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Artigos sobre ‘Libertadores 2009’

Palmeiras 2009: Muita promessa pra um fim amargo

December 28th, 2009 | 9 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Libertadores 2009, Musas, Palmeiras

Preguiçosos que só, pedimos a alguns torcedores para escreverem sobre o ano de seus times e uma pincelada para 2010. Anselmo, palmeirense e futepoquense  atendeu-nos ao que diz respeito ao Palmeiras como forma de expiar 2009, mandando inclusive o portfólio de imagens para ilustrar o post.

Por Anselmo – Futepoca

O ano começou com altas expectativas. Reforços haviam se somado aos atletas que permaneceram. Havia um meia marcador que começou marcando gols como um artilheiro. Havia um artilheiro que se mostrou goleador, como se deve. Até reservas funcionavam bem, enquanto o time se revezava entre o estadual e a Libertadores da América.

Enquanto a torcida chiava pela saída de Kléber, o único atleta que havia jogado futebol nas partidas finais de 2008, quando o time não resistiu à corrida pelo caneco, a Traffic trazia reforços. A diretoria ainda anunciava para abril o início das obras de uma arena multiuso, para abrigar o ludopédio alviverde, mas também shows e outras fontes de receita para o clube.

Lançãmento do uniforme que o palmeirense gostaria de ver

Lançamento do uniforme que o palmeirense gostaria de ver (na Galisteu, esclareça-se)

Depois, vieram oscilações. A eliminação na semifinal do Paulistão, a classificação na primeira fase do Continental só na última rodada da fase de grupos, as oitavas para eliminar o Sport de Recife – então temido, mas que depois desceria em queda livre até o rebaixamento no Brasileirão – e ceder diante do Nacional do Uruguai.

O Brasileirão tornava-se uma esperança e uma provável última chance para o então treinador Vanderlei Luxemburgo. O medalhão estava em sua segunda temporada no clube, tinha elegido os reforços e as despensas, respondia pelo planejamento.

As obras da Arena Palestra Itália não começaram. E a janela europeia de junho a agosto ameaçava minar a campanha que não sabia se ia ou se ficava no Nacional. Keirrison queria ir para o Barcelona. O empresário armou a proposta, ele foi embora, deixando um rastro de turbulência no Verdão.

É que Luxemburgo, achando que poderia mandar prender e mandar soltar em domínios verde-e-brancos declarou que o camisa nove não atuaria mais sob seu comando antes ainda de definida a transação. Arriscou mais do que deveria, porque seu ibope estava em baixa por alguns erros de escalação e outras doses, menores, de ziguezira.

Veio a diretoria com pose de gente séria: quem manda aqui é quem manda aqui. Técnico na rua por quebra de hierarquia em uma decisão que, para muitos, camuflou apenas a vontade danada de Luiz Gonzaga Belluzzo e companhia de um retumbante pé na bunda do treinador falastrão.

De um lado, o episódio mostrava que a diretoria não tinha tanto controle assim sobre o que acontecia. Mas para mostrar que o caso Keirrison era exceção e garantir que nenhum outro atleta seria negociado foi preciso dar aumento de salário para quem teve proposta, incluindo Pierre e Cleiton Xavier. Os dois se contundiriam na reta final, prejudicando os planos da diretoria.

Para substituir o camisa 9 que não vinha tão bem como no início da temporada, ninguém veio. Apenas Obina do Flamengo, corrido do rubro-negro, onde Cuca não o queria, teria de ocupar o espaço. Fora de forma e sem credibilidade, foi respaldado pelo presidente do clube e pelo então treinador, mas só apareceria com destaque pouco depois.

Luxemburgo

Questo lavoro è qui, figlio mio

O auxiliar técnico Jorginho assumiu e vieram cinco rodadas rumo à liderança. Com um improvável aproveitamento de quase 100% para um time que apresentava momentos de apatia extremada e sem explicação até ali. Todos eram aplicação. O ritmo só melhorava e parecia que ninguém poderia parar aquela equipe.

Quando Jorginho parecia ser o cara, quando até o presidente Belluzzo já tinha desistido da contratação de Muricy Ramalho, recém-demitido do São Paulo, o técnico tricampeão brasileiro foi anunciado. Da beira da crise à liderança, com Obina artilheiro: um feito de colocar no currículo do treinador, ex-ponta direita da Portuguesa e do Palmeiras.

O alviverde ainda se manteria na liderança por muitas rodadas, mas o treinador não conseguiu implantar seu sistema de jogo defensivo com poucas porém eficazes variações táticas. Também não conseguiu manter nada da aplicação tática e técnica da fase inter-medalhões.

Rachas no elenco foram transformando as rodadas finais em um período de queda livre, dando espaço para Flamengo, Internacional, São Paulo e Cruzeiro passarem lotados, rumo às primeiras posições. Ainda teve Obina brigando com Maurício, a vinda tumultuada de Vagner Love – da chegada como heroi à briga com torcedores – e Diego Souza, o nome do time na competição, parando de jogar bem.

Desesperador, desagradável, chato. Fora da Libertadores, se contentar com a Copa do Brasil e a Sul-Americana é motivo para não querer falar de futebol por algum tempo. Mas a gente continua falando, só de marra, nem que seja para curtir o sabor amargo dos últimos meses.

A torcida do Palmeiras e o que ela tem de melhor

A torcida do Palmeiras e o que ela tem de melhor

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Grêmio 2009: o Planejamento foi pro saco

December 15th, 2009 | 34 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Grêmio, Libertadores 2009

Preguiçosos que só, pedimos a alguns torcedores para escreverem sobre o ano de seus times e uma pincelada para 2010. Luiz Paulo Telo do Na Geral FC  atendeu-nos ao que diz respeito ao Grêmio, deixando por nossa conta o prazeroso trabalho de buscar as imagens da torcida gremista.

Por Luiz Paulo Telo – Na Geral FC

Jodie Foster é gremista?

Jodie Foster é gremista?

O primeiro ano da gestão de Duda Kroeff na presidência do Grêmio é repleto de equívocos, incoerências e fracassos. Desde a polêmica questão com as torcidas organizadas durante as eleições, passando pelos GRENAIS do gauchão até os dilemas nas trocas de treinadores.

O discurso da direção, no começo do ano, deixava bem claro que a prioridade era a Libertadores da América. O Grêmio, embora jogando com adversários frágeis, fez boas partidas nos primeiros jogos da competição. Mesmo assim, Celso Roth, depois de um ano de clube e bom aproveitamento em 2008, foi demitido. Mas nada teve a ver com Libertadores, e sim com a eliminação no Campeonato Gaúcho, depois de uma sequência de 3 derrotas em clássicos. Ou seja, Roth, de bom trabalho até então, foi tirado do cargo por fracassar em uma competição considerada secundária.

Na época, Roth encontrava dificuldades de armar seu time. Ora no 3-5-2, ora no tenebroso 3-6-1. Com seis no meio-campo, aliás, é que perdeu os três Grenais do Gauchão, todos por 2 a 1. Escalando apenas Jonas ou Alex Mineiro no ataque, com a ideia de liberar Souza e Tcheco. O interessante é que o Grêmio tinha a posse de bola, mas empilhava gols perdidos. No 3-5-2, a mesma coisa, porém mais vulnerável defensivamente, com três zagueiros fixos, alas que se portavam como laterais e apenas Adilson, Tcheco e Souza combatendo no meio.

Depois da saída de Celso Roth, eliminado do Gauchão e ainda na fase de grupos da Libertadores, o Grêmio abriu negociações com Paulo Autuori. Desde a saída de Roth, até a apresentação de Autuori, foram cerca de 50 dias. Nesse “meio” tempo, Marcelo Rospide assumiu o comando da equipe como treinador interino. E foi bem. Fato que gerou grande polêmica, pois mostrou-se uma solução barata para o comando técnico do Grêmio. O novo treinador, vindo do Catar, acertou algo em torno de 300 mil reais, por dois anos de contrato. Rospide entregou a equipe para Paulo Autuori nas Quartas de Finais da Libertadores, ainda invicto na competição.

Assim como algumas boas contratações em 2009, Autuori não vingou no Olímpico. A exemplo do treinador, Alex Mineiro, Herrera, Rochemback, Lúcio e Ruy, que foram jogadores caros, pouco contribuíram ao Tricolor. Nomes como Mário Fernandes, jovem revelação vinda do São Caetano, e Jonas, de terceira opção pra jogar ao lado de Maxi Lopes à titular goleador, ofuscaram o brilho dos medalhões. Souza, Réver e Victor, destaques em 2008 na campanha que quase deu o título nacional ao Grêmio, repetiram o bom desempenho nessa temporada – marcada, também, pela despedida de Tcheco.

Autuori quando assumiu a equipe, passou à Semi-Final da Libertadores com dois empates e, em seguida, foi eliminado pelo Cruzeiro depois de perder no Mineirão e empatar no Olímpico. Ou seja, a coisa não começou bem. A troca de esquema, do 3-5-2 para o 4-4-2, e a implementação de uma filosofia de futebol baseado em conceitos intocáveis marcou o início do trabalho do treinador. A partir de então uma máxima valeu-se para o Grêmio o restante do ano: dentro do Olímpico, um time ofensivo, de muito toque de bola, jogadas aéreas fulminantes, nenhuma derrota, poucos empates e muitas vitórias; em contrapartida, longe do Olímpico, o Grêmio foi uma equipe fácil de ser batida, conseguindo apenas uma vitória no campeonato todo. Um contrataste inaceitável para um time que pretendia disputar o título. O Grêmio oscilou entre a 6° e a 9° posição. Num tremendo perde-e-ganha, a equipe não decolou, só patinou sem sair do lugar durante o Brasileirão inteiro.

Marcelo Rospide nos tempos de jogador

Marcelo Rospide nos tempos de jogador

A discrepância entre os desempenhos fora e dentro de casa não foi explicada por Paulo Autuori. Nem pela direção. Mesmo assim o Grêmio não mudou. Autuori falava em conceitos, e que não os sacrificaria por conta de resultados negativos. A direção já falava em 2010, desde o meio do ano, encontrava justificativas no trabalho a longo prazo. A certa altura do ano, a figura do prestigiado profissional começou a ser alvo de críticas – justas, diga-se de passagem -, principalmente por parte dos torcedores. O nome de Rospide só ganhou força com isso.

Pois faltando quatro jogos para acabar o campeonato, o Grêmio sem mais chances de classificação pra Libertadores, Autuori deixa o clube para retornar ao futebol do Catar. Uma prova de que nem ele acreditava mais num projeto vencedor dentro do clube. Rospide assume novamente, empata com o Cruzeiro no Mineirão, vence Palmeiras e Baruerí no Olímpico e perde para o Flamengo no Maracanã. Mais importante que os resultados foi o desempenho do time. O interino montou um 4-5-1 veloz, sacando Lúcio da lateral e Tcheco do do meio-campo. A linha ofensiva composta por Douglas Costa, Maylson e Souza deu a mobilidade que o Grêmio não tinha há anos.(sobre a roubada que o Grêmio se meteu na reta final do campeonato, tudo no post Sinuca de Bico)

Mas nem isso convenceu o presidente e o departamento de futebol. Em nenhum momento cogitaram efetivar Marcelo Rospide, mas ameaçaram firmar um contrato de 270 mil mensais, mais luvas, com Dorival Junior. Não deu. Contrataram Silas, que pode até dar certo, entretanto, na primeira sequência negativa de resultados, vai ter problemas que possivelmente não existem quando se treina o Avaí.

Dezembro, fim de temporada. Nenhum título. 69 jogos, 32 vitórias, 20 derrotas e 17 empates. As únicas coisas a serem comemoradas é o retrospecto extremamente positivo dentro do Olímpico, onde o Grêmio não é derrotado há mais de um ano e a contratação do preparador físico multi-campeão Paulo Paixão, que retorna ao clube em 2010.

Foi um ano ruim. Dependendo de 2010, pode ficar pior. Porém, se a próxima temporada for boa, certamente ofusca as trapalhadas da direção e até torna 2009 o ano em que, alegarão, “ajeitamos a casa e montamos a base para o sucesso.”

A torcida do Grêmio e o que ela tem de melhor

A torcida do Grêmio e o que ela tem de melhor

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Nota do Blá blá Gol: O texto encontra-se em seu formato original publicado também no Na Geral FC com o título Ano de equívocos, mas está melhor ilustrado aqui :-)

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Cruzeiro 2009: para o bem e para o mal.

December 8th, 2009 | 18 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Campeonato Mineiro 2009, Cruzeiro, Libertadores 2009, Musas

2009 foi um ano diferente, pelo menos em termos de futebol, na vida deste que vos escreve. Comecei assistindo a uma arrancada inclemente do Galo no Pão-de-Queijão/09, se mostrando até o favorito ao título estadual e que terminou com choro e da mesma forma que 2008. Foi bom, mas o ano prometia muito mais.

Merecido!

Merecido!

O Brasileiro e a Libertadores à vera (porque é só na segunda fase que o pau começa a cantar) iniciaram praticamente ao mesmo tempo. Enquanto mais da metade do Brasil ia torcendo pelos seus times no Brasileirão/09, São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Sport corriam em busca da América.

Os times brasileiros eram dados como favoritos e foram conseguindo os seus espaços. O Palmeiras bateu o Sport, mas caiu diante do Nacional do Uruguai. São Paulo obteve a vaga sem jogar com Chivas, em função da Gripe A, e pegaria o Cruzeiro que passou pela Universidad do Chile. Como o macete é “São Paulo nas quartas-de-final”, o Cruzeiro avançou para uma semi-final polêmica e de arrepiar contra o Grêmio, num dos jogos mais nervosos que eu assisti. Fomos a uma final que muitos consideraram ganha, já que o Cruzeiro tinha vencido, sem maiores dificuldades, o time do Estudiantes no Mineirão na 1ª fase. Tudo muito bem acompanhado neste blog.

Foi aí que ELE apareceu e colocou tudo a perder. Numa das noites mais tristes da minha vida eu vi de trás do gol que fica à direita das cabines de TV do Mineirão, Henrique acertar um pombo-sem-asa no canto do goleiro argentino e praticamente botar o grito de campeão na boca de cada cruzeirense. E depois, em duas bolas de Verón, o Cruzeiro perder tudo em pouco mais de 5 minutos. E com o fim do jogo começou um dos anos mais zuados dessa minha ainda curta vida.

Sim, muito zuado. Não sei se é porque foi o primeiro grande insucesso que eu presenciei morando em BH ou porque o Galo ia bem no Brasileiro. O que sei é que, de repente, metade da cidade se vestiu de alvirrubro e eu aguentei tudo calado. Vou falar o quê? O time dos caras vencendo tudo, o melhor jogador do Brasil atuando com 9 deles e o Cruzeiro entregando a paçoca na hora menos provável? Complicado. Tanto que eu me mantive calado inclusive no Blá Blá Gol.

O Cruzeiro pós-Libertadores passou por um período forte de ressaca. Que culminou no jogo contra o Palmeiras e na despedidinha do “ídolo-mor”. Depois disso, Kléber teve um problema de púbis e o Cruzeiro passou a depender de Wellington “Parede”. Ele, tão açoitado no começo do ano, vestiu a 9, assumiu a bronca e ajudou muito o Cruzeiro na busca dos 17 pontos que o separavam do Galo, das minhas 5 caixas de cerveja apostadas no meio do campeonato e do G4. Sim, porque ir pra Libertadores-10 era, no mínimo, certeza de um bom time no ano seguinte. Ou, pelo menos, da manutenção desse bom time de 2009.

Adílson, o cara de 2009.

Adílson, o cara de 2009.

Não só o “Parede”. Gilberto entrou como uma luva no lugar de Wagner (assim como o Flamengo, o Cruzeiro soube repôr muito bem), Ramires foi, mas o futebol do contestado Henrique cresceu muito. Diego Renan e Jonathan foram as válvulas de escape das laterais, esse último sendo escolhido o melhor do campeonato pela seleção da Globo. E Fábio, Caçapa e Leonardo Silva segurando tudo lá atrás. Os jogadores foram fundamentais para a melhor campanha do returno. Tudo sob a batuta do Professor “Pardílson”. 2009 foi, pelo menos pro manda-chuva dos esquemas táticos azuis, um ano de confirmação.

Enfim, última rodada do Brasileirão/09 e o Cruzeiro dependia de uma vitória do Fogão (eu sabia que podia contar contigo!) e vencer Luxerlei Vandenburgo na Vila Belmiro (o Cruzeiro nunca tinha ganho do técnico em toda história do Brasileiro de pontos corridos).

O Cruzeiro fez 1×0 logo de cara com Wellington “Parede”, perdeu Jonathan, justamente expulso, aos 15 do 2º tempo, tomou o empate logo depois. E aí apareceu ninguém mais ninguém menos que ELE. Kléber entrou, fez o gol no primeiro toque na bola e colocou o Cruzeiro na Libertadores, tirando o seu amado Palmeiras que perdia para o Botafogo no Engenhão. Enquanto a nação rubro-negra festejava, eu roía as unhas quase apitando o fim dos dois jogos do meu sofá. Dava pra ser campeão, mas o Cruzeiro fez um belo papel.

Fim de jogo, começo de um bom ano para o Cruzeiro. O Cruzeiro-10 promete ser um bom time para a Libertadores com a manutenção, CONTESTADA, vejam bem, de Kléber e de toda a base de 2009. Pedro Ken, que dizem ser um bom jogador, já fechou e Jóbgol também. Faltam ainda 3 reforços que Zezé prometeu, mas a base está pronta. Uma ótima base, diga-se de passagem. E, pelo menos agora, meu ínicio de ano alcoólico tá garantido.

O que a torcida do Cruzeiro tem de melhor!

A torcida do Cruzeiro e o que ela tem de melhor

Que venha a América! E que suma Verón!

Ps.: Parabéns a todos times cariocas. Principalmente ao Flamengo. Não tem como não gostar, depois de quase um ano escrevendo com a galera.

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Um último tango em BH…

July 20th, 2009 | 11 Comments | Filed in Cruzeiro, Futebol, Libertadores 2009

Depois de tantas manifestações insinuando a falta de um post cruzeirense (ok, eu sei que quando ganhava eu não demorava 5 minutos pra postar) sobre a final de “La Copa”, eu consegui um tempinho no note do meu irmão e vou dizer como tudo aconteceu. Saí de Carmo do Rio Claro, no sul das Minas Gerais, às 10:00h da quarta-feira para rodar 300km em busca da maior comemoração da minha vida. Afinal, apesar de ser um cruzeirense que viu muitas coisas, nunca consegui ver uma final maior do que o campeonato Mineiro, visto que sempre morei no interior e meu pai não ajudava.

Peguei carona com meu pai e entramos numa balsa que levava a Oliveira. De lá eu iria de ônibus pra BH e meus pais e meu irmão iriam pra São João Del Rei resolver outros problemas. Péssima ideia. Durante toda fase final da Libertadores eu vi os jogos com meu pai. Mudar agora? Mas como não consegui ingresso pra ele, eu não iria perder. Cheguei em BH por volta das 4:00h da tarde e marquei de encontrar um amigo em um hotel perto da Rodoviária. Com uma camisa no peito e uma enrolada na cabeça eu eu fui pro ÚNICO HOTEL EM QUE A HINCHADA PINCHARRATA FICOU. Tinha, pelo menos, uns 300 torcedores do Estudiantes e eu na porta do hotel. Nada demais, até porque conversei com alguns e foi muito tranquilo. Mas já me senti desconfortável com a situação. E os caras faziam barulho, viu?

Fiquei naquela situação umas 2 horas esperando o meu amigo. De lá, fui direto para o Mineirão e cheguei por volta das 7:30 da noite. Todo mundo muito animado, cantando vitória mesmo, mas nada que não seja típico dos torcedores em todos os lugares. As 2 horas seguintes foram de cerveja e churrasquinho até o momento de entrada em campo. A festa foi das mais bonitas que já vi e a torcida do Cruzeiro fazia um barulho ensurdercedor até pra mim que estava acostumado.

O jogo começou e eu não estava no meu lugar favorito, mas também tava complicado. O Mineirão tava absolutamente tomado, mal se tinha condições de andar e no primeiro lugar mais ou menos que achei, fiquei. E o primeiro tempo começou, o Cruzeiro atacava muito mais ou menos e sofria quando “los pincharratas” chegavam. Eu começava a achar que aquele jogo não estava como eu queria, tanto que o Cruzeiro não conseguia bater um simples lateral em função da marcação argentina, e tentava achar outro lugar pra ver jogo. Tirava a camisa, colocava de um lado, de outro, mudava a posição da perna, cantava sem parar, enfim, fazia de tudo pra ajudar. Mas o 1º tempo acabou num 0x0 preocupante.

Veio o 2º tempo e o Cruzeiro começou pressionando. Lembrando Cruzeiro mesmo. E, aos 5 minutos, um dos jogadores que eu mais questionei nesse tempo de Adílson Batista, meteu um balaço e marcou 1×0 pro Cruzeiro. O Gigante da Pampulha explodiu! Henrique havia feito o gol que parecia do título e todo mundo passou a acreditar. Até o Cruzeiro que, se quisesse, poderia ter explorado melhor o baque nos argentinos. Mas Verón apareceu. Com uma bola esticada na ponta-esquerda para o lateral-direito, este ficou livre pra olhar, cruzar e achar “Gatita” Fernández na área e empatar o jogo. E aí, fodeu.

O Cruzeiro sentiu. E logo depois, tomou o 2º gol num escanteio cobrado por Verón na cabeça não sei de quem. Aí complicou. E o resto do jogo eu vi num misto de desespero, tristeza e esperança. Quando T. Ribeiro meteu um pombo sem asa no travessão eu já achei que não daria mais. Ramires só queria saber de bater, Magrão e Jonathan não aprontavam nada pelas laterais, Henrique e “Maestro” Paraná não conseguiam fazer nada a não ser se preocupar com a marcação. Wagner já tinha saído sentindo dores no tornozelo (muitos acham que ele sempre pipoca na hora H) e o único que tinha alguma fibra era o Gladiador. Kléber fazia o que se esperava dele. Brigava, lutava, tentava achar uma falta ou outra, mas o árbitro Carlos Chandía também tinha uma atuação ridícula, sem nenhum critério e deixando o pau comer pros dois lados. W. Parede não merece comentário e T. Ribeiro e T. Heleno erraram dois gols que nenhum jogador que recebe mais de R$ 100.000,00 por mês pode errar. Eu não erraria.

O jogo que tinha tudo pra ser o melhor da minha vida se transformou no pior. Saí do Mineirão sem ter pra onde ir. Não sabia o que fazer, o que pensar e como seria o dia seguinte. Fui pegar a carona com meu amigo e ele estava pior que eu. É especialmente triste pra gente porque a gente fez de tudo pra poder ver todos os jogos, passamos 6 meses sofrendo, gritando, apoiando, acreditando, matando aula, dormindo tarde, ouvindo provocação e provocando, enfim, sendo torcedor da melhor forma possível. Eu não tinha visto a final de 97, ele também não, a não ser pela tv. E é de desanimar quando se perde um jogo que estava nas mãos do Cruzeiro. A verdade é essa. Porque se o time joga como jogou contra o Grêmio, ganhava. Se joga como jogou contra o São Paulo, ganhava fácil.

Fiquei realmente muito chateado. E nem digo: “pôxa, o Cruzeiro tem todos os méritos por ter chegado.” E daí? A história não dá os créditos para quem tem mérito. Me pergunto quando vou poder ver o Cruzeiro numa final de Libertadores de novo. O meu maior medo é algo acontecer como o que acontece para os atleticanos de Minas. 100 anos sem nenhuma alegria desse tipo, sem saber o que é ser o melhor da América. O Cruzeiro tem que manter o trabalho e aprender com o erro desse ano. Acredito que ano que vem podemos repetir isso. Até porque o Cruzeiro tem um bom time. Mas o Kléber não pode ir embora. Aliás, a base não pode ser desfeita.

Vamos em frente. Somos azuis. Saudações ainda tristes de um celeste!!!

Ps.1: Ontem assisti a Cruzeiro e Corinthians. O jogo foi bom, o Corinthians teve um ou outra ajuda do juiz, mas percebe-se que o Cruzeiro pode voltar a vencer com tranquilidade. O baque foi grande, mas vai dar pra passar por cima. Quanto a isso, não tenho dúvidas. Só a torcida tem que apoiar como fez ontem. Jogar mais pressão, não adianta.

Ps.2: O Atlético Mineiro vem surpreendendo. Em 1º no Brasileiro, tem jogado um belo futebol. A única nota triste de tudo isso é que a torcida parece estar mais feliz pela derrota do Cruzeiro do que do Galo. Ora, eu fiquei feliz quando o Galo perdeu o título para o Corinthians em 99 (foi o único que o time perdeu e o Cruzeiro não ganhou, por isso a diferença), mas não comemorei como se fosse um título meu. Deve ser péssimo um time carente de títulos em que as únicas alegrias são as tristezas dos outros.

Ps.3: Valeu Victor pelo outro post. Imaginei se a maioria dos nobres colegas de Blá Blá Gol não fariam questão de me ligar no dia para zuar. Sintam-se a vontade durante o Brasileiro. Eu não vou perder a oportunidade se ganhar do time dos senhores. Hehehehe.

Abraço a todos e desculpem a demora.

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A História contada pelos vencedores

July 17th, 2009 | 7 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2009

Todos que estudiaram (hummm… péssima) História no colégio sabem que a mesmo é contada pelos vencedores.

É por isso que pode ser interessante ler a versão pincharrata da final da Libertadores.

Verón e a Raposa

Ao vencedor, as raposas

Já escritas  no Blá blá Gol a versão neutra, e uma tímida e acuada visão dos derrotados.

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O Cruzeiro amarelou

July 16th, 2009 | 19 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2009

Cruzeiro 1x2 Estudiantes

Agradecidos devem ficar os cruzeirenses residentes no Rio e em São Paulo que foram poupadas de tamanha decepção, além dos demais cariocas e paulistanos poupados de um chatíssimo 1º tempo, onde salvaram-se apenas Verón e Gastón Fernández pelo lado do Estudiantes, e Ramires e Kleber pelo lado cruzeirense.

Nenhum deles pelo futebol, mas sim pela quizumba. A única emoção em campo foi a iminência de porrada.

Ainda assim, Wagner parecia ser o único atleta de sangue azul no time brasileiro neste tempo, chegando inclusive a impedir em cima da risca chute adversário a gol dentro de sua área.

O 2º tempo começou na mesma lenga-lenga. Aliás, pior. Parecia que nem a porrada teria, até que em uma chance em que todo mundo deve ter gritado “CHUTA CARALHO!” e Henrique marcou 1×0 para o Cruzeiro em bola que desviou em Desábato.

Enfim, o jogo começava.

Acontece que o Cruzeiro imaginou que tinha terminado, subiu no salto como temido pelos escaldados e com ainda 40 minutos para jogar começou de toquinho besta para o lado contra os argentinos, que não se fizeram de rogados e empataram a partida com o escrotíssimo Gastón Fernández 5 minutos depois.

Até fazer o gol, Gastón deitara e rolara na catimba. Fiquei pensando que se faltasse um minuto para acabar o jogo e o Cruzeiro estivesse vencendo, seria legal ver alguém dar uma porrada bem dada no gringo à lá Anselmo.

Atchiiiiirson

Atchiiiiirson

À partir do empate argentino, o Cruzeiro de Parreira (posse de bola e só) ia mal. Especialmente Ramires, mais uma que entra para o rol de jogadores vendidos que desafinam. Nesta hora, inclusive, acreditava que seria mais útil que ele se engalfinhasse com Fernández ou Verón que já tinham amarelo e saíssem os dois. Era lucro para os brasileiros.

A maré virava e o Estudiantes passou a jogar melhor que o Cruzeiro de Parreira. Mas de qualquer forma, o jogo ainda estava 1×1 e era no Mineirão. Porém, eis que de repente o jogo se decide em favor do Estudiantes. Contundido sai Wagner e entra… Athirson.

PARA TUDO! Como pode ter algum crédito um time que na Hora H do Dia D usa na posição do camisa 10, ATHIRSON. Só podia ser piada de mau gosto.

A essa altura, Gerson Magrão comia grama no pior sentido da expressão e o Estudiantes atacava até marcar o gol da virada.

Pela 1ª vez na Libertadores, o Cruzeiro se viu em situação de aperto, e nesta hora, Kleber pode ser apenas o que é: Gladiador. Não conseguiu se livrar de seu jogo de contato e confronto com os zagueiros adversários, fazendo a alegria de Schiavi que não se importava em fazer faltas e arrastar a partida.

A esperança cruzeirense ficou por conta de um petardo bem dado por Thiago Ribeiro no travessão. Daqueles que servem para enlouquecer a massa. Porém, o time tratou de adormecer sua torcida e a participação cruzeirense na partida ficou bem representada pelas duas pixotadas dos Thiagos dentro da área no fim do jogo. Thiago Ribeiro pela esquerda e Thiago Heleno pela direita.

O Estudiantes leva seu 4º título da Libertadores (não é o ano do São Paulo mesmo) e com uma estrela em seu time, Verón, o que deixa a conquista mais maneira.

E levou sendo superior ao rival brasileiro nos dois jogos, pois se o empate em La Plata foi comemorado pelo Cruzeiro, cabe lembrar que Fábio saiu daquele jogo como melhor em campo. E no Mineirão, a equipe argentina não levou sufoco e foi melhor também.

Este time, que foi vice-campeão da Sul-Americana do ano passado com uma vitória no tempo normal na partida de volta do Beira-Rio (mas perdendo na prorrogação), além de consistente campanha nesta mesma Libertadores conforme acompanhou o Blá blá Gol.

Aliás, cabe aqui um pouco de soberba para nós, porque emitimos alguns poucos pareceres anteriores à partida, sendo alguns bem contundentes de que o Cruzeiro não pressionaria, e até mesmo que o Estudiantes levaria o título.

Já o Cruzeiro, perde a chance de ser o primeiro brasileiro campeão 3 vezes da Libertadores, com 3 gerações diferentes. Agora, é correr atrás no Brasileirão, porque tempo dá. Pelo menos para estar no G4, onde hoje se encontra… o Atlético.

Estudiantes Mascote

Gripe Suína x Febre Amarela

Obs: Matheus estava no Mineirão nesta noite e ainda pegará a estrada até chegar à redação da Sucursal Mineira do Blá blá Gol, onde teremos um post de sangue efetivamente azul.

O Cruzeiro se classificará para a Libertadores 2010?
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Cruzeiro x Estudiantes

July 15th, 2009 | 58 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2009

Cruzeiro x Estudiantes

Menos de 24 horas para o começo da partida que define o Campeão da Libertadores 2009.

Os escaldados não admitiriam, tais palavras jamais brotariam de uma boca cruzeirense, mas o título está em suas mãos nesta partida de volta como não esteve para os tricolores Fluminense ano passado e Grêmio em 2007.

Todavia, cabe ressaltar que o Estudiantes de Verón venceu o Internacional no tempo normal na partida de volta do Beira-Rio (embora o Colorado tenha se sagrado campeão).

Marquinhos Paraná e VerónE este time soube jogar também contra o Nacional fora de casa na semi-final.

E apesar do Cruzeiro ter comemorado o empate na Argentina, até mesmo por ter feito uma partida digna, o Estudiantes não deixou à desejar, contribuindo e muito para que o goleiro adversário Fábio saísse como o melhor jogador em campo.

O Mineirão conspira a favor do Cruzeiro, mas a impressão que me fica é de uma final única, quase em campo neutro. Não acredito em pressão cruzeirense.

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Matheus começou a participar este ano no Blá blá Gol, e como cruzeirense, aumentou a presença do time azul de Belo Horizonte nas postagens, contribuindo para que nós pudessemos ter um contato com mais propriedade de como pensa um cruzeirense.

Ele se manda às 10:00 da manhã para Belo Horizonte onde vai fazer a cobertura para o blog de dentro do Mineirão.

Só se engana se pensa que todos os frequentadores e comentaristas do Blá blá Gol estarão com ele. Não posso falar por muitos, mas sei que um de nós torcerá contra.

Porque se temos torcedores do Cruzeiro aqui (Carlão Azul já passou aqui outrora), há hincha do Estudiantes também (sim! É ele mesmo!).

Quem será campeão da Libertadores 2009?
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Fudeu de vez

July 14th, 2009 | 18 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Libertadores 2009

2:28 da matina

Miguel Falabella coloca Pedro Cardoso na cadeia e entra o intervalo.

A chamada para o futebol da TV Globo anuncia o jogo de quarta-feira.

E A MERDA DO JOGO NÃO SERÁ A GRANDE FINAL DA LIBERTADORES!!!

Guardemos esta data.

A data em quem gosta de futebol paga para vê-lo na TV. Definitivamente, entramos na era do Pay-Per-View.

Quinta-feira, apenas os que pagam poderão comentar Cruzeiro x Estudiantes no Rio de Janeiro.

Digo que por mim, FODA-SE. Eu já pago por essa porra mesmo. Pelo visto, pela gente de bosta que habita aqui, idem, uma vez que a TV Globo deve repercurtir sua audiência. Gente que prefere ver o joguinho do Fluminense na zona de rebaixamento na 10ª rodada à final da Libertadores.

Ou então, estou eu colaborando de forma direta para acelerar o processo. Pagando para ver o que quero na TV, que quarta-feira há de ser Cruzeiro x Estudiantes.

****

É de se ficar puto para caralho. Porém, há de se entender que a porcaria da emissora passe o que lhe aprazir passar (e o que a incopetente da CONMEBOL não consegue colocar em contrato). Tampouco me interessa entrar em detalhes se esta transmissão é vantajosa ou não para a Globo, até porque não faço a menor ideia disso.

O que mais me importa é observar a tendência da a migração do futebol gratuito para o futebol Pay-Per-View.

E pretensiosamente, decretar o fim do jornalismo esportivo, quando definitivamente o futebol foi tratado como evento na TV aberta.

Pensando bem, sempre quis isso. Por que diabos estou reclamando?

Que venha Internacional x Fluminense!!!

Embora eu vá ver a Libertadores.

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Deu a lógica (!?!?!?!?!) no Mineirão.

July 13th, 2009 | 25 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Libertadores 2009

Cruzeiro 0x3 Atlético-MG

Hunf. A bem da verdade o que aconteceu ontem no Mineirão, onde o Galo venceu o Cruzeiro por 3×0, foi a lógica. O Cruzeiro, muito mais preocupado com a Libertadores, jogou com seu 3º time, sendo formado, em sua maior parte, por jogadores de base, já que grande parte do time reserva se encontra no DM (Fernandinho, Sorín, Soares, Léo Fortunato, entre outros). Além da volta de Athirson, Fabrício e T. Ribeiro, que ficaram quase um mês parados. O Galo veio com o time titular, estava embalado pela boa campanha no Brasileiro e engasgado com o Cruzeiro, já que não vencia a 12 jogos.

Mas poderia não ter sido se Zé Carlos, numa bela besteira, não fizesse o favor de ser expulso com 15 SEGUNDOS de jogo. Como, eu me perguntava, já que tinha perdido o lance, um ATACANTE consegue ser expulso com 15 segundos de jogo? Bom, o inteligente recebeu a bola, conduziu, tomou um encontrão por trás do volante Renan e devolveu com uma cotovelada. Só isso. Paulo César de Oliveira, que adora um vermelho, mandou logo pra rua. Aí tudo ficou mais fácil para o alvinegro. O Galo só atacava enquanto o Cruzeiro, com a zaga inteira formada por meninos da base (Diego Renan na lateral-esquerda, Vinícius e, principalmente, Neguetti fizeram uma boa partida) dava chutões e tentava encontrar um sozinho T. Ribeiro que brigava com 3 ou 4 atleticanos. Difícil. O gol era questão de tempo. E ficou mais claro quando Sexy Hoth sacou um lateral-direito sem função – Marcos Rocha – e colocou Alessandro, mais um atacante.

Sendo assim, bola pela ponta-esquerda, cruzamento pra área do Cruzeiro, Tardelli furou bisonhamente, mas a bola sobrou pra Júnior que botou no ângulo. Galo 1×0. Logo depois, cruzamento pela ponta-esquerda de novo, Fabrício furou bisonhamente e a bola sobrou pra Alessandro, na pequena área, marcar o 2º. Eu já tinhe entregado os pontos. Passei o segundo tempo fazendo programas de domingo. Conversando com minha mãe, tomando sorvete, essas coisas. Mas deu tempo de, no final do jogo, ver o goleiro Andrey falhar bisonhamente ao tentar tirar a bola com o peito, entregar pra Éder Luís que, com imensa categoria, deu um drible de corpo no goleiro e encobriu para fechar o placar.

Terminou assim o jejum de 12 jogos. Contra o time B do, ou quase C, do Cruzeiro e com um ou outro sufoco tomado pelo Galo. Mas foi a lógica. O Galo continua nas pontas da tabela. O Cruzeiro pensa na Libertadores, quarta-feira.

Ps. 1: Em virtude da final quarta, o público de ontem foi até pequeno. 30 e poucos mil pagantes. A maioria, torcida do Cruzeiro. E era até engraçado. O Cruzeiro perdendo por 2×0 e a torcida azul cantava como se fosse o dia mais feliz da vida deles. Acho bem legal esse apoio.

Ps. 2: Alessandro falou, em entrevista depois do gol, que ele foi uma resposta para A.B. que o humilhou quando estava no Cruzeiro. O cara não conseguiu ganhar a posição de atacante contra W. Parede, Soares, T. Ribeiro e Wanderley e quer me dizer que foi mal aproveitado? É jogador de time pequeno mesmo. Tanto é que não se deu bem no Flamengo, no Fluminense e no Cruzeiro.

Cruzeiro x Estudiantes:

Quarta-feira passada, pelo 1º jogo da final da Libertas, o Cruzeiro empatou em 0x0 com o Estudiantes na Argentina. Não comentei antes porque a Velox fez o favor de deixar a minha cidade 3 dias sem internet. É ou não é o fim da picada?

Antes do jogo, os hinchas hermanos fizeram um inferno pra receber o Cruzeiro com sinalizadores e muita gritaria. O Cruzeiro até sentiu no começo, mas segurou bem e, quando teve a bola nos pés, me deixou com a impressão de que pode vencer, já que foi mais time. Verón sentiu a contusão anterior e não foi bem. Kléber fez o melhor que pôde, mas errou um gol que poderia ter dado o título ali mesmo. E o nome do jogo foi Fábio. O arqueiro azul operou 4 milagres, sendo um deles num chute maravilhoso de Verón, e garantiu um bom resultado pro jogo de volta. Libertadores é isso, amigo. Jogo complicado e qualquer erro pode ser fatal. Mas temos fé.

Saudações Azuis!!!

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Gre-Nal

July 3rd, 2009 | 10 Comments | Filed in Copa do Brasil 2009, Grêmio, Internacional, Libertadores 2009

Nada como uma Quinta após uma Quarta.

GreNal

Grêmio e Inter se despedem

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