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Artigos sobre ‘Justiça’

Piranha

September 5th, 2014 | 9 Comments | Filed in Copa do Brasil 2014, Justiça, Sociologia

“- Piranha! Piranha!”

Estou curioso em saber as repercussões pelo próximo gol mal anulado de um time da casa por uma Bandeirinha.

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E-mails do Flamengo sobre o STJD – A parte que interessa…

December 20th, 2013 | 12 Comments | Filed in Flamengo, Justiça

Vazaram e-mails da “turma que não entra para perder” sobre a confusão no STJD.  Segue a transcrição completa, publicada no Globo.com:

Michel Asseff Filho (enviada às 16h33m): “Prezados, acabo de ter acesso à nota oficial do Clube. Confesso que não fiquei satisfeito, pois tal atitude não ajuda em nada o nosso Flamengo. Sabemos, entre nós, que o Flamengo não deveria ter escalado o atleta André Santos na partida disputada contra o Cruzeiro. Qualquer especialista em direito desportivo, caso fosse consultado, por cautela, recomendaria deixar o atleta de fora, pois saberia informar sobre o entendimento da CBF e da Justiça Desportiva em situação como essa. As teses defensivas foram criadas em razão da necessidade e da oportunidade. Atacar o STJD nesse momento só nos prejudica, já que ainda temos um recurso a ser julgado pelo Pleno. Por mais que a 1a Comissão já tivesse um entendimento formado a respeito do assunto, o que era nítido de perceber, conseguimos criar enorme confusão no voto do relator. Temos a nosso favor uma complexa discussão, pois a CBF diz que a suspensão automática se extingue com o término da competição, e a Justiça Desportiva sustenta que temos que cumpri-la na próxima Copa do Brasil. Quem devemos respeitar? Foi com muita dificuldade e transpiração que conseguimos criar a divergência entre CBF e Justiça Desportiva. De qualquer forma, com todo respeito, afirmar em nota oficial que o julgamento de ontem foi um desserviço ao esporte é uma estratégia extremamente desaconselhável, considerando a pendência do julgamento do recurso. Não tenho vaidade alguma por ser reconhecido como o advogado da causa. Na verdade, só quero livrar nosso Flamengo dessa situação. Mas, por favor, seria bom me consultar antes de emitir nota a respeito de um processo tão importante, e que está sob os meus cuidados. Ao longo de dez anos defendendo o nosso Flamengo nos tribunais desportivos, acredito que adquiri experiência para opinar sobre o assunto. Não podemos nos esquecer que se não fosse o descuido da Portuguesa, éramos nós na Série B.”

Michel Asseff Filho (sem registro do horário): “Prezados, acabo de ver que o Flavio me enviou email nessa manhã me consultando sobre o assunto. A minha caixa postal está lotada com emails recebidos de ontem para hoje. Não tive oportunidade de ler nenhum deles. Quando li a nota, fiquei muito preocupado, e imediatamente enviei email a todos vocês. Só não achei recomendável atacar o STJD nesse momento! Ainda temos chance no recurso, e me preocupo com a reação dos auditores do Pleno ao ler a nota. Flavio, infelizmente não vi a sua consulta a tempo! Agora já foi. E acabo de ver que já foi publicada no O Globo online. A posição está manifestada. Vamos em frente! Estou redigindo o recurso. Grande abraço!!!!”

Luiz Eduardo Baptista (enviada às 17h30m):“Prezado Michel, lamento que você pense diferente. Nós perdemos por 5 x 0. Não vamos ganhar o recurso – sabemos disto. Decidimos não abrir mão do discurso posto pelo conselho por uma questão política. Esta foi a decisão do conselho diretor. Vamos em frente. Abraços, Bap”

Michel Asseff Filho (enviada às 17h51m):“Bap, acabei de conversar com o Flavio por celular e dei razão a ele quanto à indignação. A minha preocupação era com o Pleno, e sempre vou ter a esperança de reverter o julgamento, pois, caso contrário, não posso confiar no meu trabalho. Eu quero ganhar o processo, mesmo sabendo que é muito difícil! Mesmo tendo a humilde opinião de que a manifestação poderia ter sido publicada após o julgamento do Pleno, já estou na defesa da nota oficial diante dos auditores que estão me ligando. Sou Flamengo acima de tudo. E fico tão revoltado quanto vocês quando querem nos prejudicar. Já bati de frente com o tribunal e com o procurador geral inúmeras vezes, mas ainda temos o Pleno. Mas claro, vamos em frente! Abraço,Michel.”

 Walter D’Agostino (enviada às 20h05):“Caríssimo Michel. Você está pleno de razão é compreensível a desilusão de todos nós, no meu caso até porque não vi por parte dos julgadores a apresentação de razões para refutar os argumentos apresentados, diga-se brilhantemente, por você. Em momento algum qualquer dos julgadores se dignou a enfrentar suas teses o que não é da praxe e nem atende às  exigências processuais gerando verdadeira omissão o que é injusto e verdadeiramente ilegal. Mas, decisões são feitas para serem cumpridas enquanto vigentes. Você está cumprindo o eu seu múnus com o brilho de sempre honrando sua estirpe e o amor pelo nosso Flamengo. Concordo, não há que se atacar o Tribunal pois só nos trará maiores prejuízos. De decisões com as quais não se concorda recorre-se. Pelo seu trabalho parabéns e que Deus te ilumine.Saudações rubro-negras.”

Michel Asseff Filho (enviada às 20h23): Dr. Walter, muito obrigado pela mensagem carinhosa. Fiquei muito feliz de recebê-la. Elogio como esse, partindo de um grandioso jurista, me enche de satisfação. Vamos continuar na luta, tentando reverter esse resultado até o fim. Forte abraço e saudações rubro-negras! Michel.

 ******
De tudo que foi falado, apenas uma parte me intriga:
já estou na defesa da nota oficial diante dos auditores que estão me ligando.” – [Michel Asseff Filho (enviada às 17h51m)]
Como assim?

 

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Fluminense, o Cristo do Futebol Brasileiro

December 17th, 2013 | 191 Comments | Filed in Justiça

Torcedores de todos os times grandes do Brasil deveriam louvar o Fluminense. O clube que veio ao mundo redimir os pecados de todos os seus co-irmãos. Todos os pecados, os já cometidos e os que estão por vir.

Hoje, graças ao tricolor carioca, todos os demais torcedores e cartolas podem bradar, com furor e alegria, que o mal reside apenas em Álvaro Chaves. Podem pegar suas pedras e chibatas, estilhaçar o telhado de vidro alheio, e açoitar sem dó nem piedade o “cordeiro”, que em nome da justiça, se sujeita com resignação a ser sacrificado e humilhado internacionalmente. O que se há de fazer? É o destino.

Amanhã, todos estarão puros, e assim permanecerão, para sempre. Pois qualquer pecado, qualquer um, estará antecipadamente perdoado. Se o Fluminense pôde, três vezes, dirão.  Salvos.

Torcedores que hoje afirmam, crédulos, que seus times jogariam qualquer divisão, que o resultado de campo é sagrado, amanhã também dirão. Se o Fluminense pôde…

Cobram a série B não jogada. E eu tenho certeza que meu time jamais sequer  jogaria a série C. Muitos outros também não. O Fluminense morreu ali, mas ressuscitou, para novamente carregar sua cruz.

A pureza da meritocracia no Brasil não existe. Só para tolos, ou mal intencionados. Se caem quatro grandes, alguém acha que nada extracampo aconteceria?

 

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Artigos 18 a 20 do RGC

December 13th, 2013 | 15 Comments | Filed in Justiça

Regulamento Geral de Competições

Art. 18O árbitro é a única autoridade para decidir, a partir de duas horas antesdo horário previsto para o início da partida, sobre o seu adiamento, ressalvada a cau sa de mau estado do campo, a qual poderá ser objeto de decisão anterior ao período de duas horas, bem como, no campo, a respeito da interrupção ou suspensão definitiva de uma partida.
Parágrafo único – O árbitro deverá encaminhar um relatório sobre os motivos do adiamento à DCO e CA, no prazo de 24 horas decorridos da programação original da partida.

Art. 19 – Uma partida só poderá ser adiada, interrompida ou suspensa quando ocorrerem pelo menos um dos seguintes motivos:

1) Falta de segurança;
2) Mau estado do campo, que torne a partida impraticável ou perigosa;
3) Falta de iluminação adequada;
4) Conflitos ou distúrbios graves, no campo ou no estádio;
5) Procedimentos contrários à disciplina por parte dos componentes
dos clubes ou de suas torcidas.
6) Ocorrência extraordinária que represente uma situação de comoção
incompatível com a realização ou continuidade da partida.

§ 1º – Nos casos previstos no presente artigo, a partida interrompida poderá ser suspensa se não cessarem os motivos que deram causa à interrupção, no prazo de 30 minutos, prorrogável para mais 30 minutos, se o árbitro entender que o motivo que deu origem à paralisação da partida poderá ser sanado.

§ 2º – O árbitro poderá, a seu critério, suspender a partida mesmo que o chefe do policiamento ofereça garantias, nas situações previstas nos itens 1, 4 e 5 do presente artigo.

———————

Por Serginho Valente:

1- Insistem que o Vasco deveria ter abandonado o campo de jogo após os 60 minutos. Porém, é evidente que se o clube o fizesse sofreria punições mais severas do que fatalmente sofrerá. Cabia ao árbitro, e somente a ele, suspender a partida. Não ao clube.

2- O presidente do STJD, ao negar o direito fundamental do clube, de ter sua demanda julgada pelo Tribunal, entendeu que o árbitro poderia, porque o art. 18 usa a expressão poderá, não ter adiado ou suspendido a partida, mesmo que não houvesse a segurança exigida pelo Estatuto do Torcedor, e pelo próprio RGC, avalizando sua decisão equivocada que colocou em risco a vida de milhares de pessoas, e que inclusive esvazia a denúncia do próprio Procurador do STJD contra o árbitro.

Porém, evidentemente, não é isso que está escrito no regulamento. O presidente do STJD, supondo que o mesmo saiba ler, foi mal intencionado e deturpou o intuito do legislador.

Repito o parágrafo em questão:

“§ 1º – Nos casos previstos no presente artigo, a partida interrompida poderá ser suspensa se não cessarem os motivos que deram causa à interrupção, no prazo de 30 minutos, prorrogável para mais 30 minutos, se o árbitro entender que o motivo que deu origem à paralisação da partida poderá ser sanado. “

Traduzindo para o presidente “analfabeto”:

Evidentemente, senhor presidente, que o árbitro não pode contrariar o RGC, nem o Estatuto do Torcedor, e nem qualquer outra lei, abrindo mão da segurança. Uma partida sem segurança DEVE SER SUSPENSA. Logo o “poderá” se refere a possibilidade de sanar o problema, em 60 minutos, e nunca a ignorar a falta de segurança.

Não tem sentido uma lei exigindo segurança, se seu cumprimento, ou não, está sujeito à vontade de um árbitro.

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Procurador Geral Paulo Schmitt, Explique-se

December 11th, 2013 | 158 Comments | Filed in Justiça

Gostaria que o prezado procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, explicasse a diferença de postura em situações semelhantes.

Se o assunto é uma irregularidade flagrante, denunciada por ele próprio, envolvendo o rebaixamento do Vasco, o “doutor” fala em desespero após o encerramento do campeonato. Neste caso, é precipitado falar qualquer coisa.

Tem que aguardar o protocolo e encaminhamento a Procuradoria para análise. Tentar rediscutir resultado de jogos após o encerramento do campeonato passa a ideia de desespero por tudo o que não se fez dentro dos gramados durante o ano para salvar do rebaixamento, no caso. Mas é precipitado falar sem avaliar os documentos e argumentos dos interessados

Já quando o assunto é o rebaixamento do Fluminense, parece que não há desespero e, aparentemente, o Campeonato estar encerrado deixa de ser um problema. Neste caso, já não é precipitado falar que a Portuguesa pode vir perder seus pontos, antes de analisar o caso.

Soubemos hoje [terça], através de um telefonema da CBF, que existe essa irregularidade. Já estamos analisando e, amanhã [quarta], iremos elaborar uma denúncia. Se confirmado o erro, a Portuguesa pode sim perder estes pontos. Vamos analisar o caso.

 

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Bom Senso, Responsabilidade e Consequências

December 10th, 2013 | 136 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, Justiça

Sobre os acontecimentos em Santa Catarina, no jogo Atlético-PR x Vasco, pela última rodada do Campeonato Brasileiro 2013:

1- Segundo o presidente do STJD, o jogo não deveria sequer ter começado, uma vez que não havia segurança compatível com o evento. E não deveria ter sido reiniciado, pois além da falta de segurança persistir, segundo o regulamento, o prazo máximo para que isso aconteça é uma hora, e o jogo recomeçou após 71 minutos.

Por isso, o árbitro da partida, Ricardo Marques Ribeiro, poderá ser punido com suspensão de até 120 dias, além de multa de R$ 1 mil. Ora, uma eventual punição ao árbitro é uma confissão de que a partida não valeu.

2- O Vasco pede os pontos do jogo no Tapetão. Do ponto de vista da instituição, quem a comanda tem o dever de fazê-lo. Mesmo achando que isso cause danos severos a imagem do clube, não vejo alternativa para quem está investido de um cargo representativo.

Para mim, o ideal é que o jogo seja anulado e nova partida realizada. O problema é que o Vasco, fatalmente, perderá outra vez. Então será, caso ocorra, apenas mais uma humilhação imposta aos seus torcedores, por esta diretoria que monta um time para disputar um campeonato profissional sem goleiro.

3- Segundo o “BRILHANTE”  Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, é prematuro dizer se o Vasco tem chance de sucesso em sua empreitada.

Tem que aguardar o protocolo e encaminhamento à Procuradoria para análise. Tentar rediscutir resultado de jogos após o encerramento do campeonato passa a idéia de desespero por tudo o que não se fez dentro dos gramados durante o ano para salvar do rebaixamento, no caso. Mas é precipitado falar sem avaliar os documentos e argumentos dos interessados.

Obviamente que o Campeonato se encerra após a última rodada. Porém, o problema aconteceu em um jogo da última rodada. As perguntas que deveriam ser feitas ao “gênio”  são:

– Se fosse, então, em uma partida entre dois times no meio da tabela, a partida teria outro tratamento?

– O regulamento dispõe regras específicas para times rebaixados e outras para os demais? Ou todos jogam sob as mesmas condições?

– O regulamento dispõe regras específicas para a última rodada? Ela é diferente das demais?

4- Onde estava o Bom Senso FC? Jogadores se rebelam por jogar duas vezes por semana, mas se sujeitam a jogar correndo riscos de segurança? Jogadores que tinham, inclusive, parentes na arquibancada, como se sujeitam a jogar futebol, com o que se viu no estádio? Com pessoas desacordadas e ensanguentadas? Se ali não havia interesse em cruzar os braços, onde haverá?

5- Já vi esse filme. De tempos em tempos, o futebol brasileiro, chega a um embaraço, aparentemente insolúvel, que tem como consequência a famosa “virada de mesa“. Me parece muito factível que a confusão jurídica aumente ao ponto de não haver rebaixados este ano, e termos 24 times na primeira divisão ano que vem. E, de repente, com a Copa, e o calendário espremido, até a volta do mata-mata.

 

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Jornas não sabem ler, nem ouvir – Neymar e Deco, Botafogo e Engenhão

April 5th, 2013 | 15 Comments | Filed in Botafogo, Justiça, Observatório

O Brasil é o país sem futuro.  Nada funciona.

Então, por que a imprensa deveria ser exceção? Qualquer pessoa com o mínimo de capacidade cognitiva acharia esta reportagem repleta de inconsistências:

“Deco diz que Neymar é craque, mas admite: ‘Não gosto dele como pessoa”

Inimigos?

A escrotidão começa logo de cara, ao ilustrar uma notícia com essa manchete com a foto ao lado. Logo depois, o “inexperiente” Deco, segundo o jorna, teria produzido a seguinte pérola:

“Não acho nada. É a vida dele. Ele sabe o que é melhor, o pai, a família. Não gosto dele como pessoa. Admiro como jogador, é craque. Mas isso é um problema dele. Deixa ele fazer a vida dele”

Ou seja, o sujeito trocou o “é um gosto dele como pessoa” para “não gosto dele como pessoa”.  Inventou uma agressão descabida, gratuita e fora do contexto. Não foi capaz de interpretar o que disse o entrevistado, avaliar a postura dele, ou foi leviano e maldoso.

Por que diabos Deco faria esse ataque tão descabido? Seria ele pai da Bruna?

A frase inventada somada a foto da reportagem mostra toda a “classe” que permeia nossos jornas. “Classe” esta, incapaz de fazer conjecturas, analisar fatos, manter uma coerência.

Isto faz com que a “cobertura”, com duplo sentido por favor, do caso Interdição do Engenhão, seja feita de forma bastante rasa, sem questionamentos que poderiam enriquecer o debate.

Carlos Augusto Montenegro deu declarações que mereceriam uma atenção maior. A manchete da reportagem foca na decisão do Botafogo de não devolver o estádio, porém parar de efetuar o pagamento dos custos do mesmo.

Bem, se o problema não é culpa do clube, não há cabimento ele continuar pagando pelo aluguel do estádio. O clube deveria até acionar a prefeitura e os outros culpados, por seus evidentes prejuízos. Isso é evidente.

As outras informações na matéria é que são relevantes.

A primeira:

“Estou muito mal impressionado com essa situação. O Botafogo não estava sendo informado sobre os laudos e estudos. Isso é um problema grave. Se a cobertura tivesse desabado, a culpa seria do clube. Até hoje não há um ofício sobre a interdição nem publicação no “Diário Oficial”. Alguém precisa assumir e assinar dizendo que a cobertura pode cair, como disse o prefeito. Depois, vamos aguardar o parecer sobre o que será preciso para reabrir o estádio. Então, vamos nos reunir de novo e resolver o que faremos da vida. Se devolveremos ou não”

Como assim? Ninguém assinou nada? Então o estádio não está interditado ainda? Os laudos e estudos estavam sendo feitos em segredo? A revelia do inquilino? Se havia a informação do risco antes, isso não configura crime? Uma vez que colocaram a vida de milhares de pessoas em risco? Não assumiram o risco de matar? Não é o mesmo princípio usado para prender quem dirige com 0,01% de álcool no sangue? Não aprenderam nada com a Boate Kiss?

A segunda:

“As pessoas ainda acham que o Engenhão pode ter a cara do Botafogo, mas o que tenho visto é um estádio vazio em jogos de Botafogo, Flamengo e Fluminense. O Maracanã vai ser reaberto depois da Copa das Confederações e a posição do Carlos Augusto é de que o Botafogo saiu mal dessa história. Na minha opinião, o Engenhão perdeu a graça. Minha história sempre foi no Maracanã. O botafoguense viu Nilton Santos, Didi, Garrincha, Quarentinha, Roberto, Túlio, Paulo César lá. Depois, teve uma sobrevida no Caio Martins, com momentos emocionantes, mas o Engenhão não pegou. Não dá grandes lucros e nem há uma ligação emocional”

Então, sendo o estádio principal do Estado, abrigando todos os clássicos, e a maioria absoluta dos jogos de três grandes clubes do estado, o Engenhão não dá grandes lucros? Com a volta do Maracanã, o estádio continuará sendo viável? Me parece que o Montenegro tem representatividade no clube, e que o pensamento da corrente que ele representa identificou uma oportunidade de pular fora do Engenhão, agora.

Aqui no Blá Blá Gol, temos a exata noção de que a informação que nos chega, é sempre uma parte ínfima da história completa. Então, nos cabe especular, desconfiar, e perguntar. Todos temos a nítida sensação de que algo está muito errado na história do Engenhão. A coincidência da cobertura durar até a fase final das obras do Maracanã é, no mínimo, suspeita. Aguardemos os próximos capítulos.

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Patrocínio da Caixa Suspenso

March 1st, 2013 | 53 Comments | Filed in Corinthians, Justiça, Marketing

Sinto muito (mentira) pela maré do Corinthians. Mas transcrevo essa notícia com imenso prazer, ainda que talvez a motivação não tenha sido a ideal.

“Baseado numa ação popular, o Juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, determinou, por meio de uma liminar, a suspensão do pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal ao Corinthians.

A ação popular foi ajuizada pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o pagamento seria lesivo ao patrimônio público da União. Segundo Beiriz, a Caixa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, estaria gastando com publicidade inócua e destituída de caráter informativo, em desacordo com o art. 37 da Constituição Federal.

Caixa e Corinthians dizem que ainda não foram notificados. Segundo Beiriz, eles podem recorrer ao TRF. Coincidentemente, representantes do banco e do clube fizeram uma reunião nesta quinta-feira, em São Paulo, mas, segundo dirigentes do Timão, a liminar não foi discutida.

– Estampar o nome da Caixa na camisa de um time não representa nada para o banco. A Caixa não passa a ser conhecida por isso. Ela já é conhecida. Nesse caso do patrocínio, quem ganha é só a instituição privada que visa ao lucro, no caso o Corinthians – disse Beiriz, em entrevista à Rádio Globo. – É um caso para que órgãos públicos, como Caixa e Petrobras, revejam sua estratégia de patrocinar uma instituição privada. A pulicidade feita na mídia é legítima, a Caixa precisa fazer com que as pessoas conheçam seus produtos, mas patrocinar um clube de futebol não dá retorno nenhum. É apenas um ônus ao Tesouro.

Beiriz disse que o patrocínio da Caixa ao Corinthians não atende aos preceitos constitucionais que orientam a publicidade de programas e serviços dos órgãos públicos, com caráter educativo, informativo ou de orientação social. O advogado afirmou também que o patrocínio lesa o interesse coletivo do torcedor brasileiro, por, no entender dele, “promover o sensível desequilíbrio econômico entre as agremiações nacionais do futebol profissional” – o valor pago pela Caixa ao Corinthians estaria na casa dos R$ 30 milhões anuais, entre os maiores do Brasil.

Beiriz contou que não sabia que a Caixa patrocinava outros clubes, como Atlético-PR, Figueirense e Avaí, mas disse que pretende cobrar explicações desses times também. Ainda segundo o advogado, foi estipulado uma multa de R$ 150 mil por dia à Caixa, caso o banco não cumpra essa liminar e continue fazendo pagamentos ao Timão.

– O Corinthians pode usar a marca da Caixa no domingo (em jogo contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista). O uso do logotipo não é contestado. O contestado é o pagamento de um banco estatal a um clube de futebol – explicou Beiriz.

O advogado, que é gremista, afirmou que tomaria o mesmo tipo de atitude caso a Caixa resolvesse patrocinar seu time do coração. Lembrado pelo repórter da Rádio Globo de que o Grêmio ostenta a marca do Banrisul, Beiriz contestou.

– Mas o Banrisul é uma sociedade anônima, apesar de ter uma parte do Estado do Rio Grande do Sul, sim.”

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R$35.000,00 para Saulo Kfouri

October 10th, 2012 | 100 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro, Justiça

O juiz Andre Luiz Nicolitt sentenciou a Sky a pagar, por falha na prestação de serviços de transmissão do Campeonato Brasileiro, R$2.000,00 em danos morais, uma vez que o autor da ação se queixou não conseguiu assistir aos jogos do Vasco da Gama.

A ponderação de tal valor levou em consideração o histórico de rebaixamento do clube cruzmaltino em edições passadas da competição conforme sentença.

É bem verdade que sua pretensão seria assistir os jogos do vaco da gama, o que de certa forma atenua a proporção do dano, pois não é possível comparar a frustração de não poder ver um jogo de times que já frequentaram a segunda ou terceira divisão com aqueles que nunca estiveram nestes submundos. Desta forma, o dano moral deve levar em consideração tais fatos. Exemplificando, se fosse o fluminense, por ter jogado a terceira, valor ínfimo, o vasco e botafogo, por terem jogado a segundona, um pouco maior, já o glorioso clube regatas do flamengo, que jamais frequentou ou frequentará tais submundos, o dano seria expressivo. No caso do autor, por estar até a presente sem o serviço, entendo razoável a quantia 2000,00 (dois mil reais).

O autor da ação se queixou apenas sobre os jogos do Vasco e o juiz foi pouco diligente em não observar que a Sky falhou na entrega dos jogos de mais 19 equipes. A bem da verdade é que a Sky se livrou de uma boa ao fornecer direitinho seus serviços para Juca ou Saulo, que  mosaiquistas incorruptíveis comprovadamente assistem a todos os jogos do Brasileirão.

Se der mole, morrerá em uma bela grana estimando-se à partir dos critérios estabelecidos por Nicolitt para a indenização tomando como base os clubes da Série A de 2012.

PS: O valor mais correto deve girar em torno de R$8.750,00 uma vez que esses autores optam em utilizar apenas 25% da capacidade de transmissão para cada time.

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Procon Notifica Palmeiras

July 11th, 2012 | 15 Comments | Filed in Copa do Brasil 2012, Estrutura, Justiça, Palmeiras

Tudo neste país é feito para prejudicar os clubes de futebol.

Realmente, é uma prática totalmente abusiva o Palmeiras privilegiar quem o privilegia. O clube deveria ter separado os ingressos para os cambistas e causado tumulto em filas quilométricas e sem conforto.

Mas nunca, em hipótese alguma, poderia ter deixado que seus sócios, que geram receita todos os meses, mesmo que não compareçam aos jogos, comprassem todos os ingressos. Isso é um absurdo.

Esse país é uma vergonha.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, notificou nesta quarta-feira (11/7) a Sociedade Esportiva Palmeiras a prestar esclarecimentos sobre a venda de ingressos para os dois jogos da fase final da Copa do Brasil.

O clube deverá apresentar documentos que comprovem a comercialização de ingressos para os torcedores, no geral, e não apenas aos participantes do programa de sócio torcedor, prática considerada abusiva pelo Procon-SP. A quota de entradas (para os dois jogos); endereços dos postos de venda (físicos e internet); o período de comercialização e as informações dos valores cobrados por setor, também deverão ser esclarecidos pelo Palmeiras.

O prazo para atender a notificação é de 48 horas. Caso seja constatada alguma irregularidade, o clube responderá a um processo administrativo, que poderá resultar em multa, que varia entre R$ 400 a R$ 6 milhões, aproximadamente.

“De acordo com o Estatuto do Torcedor, quem vai a um estádio assistir a um jogo também é um consumidor e os clubes e Federações são as empresas, que devem prestar um serviço de qualidade e dar plenas condições para que o público adquira os ingressos com informações claras e precisas”, analisa o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes.

As informações são do Procon-SP

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