Victor Pimentel – Derrotado em 1950 pelo Uruguai em pleno Maracanã, o Brasil precisava reerguer sua moral.

Lançada a idéia pelo jornalista Mario Filho, foi criada a Copa Rio em 1951 com o objetivo de reunir os campeões nacionais das principais potências futebolísticas de então.

A Copa Rio de 1951 foi um campeonato de vulto internacional, sendo destaque nos jornais esportivos do mundo inteiro. Entretanto, apenas a imprensa de dois países tratavam a competição como um “verdadeiro campeonato mundial”. As imprensas de Brasil e Uruguai.

O Uruguai, país Campeão do Mundo em 1950 não mandou seu principal clube, o Peñarol. Em seu lugar veio o Nacional de Montevidéo.

Realmente foi um campeonato de alto nível, entretanto, nada mais foi que a Copa Rio.

É certo que o torcedor palmeirense (e brasileiro, por que não?) tenha se emocionado como uma conquista de um título mundial. Porém, vários “mundialitos” ocorreram de forma semelhante em diversos países, com diversos times.

Por conta do torneio realizado no Morumbi e no Maracanã em 2000 essa questão do título da Copa Rio do Palmeiras veio à tona.

Houve uma armação para a participação do Vasco no Campeonato de 2000 (talvez pelo interesse de um clube carioca, tendo em vista a utilização do Maracanã).

A alegação era que o Vasco era o campeão da Libertadores de 1998.

Para o Palmeiras, ficou a promessa da participação da competição de 2001 na Espanha por ser o vencedor da Libertadores de 1999.

Por obra de politicagem, foi aceito o argumento pela direção do Palmeiras.

Ocorre que… não houve o tal “Mundial de 2001” (como não houveram outros depois – os de 2005 e 2006 nada mais são do que um inchaço na Taça Intercontinental).

É certo também, que há tempos o Palmeiras vinha pleiteando o reconhecimento da Taça Rio como Campeonato Mundial, mas essa corrente tomou força com a eleição do palmeirense José Serra para o governo do Estado de São Paulo.

Como a CBF (representada na figura de Ricardo Teixeira) e a FIFA ficaram com uma “dívida política” para com o Palmeiras, formou-se o ambiente propício para o “reconhecimento” do “título mundial” do Porco.

Até mesmo esse reconhecimento é nebuloso, pois a FIFA lavou as mãos ao “autorizar” a CBF a reconhecer o torneio como Mundial.

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Para a história, de fato, do Palmeiras (ou do Fluminense) não muda nada a troca da Taça Rio por Campeonato Mundial.

A nomeclatura do Torneio nada vale para quem sabe o que significou ou o que representou cada campeonato em si.

Use-se o critério que quiser, um “Título Mundial” de 2005 ou 2006 tem peso igual a um “Torneio Intercontinental” de 1981 ou de uma “Taça Toyota” de 1993.

Ficou como “sabedoria popular”, pelo menos à partir de 1950, que o Campeão Mundial seria o vencedor do duelo entre o campeão da Europa e o campeão da América.

Em 2005, esse conceito foi ampliado, com a entrada dos campeões de outros continentes. Mas continua reconhecido como o verdadeiro “Campeonato Mundial”.

O Campeonato de 2000, foi idéia da FIFA de remar contra a maré. Felizmente não emplacou. Quem quiser considerá-lo como Campeonato Mundial, esteja à vontade. Mas não se ofenda pelo Título Mundial do Corinthians ter menos importância e reconhecimento que os títulos intercontinentais e títulos da Taça Toyota de Flamego, São Paulo, Boca Jrs, Real Madrid, Santos, Grêmio, Ajax, etc…

Victor Pimentel – A FIFA teve como parceira na Copa da Alemanha em 2006 o Yahoo!. Pelo logotipo da campanha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, parece que outra empresa de internet poderá patrocinar o evento.

Pelo menos as 4 últimas letras do logo da Google levam a essa desconfiança.

Victor Pimentel – Desde a saída de bola o Botafogo foi superior. Com 15 minutos de jogo, 1×0 não causava espanto nenhum. Espanto era ainda estar 1×0 com 20 minutos.

Conforme prometera a Pablo durante o 1º tempo, não vou me alongar muito no comentário desse período de jogo. Renato Gaúcho fez o comentário por mim. Duas substituições ainda no 1º tempo, e não no fim, mas no meio, é o mais eloqüente comentário sobre o domínio de uma equipe sobre a outra. As substituições não foram suficientes para conter Zé Roberto, melhor em campo, que dava aula de futebol para quem estivesse disposto a apreciar.

Então veio o 2º tempo, com 1×0 no Placar. Parecia que o Vasco voltava mais ligado no jogo e com Morais querendo jogo. Talvez tenhamos tido essa impressão, por Morais estar mais perto de nossa posição na arquibancada. Mas em poucos minutos, Morais nos irritou mais. Talvez por estar mais perto de nossa posição na arquibancada.

O Botafogo continuou mandando, com apenas uma diferença. Dessa vez seus atacantes (incluindo o volante Tulio) estavam acertando o alvo, o que brindou ao torcedor de verdade (e não os torcedores das organizadas que não conseguem apreciar um passeio de futebol como o de ontem) com uma exibição fantástica do goleiro Cássio (certamente, a melhor partida que já vi “in loco” de um goleiro).

O gol do Botafogo não saia apenas por obra do goleiro. E a diferença de qualidade entre os times aumentou quando Dudar, absolutamente impotente na tentativa de conter sozinho o ataque botafoguense, teve de parar mais um ataque com uma botinada e tomar seu segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo.

Perto do fim, Joilson foi expulso, deixando 10 contra 10. O Vasco continuou tentando ir para cima, ficando mais atabalhoado ainda, o que fez enfim o Botafogo vencer o goleiro Cassio no fimzinho. 2×0 Botafogo.

Se Zé Roberto e Cássio foram os melhores, os piores foram Morais e Renato Gaúcho. De onde ele desenterrou Yves?

A nota negativa para o Botafogo fica por conta do 1º cartão amarelo de Joilson, já no 2º tempo, por jogar a bola para longe na hora do Vasco cobrar uma falta. Logo depois caiu na malandragem e fez uma falta para cartão. Deveria ser punido. Vinha fazendo um partidaço também. Poderia ter complicado o Botafogo.

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Quem ficou com a palavra sobre o gol 1000 semana passada foi um flamenguista. Por que não deixá-la agora para um botafoguense.

Reproduzo na íntegra, o e-mail de Gaburá. Não cortarei uma palavra, não se ofenda com as palavras ofensivas. Esse é o jeito do alvinegro Gaburá.

“Prezados,
para aqueles que assim como eu tiveram que suportar o crack Romário dizendo ao longo da semana que “ia ser muito bom marcar o gol 1000 em cima do Botafogo”, que “o Botafogo é o clube em que o Romário mais fez gols” e outras idiotices típicas de um semi-letrado ignorante, os meus mais sinceros cumprimentos e o meu carinhoso:
SE FUDEU ROMÁRIO! GOL 1000 É A PUTA QUE TE PARIU!
Imbecil ignorante que teve a cara de pau de desprezar um jogo contra o Americano por desprezar ainda mais o Botafogo, que graças a Deus tem um técnico com os pés no chão e um time que pode não ser excelente, mas tem brio.
Parabéns a todos que esperam a cada dia que a contagem (que só existe nas contas do Romário mesmo) continue nos 999. Vamos ver até onde o Renato atura essa palhaçada.
Bom dia!
Gaburá, +299 “

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Não deu para o Palmeiras. Nem tudo são flores no caminho de um time tentando voltar ao topo. O São Paulo já é uma equipe estabelecida e mostrou a sua força jogando com time reserva.

O Porco terá trabalho, saiu da zona da semi-final.

Semi-final aliás, que o Corinthinas já está fora, e que Fluminense pode até entrar (1%), mas não vai diminuir em nada a bagunça dos dois clubes.

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Cruzeiro e Atlético-MG já nas semi-finais do Mineiro. Poderia até parecer obrigação, mas o Galo começou mal e questionado. É uma vitória para o Atlético-MG

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Grêmio já classificado perdeu com o time reserva. A bolsa de NY não quebra por isso. O que vale ali mesmo é a Libertadores.

A Fifa oficializou o Palmeiras como o primeiro campeão mundial de clubes, pela conquista da Copa Rio no ano de 1951. A equipe alviverde tenta reconhecer o título como Mundial junto à entidade máxima do futebol desde 2001.

Como o Fluminense também ganhou, se não me engano em 52, o título é questão de tempo…

Parabéns aos dois.

ERRATA: Este post é de março de 2007, até o presente momento (julho de 2008) a FIFA não oficializou nada, e ao que parece não vai oficializar. Parabéns retirado.

Bender – Quando estava meio esquecido lá em Miami, onde tem Porção, praia e mulher bonita (raridades nos EUA), o baixinho aproveitou as férias de Renato Maurício Prado, o chamou para um bate papo e afirmou estar parando de jogar naquele ano. No dia seguinte Romário já estava nas primeiras páginas de novo. E depois desmentiu tal afirmação. Deu um drible no jornalista. Craque também fora de campo.

No site do Globo dedicado unicamente ao Romário há uma contagem de seus gols.

Flu – 48, Miami – 22, Adelaide – 1, Brasil – 71, Vasco – 323, PSV – 165, Barça – 53, Fla – 204 e Valência – 14.

Tive o trabalho de somar e o resultado foi aquele que eu já havia comentado: O baixinho acaba de conseguir fazer mais de 900 gols, 901 pra ser mais exato. Nos mais de 300 gols pelo Vasco já estão contabilizados os jogos treino transformados em amistosos por Eurico, do tipo Vasco x São Cristóvão ou Vasco x um time lá de encanadores que eu não lembro. Como estamos de fato nos 901 gols, para chegarmos aos 1000, Romário contabiliza quase 100 gols, os gols feitos quando era mirim, infantil, juvenil, júnior… enfim, todas categorias de base. Além de jogos festivos do tipo Amigos do Romário x Amigos do Raí, onde a ordem de grandeza do placar geralmente passa de 2 dígitos.

A habilidade que tem de marcar gols é inquestionável. Mas a forçada de barra que está rolando para o baixinho chegar a fictícia marca, não é digna de sua grandeza para o futebol.

O jogo de domingo mostrou bem a diferença que faz um bom ataque. O Flamengo dominou completamente o primeiro tempo, mas num ataque onde o Obina faz falta, fica complicado. Apesar do amplo domínio, o goleiro do Vasco não trabalhou. Já o Bruno espalmou belo chute de fora da área e, no segundo chute, uma bela demonstração de eficiência, Leandro recebeu virou e mandou sem chance.

No início do segundo tempo quando o juiz expulsou o melhor do Fla (cabia um cartão amarelo antes), o time parou de vez. O gol do Romário estava próximo, e em outra bobeada da zaga, ele saiu. O “gol 1000” só não veio porque, diria o Calazans, “os deuses do futebol não quiseram”.

De qualquer forma a imprensa e, mais que a imprensa, o povo abraçou o gol 1000 e nada mais interessa. Romário é o cara. De uma forma ou de outra o gênio da grande área está sempre em evidência.

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O Brasil joga hoje contra Gana. Se os ‘enganadores’ Robinho, Kaká e Ronaldinho jogarem um milésimo do que sabem, virá outro 4 x 0.

Victor Pimentel – Edmundo é vice-artilheiro do Paulistão. Não satisfeito em apenas fazer gols, vem servindo a todos no Palmeiras.

Jogando no meio, colocou o Porco no caminho das semi-finais do Paulistão.

Destaca-se no começo da temporada, assim como Zé Roberto.

Fica a certeza que Edmundo poderia ter sido mais (e olha que ele já não foi pouca coisa).

Victor Pimentel – Para quem não conseguiu pegar os links em tempo hábil no Globo Esporte, vão aqui os dos dois nanopops:

Nanopops 1
Nanopops 2

Victor Pimentel – Quando o Brasil ganha não tem muita graça falar sobre o jogo. Bom é ser do contra.

Então só para não deixar de ser chato, Robinho enganou forte no jogo.

E outra coisa interessante foi saber que naquele estádio jogaram juntos pela primeira vez em Copas do Mundo Garrincha e Pelé. 17 vezes.

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Domingo de atenções voltadas para o Maracanã. Além do clássico em si, mais duas atrações. Romário na labuta pelos 1000 gols (dane-se de quem é a contagem) e nosso encontro “in loco”. Todos já de ingresso comprado.

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Show do Roger Waters é o que há.

Victor Pimentel – Se o Vitor, careca de fato, conseguiu comprar os ingressos, domingo o Encontro Blá blá Gol vai ser in loco, no Maracanã. Partiu? Cadeiras Azuis (debaixo da arquibancada para não tomar mijo na cabeça)