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Posts Tagged ‘Musas’

Palmeiras 2009: Muita promessa pra um fim amargo

December 28th, 2009 | 9 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Libertadores 2009, Musas, Palmeiras

Preguiçosos que só, pedimos a alguns torcedores para escreverem sobre o ano de seus times e uma pincelada para 2010. Anselmo, palmeirense e futepoquense  atendeu-nos ao que diz respeito ao Palmeiras como forma de expiar 2009, mandando inclusive o portfólio de imagens para ilustrar o post.

Por Anselmo – Futepoca

O ano começou com altas expectativas. Reforços haviam se somado aos atletas que permaneceram. Havia um meia marcador que começou marcando gols como um artilheiro. Havia um artilheiro que se mostrou goleador, como se deve. Até reservas funcionavam bem, enquanto o time se revezava entre o estadual e a Libertadores da América.

Enquanto a torcida chiava pela saída de Kléber, o único atleta que havia jogado futebol nas partidas finais de 2008, quando o time não resistiu à corrida pelo caneco, a Traffic trazia reforços. A diretoria ainda anunciava para abril o início das obras de uma arena multiuso, para abrigar o ludopédio alviverde, mas também shows e outras fontes de receita para o clube.

Lançãmento do uniforme que o palmeirense gostaria de ver

Lançamento do uniforme que o palmeirense gostaria de ver (na Galisteu, esclareça-se)

Depois, vieram oscilações. A eliminação na semifinal do Paulistão, a classificação na primeira fase do Continental só na última rodada da fase de grupos, as oitavas para eliminar o Sport de Recife – então temido, mas que depois desceria em queda livre até o rebaixamento no Brasileirão – e ceder diante do Nacional do Uruguai.

O Brasileirão tornava-se uma esperança e uma provável última chance para o então treinador Vanderlei Luxemburgo. O medalhão estava em sua segunda temporada no clube, tinha elegido os reforços e as despensas, respondia pelo planejamento.

As obras da Arena Palestra Itália não começaram. E a janela europeia de junho a agosto ameaçava minar a campanha que não sabia se ia ou se ficava no Nacional. Keirrison queria ir para o Barcelona. O empresário armou a proposta, ele foi embora, deixando um rastro de turbulência no Verdão.

É que Luxemburgo, achando que poderia mandar prender e mandar soltar em domínios verde-e-brancos declarou que o camisa nove não atuaria mais sob seu comando antes ainda de definida a transação. Arriscou mais do que deveria, porque seu ibope estava em baixa por alguns erros de escalação e outras doses, menores, de ziguezira.

Veio a diretoria com pose de gente séria: quem manda aqui é quem manda aqui. Técnico na rua por quebra de hierarquia em uma decisão que, para muitos, camuflou apenas a vontade danada de Luiz Gonzaga Belluzzo e companhia de um retumbante pé na bunda do treinador falastrão.

De um lado, o episódio mostrava que a diretoria não tinha tanto controle assim sobre o que acontecia. Mas para mostrar que o caso Keirrison era exceção e garantir que nenhum outro atleta seria negociado foi preciso dar aumento de salário para quem teve proposta, incluindo Pierre e Cleiton Xavier. Os dois se contundiriam na reta final, prejudicando os planos da diretoria.

Para substituir o camisa 9 que não vinha tão bem como no início da temporada, ninguém veio. Apenas Obina do Flamengo, corrido do rubro-negro, onde Cuca não o queria, teria de ocupar o espaço. Fora de forma e sem credibilidade, foi respaldado pelo presidente do clube e pelo então treinador, mas só apareceria com destaque pouco depois.

Luxemburgo

Questo lavoro è qui, figlio mio

O auxiliar técnico Jorginho assumiu e vieram cinco rodadas rumo à liderança. Com um improvável aproveitamento de quase 100% para um time que apresentava momentos de apatia extremada e sem explicação até ali. Todos eram aplicação. O ritmo só melhorava e parecia que ninguém poderia parar aquela equipe.

Quando Jorginho parecia ser o cara, quando até o presidente Belluzzo já tinha desistido da contratação de Muricy Ramalho, recém-demitido do São Paulo, o técnico tricampeão brasileiro foi anunciado. Da beira da crise à liderança, com Obina artilheiro: um feito de colocar no currículo do treinador, ex-ponta direita da Portuguesa e do Palmeiras.

O alviverde ainda se manteria na liderança por muitas rodadas, mas o treinador não conseguiu implantar seu sistema de jogo defensivo com poucas porém eficazes variações táticas. Também não conseguiu manter nada da aplicação tática e técnica da fase inter-medalhões.

Rachas no elenco foram transformando as rodadas finais em um período de queda livre, dando espaço para Flamengo, Internacional, São Paulo e Cruzeiro passarem lotados, rumo às primeiras posições. Ainda teve Obina brigando com Maurício, a vinda tumultuada de Vagner Love – da chegada como heroi à briga com torcedores – e Diego Souza, o nome do time na competição, parando de jogar bem.

Desesperador, desagradável, chato. Fora da Libertadores, se contentar com a Copa do Brasil e a Sul-Americana é motivo para não querer falar de futebol por algum tempo. Mas a gente continua falando, só de marra, nem que seja para curtir o sabor amargo dos últimos meses.

A torcida do Palmeiras e o que ela tem de melhor

A torcida do Palmeiras e o que ela tem de melhor

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Santos 2009: O medo da figuração

December 14th, 2009 | 3 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Copa do Brasil 2009, Musas, Santos

Preguiçosos que só, pedimos a alguns torcedores para escreverem sobre o ano de seus times e uma pincelada para 2010. Glauco do Futepoca  atendeu-nos ao que diz respeito ao Santos, com única exigência que por questões matrimoniais a escolha das imagens ilustrativas do post ficariam por conta do Blá blá Gol. Assim foi feito.

Por Glauco – Futepoca

2009, mais um ano para o santista esquecer. O torcedor, que comemorou a saída de uma fila de 18 anos sem títulos em 2002 com a nova geração dos “meninos da Vila” e depois ainda curtiu mais um título brasileiro, uma final de Libertadores e dois estaduais, voltou a temer a volta dos sombrios anos 80/90. À época, o Peixe era um mero figurante na maioria dos campeonatos e o povo alvinegro tinha que escutar sempre o coro “Pelé parou, o Santos acabou”.

E olha que no primeiro semestre de 2009 o time até fez boas apresentações. O ataque veloz com Neymar e Madson e a inspiração de Paulo Henrique Ganso derrubaram o favorito Palmeiras nas semifinais do Paulista, mas sucumbiram na final diante de um rotundo atacante que buscava o perdão de seus pecados da carne (nos dois sentidos). A eliminação para o inexpressivo CSA na Copa do Brasil fez com que nenhum alvinegro confiasse mais plenamente no trabalho – até bom, diga-se – de Vágner Mancini e o treinador não chegou até o fim do primeiro turno do Brasileirão.

Daí veio a pá de cal. O Santos retirou dos escombros um dito “gênio” do futebol que havia sido escorraçado de um clube rival. Luxemburgo fez o de sempre, mandou e desmandou, fez contratações de gosto duvidoso como a do incasável Jean, patinou, falou mal do ex-clube e praticamente decretou a derrota de Marcelo Teixeira, o Eterno, nas eleições santistas. Luxa acabou sendo um excelente cabo eleitoral da oposição, ainda mais quando polemizou diretamente com os adversários de seu fiel presidente.

A torcida do Santos e o que ela tem de melhor

A torcida do Santos e o que ela tem de melhor

Assim, a vitória da oposição no Santos após nove anos de comando do Eterno deram alguma esperança para o torcedor em 2010. De positivo, o reinado acabou a tempo do time não ir para a segunda divisão (corintianos, palmeirenses e vascaínos não tiveram a mesma sorte).

O comandante ou “professor” será Dorival Júnior. Ainda que seja um técnico com altos e baixos e sem um currículo extenso, pode-se dizer que melhorou muito em relação ao antecessor (em termos técnicos, de vontade e também de salário). Para alegria de parte da torcida, Kléber Pereira, que será lembrado mais pelos gols perdidos do que pelos feitos, também foi embora, e mais treze atletas têm contrato por vencer no fim de ano.

O oscilante Rodrigo Souto, com proposta do Paris Saint-Germain, também deve deixar a Baixada Santista. Outro que pode arrumar as malas é um ex-intocável. Fábio Costa, protegido do presidente e dono de uma das panelinhas da Vila Belmiro, não tem a simpatia nem a confiança da nova diretoria e pode ser dispensado para dar chance o jovem Felipe. Se for, não sentirei saudades.

E quem vem? Como o presidente eleito Luís Álvaro Ribeiro só toma posse no dia 15, as especulações são inúmeras. Aparentemente certo, o meia Macnelly Torres, do Colo Colo. Outros nomes cobiçados segundo a mídia são Rafael Coelho, artilheiro do Figueirense, e o zagueiro Durval, do rebaixado Sport. Por enquanto, nada para empolgar, mas com a manutenção dos garotos, o Santos pode sim ser um time competitivo na Copa do Brasil e no Paulista. Já para o Brasileiro, serão necessários os fundos de investimentos prometidos pela nova diretoria para fazer do time novamente o “campeão absoluto deste ano”, como reza o glorioso hino alvinegro.

Foto da Baleia

Foto da Baleia

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Vasco 2009: Estamos de volta…

December 8th, 2009 | 158 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2009, Futebol, Musas, Vasco

E agora Roberto?

Passado um ano e meio da nova administração o Vasco segue em um rumo indefinido. Não dá pra saber se estamos no caminho certo, ou não.

Com certeza melhoramos em 2009. Mas isso não quer dizer nada, já que somente com muito esforço a atual diretoria iria “superar” o que foi feito na gestão passada, e o seu próprio começo em 2008.  É hora do balanço.

Principais erros:

  • O trabalho começou errado. É fato que não se prepararam para assumir o clube, que não tinham o plano emergencial que certamente seria necessário.
  • Escolheram mal as peças que iriam governar o clube em um momento tão delicado.

Se a responsabilidade da queda para série B é, em maior parte, do Eurico, o grupo do Roberto tem, sim, o ônus de ter contribuído com seu despreparo.

  • Assinaram um contrato com a Champs sem garantias e que se mostrou inviável. Perderam tempo e dinheiro, com um erro banal.
  • Esperaram meses pra assinar com a Eletrobrás, e parecem não ter prestado atenção no sofrimento que era a relação entre Petrobras e Flamengo.
  • Não conseguiram até agora colocar os salários em dia.
  • O mais grave de todos os erros, não apresentaram o resultado da auditoria sobre as contas do Vasco.

Principais acertos:

  • Contrataram um excelente gerente de futebol e alguém que, definitivamente, entende de marketing.
  • Souberam capitalizar bem a boa vontade da mídia, recuperando assim um pouco do valor da marca, e da credibilidade do clube.
  • Montaram uma equipe barata barata e suficiente para a voltar, sem sobressaltos, a primeira divisão.
  • O mais importante, trouxeram de volta ao Vasco, sócios e torcedores afastados. O “sentimento” de fato não parou, e se tornou mais forte.

Análise SWOT:

Forças:

  • A torcida está motivada, disposta a gastar e a apoiar o clube.
  • As receitas, ainda que timidamente, devem aumentar este ano.
  • O clube voltou a ser uma boa opção pra qualquer jogador.
  • Há bons valores revelados nas divisões de base.
  • O Vasco tem um gerente de futebol competente e que parece saber armar uma equipe muito bem.

Fraquezas:

  • O grupo de jogadores atual é fraco.
  • O clube perdeu seu centro de treinamento, perdeu estrutura.
  • O ambiente político ainda é muito conturbado.
  • Ainda ocorrem falhas inaceitáveis na administração do clube, como atraso de salários e desvio de materiais, por exemplo.
  • Não se sabe ainda quem será o treinador.

Oportunidades:

  • Excelente momento para se reformar São Januário. E para se buscar um centro de treinamento próprio. Os investimentos esportivos na cidade, por conta dos mega-eventos, estão fartos e esta é uma dívida que vale a pena contrair se for o caso.
  • O futebol carioca está em alta, o Flamengo, por exemplo, deve alavancar financeiramente, seus contratos. O Vasco pode se beneficiar disso.
  • Ainda há muito espaço para aumentar ganhos no projeto dos sócios, e com São Januário.

Ameaças:

  • A diretoria perdeu muito tempo até agora, não contratou reforços de peso, e inexplicavelmente não definiu seu treinador há alguns meses. O Vasco ainda tem o pior time do Rio, Amaral ainda está por lá.
  • O contrato com a Eletrobrás é arriscadíssimo, e não há aparentemente um plano B.
  • A dependência de “fundos” pra se montar um time é terrível. Há que se fazer acordos que não prejudiquem o clube, principalmente no caso dos reforços darem certo.
  • Carlos Alberto.
A torcida vascaína mostra o que tem de melhor.

A torcida do Vasco e o que ela tem de melhor

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Cruzeiro 2009: para o bem e para o mal.

December 8th, 2009 | 18 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Campeonato Mineiro 2009, Cruzeiro, Libertadores 2009, Musas

2009 foi um ano diferente, pelo menos em termos de futebol, na vida deste que vos escreve. Comecei assistindo a uma arrancada inclemente do Galo no Pão-de-Queijão/09, se mostrando até o favorito ao título estadual e que terminou com choro e da mesma forma que 2008. Foi bom, mas o ano prometia muito mais.

Merecido!

Merecido!

O Brasileiro e a Libertadores à vera (porque é só na segunda fase que o pau começa a cantar) iniciaram praticamente ao mesmo tempo. Enquanto mais da metade do Brasil ia torcendo pelos seus times no Brasileirão/09, São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Sport corriam em busca da América.

Os times brasileiros eram dados como favoritos e foram conseguindo os seus espaços. O Palmeiras bateu o Sport, mas caiu diante do Nacional do Uruguai. São Paulo obteve a vaga sem jogar com Chivas, em função da Gripe A, e pegaria o Cruzeiro que passou pela Universidad do Chile. Como o macete é “São Paulo nas quartas-de-final”, o Cruzeiro avançou para uma semi-final polêmica e de arrepiar contra o Grêmio, num dos jogos mais nervosos que eu assisti. Fomos a uma final que muitos consideraram ganha, já que o Cruzeiro tinha vencido, sem maiores dificuldades, o time do Estudiantes no Mineirão na 1ª fase. Tudo muito bem acompanhado neste blog.

Foi aí que ELE apareceu e colocou tudo a perder. Numa das noites mais tristes da minha vida eu vi de trás do gol que fica à direita das cabines de TV do Mineirão, Henrique acertar um pombo-sem-asa no canto do goleiro argentino e praticamente botar o grito de campeão na boca de cada cruzeirense. E depois, em duas bolas de Verón, o Cruzeiro perder tudo em pouco mais de 5 minutos. E com o fim do jogo começou um dos anos mais zuados dessa minha ainda curta vida.

Sim, muito zuado. Não sei se é porque foi o primeiro grande insucesso que eu presenciei morando em BH ou porque o Galo ia bem no Brasileiro. O que sei é que, de repente, metade da cidade se vestiu de alvirrubro e eu aguentei tudo calado. Vou falar o quê? O time dos caras vencendo tudo, o melhor jogador do Brasil atuando com 9 deles e o Cruzeiro entregando a paçoca na hora menos provável? Complicado. Tanto que eu me mantive calado inclusive no Blá Blá Gol.

O Cruzeiro pós-Libertadores passou por um período forte de ressaca. Que culminou no jogo contra o Palmeiras e na despedidinha do “ídolo-mor”. Depois disso, Kléber teve um problema de púbis e o Cruzeiro passou a depender de Wellington “Parede”. Ele, tão açoitado no começo do ano, vestiu a 9, assumiu a bronca e ajudou muito o Cruzeiro na busca dos 17 pontos que o separavam do Galo, das minhas 5 caixas de cerveja apostadas no meio do campeonato e do G4. Sim, porque ir pra Libertadores-10 era, no mínimo, certeza de um bom time no ano seguinte. Ou, pelo menos, da manutenção desse bom time de 2009.

Adílson, o cara de 2009.

Adílson, o cara de 2009.

Não só o “Parede”. Gilberto entrou como uma luva no lugar de Wagner (assim como o Flamengo, o Cruzeiro soube repôr muito bem), Ramires foi, mas o futebol do contestado Henrique cresceu muito. Diego Renan e Jonathan foram as válvulas de escape das laterais, esse último sendo escolhido o melhor do campeonato pela seleção da Globo. E Fábio, Caçapa e Leonardo Silva segurando tudo lá atrás. Os jogadores foram fundamentais para a melhor campanha do returno. Tudo sob a batuta do Professor “Pardílson”. 2009 foi, pelo menos pro manda-chuva dos esquemas táticos azuis, um ano de confirmação.

Enfim, última rodada do Brasileirão/09 e o Cruzeiro dependia de uma vitória do Fogão (eu sabia que podia contar contigo!) e vencer Luxerlei Vandenburgo na Vila Belmiro (o Cruzeiro nunca tinha ganho do técnico em toda história do Brasileiro de pontos corridos).

O Cruzeiro fez 1×0 logo de cara com Wellington “Parede”, perdeu Jonathan, justamente expulso, aos 15 do 2º tempo, tomou o empate logo depois. E aí apareceu ninguém mais ninguém menos que ELE. Kléber entrou, fez o gol no primeiro toque na bola e colocou o Cruzeiro na Libertadores, tirando o seu amado Palmeiras que perdia para o Botafogo no Engenhão. Enquanto a nação rubro-negra festejava, eu roía as unhas quase apitando o fim dos dois jogos do meu sofá. Dava pra ser campeão, mas o Cruzeiro fez um belo papel.

Fim de jogo, começo de um bom ano para o Cruzeiro. O Cruzeiro-10 promete ser um bom time para a Libertadores com a manutenção, CONTESTADA, vejam bem, de Kléber e de toda a base de 2009. Pedro Ken, que dizem ser um bom jogador, já fechou e Jóbgol também. Faltam ainda 3 reforços que Zezé prometeu, mas a base está pronta. Uma ótima base, diga-se de passagem. E, pelo menos agora, meu ínicio de ano alcoólico tá garantido.

O que a torcida do Cruzeiro tem de melhor!

A torcida do Cruzeiro e o que ela tem de melhor

Que venha a América! E que suma Verón!

Ps.: Parabéns a todos times cariocas. Principalmente ao Flamengo. Não tem como não gostar, depois de quase um ano escrevendo com a galera.

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Fluminense 2009: A dívida está paga

December 8th, 2009 | 34 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Fluminense, Musas

Há os que acreditam que o Fluminense tem uma dívida sabe-se lá com quem e que deveria um dia cair e ganhar a Segunda Divisão no campo.

Eu que não emprestaria grana para esse tipo de pessoa. Creio que para me pagar, pediriam-me dinheiro emprestado para quitar a dívida.

Mas além de não cobrarem que o Fluminense vá abruptamente para a Segundona sem a necessidade de cair no campo, o que seria o logicamente correto, ainda cobram a dívida errada.

Invariavelmente, é dito que o Fluminense é o mal do Mundo pois em 2000 saiu da Terceira para a Primeira sem jogar a Segunda. O que não deixa de ser verdade, mas não o fez por conta dele. Aliás, nem se preparou para isso. Lembro bem da época que o Tricolor se preparava para disputar a Série B quando por confusão envolvendo Gama, Botafogo, São Paulo e Sandro Hirsohi mudaram a porra toda e criaram a João Havelange pescando Fluminense e Bahia lá de baixo, que agradeceram e voltaram sem constrangimento.

Curiosamente, deixa-se passar em branco a verdadeira virada de mesa bancada pelo clube, a que o Fluminense brigou para encontrar brechas. 1996, simbolizada pelo estouro de chamapagne de Alvaro Barcellos. Ano em que Fluminense e Bragantino deveriam cair pelo que fizeram em campo, e Corinthians e Atlético-PR fora dele.

Mas para esses que cobram esta dívida maluca, alego em defesa do Fluminense que está paga. E com juros.

Em 2009, O Tricolor do Abnegado jogou a Segunda Divisão contra times de Primeira. Ganhou e está de volta.

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O Fluminense 2010 deverá ter o mesmo rival de todos os anos, o Apartheid Unimed/Fluminense. Sabe-se lá o que foi feito para deixar este problema em standby no fim do ano (nem quero saber). Ao contrário do Botafogo, não parece que a política tricolor seja tão franciscana e com a volta à Primeira Divisão não me parece que ela irá mudar. Imaginamos onde isso vai parar, mas enquanto não acontece, segue quem deve entrar na barca:

  • Assessor de imprensa
  • Senhor Rebaixamento
  • Cassio – pouca bola.
  • Ruy
  • João Paulo – está sempre assustado.
  • Ricardo Berna – terceiro goleiro, virou titular e voltou a ser terceiro goleiro. Coloca um junior.
  • Liminar Amaral – ainda está lá?
  • Marquinho – fez um gol em Quito  e entregou dois. Fez o gol em Curitiba e depois só cagada. A diferença para os demais jogos é que não fez gol.
  • Fabinho e Wellington Monteiro – auto-explicativo.
  • Roni – era rápido e mediano. Hoje é lento e ruim.
  • Gum – fica por enquanto, mas pelamordedeus arrumem outro zagueiro titular.
  • Urrutia – Nem sei como joga, mas se não foi usado boa coisa não deve ser.
A torcida do Fluminense e o que ela tem de melhor

A torcida do Fluminense e o que ela tem de melhor

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A historinha lá de cima é para ir na onda midiática do milagre tricolor, que falando francamente, não existiu. À partir da 24ª rodada, o Fluminense fez uma campanha absolutamente normal com exceção da partida contra o Cruzeiro no Mineirão. Da mesma forma que o Coritiba que caiu também a fez. A diferença é que o Tricolor tinha pontos para buscar fora de casa e o Coxa não.

Quem acha que analisar tabela é projetar no futuro o aproveitamento presente vai continuar a se surpreender ao fim do campeonato.

Na mesma linha, o Cruzeiro não arrancou assombrosamente. A verdadeira arrancada foi do Flamengo.

Mas isso pode ser assunto para outro post.

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Botafogo 2010: Tudo bem para o ano que vem

December 7th, 2009 | 152 Comments | Filed in Botafogo, Futebol, Musas, Observatório

Há anos que a torcida alvinegra tenta acreditar nessa máxima popular, que até engana no Carioca mas encontra a dura realidade quando o Brasileirão começa.

2009 é um ano pra se esquecer, conseguiu ser pior do que 2008 e 2007 – que olhando daqui não parecem ter sido tão ruins assim: duas Sulamericanas, liderança do campeonato durante um turno inteiro e duas finais de Carioca onde só não fomos campeões dado aos acidentes de percurso.

A torcida do Botafogo mostra o que ela tem de melhor [2]
A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor [2]

É clichê falar em renovação, em barca, em quem sai e quem fica. Mas já nesse bafafá de início muita coisa me incomoda. Vejamos: o Botafogo passou um campeonato inteiro oscilando entre péssimo, médio, ridículo, razoável e sofrível. Ninguém prestava, alguns prestavam, a maioria não prestava. E é verdade, a tônica do alvinegro é mesmo essa. Tem gente ali que foi obstinada durante a turbulência (casos de Leandro Guerreiro e Jefferson), gente que se aproveitou do clube (Jônatas e Michael), gente que a gente já conhece bem (Juninho, Lúcio Flávio, Alessandro) e gente que a gente não vê a hora de ir embora (Reinaldo, Victor Simões, Jônatas – como eu ODEIO esse cara…, Emerson, e… bem, o resto). A imprensa (juro que estou fazendo que nem o Victor e começo a abandonar essa nojeira a não ser pra ver tabelas, gols e resultados da rodada) inicia a comoção acerca do quem vai e quem fica, martirizando aquelas peças que não serviram pra porra nenhuma o ano todo. Que a torcida não caia nessa.

No início do campeonato, Victor dissertava sobre o horizonte favorável do Botafogo para 2010, quando poderia enfim partir de uma base menos badalada para montar uma equipe, ao invés de mais um recomeço como aconteceu nos últimos anos. É um ponto-de-vista interessante e vou nessa com ele. O foda é saber quem fica dessa bagaceira.

Minha opinião? Bem: Jefferson, Diego (que é zagueiro, lembrem-se), Leandro Guerreiro, Batista e Renato. O resto é saco. De lixo. Pode mandar tudo pro América.

O consolo é que 17 jogadores encerram seus contratos em 31 de dezembro e a maioria é lixo. De certo até agora são as saídas já anunciadas de Jobson, Castillo (boa sorte, arqueiro!) e André Lima, enquanto a diretoria promete iniciar de imediato as negociações com quem interessa.

Mas o pior disso tudo: entendo e aplaudo os esforços hercúleos da inexperiente diretoria do Botafogo em manter a folha dentro do exequível. Louvo a mão-de-ferro que impediu o clube de cometer loucuras mesmo nos momentos mais difíceis dessa pífia campanha. Creio que o caminho é mesmo esse: a austeridade financeira para quem sabe colherem-se os frutos a longo prazo,  porque para curto e médio a coisa vai ficar muito mais pra negra do que pra alvinegra.

O que não entendo é o comportamento de cabeças pensantes e influentes dentro de um clube. Eu nunca quis ser sócio de clube nenhum porque justamente essa parte sócio-política me incomoda demais. As panelinhas de oposição e situação que insistem em fazer o mimimi ao invés de encontrarem meios-termos para resolverem as coisas.

O cara

O cara

Mais uma vez tenho que recorrer ao Bebeto de Freitas, para desespero e delírio do Saulo. Bebeto comandou o Botafogo durante dois mandatos e conseguiu o impensável: unir oposição e situação. Quem saiu ganhando com isso? Todo mundo, inclusive a torcida.

Entendo os sócios, os beneméritos, os influentes do Botafogo que criticam o amadorismo da nova e bem-intencionada diretoria. Mas quando destas mesmas cabeças (ditas) pensantes a maior crítica que sai em relação ao vice de futebol é que ele parece uma orca (!!) e que tem um monte de gordura ruim (!!!!), só posso ficar triste e temer pelo pior.

Sou um botafoguense irrecuperável e, por extensão, romântico. E me recordo da minha mãe (a famosa Asa Alvinegra) me ensinando que é falta de educação caçoar dos outros por causa de seus problemas. Como não sou falso moralista já admito que faço isso entre amigos, mas jamais lançaria mão de um argumento tão torpe dentro de uma discussão que seria por obrigação civilizada. Me entristece e envergonha ter companheiros de cores que pensam de forma tão mesquinha. Tem horas que eu até queria ser que nem o Serginho e o André Bona, que entendem alguma coisa dos meandros políticos nos bastidores do Vasco. Mas ao primeiro sinal de podridão, essa vontade desaparece. Prefiro ser torcedor de arquibancada.

Enfim… meu ponto é que o time do Botafogo é realmente horroroso, mas o buraco no clube é muito mais embaixo. Por isso temo 2010 e o processo de americanização do Botafogo, enquanto o América (ao que parece) encara o caminho inverso – (seria a botafoguização do América?)

Apesar de tudo isso, o futuro promete um panorama muito mais favorável em 2010: o Engenhão (com a reforma do Maraca) será o estádio do momento, os patrocínios fixos estão pintando e um novo patrocínio de camisa (junto à Liquigás) será viabilizado. Quem tem o direito conquistado nas urnas e a obrigação de trabalhar deve fazer isso. Quem for contrário, chie, grite, esperneie. Mas dentro da ética e da compostura.

Feliz Ano Novo, Botafogo. De verdade.

A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor
A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor

Demais Balanços de 2009:

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Grupos da Copa – primeiros chutes Blablagolianos

December 4th, 2009 | 10 Comments | Filed in Copa 2010, Musas

Grupos e entretantos podem ser conferido neste link, que pede a visita nem que seja pelas fotos do melhor da transmissão. No frigir dos ovos, o que vale segue abaixo:

Yuri Nostradamus, antes, do sorteio:

A França cairá no grupo da África do Sul. Ou, pegará um grupo baba com o Uruguay.
Brasil cairá perto da Espanha. Longe da França e se bobear, com Portugal.
O grupo da morte será o da Holanda(*).
Itália, Alemanha e Inglaterra pegam babas.
(*) O grupo da morte será de um time LARANJA… HUAHAUHAAUA – Modificado à tempo

Rodrigo Gabão:

Grupo A – tudo baranga, pode dar qualquer merda;
Grupo B – tudo baranga, pode dar qualquer merda;
Grupo C – tudo baranga, pode dar qualquer merda;
Grupo D – Alemanha mais alguma baranga;
Grupo E – Holanda e Dinamarca;
Grupo F – Itália mais alguma baranga;
Grupo G – Brasil e Portugal;
Grupo H – Espanha mais alguma baranga.

João Deiró:

Tudo bem que o Dunga vem fazendo um bom trabalho, mas se Drogba e Cris Ronaldo resolverem jogar bola, podemos nos complicar…

Rafael:

Eu, eu, eu…Parreira fudeu!!
Que grupinho mais ingrato praqueles que estão recebendo a Copa. Que curtam bem os 3 joguinhos e depois so chupando o dedo…

Brasil 3 x 0 Coreia
Brasil 2 x 1 Costa do Marfim
Brasil 1 x 1 Portugal

Com algumas considerações à respeito desse grupo.

Saulo Paixão:

O grupo do Brasil é uma verdadeira “carne no pescoço”. Não me lembro de adversários tão fortes na primeira fase. Pelo futebol condizente, Portugal pode voltar para casa mais cedo.

Renan Canuto:

Na boa? Achei o grupo do Brasil tranquilo – apelar pro verbete baba é um pouco demais.
Coreia do Norte? Hã? Tem futebol lá? Brasil vence;
Costa do Marfim: tenho a impressão que será a única seleção a complicar o time de Dunga na primeira base. Drogba tem meu respeito. Mas com Lucio e Juan na zaga, não motivo pra desespero.
Portugal: […]Não acho que seja motivo pra arrepiar brasileiros[…]
– O resto do comentário aqui.

Victor:

Grupo A – México e mais um – França sem Zidane? Faz-me rir;
Grupo B – tudo baranga, pode dar qualquer merda [2];
Grupo C – Protestantismo na veia;
Grupo D – Alemanha mais alguma baranga [2];
Grupo E – Holanda e Dinamarca [2];
Grupo F – Itália no sufoco arrancando para mais uma final e quem tirar ponto dela;
Grupo G – Brasil e Portugal [2] – Time africano com estrela na Europa… pfiu;
Grupo H – Suiça e Chile – Espanha, nunca serão.

Serginho Valente:

Grupo A – México e Uruguai
Grupo B – Nigéria e Coréia
Grupo C – Inglaterra e Argélia
Grupo D – Alemanha e Gana
Grupo E – Holanda e Dinamarca
Grupo F – Itália e Paraguai
Grupo G – Brasil e Costa do Marfim
Grupo H – Suiça e Espanha

Suíça campeã da Copa

Galvão Bueno:

Quero ver a Itália ganhar do Paraguai

Charlize Theron:

Às vezes o silêncio fala mais do que as palavras

frente e verso

frente e verso

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O Sentimento não pode parar

November 7th, 2009 | 161 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Musas, Vasco
O Vascão Voltou

O Vascão Voltou

Uma cabeçada cruzmaltina compareceu ao Maracanã hoje ansiosa com  do retorno do time à Série A.

Se o sentimento não pode parar, o clube soube aproveitar e capitalizar o mesmo, o que merece apenas elogios e luvações.

O clube teve Mar de Almirante na Série B, algo que quem acompanha o Blá blá Gol sabe que aconteceria desde antes da competição e no começo da mesma enquanto os times se ajeitavam (aqui) e (acolá). Se um gigante como o Vasco tem problemas ao longo de uma temporada, o que dizer dos demais clubes com esta realidade?

O Vasco fez seu papel de forma impecável e inapelável, mas é, como se preparou para ser, um timinho vagabundo. O que não vem a ser nenhuma crítica destrutiva ao trabalho feito em São Januário, que entendeu perfeitamente como seria o campeonato, e que um timinho vagabundo com poucos problemas bastaria.

A principal estrela vascaína, o rei do cotovelo é fraco. A inspiração do time é nula. Tanto que não conseguiu acertar o gol jogando com um a mais e com um jogador de linha no gol do adversário. Aliás, não conseguiu mesmo quando esse jogador abandonou o gol. Com essa inspiração ofensiva vascaínos choraram pitangas na Copa do Brasil contra time de Série A.

Mas o Sentimento Não Pode Parar, e é certo que o marketing cruzmaltino aproveite isso, como vem fazendo brilhantemente. Rede Globo também foi excelente em valorizar seu produto. Minha namorada ficou eufórica com a “homenagem” da Globo ao Vasco em um intervalo da novela do Seu Alcino que tive de ver para aproveitar o ar-condicionado do quarto.

Para O Sentimento Não Parar, resolvi não explicá-la que o Vasco, assim como os demais clubes de futebol, é mais um dos inúmeros produto de comercialização da TV que não poderia deixar passar a chance de capitalizar, ora bolas.

Esqueça da ranhetice e comemore, vascaíno

Esqueça da ranhetice e comemore, vascaíno

A torcida vascaína deve comemorar. Ela comprou o brilhante trabalho de marketing feito pela diretoria do Vasco em 2009 suportado pelo competente desempenho da equipe no campeonato, tanto que neste Sol escaldante de 3 da tarde de verão entupiu o Maracanã e fez a merecida festa justamente e eficientemente coberta pela principal produtora do espetáculo.

Beba de cair torcida vascaína. Comemore mesmo até para expiar esse ano de purgatório.

Mas na ressaca, tratem de lembrar que 2010 é um outro ano, e que a real posição da equipe hoje é uma atrás do Sport Recife.

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Um botafoguense no Beira-Rio

November 4th, 2009 | 17 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2009, Internacional

Flávio esteve na Gloriosa  torcida alvinegra dentro do Gigante da Beira-Rio e contou como foi a vitória mais comemorada por rubronegros que por botafoguenses.

Internacional 0x1 Botafogopor Flávio

Ainda me refazendo da euforia e emoção por presenciar in loco a vitória alvinegra em pleno gigante da Beira-Rio, escrevo os breves comentários sobre o estádio e o jogo.

Estádio:

  • Fácil acesso, em plena avenida, a uns 5 minutos de carro de onde estava (centro da cidade), com estacionamento próprio.
  • À paisana (com o manto alvinegro dentro de um bolso da calça), abordei discretamente um PM perguntando onde comprava ingressos para a torcida adversária.
  • O miliciano não só consultou por rádio seu superior, como voluntariamente se dispôs a “me escoltar” até a bilheteria, onde permaneceu até eu entrar seguramente no belo estádio.
  • Ingresso (40 reais – não aceitaram minha carteira de estudante de uma federação do rio).
  • No estádio, fui aplaudido ao sacar a camisa alvinegra pelos aproximados 150 guerreiros sofredores ali presentes. No início, não entendi nada, achei que eles saudavam algo que acontecia no gramado. Posteriormente, entendi que a cada alvinegro que emergia dos túneis de acesso, novos aplausos ecoavam.

Jogo:

Decepcionante e mediano time do Inter insistiu equivocadamente com chuveirinhos o tempo todo, ao invés de forçar as jogadas em velocidade e no drible para cima dos desprezíveis Fahel e Léo Silva (que por sinal, fez um bom segundo tempo pela esquerda).

Botafogo com aquela formação inicial achou o gol com a bomba do juninho e se segurou como pôde, mesmo prejudicado pela infantilidade e burrice do André Lima, mas soube suportar a pressão errônea do colorado e só não matou o jogo pois tem um ataque cardíaco que não consegue botar a bola pra dentro.

D´Alessandro mostrou-se estourado e sem muita inspiração, prejudicado também pelo esquema e invenções do Mário Sérgio (no final do jogo,a torcida gaúcha cercou o famoso portão 8 e Alan Kardec teve de sair escoltado – sério, estava em todos os jornais do Sul).

Do esforçado Botafogo, destacaram-se Wellington, Guerreiro (até onde aguentou) e o paredão alvinegro Jefferson (como é bom ter um goleiro).

Thiaguinho não pode ser banco para Alessandro.

No final, a PM reteve a torcida alvinegra por 40 minutos até a evacuação do estádio pelos mandantes.

Vitória épica em um dia marcante e debaixo de muito sol nos pampas! (Me fudi, levei uma porrada de casaco para a  Serra Gaúcha e acabei dormindo sem camisa, já que a maioria das pousadas não têm ar condicionado).

Fotos do embate em breve.

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Flávio, estamos no aguardo das fotos, especialmente da torcida colorada, para completar o post.

Torcida Colorada enquanto as fotos de dentro do Beira-Rio

Torcida Colorada enquanto as fotos de dentro do Beira-Rio não chegam

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Ah… aquele pontinho perdido

November 4th, 2009 | 4 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Fluminense, Musas, Palmeiras, São Paulo

O campeonato vem chegando ao fim com as pontuações aproximadas para cada objetivo se concretizando.

Sem maiores rigores matemáticos e probabilísticos, reproduzo as pontuações finais do ano passado (2008):

  • Título – 75 pontos (65,8%)
  • Libertadores – 65 pontos (57,0%)
  • Viver – 44 Pontos (38,6%)

Não serão as mesmas em 2009, para se ter uma ideia, Palmeiras ou São Paulo podem chegar no máximo a 73 pontos, isso com 100% de aproveitamento até o fim do torneio.

De toda forma, os números são aproximadamente conhecidos, e isto leva-se em conta por uma distribuição normal entre os 20 clubes razoavelmente equilibrados, partindo de um melhor para um pior ao longo da competição.

Avaí, o melhor do campeonato

Avaí, o melhor do campeonato

Outra questão é que ao longo do campeonato, os times além de mudarem os jogadores, não estão no mesmo nível de preparo em todas as datas do torneio. Exemplificando, o momento do Internacional quando enfrenta o Santos no Beira-Rio pode ser bastante diferente do momento em que enfrenta o Avaí no mesmo estádio. E naturalmente, como podem ser diferentes os momentos dos próprios Santos e Avaí.

Todo mundo que disputa e perde por pouco, sente-se no direito de lamentar pelo que lhe escapou pelos dedos. Não faltarão lamentos (na verdade, já existem) de pontos bobos deixados pelo caminho e que custaram o objetivo. Mas objetivamente, tais posições nunca foram do time, por mais fácil que a tabela diga que teria sido com um pouco mais de atenção em jogos-chaves.

Se 19 times tivessem vencido uma determinada equipe, e apenas a sua perdido, teriam sido pontos bobos deixados pelo caminho. Mas, existe algum time que destoe tanto assim no campeonato?

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Os cruzeirenses devem estar se amaldiçoando duplamente pela derrota frente ao Fluminense e em caso de falha na conquista do título ou da vaga da Libertadores, lembrarão desta partida. Lembrarão por ter sido uma derrota para o até então lanterna do campeonato e pela forma como ocorreu tal derrota.

Mas comparativamente com o 1º turno quando ocorreu o empate no Maracanã, o momento cruzeirense é semelhante (o time é tão forte quanto) e o do tricolor melhor.

Desde a goleada sofrida contra o Grêmio no Olímpico, os resultados do Fluminense são de normal para bom. Nada suficiente para livrar-lhe a cara do rebaixamento (ainda mais porque os demais times na zona de degola melhoraram seus desempenho igualmente). E foi neste momento que se deu o confronto de surpreendente resultado.

Neste equilibrio, outros times menos cotados vem vencendo a turma lá de cima com alguma recorrência. Santo André encaçapou o Palmeiras, Botafogo venceu o Inter no Beira-Rio e o Flamengo empacou no Barueri. Há alguns outros exemplos se quiserem olhar a tabela.

Um campeonato de 38 rodadas entre times razoavelmente equilibrados, derrotas para times “fracos” ao longo do caminho são normais, somam-se às derrotas “normais” e chegam a obviedade de quem perde menos pontos é campeão.

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Não foi por comparar jogador por jogador que postei São Paulo e Flamengo favoritos ao título no começo do campeonato. Na minha cabeça, esses seriam os times que melhor minimizariam seus problemas ao longo do campeonato e que de alguma forma chegariam na parte cima da tabela muito pelo histórico nos campeonatos anteriores e manutenção de elencos.

Faltando 5 rodadas, as duas equipes estão em ascenção entre os 4 primeiros na companhia de um constante Atlético Mineiro e um cambaleante Palmeiras.

O que não quer dizer que sejam favoritas.

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Eleito 4 vezes melhor técnico do País pela imprensa que diz que seus times não tem variação de jogada. Hein?

Eleito 4 vezes melhor técnico do País pela imprensa que diz que seus times não tem variação de jogada. Hein?

Há uma deflagrada secação a Muricy Ramalho por parte de uma turma que creditava o sucesso do técnico ao São Paulo. Pois bem, eu também penso a mesma coisa. Jamais achei que o São Paulo foi tricampeão porque seu técnico era Muricy Ramalho. O que não quer dizer que o mesmo não tenha valor e que não tenho contribuido para os três títulos. Lógico que contribuiu e muito.

Detratores já bradam que Jorginho entregou a equipe líder, e que Muricy tratou de desfazer o trabalho do interino antecessor, o que é uma grande bobagem. Como explicado acima, em um campeonato como esse, os times passam por fases diferentes, inclusive físicas de seus jogadores que tem rendimentos heterogêneos ao longo da temporada.

Pode-se inferir que o Palmeiras de Jorginho não iria manter o percentual de aproveitamento sem a troca de treinadores, e pode-se afirmar que bem ou mal, o Palmeiras com Muricy chega nesse ponto candidatíssimo ao título.

Nem mesmo pode-se sacramentar um estado abaixo de São Paulo e Flamengo, porque a equipe pode estar se livrando de um período de baixa que ocorreu nos últimos jogos e buscar seu sprint.

Por falar em sprint, está baixo o aproveitamento dos times líderes, é bem provável que o campeão tenha aproveitamento maior que o seu atual. Sendo assim, há 5 jogos para se jogar e não ficar lamentando aquele pontinho perdido lá atrás.

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A probabilidade de São Paulo ou Palmeiras fiquem com o título é enorme, pois um dos dois deve melhorar seu aproveitamento nestes 5 jogos. Todavia, a probabilidade de um ficar em primeiro e o outro em segundo já cai bastante, pois implicaria nos dois terem o rendimento aumentado em detrimento a Atlético Mineiro e Flamengo

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