Home   Open-Bar   Trollagem   Bolão   Mercado da Bola   Copa do Brasil   Seleção   NFL   Contato  

Author Archive

Papai Joel, o estrelado

June 27th, 2011 | 37 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Coritiba, Cruzeiro

Não tem jeito. O homem tem estrela mesmo. O Cruzeiro vinha de um início de Brasileirão sofrível e ainda parecia sentir o baque pós-Libertadores, mesmo com um título Mineiro para dar uma alegrada no ambiente. Cu”caiu” depois de 5 jogos com 3 empates e 2 derrotas e o contratado foi a LENDA Joel Santana.

Macaco velho que sou deste blog, já tinha reparado que Joel fazia bons omeletes mesmo que com os poucos ovos que lhe eram dados. Diferentemente da maior parte da mineirada que ou enxergava a contratação com desconfiança (no caso dos cruzeirenses) ou trollava a mesma (no caso dos atleticanos), eu tinha esperança de que a chegada do mestre em língua inglesa poderia dar uma cara mais vencedora a esse time do Cruzeiro.

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Mestre em língua inglesa e em vencer campeonatos

Minha teoria ainda se provará correta ou não, mas que a estrela do homem brilhou nesse sábado na Arena do Jacaré, não há dúvida. O jogo ia caminhando para um empate modorrento e Henrique, um dos três pilares do meio-campo vencedor do Cruzeiro, ia mal. Errava passes bobos, parecia desconcentrado, não era o Henrique que faturou a amarelinha a bem pouco tempo. Num lance isolado, o meia fratura o pulso e Papai Joel saca o volante para a entrada de Dudu, meio-campo de ligação, ultraofensivo e com uma certa dificuldade no quesito marcação. Bom, o que restou? Um CHUPA SAULO! do tamanho do Mineirão, apesar do primeiro tempo terminar em 0x0 e o estreante sentir o peso da cobrança da turma do amendoim azul.

Mas, logo no início do segundo tempo, Dudu foi derrubado na área, Montillo bateu com a categoria que lhe é peculiar e o Cruzeiro abriu o placar. Os pão-de-queijeiros tinham controle do jogo, Joel trocou um atacante por outro mesmo vencendo (outro CHUPA SAULO!), mas quem marcou foi o Coritiba, com Marcos Aurélio, deixando todos apreensivos com uma possível estreia já com sintomas de crise. Mas o craque Montillo, em outra ótima bola de Dudu, botou o Cruzeiro de novo na frente do placar, tirando um peso gigante das costas dos jogadores e dando tranquilidade ao professor.

Enfim, vitória. Se o time ano passado foi vice-campeão mesmo começando muito mal e com a “síndrome de Cuca” e Dabliupê no ataque, esse ano com o vitorioso Joel Santana e Anselmo Ramon, que é muito melhor que seus antecessores, o time pode melhorar. Basta trabalhar com seriedade extrema.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

O fim da era “Vai vendo…”

June 20th, 2011 | 52 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro, Libertadores 2011

Como se explica um time que era dado como a sensação das Américas, campeão mineiro e com o futebol mais bonito no início do ano ter apenas 3 pontos em 5 jogos desse início de Brasileiro? Um time que era o recordista de gols marcados no início da temporada e que, no Brasileiro, tem errado gols incríveis? Um time que, se não fossem as sempre presentes surpresas do mais difícil campeonato do Mundo, já poderia ser dado como morto?

"Você viu?"

"Você viu?"

O homem não aguentou o tranco. Apesar da diretoria do Cruzeiro fazer questão de tentar manter o comando técnico na mão de Cuca, o mesmo entregou 3 vezes o cargo e, no terceiro pedido, a renúncia foi aceita. Longe de mim especular sobre o ambiente interno da equipe, mas o melhor técnico brasileiro no quesito “meu time joga bonito, mas tem dificuldades de decisão” tem um histórico estranho de saídas dos times que dirigiu. Foi assim com o Flamengo, foi assim com o Fluminense e a pegada do time Azul nesse início de campeonato estava muito abaixo do que esses jogadores costumavam demonstrar.

Pode ser só azar? Claro. Mas um time precisa de sorte também para conquistar títulos. Títulos tão esperados pela torcida celeste que não aguenta mais ficar no quase. Mas também pode ser o famoso “complô”? Eu não duvido, apesar de execrar essa fórmula por parte dos jogadores.

Torcida do Liverpool pediu, mas Joel preferiu o Cruzeiro

Torcida do Liverpool pediu, mas Joel preferiu o Cruzeiro

Quem vem? Papai Joel! Segundo Gaburah, o melhor antídoto para o pós-Cuca. O que eu posso dizer? Preferia Ney Franco, mas é o que temos para hoje. Desejo sorte ao novo comandante Azul, porque agora sua felicidade está diretamente ligada à minha.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Pão, queijo e um ratinho fujão

June 16th, 2011 | 34 Comments | Filed in Justiça, Observatório

Juca Kfouri é um ídolo! Não meu, que fique claro, mas de vários amigos e leitores desse blog. São recorrentes os apontamentos aos seus ditos e escritos, assim como são recorrentes as reportagens internacionais falando sobre futebol brasileiro que contam com sua sempre coerente opinião.

Mas um post em especial me chamou a atenção. A pouco mais de um mês, Juca Kfouri tentava explicar uma charge publicada em novembro de 2010 e que gerou um processo em que o blogueiro figura como réu, tendo como autor ninguém menos que Ricardo Teixeira.

A semente da discórdia

A semente da discórdia

A charge, em si, não tem nada demais. O que é interessante é a explicação encontrada pelo nobre colega para se esquivar da responsabilidade de arcar com as consequências de suas opiniões. O inolvidável postulante a professor de lógica saiu-se com essa:

Viu-se como rato na ilustração.

Não lhe ocorreu ser o queijo.

Confesso que fiquei sem  entender. Se Ricardo Teixeira era a isca, quem era a caça? A ratoeira falhou, já que estourou em cima do queijo?

Mas essas perguntas ficaram sem respostas. No fim das contas, quem fugiu pela tangente, tal qual o Jerry do desenho animado, foi o próprio blogueiro.

Saulo explica?

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Uma greve incomoda muita gente

June 16th, 2011 | 31 Comments | Filed in Copa 2014, Copa do Mundo, Editorial, Estrutura, Futebol, Observatório

“Belzontinos” e mineiros que somos, batemos no peito confiantes e orgulhosos:

– A abertura da Copa do Mundo no Brasil será nossa! –  dizemos.

– São Paulo, maior cidade do Brasil vai perder a abertura para nós e o Rio só terá a final porque não tem como tirar do Maracanã! – troçamos.

– CHUPA RESTO DO BRASIL! – gritamos.

Não é para menos. Tenho lido na imprensa brasileira que BH é a sede mais adiantada no que tange as obras para a realização da Copa do Mundo de 2014. E não só pelos estádios, Mineirão e Independência, como pelas obras urbanas como restauração da cidade e dos seus pontos principais, abertura de hoteis, entre outras coisas. Mas não é bem assim que a banda tem tocado entre as serras que compõem o domínio de Antonio Anastasia e Márcio Lacerda.

Quem mora em BH tem completa ciência de que o metrô Savassi-Pampulha, talvez a obra mais esperada pela população, não vai sair num prazo menor que os 3 anos que nos separam do primeiro jogo, no fatídico 06 de junho de 2014. Por outro lado, as obras de revitalização do Centro, da Savassi e de outros pontos importantes de Belo Horizonte, continuam a todo vapor.

Mas o que mais preocupa, obviamente, são os estádios. O Independência sofre com um processo licitatório referente à segunda fase da obra, que é alvo de constantes suspensões pelo Tribunal de Contas do Estado. As obras continuam, mas a entrega, que era prevista para esse ano, só deve ocorrer em meados de 2012.

 

Indenpendência ou morte?

Indenpendência ou morte?

Já o Mineirão encontra-se numa situação, no meu ponto de vista, inédita nem tão inédita assim. As obras estão paradas em virtude da greve (isso mesmo, meus caros e caras, GREVE) dos trabalhadores que estão locados na reconstrução do Gigante da Pampulha. Como se não bastasse a paralisação, as demandas do sindicato são um tanto quanto inatingíveis, apesar deste ser o mote de toda as paralisações que conheço.

Mais parado que o Fielzão?

Mais parado que o Fielzão?

Cumpre ressaltar ainda que o grande problema de BH é a disponibilização de leitos de hospedagem para a turistada que for comparecer. Apesar do ritmo acelerado na construção de hoteis para aproveitar esse aporte enorme de dinheiro que a Copa do Mundo proporciona, acredito que o déficit ainda não foi sanado. Penso, inclusive, em alugar o meu apartamento.

Os governantes e responsáveis pelo planejamento que visa o mais importante evento esportivo do Mundo que abram o olho. É a chance de mostrarem o quão importante Belo Horizonte é para o Brasil e o quanto sua administração pode ser um modelo para todas as outras. Mas para passar uma vergonha tão grande quanto a que São Paulo passou, não demora um café-com-pão-de-queijo.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

As lições que a bola dá

May 16th, 2011 | 30 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2011, Cruzeiro, Libertadores 2011

Uma das coisas que me deixa mais apaixonado com o futebol é o seu fator cíclico. Nenhuma emoção dura mais que uma rodada. Seu time está bem hoje? Então “vai vendo [n…]”. Seu time está mal hoje? Espere até a próxima vitória de virada, principalmente se ela for sobre o maior rival. Futebol é o esporte da bola redonda como o Mundo e assim como este ponto de poeira no Universo, a pelota gira que é uma beleza (clichê, aquele abraço).

E quando os efeitos do Destino, esse menino traquinas e arteiro que teima em zombar de mim, se apresentam, eles muitas vezes vêm acompanhados da esmagadora força do Inesperado.

Ora, a pouco mais de 12 dias, o Cruzeiro era franco favorito para qualquer competição que disputaria, passaria como um trator sobre o Once Caldas e teria poucos problemas, se eles existissem, frente ao seu maior rival durante a final do Pão-de-Queijão-Recheado/2011. O “Barcelona das Américas” (argh!) andava na ponta dos cascos e só uma tragédia poderia despedaçar o doce bolo da vitória do Mestre Cuca.

A tragédia aconteceu, meus caros. Ninguém ofende o Saci Tipo Colômbia impunemente. E o Mundo caiu sobre as cabeças azuis. O título mineiro ficou complicado, a sanha atleticana cresceu, o primeiro jogo da final se aproximava e nuvens negras “pesaaaaaaadas” ameaçavam tapar o anil céu cruzeirense.

Veio a final, com torcida única do Galo, o Cruzeiro sofreu dos males da ressaca da Libertadores e perdeu por 2×1, o que só contribuiu pra deixar o clima ainda mais pesado na Toca 2, nesta mesa de escritório e na cabeça de todo torcedor azul. Montillo, el caballero, ainda foi expulso. Nem teci comentários acerca do 1º jogo porque, em viagem de volta para Belo Horizonte, acabei não conseguindo assistir. E pra falar do que não sabe, já basta o Saulo.

Passou-se a semana entre-clássicos. O Cruzeiro, para se consagrar, precisava de uma vitória simples, o Galo buscava apenas o empate. Mas, depois de todo furacão acontecido em 5 dias, poucos acreditavam. Poucos que não os torcedores, porque esses, ainda que silenciosamente aguardando, acreditam até um pouco depois que o homem-de-preto apita o fim da partida. O Cruzeiro trabalhou, assim como o Galo, a tensão ia aumentando e os 90 minutos que separam a glória do tombo chegavam a passo de cágado preguiçoso.

Mas o clássico chegou e o Cruzeiro começou bem. O time jogava em boa forma (quem “apresenta nova proposta” é negociante), diferente dos dois últimos jogos, mostrando que queria ser campeão, que não perderia mais essa chance. Foi pra cima, tinha mais posse de bola, mas não conseguia furar o bloqueio da boa e alta zaga atleticana. A boa zaga azul só tinha problemas em contra-ataques nas costas de Gilberto, com o sempre perigoso Magnata.

O Galo, apesar de não conseguir encaixar o bom jogo do último domingo, principalmente por atuações apagadas de Renan Oliveira e de um nervoso Mancini, se defendia bem. E qualquer gol atleticano jogaria por terra os ânimos e as chances azuis. O 1º tempo se arrastou e acabou em 0x0, sem maiores perigos.

Adivinha quem é, Gaburah?

Adivinha quem é, Gaburah?

 

Veio o 2º tempo e Dorival Júnior cometeu o erro que, ao meu entender, definiu os rumos do campeonato. Não bastasse se fechar mais ainda, trocando Renan Oliveira por Richarlyson, Dorival gastou outra substituição cedo demais tirando Mancini e colocando Claudio Leleu. O jogo continuava nas mesmas proporções, com o Cruzeiro partindo, ainda que desodernadamente, para o ataque sob a batuta de Roger (outro ótimo jogo) e Gilberto, que sempre acionavam T. Ribeiro e Wallyson, dois azougues. Perto dos 15 minutos, Guilherme Santos, lateral-esquerdo atleticano, caiu se sentindo mal e DJ o trocou por Bernard, que entrou muito mal, perdido em campo.

Aos 29 minutos, a grande chance do Atlético nos pés de Magno Alves que saiu frente a frente com (São) Fábio e, ao tentar driblar o goleiro, perdeu a bola e o gol mais feito da partida com um tapinha do dono da melhor saída no chão do Mundo. A defesa incendiou o Cruzeiro que, dois minutos depois, merecidamente abriu o placar. Wallyson, em sua jogada característica, dominou, puxou pro meio e bateu no canto de Renan Ribeiro, fazendo 1×0. Alívio para o lado azul. Apreensão para o lado alvinegro que já não tinha mais como mexer suas peças para mudar a cara de um time que só se defendia.

Mas o que é uma final sem pressão? O Galo subiu e foi com tudo pra cima do Cruzeiro que se segurava. Sem vergonha de ser retranqueiro, Cuca fechou a zaga com o Léo. Mas tudo ficou mais fácil quando, em bela jogada de T. Ribeiro, Serginho parou o contra-ataque com falta e foi expulso. Aos 40 minutos, o jogo parecia definido e, de fato ficou quando, na cobrança de falta, Gilberto mandou um balaço e aumentou, indo à loucura e sendo acompanhado pelos 18 mil cruzeirenses que fizeram da Arena do Jacaré um caldeirão alviceleste.

Fim de papo e início de festa. O Cruzeiro mostrou que, mesmo sem seu maior craque, tem time e elenco fortes, precisando só de melhores opções para eventuais ausências da dupla de ataque. O Galo mostrou que essa meninada pode dar liga e trabalho no Brasileiro.

E a bola que gira como o Mundo? Essa mostrou que no futebol, nunca se ganha de véspera. O Cruzeiro aprendeu na Libertadores. O Galo no Estadual. Estadual que não pode acabar.

Parabéns ao Cruzeiro pelo 36º título de campeão Mineiro.

Parabéns ao Atlético pelo merecido vice-campeonato.

;-)

Campeão Mineiro 2011

Campeão Mineiro 2011

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Só não vê quem tá cego

May 5th, 2011 | 56 Comments | Filed in Futebol

Odeio títulos clichês. Mas só quem acompanha a saga de Cuca no Cruzeiro e a deste que vos escreve no Blá blá Gol sabe quantas N vezes eu escutei o já famoso “Vai vendo…”.

E ontem, meus amigos, eu vi com esses olhos que a terra há de comer que o Cuca precisa de um psicólogo. Mas, assim, PRA ONTEM! Tem umas 3 semanas que eu tenho escutado baboseiras do nível de “melhor time do Brasil”, “2011 joga mais que 2003” e, pra mim a maior de todas, “Barcelona das Américas”.

BARCELONA, SENHORES! AQUELE TIME QUE TÁ NA FINAL DA CHAMPIONS E CONTA COM OS 3 MELHORES DO MUNDO NA MEIA-CANCHA!

Ora, a torcida tá certa em curtir a boa fase. O time do Cruzeiro realmente é muito bom. Talvez um dos melhores dos últimos 15, 20 anos. Mas só a torcida pode pensar assim. E é aí que entra o papel do treinador. Time bom só concretiza isso com títulos. E pra ter títulos, tem que botar a cabeça no lugar.

"Xi! Garoteei!"

"Xi! Garoteei!"

Eu não vi uma intervenção forte do técnico Azul do tipo “senhores, vamos nos conter, já que não ganhamos nada”. O comandante da casamata (valeu, Alexandre N.) dos pão-de-queijeiros entrou com força na babação da imprensa e da torcida. Não soube segurar o grupo e, por isso, eu vi que Cuca só é bom contra as probabilidades. A favor delas, o que se avizinha é o desastre.

E a cotovelada? Bom, na boa? Foi lindo! Que se f*da o “politicamente correto”. Rentería é chato pra c*ralho, tava fazendo uma p*ta cera e eu tenho que aguentar porque “é preciso saber vencer”? Vá pros carai! Ainda que isso denote a falta de equilíbrio do treinador, ali já tava tudo perdido mesmo e pancadaria dentro de campo é coisa que demonstra brios.

O Cruzeiro ontem achou que a parada tava ganha. Foi de uma preguiça de dar dó. Amarelou mermo, como disse o Frank.

Vai aprender? Não sei. Espero. A única coisa que eu torço pra que não aconteça é o já famoso desmanche, apesar de que acredito que Perrellinha não seria assim tão louco. O time é bom, pode ser campeão do que disputar e mandar geral embora não vai ajudar muito. Quer dizer, tem uns 4 ali que podem dar adeus, mas o resto que fique.

*****

Quanto ao jogo em si, não tenho que falar. Só alguns comentários pontuais.

Fábio foi Fábio. Se não fosse por ele, teria sido pior.

O miolo de zaga também não foi mal, principalmente Victorino que, desesperado, tentava fazer Pablo pegar no tranco.

Pablo, esse sim…a cor do nome diz tudo, né? Dois gols em falha de marcação, nulo no ataque, péssimo na defesa. Mas o erro é do Cuca. A previsão de recuperação é de 3 semanas e o técnico me põe o cara pra jogar com 1?

Gilberto foi o melhor do jogo pelo Cruzeiro, junto com Éverton. E mostrou maturidade na hora da entrevista depois do jogo. Se o Cruzeiro se desfizer dele, seria uma grande burrada. Disse que não quer sair, que a torcida comenta com ele nas ruas que não quer que ele saia e que só sai se o Cruzeiro quiser. Depois de ontem, ganhou sobrevida, até pela bobagem que Roger fez.

Ah, Roger…tem jogado bem, ajudado muito o Montillo, mas ontem entrou mal e foi de uma infantilidade na expulsão que não pode ser deixada de lado.

Henrique e Marquinhos Paraná não foram jogar.

Montillo foi o único cérebro pensante no meio e quase conseguiu salvar a lavoura junto com Gilberto.

Farías? Um abraço, meu caro. Até mais ver.

Ortigoza correu, correu e correu, mas perdeu um gol na cara e só.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Victoria Quæ Sera Tamen

April 28th, 2011 | 25 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

Demorou. 72 minutos, aproximadamente. 72 minutos de uma certa apreensão, ainda que o Cruzeiro fosse melhor, do ponto de vista técnico, do que o Once Caldas. O time trocava passes e dominava as ações, mas por não traduzir isso em gol no 1º tempo e pelo tradicional perigo do CRIME acontecer com os melhores times de La Copa, a necessidade de um gol que desse tranquilidade era grande. Até porque um time que tem o mítico Rentería (e seu indefectível Ruque-Raque) no comando de ataque não pode ser menosprezado.

Mas se tem algo que esse Cruzeiro tem é competência. Ainda que não tenha se provado um time efetivamente vencedor (até porque não ganhou nenhum campeonato e poucos se lembram dos que não são campeões), o time de Cuca tem se especializado em não perdoar os adversários fazendo valer, no fim, a sua superioridade.

Cheguei no bar pra ver a peleja e já fui brindado com um pelotásso no travessão por parte do Once Caldas. Tremi. Mas à medida que ia me embebedando (e talvez em função disso) comecei a acreditar que o jogo era do Cruzeiro. Fábio, como sempre, salvava. A zaga se postou bem e o meio-campo passou a funcionar. Não na mesma medida dos jogos anteriores, mas esperar facilidade sempre é demais também. E é bom que abre os olhos.

Mas o tempo passava, às vezes o Once Caldas assustava e a possibilidade de um gol no fim do jogo que complicaria as coisas pesava. Cuca voltou pro 2º tempo com Everton no lugar de Roger, que parece ter sentido a altitude de Manizales. Além disso, trocou o estreante Brandão pelo sempre brigador Ortigoza. As substituições, principalmente a última, fizeram efeito. Em boa jogada de Walter, el Caballero, Montillo, Ortigoza foi lançado na ponta esquerda e cruzou na medida pro Iluminado Wallyson guardar o seu. Cruzeiro 1×0 e sensação de alívio.

Onde está o Wally?

Onde está o Wally?

 

Sensação que aumentou quando, já aos 39 minutos, Ortigoza apareceu por trás da zaga e, com um leve toque sobre o goleiro, aumento pra 2×0 a vantagem dos comedores-de-pão-de-queijo. Nesse momento eu já tava bêbado e satisfeito com os gols e com o brochete que enchia a mesa. Pra não parecer muito fácil, Rentería cruzou para Nuñes diminuir perto dos 45 minutos. Mas o estrago já estava feito.

O Cruzeiro, mais uma vez, facilita sua própria vida ao ganhar bem os dois primeiros jogos dos mata-matas que disputou. Ainda que não se possa dizer que os times sejam essa Coca-Cola toda, não se pode dar mole pro azar. Os azuis se tornaram, inclusive, o primeiro time brasileiro a ganhar do Once Caldas na Colômbia. E foi uma vitória importante. Quarta que vem tem mais.

Ps.: Leandro Guerreiro me deu medo ontem. E Victorino foi soberano, mais uma vez!

*****

Acá, los goles!

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

A Saga do 1ª Vara na Copa Odil de Lara

April 7th, 2011 | 33 Comments | Filed in Off-Topic, Publicidade, Zueira

Conforme sugerido pelo editor-chefe segue um post único para apreciar a campanha do único time no Mundo que, ao que tudo indica, conta com a simpatia unânime de todos aqueles que acessam/comentam/fazem-parte-da-família Blá Blá Gol.

O Brasão do Poder!!!

O Brasão do Poder!!!

Sobre os jogos que já rolaram:

A estreia foi sublime com um inapelável 7×0 frente ao Salomon. Com um 1º tempo em que o time sentiu o peso da estreia e venceu apenas por 1×0, fez-se necessária uma injeção de ânimo e uma mudança de postura imposta pelo capitão Rafael “The Weaver” Cota. No 2º tempo, bom futebol e goleada natural.

O 2º jogo teve mais emoção. Com bom início de 1º tempo, os alviverdes da Católica Mineira abriram 3×0, mas, em três falhas, sendo 2 individuais deste que vos escreve, tomou o empate e quase se complicou. No entando, o time pôs a cabeça no lugar e fechou o placar em 8×3 com outro 2º tempo brilhante.

No mais, a quem interessar possa, seguiremos acompanhando o time mais querido do Mundo!

Em pé: Morato, Tenente ("profexô"), Henrique ("corneta"), Pompéu, Newtinho e Cota. Agachados: Matheus, Diegão, Andrey, Vini e Iwan.

Em pé: Morato "The Wall", Tenente ("profexô"), Henrique ("corneta"), "The Punisher" Pompéu, Newtinho e TRICota. Agachados: Matheus, "Presida" Diegão, Andrey "Peixinho", Vini e Iwan "Love".

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Um valor justo (ou “Transparência não faz mal a ninguém. Ou faz?”)

March 22nd, 2011 | 166 Comments | Filed in Corinthians, Cruzeiro, Estrutura, Flamengo, Números

Façamos um exercício tosco, mas que serve pra ajudar a pensar: você é um investidor com muito dinheiro. Tem dois alvos de investimento, sendo um com uma carta de clientes de aproximadamente 30 milhões de pessoas e outro com algo perto dos 8 milhões. Além disso, o segundo alvo tem sua sede em uma cidade com menos giro de capital do que o primeiro, o que denota menor poder de compra por parte dos clientes. Na hora de investir, você colocaria a mesma quantidade de dinheiro nos dois alvos?

Explico: o Cruzeiro fechou seu contrato de cotas de TV com a Rede Globo pela bagatela de, aproximadamente, R$ 50 milhões, como informa essa reportagem. Corinthians e Flamengo, pra citar o exemplo dos dois maiores clubes do País, teriam recebido propostas de cerca de R$ 100 milhões por parte da Record, que sequer ofereceu dinheiro aos clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Partindo do pressuposto que os dois clubes têm mais que o triplo de torcedores (ou mercado consumidor) do que o Cruzeiro, não dá pra afirmar que o valor foi injusto, até porque ele é bem maior do que o que vigora atualmente.

Me dei benzão, aê!

Me dei benzão, aê!

É uma forma simplista de pensar, mas já diz muito sobre como os clubes de Rio e São Paulo são vistos perante os demais. E não é injusto, pelo menos do ponto de vista financeiro, que os investidores pensem assim. Quem conhece de economia (e aqui no blog existem muitos), pode falar melhor que eu sobre esse assunto.

a notícia veiculada GE, traz uma nota oficial que contém um aspecto assaz interessante:

O Cruzeiro Esporte Clube acertou a renovação de contrato dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro com a Rede Globo. O novo compromisso vai ter a duração de quatro anos e começa a vigorar em 2012. Respeitando uma cláusula de confidencialidade entre as partes, os valores não serão divulgados.

Ora, o Cruzeiro é uma entidade privada. Pertence aos seus sócios, ainda que grande parte da torcida, assim como em todos os clubes, queira dar pitacos e fazer exigências sem ter o menor direito pra isso. Os sócios é que têm que fazer valer suas vontades, seja querendo essa ou aquela mudança no clube, exigindo esse ou aquele contrato de cotas de TV.

Por outro lado, como toda instituição relevante no cenário nacional, muita coisa gira em função do Cruzeiro e dos valores que passam pelos cofres do clube. Não bastasse a desconfiança nacional com relação ao nome Perrella, existem certas questões jurídicas que podem ser feridas por esse expediente adotado.

Mas se os sócios não estão preocupados, não cabe a mim também ficar, visto que eu não tenho nenhum patrimônio investido por ali. Só me estranha que todas negociações envolvendo grandes quantias de dinheiro nos últimos anos sempre tenham a tal “cláusula de confidencialidade entre as partes”.

Como diria minha mãe, quem não deve, não teme. E alguém no Cruzeiro parece ter muito medo.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Classificação garantida ou seu dinheiro de volta

March 17th, 2011 | 72 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O Cruzeiro foi Cruzeiro. Mais uma vez, em casa, não deu margem pra dúvidas e cravou outra goleada pela Libertadores. Não que o Tolima fosse a última bolacha do pacote. Bom, pra alguns pode até ser, mas o Cruzeiro fez sua obrigação e agora vai firme em busca do primeiro lugar geral, o que pode ser um bom fator na hora do mata-mata.

O único problema da campanha azul é que são tantos gols que fico sem espaço pra mandar minhas piadinhas de caráter duvidoso.

O “Pode” tem sua razão de existir porque ser primeiro na classificação geral não é garantia de nada. Quando o Cruzeiro jogou o primeiro jogo em casa, passou, mas quando teve que decidir em casa, sofreu, como na final de 2009 e nas quartas-de-final de 2010.

Ainda assim, o Cruzeiro tem jogado o melhor futebol dessa Libertadores. Com 15 gols marcados em 4 jogos e apenas 1 sofrido, mantém um bom saldo e assusta os concorrentes. Ontem, contra o Tolima, o time começou marcando em cima da saída de bola e marcou seu gol logo aos 3 minutos com Montillo, sempre ele, soltando uma bomba de perna esquerda e guardando no ângulo do goleiro Tony Silva. Com o placar a seu favor, o Cruzeiro foi dominando a partida com toque de bola, esperando o Tolima errar e, por vezes, explorando o contra-ataque. Mas quem tem Dabliupê sofre, meus amigos. O camisa 9 azul se especializou em fazer faltas. Muitas delas. Eu já sou da opinião, tem algum tempo, de que o Parede jogaria bem de volante, mas do time adversário. Como centro-avante, não dá.

W. Parede, aliviando a zaga...deles.

W. Parede, aliviando a zaga...deles.

Em virtude da inoperância do 9, o Cruzeiro sofreu um pouco. Nada que um São Fábio não evitasse uma hora ou outra do jogo, mas sofrer com o Tolima é pra preocupar. Principalmente porque nessa temporada que começa, o grande problema Azul é a lateral-esquerda. A avenida Diego Renan tem sido um pesadelo, principalmente, porque sem 3 volantes, aquele setor fica mais fragilizado. É um dos custos de se manter Roger na meia-cancha. Roger, aliás, que ontem foi o melhor do jogo, em minha opinião, juntamente com Montillo, o que já não é novidade.

Logo quando o Cruzeiro mais precisava, o “Galera” deu belo passe em profundidade pra Wallyson, que conta com a falha de Marrugo, limpa o goleiro e toca pro gol. Cruzeiro 2×0 com o Wallyshow fazendo seu 5º gol em 4 jogos nessa edição da intercontinental. O Cruzeiro terminava o primeiro tempo na frente, com uma boa vantagem, mas o show viria no 2º tempo.

E voltou melhor, mais uma vez apertando a marcação e pressionando os colombianos. Dabliupê se doava (pelo menos, disposição ele tem), Wallyson corria como um louco, Montillo, Roger e Henrique dominavam o meio-campo. O “Maestro” Paraná, em noite pouco inspirada, apenas marcava e protegia o lado esquerdo. E aos 17′, os papéis do segundo gol inverteram-se. Linda jogada de Montillo que lançou Wallyson na ponta direita. O talismã levantou a cabeça, chamou alguém, rolou pra Roger que, com um drible de corpo, abriu espaço pra colocar a bola no canto com extrema categoria. 3×0, homenagem pra mãe e jogo definido. Ou não. Porque 5 minutos depois, numa infelicidade geral da zaga, o Tolima diminuiu com Marrugo. Gil errou, Victorino escorregou e São Fábio foi só um bom goleiro, no lance. Apreensão…

…que não durou 3 minutos, quando Wallyson sofreu pênalti que Roger cobrou com maestria. Começaram as substituições e T. Ribeiro e Gilberto mostraram a que vieram. Detalhe que, ao substituir W. Parede, até o time bateu palmas, coisa que raramente eu vi. Gilberto com belo gol, após troca de passe com Roger, em chute no canto direito e T. Ribeiro com outro belo gol, fecharam mais uma noite de belo futebol.

Coletivamente perfeito.

Coletivamente perfeito.

No tal Grupo da Morte, é o time Azul-Penta-Estrelado quem dá as cartas. E põe medo no resto. O que é importante, porque o Cruzeiro fecha a 2ª fase com dois jogos fora de casa e, com o saldo de gols, está praticamente classificado (sem ter que se preocupar em devolver o dinheiro), a não ser que ocorra uma catástrofe sem precedentes. Mentira, outras já ocorreram.

Pra quem gosta de futebol bem jogado, ver o Cruzeiro é um prazer. Pro torcedor, além de tudo, é um orgulho. E uma esperança. Eu diria que, com um camisa 9 de respeito, dá pra ser campeão de tudo. Tudo mesmo. Até da Champions League, se deixarem. Rá!*

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.