pode fazer bonito nesse BR-11, apesar de Ricardo Gomes, que nesse jogo mexeu mal.

Mas isso são meros prelúdios, ainda que extensos, daquilo que efetivamente parou a Colina Histórica. O lance que começa no 1º minuto deste vídeo:

Carol Valente agradece!

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Papai Joel, o estrelado

June 27th, 2011 | 37 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Coritiba, Cruzeiro

Não tem jeito. O homem tem estrela mesmo. O Cruzeiro vinha de um início de Brasileirão sofrível e ainda parecia sentir o baque pós-Libertadores, mesmo com um título Mineiro para dar uma alegrada no ambiente. Cu”caiu” depois de 5 jogos com 3 empates e 2 derrotas e o contratado foi a LENDA Joel Santana.

Macaco velho que sou deste blog, já tinha reparado que Joel fazia bons omeletes mesmo que com os poucos ovos que lhe eram dados. Diferentemente da maior parte da mineirada que ou enxergava a contratação com desconfiança (no caso dos cruzeirenses) ou trollava a mesma (no caso dos atleticanos), eu tinha esperança de que a chegada do mestre em língua inglesa poderia dar uma cara mais vencedora a esse time do Cruzeiro.

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Minha teoria ainda se provará correta ou não, mas que a estrela do homem brilhou nesse sábado na Arena do Jacaré, não há dúvida. O jogo ia caminhando para um empate modorrento e Henrique, um dos três pilares do meio-campo vencedor do Cruzeiro, ia mal. Errava passes bobos, parecia desconcentrado, não era o Henrique que faturou a amarelinha a bem pouco tempo. Num lance isolado, o meia fratura o pulso e Papai Joel saca o volante para a entrada de Dudu, meio-campo de ligação, ultraofensivo e com uma certa dificuldade no quesito marcação. Bom, o que restou? Um CHUPA SAULO! do tamanho do Mineirão, apesar do primeiro tempo terminar em 0x0 e o estreante sentir o peso da cobrança da turma do amendoim azul.

Mas, logo no início do segundo tempo, Dudu foi derrubado na área, Montillo bateu com a categoria que lhe é peculiar e o Cruzeiro abriu o placar. Os pão-de-queijeiros tinham controle do jogo, Joel trocou um atacante por outro mesmo vencendo (outro CHUPA SAULO!), mas quem marcou foi o Coritiba, com Marcos Aurélio, deixando todos apreensivos com uma possível estreia já com sintomas de crise. Mas o craque Montillo, em outra ótima bola de Dudu, botou o Cruzeiro de novo na frente do placar, tirando um peso gigante das costas dos jogadores e dando tranquilidade ao professor.

Enfim, vitória. Se o time ano passado foi vice-campeão mesmo começando muito mal e com a “síndrome de Cuca” e Dabliupê no ataque, esse ano com o vitorioso Joel Santana e Anselmo Ramon, que é muito melhor que seus antecessores, o time pode melhorar. Basta trabalhar com seriedade extrema.

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Diga NÃO à homofobia!

May 29th, 2011 | 61 Comments | Filed in Vôlei

Por Manna Nunes Maia,

Diga NÃO à homofobia!

Para que e por que escrever sobre vôlei em um blog de futebol?

Michel do Vôlei Futuro

Michel do Vôlei Futuro

Confesso que essa pergunta me inibiu de escrever algo sobre esse esporte há algumas semanas… No entanto, hoje, vendo o jogo entre França e Itália, tentei combater a minha inércia e resolvi tecer alguns comentários sobre vôlei, comentários estes que são frutos das minhas apreciações enquanto fã desse esporte. Ou seja, tudo o que escreverei serão “achismos” meus, sem muita fundamentação histórica ou sem me basear nos escritos e falas de jornalistas e comentaristas.

De início, fui “pressionada” a tecer alguns comentários sobre as atitudes preconceituosas por parte dos torcedores do Cruzeiro contra o central Michel, atleta do Vôlei Futuro, que marcou as semifinais da Liga Masculina de Vôlei 2010/2011. Contudo, pensei e resolvi não centrar meu primeiro post sobre vôlei sobre esse acontecimento.

Primeiro porque a Superliga de Vôlei já acabou, sendo campeã, merecidamente, a equipe do SESI de São Paulo. O segundo e, talvez, principal motivo, é que tenho uma opinião muito particular sobre tudo isso. Acredito que apesar das estrelas do Vôlei Futuro (tais como Ricardinho, Mário Junior, Lucão e Leandro Vissotto) a repercussão das atitudes homofóbicas foi mais uma jogada para desestabilizar a serena e constante equipe do Cruzeiro.

Liga Mundial de Vôlei 2011

Seleção Brasileira

Seleção Brasileira

Assim, dizendo um NÃO à homofobia, passo a falar sobre a Liga Mundial de Vôlei 2011, que teve início na semana passada.

Sendo bem breve, fica claro para mim que a seleção brasileira é a grande favorita, por contar com um técnico fenomenal, com jogadores muito bons e com importantes e recentes títulos que legitimam a sua superioridade.

Com relação à escalação da seleção, achei interessante. Parece-me que Bernardinho adotou a mesma estratégia que Mano Menezes no futebol: mesclar velhos e novos jogadores. Sem questionar a qualidade de Dante, Giba, Gustavo, Rodrigão e Serginho e a importância dos mesmos na seleção brasileira, penso que suas escalações são fundamentais para preparar psicológica e tecnicamente os novos jogadores e, também, auxiliar os não tão novos atletas que, em alguns momentos, são atrapalhados pela afobação e ansiedade, tais como os já mencionados Lucão e Vissotto.

Isso porque é inegável afirmar que vestir a amarelinha e efetivar, na prática, o favoritismo do Brasil é um desafio para os jovens jogadores.

Nesse sentido, a Liga Mundial 2011 parece que se tornou uma competição de entrosamento e amadurecimento da nova seleção rumo às Olimpíadas 2012, apesar de o 10º título dessa competição ser muito bem-vindo!

O cara!

O cara!

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As lições que a bola dá

May 16th, 2011 | 30 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2011, Cruzeiro, Libertadores 2011

Uma das coisas que me deixa mais apaixonado com o futebol é o seu fator cíclico. Nenhuma emoção dura mais que uma rodada. Seu time está bem hoje? Então “vai vendo [n…]”. Seu time está mal hoje? Espere até a próxima vitória de virada, principalmente se ela for sobre o maior rival. Futebol é o esporte da bola redonda como o Mundo e assim como este ponto de poeira no Universo, a pelota gira que é uma beleza (clichê, aquele abraço).

E quando os efeitos do Destino, esse menino traquinas e arteiro que teima em zombar de mim, se apresentam, eles muitas vezes vêm acompanhados da esmagadora força do Inesperado.

Ora, a pouco mais de 12 dias, o Cruzeiro era franco favorito para qualquer competição que disputaria, passaria como um trator sobre o Once Caldas e teria poucos problemas, se eles existissem, frente ao seu maior rival durante a final do Pão-de-Queijão-Recheado/2011. O “Barcelona das Américas” (argh!) andava na ponta dos cascos e só uma tragédia poderia despedaçar o doce bolo da vitória do Mestre Cuca.

A tragédia aconteceu, meus caros. Ninguém ofende o Saci Tipo Colômbia impunemente. E o Mundo caiu sobre as cabeças azuis. O título mineiro ficou complicado, a sanha atleticana cresceu, o primeiro jogo da final se aproximava e nuvens negras “pesaaaaaaadas” ameaçavam tapar o anil céu cruzeirense.

Veio a final, com torcida única do Galo, o Cruzeiro sofreu dos males da ressaca da Libertadores e perdeu por 2×1, o que só contribuiu pra deixar o clima ainda mais pesado na Toca 2, nesta mesa de escritório e na cabeça de todo torcedor azul. Montillo, el caballero, ainda foi expulso. Nem teci comentários acerca do 1º jogo porque, em viagem de volta para Belo Horizonte, acabei não conseguindo assistir. E pra falar do que não sabe, já basta o Saulo.

Passou-se a semana entre-clássicos. O Cruzeiro, para se consagrar, precisava de uma vitória simples, o Galo buscava apenas o empate. Mas, depois de todo furacão acontecido em 5 dias, poucos acreditavam. Poucos que não os torcedores, porque esses, ainda que silenciosamente aguardando, acreditam até um pouco depois que o homem-de-preto apita o fim da partida. O Cruzeiro trabalhou, assim como o Galo, a tensão ia aumentando e os 90 minutos que separam a glória do tombo chegavam a passo de cágado preguiçoso.

Mas o clássico chegou e o Cruzeiro começou bem. O time jogava em boa forma (quem “apresenta nova proposta” é negociante), diferente dos dois últimos jogos, mostrando que queria ser campeão, que não perderia mais essa chance. Foi pra cima, tinha mais posse de bola, mas não conseguia furar o bloqueio da boa e alta zaga atleticana. A boa zaga azul só tinha problemas em contra-ataques nas costas de Gilberto, com o sempre perigoso Magnata.

O Galo, apesar de não conseguir encaixar o bom jogo do último domingo, principalmente por atuações apagadas de Renan Oliveira e de um nervoso Mancini, se defendia bem. E qualquer gol atleticano jogaria por terra os ânimos e as chances azuis. O 1º tempo se arrastou e acabou em 0x0, sem maiores perigos.

Adivinha quem é, Gaburah?

Adivinha quem é, Gaburah?

 

Veio o 2º tempo e Dorival Júnior cometeu o erro que, ao meu entender, definiu os rumos do campeonato. Não bastasse se fechar mais ainda, trocando Renan Oliveira por Richarlyson, Dorival gastou outra substituição cedo demais tirando Mancini e colocando Claudio Leleu. O jogo continuava nas mesmas proporções, com o Cruzeiro partindo, ainda que desodernadamente, para o ataque sob a batuta de Roger (outro ótimo jogo) e Gilberto, que sempre acionavam T. Ribeiro e Wallyson, dois azougues. Perto dos 15 minutos, Guilherme Santos, lateral-esquerdo atleticano, caiu se sentindo mal e DJ o trocou por Bernard, que entrou muito mal, perdido em campo.

Aos 29 minutos, a grande chance do Atlético nos pés de Magno Alves que saiu frente a frente com (São) Fábio e, ao tentar driblar o goleiro, perdeu a bola e o gol mais feito da partida com um tapinha do dono da melhor saída no chão do Mundo. A defesa incendiou o Cruzeiro que, dois minutos depois, merecidamente abriu o placar. Wallyson, em sua jogada característica, dominou, puxou pro meio e bateu no canto de Renan Ribeiro, fazendo 1×0. Alívio para o lado azul. Apreensão para o lado alvinegro que já não tinha mais como mexer suas peças para mudar a cara de um time que só se defendia.

Mas o que é uma final sem pressão? O Galo subiu e foi com tudo pra cima do Cruzeiro que se segurava. Sem vergonha de ser retranqueiro, Cuca fechou a zaga com o Léo. Mas tudo ficou mais fácil quando, em bela jogada de T. Ribeiro, Serginho parou o contra-ataque com falta e foi expulso. Aos 40 minutos, o jogo parecia definido e, de fato ficou quando, na cobrança de falta, Gilberto mandou um balaço e aumentou, indo à loucura e sendo acompanhado pelos 18 mil cruzeirenses que fizeram da Arena do Jacaré um caldeirão alviceleste.

Fim de papo e início de festa. O Cruzeiro mostrou que, mesmo sem seu maior craque, tem time e elenco fortes, precisando só de melhores opções para eventuais ausências da dupla de ataque. O Galo mostrou que essa meninada pode dar liga e trabalho no Brasileiro.

E a bola que gira como o Mundo? Essa mostrou que no futebol, nunca se ganha de véspera. O Cruzeiro aprendeu na Libertadores. O Galo no Estadual. Estadual que não pode acabar.

Parabéns ao Cruzeiro pelo 36º título de campeão Mineiro.

Parabéns ao Atlético pelo merecido vice-campeonato.

;-)

Campeão Mineiro 2011

Campeão Mineiro 2011

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Os clássicos estão aí para quem quiser ver

May 7th, 2011 | 64 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Gaúcho 2011, Campeonato Mineiro 2011, Campeonato Paulista 2011, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, RS, Santos

Ao serem definidas as oitavas de final da Libertadores, toda a afliceta da dita mídia esportiva nacional bateu o olho em um suposto GreNal das quartas que sabemos, nem de longe chegou perto de se concretizar.

A ocasião faz o ladrão e o clássico poderia ganhar mais 3 minutos na pauta nacional por se tratar de um evento esporádico como a semifinal da Copa Eugenia 87, mas não aconteceu.

O que não muda em nada o único fato concreto é que os mesmos times que serviram de mote para tanta expectativa criada irão se enfrentar domingo para o primeiro jogo da final do Campeonato Gaúcho. Como bônus, à reboque seguirão Cruzeiro x Atlético, Santos x Corinthians e outros tantos menos cotados para os Trezistas.

Os clássicos estão aí para quem quiser ver. Com a garantia que os Estaduais dão de proporcionar com maior frequencia esses confrontos com caráter decisivo. O produto existe em abundância e o mercado gera demanda. Basta saber vender.

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Victoria Quæ Sera Tamen

April 28th, 2011 | 25 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

Demorou. 72 minutos, aproximadamente. 72 minutos de uma certa apreensão, ainda que o Cruzeiro fosse melhor, do ponto de vista técnico, do que o Once Caldas. O time trocava passes e dominava as ações, mas por não traduzir isso em gol no 1º tempo e pelo tradicional perigo do CRIME acontecer com os melhores times de La Copa, a necessidade de um gol que desse tranquilidade era grande. Até porque um time que tem o mítico Rentería (e seu indefectível Ruque-Raque) no comando de ataque não pode ser menosprezado.

Mas se tem algo que esse Cruzeiro tem é competência. Ainda que não tenha se provado um time efetivamente vencedor (até porque não ganhou nenhum campeonato e poucos se lembram dos que não são campeões), o time de Cuca tem se especializado em não perdoar os adversários fazendo valer, no fim, a sua superioridade.

Cheguei no bar pra ver a peleja e já fui brindado com um pelotásso no travessão por parte do Once Caldas. Tremi. Mas à medida que ia me embebedando (e talvez em função disso) comecei a acreditar que o jogo era do Cruzeiro. Fábio, como sempre, salvava. A zaga se postou bem e o meio-campo passou a funcionar. Não na mesma medida dos jogos anteriores, mas esperar facilidade sempre é demais também. E é bom que abre os olhos.

Mas o tempo passava, às vezes o Once Caldas assustava e a possibilidade de um gol no fim do jogo que complicaria as coisas pesava. Cuca voltou pro 2º tempo com Everton no lugar de Roger, que parece ter sentido a altitude de Manizales. Além disso, trocou o estreante Brandão pelo sempre brigador Ortigoza. As substituições, principalmente a última, fizeram efeito. Em boa jogada de Walter, el Caballero, Montillo, Ortigoza foi lançado na ponta esquerda e cruzou na medida pro Iluminado Wallyson guardar o seu. Cruzeiro 1×0 e sensação de alívio.

Onde está o Wally?

Onde está o Wally?

 

Sensação que aumentou quando, já aos 39 minutos, Ortigoza apareceu por trás da zaga e, com um leve toque sobre o goleiro, aumento pra 2×0 a vantagem dos comedores-de-pão-de-queijo. Nesse momento eu já tava bêbado e satisfeito com os gols e com o brochete que enchia a mesa. Pra não parecer muito fácil, Rentería cruzou para Nuñes diminuir perto dos 45 minutos. Mas o estrago já estava feito.

O Cruzeiro, mais uma vez, facilita sua própria vida ao ganhar bem os dois primeiros jogos dos mata-matas que disputou. Ainda que não se possa dizer que os times sejam essa Coca-Cola toda, não se pode dar mole pro azar. Os azuis se tornaram, inclusive, o primeiro time brasileiro a ganhar do Once Caldas na Colômbia. E foi uma vitória importante. Quarta que vem tem mais.

Ps.: Leandro Guerreiro me deu medo ontem. E Victorino foi soberano, mais uma vez!

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Acá, los goles!

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A Piquetzice do Sada-Cruzeiro

April 16th, 2011 | 9 Comments | Filed in Cruzeiro, Vôlei

Apesar da vitória no 1º jogo, o Sada sofreu um revés quando Michael capitalizou o coro da arquibancada rival para juntar Araçatuba em torno do evento frente aos cruzeirenses. A infuência da ação orquestrada pela direção do Vôlei Futuro nas arquibancadas em Araçatuba não é mensurável, mas simplifica dizer que atrapalhar o time da casa não o fez, tanto que venceram.

O “mind games” de Michael iria para Contagem e ativo, já que a torcida cruzeirense comprou o barulho Futurama e constrangedoramente empunhou uma faixa arco-íris com algum blábláblá proselitista antihomofobia como que aceitando a pecha injusta de que foi acusada na 1ª partida.

Porém, mineiramente o Sada-Cruzeiro aprontou uma Piquetzice inquestionável, deixou no dia anterior para treino do Vôlei Futuro espaço maior que o mínimo permitido pela regra e na hora do vamu-vê reduziu a quadra limitando as viagens dos atletas paulistas. Lucão que por duas vezes pisou na linha ao sacar deu piti e entregou que a matreira pilha azul funcionou. Sada fechou a conta em 3×0 ainda que o Vôlei Capitalizando o Futuro tenha minimizado a derrota tergirvesando para o acidente com sua equipe mais feminina.

  • Mário Jr. – líbero:

A diretoria do Vôlei Futuro deixou bem claro para a gente se divertir em quadra, jogar nosso melhor jogo, porque a coisa mais bonita da vida já tinha acontecido, que era a Stacy ter acordado. O que importa é isso, a vida dela, a saúde dela. Uma pessoa maravilhosa que está se recuperando, vai voltar e todos nós vamos apoiá-la

  • Vissoto – oposto:

O estado da Stacy é a coisa mais importante hoje. Perder e ganhar não é nada comparado a uma vida. Ela correu um risco sério e a gente sofreu muito junto com ela. Foi só uma forma de homenagem e solidariedade a ela, que a gente está com ela em oração. Isso aqui é supérfluo comparado a uma perda ou a um acidente e a gente está aqui apoiando ela. É óbvio que a gente está triste com essa derrota, mas vamos torcer para que ela seja vencedora nessa batalha

  • Ricardinho – levantador:

Dia triste não. Um dia muito legal, muito bacana, em uma semifinal. Acho que a coisa mais importante é que a Stacy está bem. Isso aqui é só um jogo, vai acontecer inúmeras vezes, já aconteceu muitas vezes na minha carreira. Mas isso é bacana, é muito gostoso. Estou muito feliz, muito feliz pela Stacy, e agora vamos voltar para Araçatuba para dar aquela força para ela.

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O Vasco embala no fim da temporada

April 14th, 2011 | 20 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2011, Campeonato Paulista 2011, Copa do Brasil 2011, Copa dos Campeões 2010/2011, Cruzeiro, Libertadores 2011, Náutico, Palmeiras, Vasco

A temporada 2010/2011 vai começando a chegar em sua fase de definição tanto na Europa quanto pelo Brasil. Por lá, alguns Regionais já estão definidos e as atenções voltam-se para as semifinais do Continental

  • Schalke 04 x Manchester United
  • Barcelona x Real Madrid

Humm... mas se um dia eu chegar muito estranho

No Brasil, os Regionais vão chegando a períodos de definições de finalistas enquanto o Continental e Supracontinental vão se aproximando do funil separando o joio do trigo.

Nesta segunda metade da temporada, o destaque óbvio e cristalino é o Cruzeiro que vem dando as cartas como bem entende pela Libertadores ainda que isso pouco importe a Nando Reis. Sem encantar, o Palmeiras de Felipão faz o que se espera de um time que mantenha Felipão por mais de 6 meses: lidera o Paulistão e vai seguindo na Copa do Brasil.

Entretanto, quem aparece com força neste momento é o Vasco da Gama que ainda em 2011 passava por aperto e mudou da água para o vinho. No Campeonato Fluminense já respira ares de favoritismo, forma como enfrentou o Náutico nos Aflitos.

O Vasco tomou conta da partida no primeiro tempo e apenas não transformou seu domínio em gols, que vieram tranquilamente no 2º tempo jogando em ritmo de passeio.

Sem comemorar um título de Primeira há 8 anos, o Vasco embala na hora certa em suas duas frentes deste fim de temporada.

O Vasco levará algum título até o meio do ano?
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O que tem o Cruzeiro pra Libertadores

February 16th, 2011 | 240 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O time Azul chega pra sua 4º Libertadores seguida após queda nas oitavas-de-final em 2008, um vice-campeonato em 2009 e queda nas quartas-de-final em 2010. Em 2008, não houve surpresa de forma geral, em 2009 a boa campanha deu status de grande time à base formada por A.B. e em 2010, o time que era favorito caiu pros dois melhores jogos do São Paulo na temporada. Para 2011 o Cruzeiro mantém a base, finalmente tem um camisa 10 que pode decidir e algumas deficiências preocupantes.

Aonde o pão-de-queijo tem mais sabor:

  • O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
  • O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
  • Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
  • Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

Aonde se pode temperar ainda mais:

  • Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
  • Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

Aonde o caldo pode desandar:

  • Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
  • Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
Dá pra confiar, chefia?

Dá pra confiar, chefia?

Aonde o bolo de fubá acabou:

  • Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
  • Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
No quesito "Dancinha", nota 6.

No quesito "Dancinha", nota 6.

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