Paz nos estádios
July 6th, 2014 | 24 Comments | Filed in Copa 2014
Lembrança aos colegas de torcida que é muito “sem noção” ir a estádio em evento internacional para cultuar clube de futebol.
Lembrança aos colegas de torcida que é muito “sem noção” ir a estádio em evento internacional para cultuar clube de futebol.
Tu que fostes ídolo da nação
Defendai por nós
Tu que fostes rei na Itália dos Santos sagrados
Agarrai por nós
Tu que casastes com mulher rejeitada de São Fenômeno do bom tendão
Empurrai com os olhos a bola
Tu que fostes considerado traidor na terra de Mandela
Pactuai com a boa trave
Tu que fostes rejeitado na terra da Rainha
Adivinhais o canto para onde a bola vai
Tu que fostes aceito como filho pródigo por São Felipão
Superai teus limites
Tu que quisestes voltar à nação e foste ultrajado em prol do pecador que gosta de ganhar roubado
Sejas o melhor da Copa
Renato Maurício Prado disponibiliza seu e-mail em coluna do O Globo e constantemente publica a comunicação de seus leitores. Segue e-mail enviado ao mesmo na data de hoje (links adicionados apenas aqui).
Senhor Jornalista,
O senhor depreciou a torcida, a diretoria, e o seu interlocutor, o Dapieve, por não comemorarem as datas festivas de seus jogadores históricos.
O apresentador do programa ainda foi considerado desconhecedor das mazelas rubronegras com relação ao ZIco, o seu messias, que certamente deve ter sentido vergonha de tal sandice.
O senhor comumente recebe a alcunha de jornalista mais bem informado do país. Então o senhor deve ter sido informado sobre o aniversário do Nilton Santos, fato que foi manchete do caderno de esporte do Globo de hoje.
Então por que tal fato não lhe gerou interesse?
Por que o acerto do Deco com o Flu, a viagem do imperador e seus asseclas ou o curso de treinador do Leonardo, a quem muito admiro, são fatos mais importantes que o aniversário da “Enciclopédia”? O Junior estava lá!!! E carinhosamente se considerou um livrinho de cabeceira em comparação com o mestre de duas Copas e carreira irrepreensível.
Suas atitudes ou a ausência delas mostram a sua essência de um torcedor travestido de jornalista. Ou de uma pessoa rancorosa e egoísta que não valoriza o que não lhe pertence. Talvez por isso sua Mãe tenha lhe causado tantos problemas na juventude.
Sei que é utopia, mas acredito que um dia o senhor conseguirá rever seus conceitos.
Paulo Pimentel
——-
Adendo Por Victor Pimentel
Para os que não leram nada na coluna de RMP sobre o aniversário de Nilton Santos, cujos fãs identificam-se mais com a o secularismo ao misticismo, podem fazê-lo no blog do Roberto Porto, de onde a foto abaixo foi retirada. Aliás, devem fazê-lo.
A vida em sociedade não é fácil.
Temos que exercitar a tolerância, paciência, respeito às diferenças, ética, moral e mais um montão de boas maneiras que nos ensinam os pais, professores e manuais de etiqueta.
É certo que sermos politicamente corretos nos faz praticar menos atos hostis preservando a serenidade e a complacência que fazem possível a vida em comum.
Mas há momentos que escolhas devem ser feitas.
Escolhas pessoais, profissionais, sociais e até clubísticas que tornam um pouco menos possível a convivência entre seres diferentes. Não dá para ser socialista e não debater com o liberal, ser contador e não se descabelar com o cliente perdulário.
Um gosta de viajar o outro de enfeitar a casa.
Um é Vasco o outro Flamengo.
O debate vai acirrar os ânimos, pode provocar desavenças e criar alguns traumas, mas não há como evitá-lo.
Ficar em cima do muro curto que é a vida não faz sentido. Ser vaquinha de presépio, aceitar tudo e todos é para acomodados.
Não me meti neste e em outros debates na minha vida para ficar quieto. Ser elegante, ser amiguinho deste e inimiguinho daquele.
Meus debates serão sempre acalorados, instigadores, cheios de bossa e até algumas ofensas, pois sei que se for ofendido não perderei o ânimo e talvez isso até me de mais gás para fundamentar melhor alguns argumentos.
O Blá blá Gol é o site que escolhi para conversar sobre futebol e esporte de uma forma geral.
Não é o site em que faço ou desfaço amigos.
Tenho metas e objetivos sobre o que penso ser o melhor em termos de uma vida desportiva saudável e que provoque um crescimento físico, mental e espiritual, individual e social.
Não venho aqui para dizer que o meu é o melhor e o do outro é o pior. Se alguém aqui entende assim, só lamento.
Gostaria muito que os sensatos vencessem essa luta em que não existe bem nem mal. Existe o bom senso. Existe a ciência. Existe a estatística e fatos concretos que debatedores como o Victor, Serginho, Zarga, Matheus, Flávio, Gabão e outros muitos que conseguem alcançar.
Valorizo ainda exaltados como Gaburah e André Bona que se colocam de forma clubística sem nenhum medo de ser insensatos, pois encaram este valor de forma a valorizar suas posições pessoais. Pelo menos são sinceros.
Como me fez ver o Serginho agora também valorizo o RMP por se colocar absolutamente parcial.
Mas não dá para ser cordeirinho com o Sistema que o protege!!!
Não dá para ser gente fina com raposa. Com quem quer ser o que não é. Com quem não se posiciona como o que de fato é. Com quem tergiversa, enxerga mas não vê, ouve mas não escuta se isso não for do seu interesse pessoal.
Prezo incondicionalmente a vida desportiva e as associações que as mantém. Gostaria muito que o mundo fosse feito de atletas e admiradores de vida saudável em toda sua dimensão. Mas não é o que encontro. Não é o que a maioria quer. Não é do interesse do mundo empresarial em que vivemos.
Estou a postos para atitudes. Para a busca de um mundo mais viável, mais justo, mais razão, inteligência e emoção na medida certa.
Vou dar um tempinho nas discussões, daqui a um tempo tô de volta para tentar dar e receber um pouco do que temos de bom pra trocar.
Abraços
Paulo Pimentel (Asimov, RMP, Dapieve, Peripatético, Petrarca, Seres da Natureza, Milton C., JC, Homens bomba do Islã e outras alcunhas mais)
Adoro dribladores.
Adoro bons marcadores
Bons goleiros são bem vindos, assim como bons zagueiros.
Mas o que faz um bom time de futebol?
Bom senso, compromisso, vontade, disposição, talento.
Denilson foi fundamental em 2002 por atrair faltas, manter a bola rolando, tocar bem. Se fizesse mais seria lucro porque nem precisou.
Em 82 tínhamos Junior, Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico, todos bons dribladores e deu no que deu.
Em 86 Telê inventou o segundo volante. Ainda tínhamos Sócrates, Junior, meio Zico, Careca, Silas, Müller, todos dribladores. Tínhamos um ótimo time, mais equilibrado que em 82, mas perdemos nos penaltis. Fatalidade.
Em 90 perdemos para um endiabrado Maradona. Podíamos ter usado os garotos sim, mas não tínhamos porque não valorizar o time que estava em campo. Houve vacilo extracampo semelhante ao de 2006.
Gostaria muito de ver o Robinho e o Neymar na Copa. Ou mesmo o Dentuço. Dribladores são bem vindos, mas tem que ser do jeito certo.
A histeria rubronegra causa repulsa e faz com que não deixemos nosso coração falar mais alto ao nos depararmos com belas atitudes.
Durante o Brasileirão do ano passado, eu gostava de ver o Adriano mostrar simpatia com os zagueiros adversários. Era papo vai, papo vem na hora do escanteio e como quem não quer nada o Imperador mandava pra dentro.
No início achei que era tática de um camarada esperto pra caralho, mas depois vi que as atitudes do Adriano eram bem fora do normal e gostei de saber que há vida normal também dentro das 4 linhas.
Ao fim do campeonato ele dava uma entrevista em que se mostrava feliz com a conquista do Fla, mas também com as “conquistas” dos outros grandes do Rio. Gabão noticiou e eu, na minha marra antihisteria, neguei a benvinda* atitude do craque.
Hoje apareceu um EXTRA no trabalho e como não fazia porra nenhuma peguei pra ler. Só falava em Leonardo Moura, vitória “histórica” (como se a merda que eu caguei hoje não fosse “histórica”) e blablabla…
Ninguém falou no jornal, nem aqui, da simpática disputa entre o atacante e um zagueiro peruviano que após um monte de trombada, empurra daqui e dali, terminou em lateral.
Eu, como torcedor sensato e bom alvinegro, acho que o Garrincha ter inventado o fair play no Maraca vale mais que 10 títulos. Achei aquele vídeo que o Gaburah trouxe outro dia muito genial quando o cara não chuta a gol para atendimento médico do adversário.
Como torcedor sensato (sem trocadilho, Serginho) não poderia deixar de admirar a atitude do Adriano em chamar o Peruviano e cumprimentá-lo pela bruta, mas leal, disputa pela bola. Achei também muito simpática a atitude dele em, primeiro deixar o Love bater o penal, depois em puxar o triste amigo (aquilo não é atitude de companheiro de time, é de amigo mesmo) depois do gol perdido para voltar ao jogo.
Parabén Adriano, por fazer do jogo de ontem um programa mais do que agradável pra mim diante da telinha.
Depois de seguir a dica acima do Lincoln e encher o fole com muitas cervejas entrei em um transe asimoviano (viajei na maionese) e comecei a imaginar se os principais clubes brasileiros fossem países. Após intensa atividade fosforilativa cheguei a algumas similaridades:
Há também os pequenos países, e clubes, que por sua competência e dedicação reinvidicam lugar entre os grandes, ms ainda tem que comer muito feijão: Santo André já causou muitos estragos por aí … Venezuela; Barueri … Chile.
O RMP é realmente um cara engraçado. Quem leu a merda do Globo ontem vê como ele cita a merda que neguinho faz na administração flamenguista como um bando de retardados agindo contra sua instituição favorita.
O próprio jornal em outra matéria de cunho econômico mostra como a situação é caótica em níveis que a Fredie Mac e Fany Mae são histórias da carochinha.
O que é interessante é a suposição que poderia ser outra a situação se adminstrações corretas tivessem ocorrido.
Porque ninguém diz que o Flamengo só é Flamengo se puder contar com jogadores de nível acima dos da concorrência bancados por essas administrações incorretas? Se puder conquistar os tão contabilizados títulos (se roubados ou não é mero detalhe)? Se puder cair de pau em cima dos vices e mais vices que se sucedem? Se puder se manter na mídia pelo máximo de colunas possível?
Toda esta porcaria maldita se encaixa. Não há como manter a massa alienada e cativa se não houver dívidas. Não há como o engodo permanecer sem a fantasia alucinada e alardeada por sua querida companheira jornalística.
Porque a irresponsabilidade dos meios de comunicação também não é matéria de capa do jornal?
Alguém já fez as contas do quanto o jornal vende quando entra Romário, sai Romário, entra Ronaldo, não entra mais, e outras materias tão bem surrupiadas pelo jornal desta verdadeira histeria coletiva chamada Flamengo?
A dívida deste clube não é só com o banco, jogadores, funcionários…é também com a sociedade organizada. É com o espírito esportivo. É com a alegria de quem quer ir ao estádio com a família e não pode porque um bando de alucinados ocupa 90% do estádio.
Os alucinados existem em todas as torcidas, é verdade, mas no Flamengo eles ganham o status de Camisa 12. De torcida festiva. De nação. E o pior é que a culpa não é tanto deles, pois são fruto da empolgação que se cria em torno de uma fábula: O supercampeão indestrutível e inabalável que é vítima de chorões, vices e afeminados.
Não desgosto de nenhum time de futebol no Brasil ou no mundo. Mas este não é caso de grêmio desportivo, associação clubística ou qualquer outra definição de uma entidade que pretenda o bem estar social e atlético de seus associados ou admiradores, e que não cabem aqui. É uma mania, um tique nervoso, um hábito inconsciente e irracional que toma conta de um Estado em detrimento da salutar vontade de ver e jogar bola.
Porque O Globo não estampa a verdade inteira?
Como encarregado de avaliar o referido texto (presente de Natal é o cacete!!!) pude constatar o quão perverso é este mundo da bola. O texto conta a biografia do meia esquerda que fez história no áureo Botafogo dos anos 50-60 do século passado. Caso típico do despreparo a que são expostos estes atletas que, desde novos, abrem mão de uma formação convencional para se dedicar integralmente ao futebol.
Nosso Quarentinha, nosso porque era querido por todos, assim como o Garrincha e todo o Botafogo, possuía aquela ingenuidade e timidez, típica dos gênios, que fez com que sua não-atitude, de desdenhar dos próprios gols, fosse tomada como frieza e passividade. Isso fez com que algumas portas fossem fechadas, mas não impediu que se tornasse o maior artilheiro da história do Botafogo. E sua impressionante média de gols é a 2ª maior entre os artilheiros cariocas.
Atuou no Rio de Janeiro de 1954 a 1964, 9 anos no Bota e um no Bonsucesso. Brilhou num time que tinha Didi, Garrincha, Zagallo, Amarildo, Nilton Santos, Manga entre outros. Um acidente de percurso o tirou da Copa de 62 (estava voltando de contusão no joelho e saiu na última peneira), mas o Gérson, que era juvenil na época, diz que “foi um absurdo terem tirado o Quarenta daquela Copa”. Menos mal que seus companheiros de time e ataque Amarildo e Garrincha resolveram a parada. Mas o Didi lamentou o fato e disse que tinha sido armação do Pelé para colocar seu parceiro Coutinho. Coisas do futebol…
Quarentinha, mesmo barrado, continuou jogando o fino no Botafogo e sua fama, como o time, correu o mundo. Acabou saindo meio brigado do Botafogo e a reconciliação só aconteceu na recuperação da sede de General Severiano, algumas semanas antes do título de 95.
Os fatos acima são muito conhecidos e acho que não impedem a leitura do livro, que tem muito sobre os bastidores do futebol. As brincadeiras e molecagens daqueles grandes heróis, suas viagens, suas puladas de cerca, seus vícios e manias. A relação de trabalho entre o clube e os atletas também merecem atenção, pois os caras eram tolhidos pra caramba, ao mesmo tempo que assinavam contratos em branco. Uma coisa meio síndrome de Estocolmo.
O livro tem alguns lances históricos “traduzidos” por imagens digitais que ilustram alguns belos momentos do craque e favorecem a compreensão dos rubronegros, mas, mesmo assim, ficam faltando imagens em movimento que devem existir no youtube ou outro canto qualquer. Quem conseguir passa o link.
Abraços e bom Ano Novo pra todos.
PS: O livro já foi doado à Biblioteca Blablagol e poderá ser emprestado depois que todos os alvinegros que conheço terminarem de ler o livro, talvez na semana que vem.
LEITA TAMBÉM:
Naba’s Night on NBA
Jogaço!
O “Ekon!” Celtics tomou pau dentro de casa pela 1ª vez na temporada. Denver “graxa de Sapatou” detonou com boa atuação de Nene Hilário (sic).
O Celtics, sempre atrás, conseguiu duas boas recuperações no 3º e 4º quartos, mas não manteve e entregou a rapadura no final.
Vale a pena a conferida, no site oficial do Ekon!, na entrevista da musa da NBA, a ambidestra Meghan.
Outro jogão!
O, antes invicto Laker do Kibe Briant, também foi superado ontem pelo Detroit.