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Artigos sobre ‘Futebol Feminino’

O PEREMPTÓRIO REQUERIMENTO NÃO-CORRESPONDIDO

August 19th, 2011 | 9 Comments | Filed in Futebol Feminino, Marketing, Olímpicos, TV

Mais um texto de Yuri, um prócer blablagoliano:

É o seguinte: eu sei que estão todos EXULTANTES pela derrota do Fla, de 4, no Engenhão (qualificado por Mauro Cezar Pereira como Desertão, decepcionado com o baixo público de seu time) mas aqui o assunto é sério, sem GALHOFAS, afinal meus textos, TODOS SEM EXCEÇÃO, são pautados pela seriedade.

Como homem sério, SISUDO, sempre formal, leio com meu monóculo, chapéu e de vez em quando charutos cubanos, o blog do Erich Beting; apesar de este ser HOMIZIADO pelo UOL, um veículo extremamente pérfido e virulento em suas colocações anti-Corinthians, com provas cabais, cujas não tenho medo de expôr de maneira IRREFRAGÁVEL.

Mas concentremo-nos no assunto vaticinado pelo escriba Beting, que é de IMANE importância. Portanto, eu exijo que os senhores leiam isso.

Victor, o Xerxes oceânico (que por algum motivo desconhecido é citado em todos os meus posts) já havia favoritado um tweet meu que mostrava a contradição dos baluartes da golpe-press, em suas tentativas de macular a vestal imagem e conduta da CBF, usando para isso de argumentos lânguidos, alquebrados, langorosos. Aí eu percebi que falei algo bastante pertinente, corroborado… ou melhor, ASSEVERADO pela coluna de Erich Beting, que dá azo a essa questão?

"Cadê o investimento nas meninas?" - bradam

Até que ponto os patrocínios exigidos pela imprensa são patrocínios ou PAItrocínios? Porque as empresas deveriam investir num produto, de LÂNGUIDA aceitação no seio populacional??? Veja, a CBF organiza os campeonatos. A não-compra dos mesmos é culpa das emissoras, vejam só, as MESMAS que reclamam de falta de investimento. Afinal, o desporto não-futebolero qualquer merece ter o PAItrocínio, devido ao ALTO interesse que proporciona, não é mesmo?

Não gostaria de me adentrar no seio olímpico, pois não tenho cabedal suficiente para fazer meus julgamentos. Que o Brasil tem baixos investimentos isso é notório. Um país de alta população que faz um pífio papel no quadro de medalhas. Mas se um dia os ricos penetrarem nesse meio, será pelo quadro de medalhas, não pelo esporte em si, afinal, todos paramos para ver a Olimpíada, mas não suas Eliminatórias.

A grande pergunta que EU, como investidor, faria é: VALE A PENA entrar nessa área? Seja ela futebol feminino, atletismo, salto com vara? Vale a pena colocar o nome do meu produto em competições que serão preteridas pelo beach soccer e pelas matérias comoventes de Régias Rösing no Esporte Espetacular?

Televisionado à nação

E o QUARTO PODER, que pode mudar isso, porque não dá mais VISÃO a desportos renegados, ao invés da velha programação modorrenta de sempre? tenho a leve impressão é que na guerra da audiência, não querem arriscar. Se eu estivesse na liderança, faria o mesmo, talvez. Apostaria mais se fosse uma Record da vida, que transmite as Olimpíadas de Inverno em pleno verão tropical.

Eu fui muito feliz em meu post. Isso não é novidade, mas desta vez eu contei com um fator além de minhas habilidades irreprocháveis de escrita: a sorte. A Copa do Brasil de Futebol Feminino 2011 acabou de começar. É claro que eu não sabia. Mas é uma oportunidade de dar o tão requerido (não que eu veja o povo requerendo) investimento… pelo menos é assim por parte das emissoras e seus vetustos narradores. E aí, já decidiu em qual canal vai acompanhar?

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Mundial de Futebol Feminino – Sucesso de renda e público

July 3rd, 2011 | 12 Comments | Filed in Editorial, Estrutura, Futebol, Futebol Feminino, Mundial de Futebol Feminino 2011, Números, Observatório, Seleção Brasileira

Sem ter muito o que fazer nessa tarde de domingo, dia 03 de julho do Ano da Graça de 2011, dei uma olhada pelos diversos canais da tv a cabo para gastar tempo com qualquer coisa mais interessante do que os programas vespertinos da maior rede de televisão do Brasil. Foi quando me deparei com um Brasil x Noruega que estava rolando pelo Mundial de Futebol Feminino na Alemanha.

Futebol bem jogado e bem visto

Futebol bem jogado e bem visto

O jogo em si não tinha nada demais. O Brasil ia vencendo por 3×0, Marta, a mais completa futebolista do Brasil contando com os atletas do gênero masculino, ia dando seu show particular e o Brasil caminhava para a liderança do seu grupo que conta ainda com Austrália e Guiné Equatorial.

O que me chamou a atenção foi o público. Mais de 26 mil pessoas lotavam o estádio Arena Im Allerpark Wolfsburg para assistir à peleja, com os ingressos esgotados à 3 semanas. Me senti tentado a comentar sobre o fato, mas entrei no FIFA.com (site que já tinha me agradado muito na época do Mundial de Futebol Masculino da África do Sul) para confirmar se a Copa como um todo era um sucesso ou se o grande público era apenas relativo aos jogos da Seleção Brasileira, a melhor do Mundo.

Não consegui as informações de público e renda dos jogos já realizados (confesso que não pesquisei muito), mas a notícia mais atualizada dava conta de 450 mil ingressos já vendidos até o dia 1º de fevereiro deste ano, contabilizando-se todos os 32 jogos que compõem o calendário do Mundial, dando uma média, até então, de 14.062 pagantes por jogo. Comprovadamente um sucesso, o que não é surpresa, visto que “sucesso” é palavra padrão nos eventos que a FIFA realiza.

Futebol alegre é outra coisa!

Futebol alegre é outra coisa!

O futebol feminino vai ganhando força. Qualidade já tem, apesar de não ter ainda atingido o mesmo nível do futebol masculino. E a FIFA, inteligente que é, sabe muito bem como potencializar isso. Agora, rimando tal qual Juca Kfouri, só me resta sentar e comemorar se o Brasil campeonar.

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Arranjem uma gata para o futebol feminino

October 2nd, 2009 | 25 Comments | Filed in Futebol Feminino
Hope Solo

Norte-Americanos sabem promover seus eventos

Sábado inicia-se a Libertadores de futebol feminino para o Santos, e o Blá blá Gol discutiu o assunto abordando não a questão técnica, mas a abrangente questão comercial e cultural à respeito da implantação deste como sucesso de público no País.

O prognóstico do site não é dos mais animadores pensando na forma como o futebol feminino está sendo (ou querendo ser) implantado no Brasil.

Serginho Valente:

As mulheres que são muito boas podem sempre contar com meu apoio.

Agora falando sério, jogo de futebol feminino é ruim. Não tem a menor graça, e interessa a pouquíssima gente no mundo.

O que o Santos está fazendo é até louvável, desde que tenha havido algum estudo sobre o retorno que este investimento vai dar, caso contrário é só desperdício de dinheiro.

Falamos em profissionalismo toda hora, aí quando fazem algo politicamente correto, pra agradar uma pequena minoria, mesmo que isso gere prejuízo, ficamos nos derretendo em elogios.

Quando o Saulo fala que “apenas falta interesse da CBF em organizar um campeonato nacional”, eu tenho que discordar. Falta interesse do público em ver uma porcaria dessas e, por conseqüência, interesse da televisão em transmitir.

E mais, quantos times de futebol feminino, com uma qualidade acima do medíocre, poderiam ser formados no Brasil, para disputarem um campeonato interessante?

Sendo bastante franco, o que as meninas mostram dentro de campo, é muito pouco pra ser economicamente viável no Brasil.

Sugiro que vão jogar vôlei ou, se forem feias, basquete.

Victor Pimentel:

Futebol, se você parar para pensar é um jogo ruim. Sei lá porque a gente gosta dessa merda.
A maioria dos jogos tem um ou dois momentos de animação e depois é uma chatice só (que para piorar não me deixam beber cerveja no Maracanã nessas horas). Parece xadrez.
Eu me amarrei na final das Olimpíadas entre Brasil e EUA mas teria paciência ZERO para acompanhar qualquer outro jogo de futebol feminino.Mas isso talvez se deva a minha cultura de não acompanhar mesmo. Da mesma forma que digo aqui inúmeras vezes que tenho paciência 0,8 (comecei a tentar ver porque ando muito puto com o futebol do Brasil sem cerveja) para acompanhar campeonato europeu (exceção feita à Seleções).

De qualquer forma, isso não retira o fato que se não há a cultura implantada, significa que será uma merda para que se estabeleça. Ainda mais que Marta, Cristiane e cia ficarão por aqui uns 3 meses.
Seria como a Hortência trouxe o time de basquete dela para o Fluminense. Não há uma política de longo prazo, algo de clube.

Reclamações pelo interesse estético das mulheres por reclamar é outra bobagem. O tenis, volei, etcetera usam bastante isso para fazer com que homens se interessem.
Não tenho dúvidas que o volei no Brasil ganha muito midia espontânea por conta de gatas que tem (e quando não tem eles tratam de criar).
Quando alguém ainda hoje vê uma foto da Leila ou da Fernanda Venturini na Caras, lembra do volei.
Ninguém fica citando as irmãs Willians, campeoníssimas, mas o tênis feminino está sempre na pauta.

O esporte pode ser machista, mas é acima de tudo, dinheirista.
Pode ter certeza que CBF, patrocinadores e TV’s adoram as Kakazetes que vão ao estádio só para dar gritinhos. Estão pouco se fudendo se gostam ou não de futebol.

Marketing existe para atingir um público alvo, e o futebol feminino não pode fechar os olhos para isso. Este post aqui por exemplo.
Temos certeza que gera mais interesse entre os homens com as brincadeiras citando as norte-americanas que propriamente pelo Santos em questão. Não há de se brigar com isso, mas aproveitar disso.

****
De toda forma, é válido e louvável que as mulheres joguem bola, tenham torcida etcetera e tal.
Mas elas tem de ir atrás.
Talvez ao invés de querer fazer campeonatos deficitários sem interesse nenhum por parte dos clubes e torcedores, elas possam fazer lobby para fazer preliminares de jogos masculinos, e aos poucos ganharem torcedores. Criar uma cultura.
O que não rola mesmo, e isso vale para qualquer coisa, é querer chegar e sentar na janela.

Tenho certeza que se colocarem uma gata no time, mesmo que fraca de bola, vai aparecer toda hora na capa do Globoesporte.com e consequentemente, o futebol feminino.

Lu Castro (Futebol para Meninas):

Rolar a discussão de futebol feminino! Já é um bom começo! =D

Entendo todas as considerações e observações, mas não concordo com algumas e não é só pra defender as feias não…rsrsrs. É pra defender o futebol feminino mesmo.

Primeiro não há interesse da maioria dos clubes, não há interesse da CBF, não há interesse para patrocinar. Simplesmente não há interesse. Ouvi isso de um conselheiro do Corinhthians um dia desses.

Tanto que a Cristiane estava por lá, mas logo foi dispensada. Isto não anula o fato de que o futebol feminino vem crescendo e mesmo sendo chato para alguns, há muitos mais que gostam porque muitas meninas tem qualidade, tem futebol mesmo pra mostrar. Já acompanhei várias e sei o que estou dizendo. E não é a Marta, ou a Cristiane, ou a Pretinha, ou a Sissi. São meninas que não apareceram ainda. Meu marido vive dizendo a mesma coisa que o Victor – “Se colocarem umas gatinhas a coisa vira”.

Pô gente! Eu amo futebol e tá cheio de homem feio!

É isso que não entendo…quer dizer, tá bom, eu entendo. Abrir jogos, aproveitar o público nos estádios seria uma boa e não é que as meninas queiram sentar na janela não, até porque o futebol feminino é disputado em campeonatos, pelo menos aqui em Sampa desde o início da década de 80 e acredito que o carioca também [nota do editor: existiu o famoso Radar do Rio de Janeiro nos anos 80], mas onde está o interesse dos homens da federação e dos clubes em fomentá-lo? De modo geral, quem comanda – os homens – não se interessam muito. O que claro, lamentamos.

No salão a coisa é diferente, é bem mais organizada. Acreditem. Tem uma mina do time do Jaguaré/Palmeiras recentemente convocada para a seleção sub-16 de campo. Vou ver se encontro o link de um vídeo dela e mando pra vocês darem uma olhada. Joga demais! De qualquer maneira, agradeço mais uma vez aos meninos por terem aberto este espaço. Grande abraço!

As discussões estão abertas.

Não se trata de nenhuma visão preconceituosa ou machista do Blá blá Gol. Trata-se antes de tudo de uma visão que busca antes de qualquer coisa entender como funciona o Mundo. Especialmente o dos esportes midiáticos de alto rendimento que prezam pela imagem tanto quanto pelo talento (alguém vê jogador do Milan aparecer na mídia desalinhado).

Na prática, os norte-americanos que não entendem de futebol, mas entendem como ninguém como promover eventos e fazer dinheiro parecem estar à frente dos brasileiros anos-luz.

Assim como houve o Radar dos anos 80, acreditamos que haja espaço sim para qualquer modalidade por aqui, ainda mais atrelada ao futebol. A Lu Castro traz-nos um panorama em que há vontade por parte das meninas em jogar bola. Isso é um pré-requisito essencial, lógico. Só que esperemos que não esqueçam que não só de talento se constrói (e mantém) uma imagem. Da mesma forma que entendemos que não só de imagem pode viver um esporte.

Naturalmente, entendemos também que as meninas não devam se privar de correr atrás de incentivos para o esporte pelo esporte. Popularizar a prática do mesmo entre crianças e aumentar desta forma a base consumidora no futuro. Nesse ponto, vendo o lado social da coisa, realmente poderiam pleitear ajuda pública sem o menor constrangimento.

E aí, há de fato um bom caldo, porque é nítido o interesse de meninas em jogar bola (bem… eu vejo hoje em dia um monte de menina jogando bola na praia)

Heather Mitts 02

Heather Mitts - não sei como joga, mas sei que é futebol. Bate um bolão

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