Home   Open-Bar   Trollagem   Bolão   Mercado da Bola   Copa do Brasil   Seleção   NFL   Contato  

Posts Tagged ‘Renato Gaúcho’

Roni matou o Leão

August 7th, 2009 | 23 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Fluminense, Sport, Vitória

Fluminense 5x1 Sport

Mãe: – Até que enfim! O time jogou bem ou o outro que foi muito mal?

Filho: – As duas coisas

Este diálogo aconteceu enquanto tomava a minha canja após Fluminense 5×1 Sport. O filho em questão, é o autor.

O Sport foi muito mal, especialmente no primeiro tempo, o que não invalida o Fluminense ter ido muito bem, também especialmente no primeiro tempo.

Um tempo em que Roni ganhou nota 10. Participação intensa nos três gols. O primeiro então muito bonito com inúmeras triangulações sendo ele vértice em todas: Roni-Marquinhos-Roni-Conca-Roni-Magrão-Roni-Kieza.

Neste lance, Roni conseguiu até me criar um problema teórico. Sua furada antes do passe para Kieza entra para o Troféu Josiel?

Cabe salientar que nos três gols, Kiesa estava junto com ele, participando. Nois dois primeiros, óbvio. E no terceiro, no de penalty, também estava por ali para opção em que Roni resolveu driblar (foi xingado por mim pois achei que ele tinha adiantado demais a bola).

O Sport estava mal, muito mal. Tanto no que diz respeito a marcar os contra-ataques do Fluminense com Roni, Conca, Kieza e Ruy se apresentando pela direita para dar opção, quanto nos chutes a gol. Nos poucos momentos que desenrolou em oportunidades de chutar, os pernambucanos isolavam a bola como se estivesse fazendo de sacanagem.

No protocolar 2º tempo, O Sport melhorou um pouquinho, mas o Flu não caiu o ritmo.

Destoando da turma tricolor, somente Wellington Monteiro, que nem no iluminado primeiro tempo escapou das vaias da torcida. Foi ele quem praticamente obrigou o Sport a chutar certo para o gol ao dar de presente um penalty ao time de Recife.

Roni e Kieza

Fred e Liminar Amaral para que?

Mas o 2º tempo de um jogo fácil serviu para começar a perceber algumas características que acompanham as equipes treinadas por Renato Portaluppi como o time jogar na bola, percepção de que os jogadores se entregam em campo e os zagueiros marcando praticamente dentro de sua área.

Outra coisa que deve incomodar Renato são as laterais. Na esquerda, ele acabou subsituindo Dieguinho para por Carlos Eduardo no meio e empurrar Marquinhos para a lateral. Improvisar pode acabar sendo um caminho. Se Marquinhos não foi muito ativo na nova posição, Carlos Eduardo foi muito bem no meio, marcando até gol. Diogo também esteve bem no 2º tempo aparecendo bastante para o jogo.

Maicon que saíra do banco também marcou um gol em jogada de Conca que serviu mais para homenagear a ótima partida do argentino que para qualquer outra coisa.

O Sport foi muito mal na parte à vera da partida. Durante o amistoso que foi o 2º tempo, Vandinho buscou jogo com Luciano Henrique e Helder Granja buscou jogo com alguma qualidade, mas nada que colocassem marcação azul. Apenas evitou que levassem vermelho, como o resto do time nordestino.

****

Exceção feita à partida contra o Atlético-PR na rodada anterior, é perceptível a evolução do Fluminense com Renato Gaúcho.

O técnico adotou assim que entrou um modelo com apenas 1 atacante para enfrentar dois líderes fora de casa e o Cruzeiro vice-campeão da Libertadores no Maracanã, da mesma forma como eu faria.

Kieza lutou sozinho enquanto o Flu tentava proteger a bizonha defesa. Endureceu todas as partidas mas não conseguiu resultados satisfatórios. De qualquer forma, deve ter servido para colocar um pouco de ordem na casa enquanto criava demanda para mais um atacante, opção tentada contra o adversário direto Atlético-PR, não bem sucedida.

De toda forma, o passo atrás pode ter refletido agora na partida em casa contra o Sport, com dois atacantes e time bem acertado dentro de campo, criando opções de ataque e defendendo razoavelmente bem.

Tudo parece seguir um roteiro, o tal “planejamento”. E a lenda que Renato Gaúcho é um mero motivador encontra espaço por aí.

Vitória x FluminenseO próximo capítulo dessa saga tricolor é contra o Vitória no Barradão. Time que perdeu fôlego desde que soltaram uma notinha de que Carpegiani poderia assumir o Flamengo e time de alguns Leandros enxotados das Laranjeiras.

Boa oportunidade para observar a quantas anda a evolução do time de Renato com dois atacantes em partida fora de casa contra um time em início de crise. É possível sim que o Fluminense jogue bom futebol nesta partida.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Celso? Fábio? Fred no Fluminense

March 5th, 2009 | 64 Comments | Filed in Fluminense, Vídeo
Esse é o Fred que o presidente conhece

Esse é o Fred que o presidente conhece

Se o Fluminense atual entrasse para a história, era capaz de um dia Roberto Horcades ser conhecido como uma espécie de D. João VI tricolor.

Ele diz tanta besteira, que chega a parecer fantoche no cargo que ocupa.

O presidente que entrega ingressos para as Organizadas tricolores resolveu chamar o contratado de Celso e Fábio.

Empolgou-se tanto que anunciou que desde a máquina o Flu não tem um jogador campeão mundial (sic). Branco e Romário devem ter engasgado nesta hora.

Bobeia, este presidente contratou Liminar Amaral duas vezes imaginando que ele tenho jogado no Real Madrid de Puskas e Di Stéfano.

O preço de Fred

Idiossincrasias à parte, Fred será uma atração, apesar que, o jogador não joga há não sei quanto tempo, bem ou mal, não brilhou na Europa e não está nas cabeças para o ataque da Seleção Brasileira.

Só que o cara joga bola. Criará um buzz neste 2º turno, mesmo que seja negativo para o Fluminense.

E pelo visto, a Unimed quer cobrar pelo investimento, e Já tem papos que René Simões será trocado por… Renato Gaúcho.

5 anos de contrato

Só se fala nesses tais 5 anos de contrato do Fred. Se fosse o São Paulo, até entenderia da seguinte forma: ou o clube pensa mesmo no seu elenco, como o SPFC faz e ficará com o jogador por mais de uma temporada, ou quando o perdê-lo, receberá uma boa grana.

Porém, como é o Fluminense, imagino que aconteça o seguinte: se Fred brilhar e for para a Seleção, em menos de 1 ano ele está fora do FFC e o clube ainda vai herdar alguma dívida. Caso vá mal, ele fica no FFC até ir para a Arábia e o FFC ficar com alguma dívida.

****

A imagem que ilustra o post é fruto da empolgação de Jota com a contratação.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Renato Gaúcho é mesmo rubro-negro

September 29th, 2008 | 19 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2008, Fluminense, Vasco

Em um mesmo campeonato vai rebaixar Vasco e Fluminense

Renato comemora título de 92 com um amiguinho

Renato comemora título de 92 com um amiguinho

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Sobre Renato Gaúcho

August 28th, 2008 | 9 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2008, Fluminense, Libertadores 2008

Lá vou eu arrumar sarna para me coçar.
Ia ser um comentário deste artigo. Mas como não tem muito à ver com o artigo original e foi ficando gigante. Melhor que vire post.

Talvez pelo Renato ter sido técnico do Fluminense durante muito tempo, e principalmente neste ano em que o Fluminense tinha time para se impor aos demais, eu tenho as restrições em relação a ele como treinador.

1) Dentre as restrições, a principal dela é exatamente a de não armar o time para se impor sobre o adversário, para controlar o jogo. O time do Fluminense adotava como esquema a segurança defensiva com auto-suficiência ofensiva, isto é, o time jogava de forma muito forte defensivamente e considerava que seus atacantes (digo todo mundo que poderia concluir, incluindo os zagueiros em jogadas de bola parada) resolveriam a parada na frente.

Por essas características, eu sempre achei (e por escrito) que o Fluminense era muito bom e perigoso quando não precisava buscar o jogo. Era muito difícil ganhar do Fluminense, por outro lado, podia-se segurar o Fluminense (vide jogos decisivos de Taças GB e Rio contra Vasco e Botafogo).
Sempre achei temerário toda vida a adoção de um esquema assim para um time com tantos jogadores bons de frente. Até porque defendo a tese que a Ásia se defende em Moscou e não no Aral.
A opção desse tipo de esquema foi dele. E teve tempo para escolher essa filosofia. E isso é um dos pontos concretos como treinador que eu tenho a criticá-lo.

2) Outra, foi a forma com que ele não trabalhou com o elenco. Principalmente reservas para mudar o jogo ofensivamente. De novo volto aos jogos contra Vasco e Botafogo onde Renato ficou segurando seus “11 titulares” para cobrar penalty.

Tartá, Alan, são novos e não tem cancha para a Libertadores? Então nem convoca para o jogo. Renato não os usava com mais freqüência em jogos de responsabilidade, ficou sem saber se podia usar quando precisou.
Vale ressaltar que ele definiu esse elenco, que classificou o suficiente para a Libertadores, “cascudo”. Faltando apenas um jogador, Leandro Amaral. Muito pouco para fazer diferença, considerando que não era nada anormal que ele estivesse machucado, suspenso ou o caralho de asas no fim.

3) Essas restrições não o fazem pior que a maioria dos técnicos que aí estão, porque esses fazem ou as mesmas coisas, quando não fazem pior, ou nem mesmo entendem o que fazem.

4) O jeito de ser do Renato, as coisas que ele diz, não vejo problema algum. Pelo contrário. Ele vai direto ao ponto, atacando de frente a questão. Tem um problema é que por querer se posicionar à respeito de tudo, mesmo do que não conhece, vestindo a camisa do seu time, dá batatadas (como se pronunciar no caso de Liminar Amaral que é um área longe de sua alçada de conhecimento e principalmente de atuação). Mas que em nada interferem no seu trabalho como treinador da equipe.

Um cara nas condições do Renato, neste 1º semestre de 2008, deve trabalhar por volta de 10h, 12h por dia por uns 6 dias na semana. Treinando o time, vendo (mesmo que não entenda nada) material sobre o adversário, pensando no próximo jogo e mais no futuro (mesmo que pense tudo errado), além dos jogos em si. Certo que não tem como ficarmos vendo como o sujeito trabalha, até porque nem mesmo sabemos como um treinador faz para treinar o time (alguém aqui sabe?), mas acho que uma boa para criticarmos o trabalho do cara é o comportamento do time em campo e sua atuação com relação a substituições e às situações que o jogo impõe.

Já é comodo fazer isso. Agora…, é forçar um pouco a barra do comodismo de sentar em frente a um teclado e avaliar (em definitivo) se o cara é bom ou mal técnico pelas frases das coletivas que aparecem no Globo Esporte ou que saem entre aspas no Lance.

Ainda mais que essas frases são feitas para analfabetos funcionais. Quando destacaram que o Parreira disse que o “gol era apenas um detalhe” alguém realmente achou que o Parreira quis dizer algo do tipo: “o gol é apenas mais uma coisa do jogo como um escanteio, quatro faltas ou o cara cortar direito a grama do lado esquerdo”?

****

Renato é ex-jogador e isso não deixará de ser, porque, ora bolas, ele foi jogador. Aliás, ao contrário, ele é um dos que não passa a imagem de boleiro, porque ele sabe falar, coisa rara em jogador de futebol. Para os que não acham que Renato é treinador, seria interessante ver o currículo dele em pouco tempo:

Começou em time grande efetivamente no Fluminense em 2002 (em 96 ele foi interino na draga total porque nem tinha mais o que ser feito. Eu não lembro nem quantos jogos foram, só lembro que ganhou o último). O time vinha lá por baixo na tabela e foi buscar uma semi-final de Brasileiro. Renato foi mandado embora em 2003 com o time entre os 10 primeiros. Foi chamado de novo com o time na ZR e tirou ele de lá.

O Vasco está há sei lá quantos anos numa merda só. Acho que o único período de luz foi com Renato (talvez isso até ajude a explicar um pouco a idolatria de Serginho [1] [2] pelo cara como técnico). Com aquele timeco horroroso do Vasco com aquele Sapo-Boi de Presidente ele chegou na final da Copa do Brasil e por muito pouco não conseguiu a vaga para a Libertadores. Com o time cocô do Vasco. Lembremos que Jean era um dos destaques.

Na vinda da Copa do Brasil para o Fluminense, pode ter pego o bonde andando, só que depois que Abel saiu no fim de 2005, um monte de gente pegou o mesmo bonde e nem sinal de colocar em linha reta: Ivo Wortman, Um-Cara-que-Esqueci-Quem-Era-e-Que-Ninguém-Vai-Saber-Mesmo, Oswaldo de Oliveira, Um-Interino-Que-Tomou-Um-Passa-Fora-do-Leão, Antonio Lopes, PC Gusmão e Joel Santana. No título da Copa do Brasil o Fluminense passou já um considerável número de jogos com Renato sendo o técnico do time. Não creio que tenha sido tão desprezível a participação dele neste título.

Depois disso ajustou bem o time no Brasileiro e chegou com a porra do time para uma final da Libertadores ganhando do São Paulo, bi-campeão brasileiro reforçado de um Adriano em forma jogando pra caralho, e do Boca na semi-final.

Pelos times que eram antes do Renato assumir e pelas situações que estavam, acho que sempre foi além da meta real que a equipe almejava, ou no caso da meta da Libertadores, que é foda de ser cumprida, chegou muito próximo dela.

A má posição do Brasileirão, foi uma escolha de prioridades feita nas Laranjeiras. Ou alguém tem dúvidas que o time teria faria mais de dois pontos apenas ao fim da Libertadores se resolvesse jogar desde o início com os titulares as duas competições simultaneamente?

Só que nesse caso, não condeno ninguém a duvidar que o Fluminense pudesse nesse caso, ter chegado a final da Libertadores também…

Quando chegou com a derrota da LDU para o Brasileiro, foi a volta à realidade. Sem sacanagem, eu acho que os resultados seriam mais ou menos os mesmos que ocorreram. Se tivesse vencido a Libertadores, poderia ter ganho um ou outro jogo a mais, ou perderia outros, mas a matemática estaria próxima. Nada de 15 pontos a mais do que está agora.

Acontece que a pressão sobre o treinador e sobre o time com um Mundial a disputar não seria a mesma que a de apenas a de um time com a porra da morte apontando uma foice para ele e apenas a perspectiva de fugir dessa merda no ano. De fato, a Libertadores é um desgaste dos infernos, mesmo para quem ganha, imagina para quem perde. No Brasil, até hoje, só Muricy resistiu. Até Abel com status de Campeão do Mundo pelo Inter foi cozinhado até cair (e depois retornar).

*Obs: Para quem chegou até aqui neste texto, então chuta o balde no trabalho e leia mais um texto enorme bem interessante sobre a condição pós-Libertadores. O foco é no Fluminense mas é genérico. Escrita por um são-paulino, prolixo como eu sou.

E para fechar, na saída de Renato surgiram vários descontentes dizendo que o Renato desmontou uma estrutura profissional do Fluminense, que o Fluminense tinha montado uma estrutura de comissão técnica permanente e o escambau. Apareceu um monte de gente dizendo que colocou Thiago Neves no clube, até um técnico cachaceiro dizendo que foi ele quem trouxe o jogador para o clube. Engraçado que foi o Renato que colocou o cara para jogar…

Essa estrutura profissional do Fluminense que resolveu contratar um técnico fazendo entrevistas de RH para detectar o perfil do profissional que melhor se encaixasse na cultura de trabalho do clube (sic). Essa porra foi lá no início de 2006 para trazer o Ivo Wortman que deve ter ficado um ou dois meses e conseguiu cair antes de acabar um Carioca. Depois disso, a estrutura profissional do Fluminense ficou quietinha. Dentro dessa estrutura profissional, antes de Renato, foram 7 treinadores em um ano e meio até acertar com Renato (o 8º), que ficou mais de um ano disputando as competições mais cavernosas. Agora, que o time foi Vice-Campeão da América todo mundo quer assumir a paternidade.

Resumo da Ópera:

Neguinho tem inveja do Renato porque ele tem um trabalho que geral queria ter, tira onda e come mulher à rodo.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Quem eu vou crucificar?

July 30th, 2008 | 22 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2008, Fluminense, Futebol, Vídeo

O jogo vinha legal. Gols bonitos de Conca para o Flu e Jonas para a Lusa.

Mas algo chamava a atenção, que era como Tartá, meia-atacante do Fluminense, jogava aplicado na marcação.

Este Fluminense contando com apenas um atacante de ofício e de fato, Washington. Um meio-de-campo com três volantes, Arouca, Romeu e Fabinho (se é que podemos dizer que Fabinho é alguma coisa), além do Conca que naturalmente é pegador para marcar.

Para que diabos Tartá tinha de em diversas oportunidades ficar quase na linha de fundo de defesa do Tricolor ajudando o time?

Parecia um Toró sem malícia. E como não nasceu para isso, Tartá mostrando vontade tomou o primeiro amarelo. Não se inibiu, e continuou jogando da mesma forma, tendo de atacar e ajudando o time lá atrás. E em outro lance em que nem falta fez, o juíz resolveu que ia ser educador do Tartá. E foi avisar que o 11 Tricolor seria expulso.

E mais tarde Tartá fez outra falta lá quase na linha de fundo de defesa. Estava óbvio para qualquer um que o juíz ia expulsar o Tartá. Não que merecesse, suas faltas não eram violentas nem mesmo daquelas para matar as jogadas. Eram mesmo de afobação de quem não sabe marcar.

Só que o juíz estava doido para expulsá-lo e nada do Renato fazer alguma coisa. Que fosse substituir Tartá, ou fazer o óbvio e simples: colocar o desgraçado para jogar lá na frente que é o lugar dele.

Em uma falta boba no meio-de-campo, lá foi o juíz saciar a sua ânsia de disciplinador, 2º amarelo para Tartá. Faltinha besta e expulsão.

Expulsão que foi para a conta do Renato. Era muito óbvio que o Tartá seria expulso.

****

O Fluminense até que voltou bem no 2º tempo. Mas aí o filho de uma égua, desgraçado, ladrão do juíz expulsou Washington porque um jogador da Portuguesa deu uma cabeçada no braço dele. Jogar o 2º tempo com 2 a menos é sacanagem.

Serviu para ver que dessa vez, o Fluminense perdeu 3 pontos mesmo, porque o time da Portuguesa com toda essa vantagem jogou muito mal. Só o Jonas se salvando com dois gols bonitos.

Mas a raiva em cima do juíz por mim livrava a cara do Renato, acontece que o Pachecão jogou tudo para o alto na entrevista ao PFC na saída de campo.

Perguntado se a situação de poder acabar a rodada na lanterna, não é que ele me vem com algo do tipo:

Isso já era esperado. Estou esperando os reforços.

Ora bolas. Com reforço é mole. Não precisa de técnico.

E como assim era esperado?

Um erro que é esperado não é acidente. Um erro que pode ser previsto e que tem conseqüências danosas acontece denota enorme incopetência.

Além do que, tem ali no elenco alguns jogadores que eram titulares do time e jogadores de confiança do Renato:

Fernando Henrique, Luis Alberto, Roger, Junior Cesar, Fabinho, Ygor, Mauricio, Conca, Washington e Dodô.

Sem contar Somália e Tartá, que nem vou colocar na contagem dos jogadores de confiança do Renato, mas que vem entrando bem no time.

Que não seja um time para ser o campeão, é para ser o lanterna?

****

Consegui ficar com mais raiva do Renato que do juíz. Talvez porque a declaração do Renato me fez voltar a consciência que a situação do Tricolor não é relacionada com erros de arbitragem.

Vai brincando Renato, vai brincando…

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Por que quarta-feira é o Dia D tricolor?

June 30th, 2008 | 15 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2008

A final da Libertadores ganha contornos mais dramáticos para o Fluminense a cada hora que passa. Não apenas pela importância do jogo e do título em si, mas por todo o contexto do time no momento.

Renato Gaúcho, gente boa, dá umas entrevistas maneiras, parece que em certos momentos não sabe o que está fazendo, ou dizendo. Ao invés de se vestir como favorito desde antes do primeiro jogo da final, tivemos que ouvir e engolir seco a declaração: “muito prazer, Fluminense, LDU”. Precisou que o time saísse com uma desvantagem de dois gols para que ele trocasse o discurso, de que agora no Maracanã, “ele é muito mais o time dele”. Certamente. Mas no final das contas de muitos acertos e alguns erros cruciais, o Fluminense se vê hoje obrigado a vencer o torneio continental. Por quê?

Porque só o título, numa forma maquiavélica de ver os fatos, justificaria as tantas desculpas do treinador para que o time rendesse tão mal em alguns jogos, inclusive decisivos, tanto no Carioca, quanto no Brasileirão, e também na própria Libertadores. Falhou-se muito na motivação dos jogadores para um aproveitamento menos pífio no Campeonato Brasileiro. Porque a janela para a Europa já está aberta, e a única forma de manter alguns jogadores importantes até o fim do ano seria a vitória na próxima partida. Porque o clube não se antecipou no reforço ao grupo, o que poderia ter inclusive evitado as chacotas do time reserva. E sem esses jogadores, será muito difícil a recuperação no Nacional.

A favor dele? Basicamente: a qualidade do time do Fluminense, que sem a menor dúvida é maior que a do adversário. Mas não se pode esquecer que a LDU pode ter vencido a Libertadores com apenas quarenta e cinco minutos de futebol, e não é prudente subestimá-los; a sorte que o Renato costuma ter em suas fanfarronices, situações e declarações esdrúxulas em que ele sai rindo por último, nem que seja de barrigada. Ele é sortudo mesmo, isso conta e ponto final; para fechar, a torcida, que sofreu e pagou caro para presenciar o jogo, e não vai desistir em momento algum e que tem tudo para dar um dos maiores espetáculos já vistos no futebol brasileiro. Há muito tempo os tricolores esperam por esse momento e para todo mundo, a hora é agora.

Porque se o Fluminense perder, pode acordar já na quinta-feira sem seus melhores jogadores, sem o título que tanto almejava, segurando pateticamente a lanterna do brasileiro, míseros três pontos em oito rodadas, cinco atrás do Botafogo, primeiro time fora da zona de rebaixamento, e dezesseis atrás do (grande!!!!) líder, absoluto, Flamengo. Para quem sonhou tão alto, seria uma queda demasiado brusca.

Mas é possível sim, e não há tricolor que não acredite. Como sempre, para o Fluminense, vai ser difícil, sofrido, no finalzinho, no último Fio de Esperança (com licença ao Mestre Telê). O time tem plenas condições de sair vencedor, e vai precisar se impôr sua autoridade durante todos os noventa (ou cento e vinte) minutos.

Agora, é guerra. Que vença o melhor, e que seja o Fluminense.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Pachecão tricolor em ação

May 15th, 2008 | 29 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2008

Peguei o jogo a partir dos 35 do primeiro tempo. De cara, estranhei duas ausências: Conca e Dodô.

Sobre o Conca, Renato Fanfarrucho se mostrou incoerente. Ele estava vibrando pelo fato do Jorge Wagner estar praticamente fora do jogo,, o que se confirmou. O Conca foi elogiado pelo Muricy durante a semana, que revelou ter tentado levar o jogador para o Morumbi, que ele deveria ser bem marcado durante a partida, uma preocupação a mais para o São Paulo, e o que o Renatão faz??? Põe o cara no banco!!! Muricy deve ter gargalhado.

Sobre o Dodô, um cara que depois de dois meses parado ficar entrando direto como titular… complicado. Ele tem que ser opção no segundo tempo até readquirir forma, não pode precipitar. Não vi o Dodô em campo, simples assim.

(Na segunda é o julgamento, temos que torcer para que não tenha sido uma das últimas apresentações dele no Fluminense)

Quem sabe, com o Conca dividindo a armação com Thiago Neves, o desempenho do 10 não tivesse sido tão ruim. A marcação só tinha ele para se preocupar. Mas “se” não existe no futebol.

De qualquer jeito, é bom ele esfriar a cabeça. Mas gostei da atitude do Renato de não crucificá-lo pelo piti. Sem passar a mão na cabeça, o técnico disse que o 10 está irritado mesmo por não estar exibindo seu melhor futebol. E é verdade. E que ele continua titular e que será decisivo nos próximos noventa minutos. E é verdade.

O Washington, coitado. Todo mundo agora fica dizendo que ele está muito mal, isso e aquilo. Mas ele estava totalmente fora da sua posição e impossibilitado de jogar a sua bola. Ele não é driblador, é finalizador. E faz muito bem o pivô. Ficar no círculo central tentando catar os chutões que vêm diretos da zaga não é a dele. O atacante a toda hora pedia para o time chegar à frente. Numa bola que ele claramente desviou de peito para a descida do lateral, no caso o esquerdo, ficou com cara de que “o Washington não domina uma bola!!!” de tão longe que o Juninho estava, mas não era para estar.

O Renato só fez uma substituição. Não quis ganhar. Não quis arriscar nadinha. Achou que perder de 1 a 0 estava legal. Só que agora eu quero ver ele fazer dois gols no São Paulo e não levar nenhum, com o Fernando Henrique no gol. Quero ver o que ele vai fazer se por acaso o Fluminense tomar um gol logo de cara no Maracanã. Quero ver, se o Fluminense fizer um gol, se ele não vai acionar a tática do “não substituir para ter os titulares para cobrar pênalti”. Contra o Botafogo já não funcionou, imagina contra o São Paulo.

Perder não é legal. Empatar ainda vai. Mas perdendo, o adversário chega aqui muito mais na boa. Renato quis só perder de pouco.

O Fluminense tem capacidade para vencer, mas com o Professor Pardal Gaúcho, vai ter que contar com a sorte. E vai ser sofrido, como sempre.

Para ter um time caro e aspirar ser campeão da Libertadores, não adianta pegar “dicas” com o Luxemburgo. Tem que pegar O Luxemburgo.

Aquele zé roela do L.A.S.E.R. … Espero que esse cara seja proibido para sempre de entrar no estádio. Ridículo, patético, irritante. A CONMEBOL e/ou a CBF devem tomar alguma atitude contra o São Paulo.

Vamos então, usar o poder da Garra Norueguesa para empurrar o verdadeiro Tricolor para a vitória. Afinal, Tricolor é o Fluminense; os outros, apenas têm três cores.

Agora, o Fernando Henrique…

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Eu ganho, nós empatamos, eles perdem

April 21st, 2008 | 23 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2008, Fluminense

Arrependi-me duplamente de uma coisa apenas ontem no Maracanã:

Deliberadamente não ter levado a máquina digital.

 

  1. O Maracanã estava lindo e o local que eu estava dariam excelentes fotos tanto do Maraca quanto do jogo em si.
  2. Com a máquinda daria para gravar o que eu e Robinson falávamos durante o jogo (mais especificamente o 2º tempo em sua plenitude) que será basicamente o que será lido na íntegra no texto que segue.

Tenho certeza que quem não esteve no Maracanã, ou não torce para Botafogo ou Fluminense, viu um jogo chato e modorrento ontem. Mesmo que esteve no Maracanã e torce para Botafogo ou Fluminense viu um jogo chato e modorrento ontem no 1º tempo.

Pegando os melhores momentos em qualquer jornal, é provável que encontre-se dois no 1º tempo: pênalti no Washington e chute na trave do Alessandro.

Já o 2º tempo começou com outros ingredientes.

Os melhores momentos foram raros também, só que este foi diferente do 1º, e como…

Começou com o Botafogo alugando meio-campo, mesmo sem levar perigo ao gol de Fernando Henrique. Túlio e Diguinho ditavam o jogo encurralando o Fluminense em seu campo.

A torcida do Botafogo sentia o mesmo e cresceu, e dessa vez, eu que tanto meto o malho em torcidas, sou obrigado a dar a mão à palmatória. A do Fluminense reagiu por conta própria e formou-se o caldeirão. Desta vez, garanto que não é exagero dizer que o Maracanã ferveu.

E quando Cuca preparava a primeira substituição, isso com o Botafogo já tomando conta das ações do jogo, contra um Fluminense que nem contra-ataque esboçava, Robínson já levantou a bola:

O Cuca vai bagunçar com o Renato. O Botafogo já domina e ele ainda vai renovar o fôlego do time.

Na mesma hora, veio à minha mente a lembrança da semi-final contra o Vasco, onde Renato resolveu segurar todos os titulares em campo para que estes cobrassem os penalties. Nesta hora, começou a bater o desespero. Comentamos que ao contrário do Vasco que era um time fraco e com um treinador recém-chegado, o Botafogo engoliria o Fluminense. Seria muito difícil e improvável um time encolhido sem renovação de pernas e pulmões segurar um time bom como o do Botafogo.

Estavamos atrás de Renato e a gritaria era:

Mexe no time, Renato. Deixa de ser babaca com essa porra de penalti e mexe logo nessa merda.

E o Cuca ia fazendo suas substituições, fossem elas por contusão ou escolha de seu treinador, o que importa é que o Botafogo jogava melhor e tinha tudo para jogar melhor ainda.

Mas aí, o futebol resolve dar uma mãozinha para Renato. Se o que o jogo se apresentava, se os gritos de torcedores, se nada disso adiantava para fazer o treineiro do Fluminense enxergar o óbvio e sair do seu esconderijo de deixar os cascudos (sic) em campo, o futebol enviou este sinal. Em uma arrancada do Junior Cesar, Alessandro levou um segundo amarelo e deixou o Botafogo com 1 a menos em campo, com bastante tempo de jogo. A previsão era de uma guinada de 180º, considerando que o Fluminense dispunha ainda de 3 substituições e a possibilidade de colocar seu time escalado para se defender jogando no ataque.

Mas, puta que pariu. Renato deixou a merda do seu time do mesmo jeito. Apenas ocorreu uma ligeira translação do jogo um pouco para o campo do Botafogo, absolutamente natural na condição de 1 jogador a menos.

Se nós já comentávamos antes da expulsão da necessidade do Renato colocar um outro atacante (que poderia ser o Allan ou avançar o Cícero lá para frente) para tirar o Botafogo de cima, imagine agora então com um a mais. Aí ficava gritante a necessidade de se colocar Tartá e Allan, e tome correria para cima do Botafogo.

Renato não fez isso, e de repente… gol do Botafogo.

Explosão de um lado da arquibancada. E uma explosão que não deixa que o outro lado cogite abafar. Primeiro porque era a vibração da torcida do time que buscava o jogo, segundo porque só encontrou sua explosão em um momento de adversidade. E do outro lado, a torcida que apoiou teve de se calar frente a apatia (eufemismo de burrice) de seu treinador que com um a mais, com o elenco mais caro e escolhido por ele (não venham falar de desfalques. Dois atacantes de fora apenas) tentava deliberadamente segurar o Botafogo para decidir nos penalties.

O treineiro do Fluminense é um bobalhão. Faz uma pose dos infernos na beira do campo. Em diversas ocasiões pelo Blá blá Gol, comentei em jogos que o Fluminense tomava um gol no 1º tempo, Renato bobalhão mandava o time para o aquecimento. Sempre, invariavelmente. Parece que para o treineiro, substituições são instrumentos de punição/premiação (outra palhaçada dele é essa de ficar colocando o Roger para entrar em jogos que não valem nada e definidos aos 40 e tantos minutos do 2º tempo). Como bem disse Robínson, é inadmissível que um treinador não utilize as substituições em uma partida de futebol nos dias de hoje, em ordem de grandeza aproximada, renova-se quase 30% do time.

Então, lá para 40 e tal, o vacilão coloca o Tartá. E para falar disso, prefiro tentar reproduzir o que Cuca disse na coletiva sobre isso:

O Renato substituiu bem. Quando entrou o Tartá, ele e o Junior Cesar conseguiram nos dar trabalho e levar perigo pelo nosso lado direito que tinha perdido o Alessandro.

Fazendo uma tradução livre aqui, podemos ler a frase da seguinte forma:

Se o Renato coloca o Tartá assim que o Alessandro fora expulso, estavamos fudidos. Teria de rebolar para segurar o Tartá e o Junior Cesar pela nossa direita

E comentei com Robínson que tinha certeza que o Cuca sabia que o Renato não mexeria no time com o jogo empatado. Renato fez isso contra o Vasco, que oferece muito menos perigo que o Botafogo. Não se exporia contra o Glorioso.

A torcida do Fluminense teve de sair pianinha do Maracanã. Nem mesmo esboçar o orgulho bobo dos vascaínos ao perderem a semi-final com a superação de sua equipe ouo chororô do Glorioso contra os rubro-negros, já que contou com um pênalti a seu favor e duas expulsões do adversário.

Viu um adversário merecedor da vitória e se viu merecedor da derrota.

****

A tarde trágica de Renato poderia parar em campo. Mas o arrogante-mor do futebol carioca resolveu ser o campeão da estupidez ontem ao dar entrevista coletiva.

Primeiro, Renato confirmou o medo. O medo foi treinado e orquestrado. O Fluminense não entrou recuado pela falta de atacantes (na verdade, dois desfalques já sabidos há mais de um mês) e sim por vontade e medo do treineiro:

Na expulsão do Alessandro, eu adiantei o Cícero. Gosto de futebol ofensivo, mas se eu coloco o Cícero na frente desde o início, a gente ficaria com quatro jogadores que não marcam. E eu não sou burro, pois o forte do Botafogo é o meio-de-campo. (Renato Gaúcho)

Depois vieram os festivais de “eles perderam”:

Para variar, Renato sempre explica o que faz, mas nunca erra. Como sempre, ele vem dizer que o Fluminense tomou um gol de desatenção e que isso não pode acontecer (sei lá, mas acho que se não fosse por desatenção, todos os jogos terminariam empatados em 0x0 – para Renato o gol não saiu porque o Fluminense deu o campo por opção sua ao Botafogo).

Também, sem querer colocar culpa no jogador (sic) disse que um lance do Tartá em que ele não driblou o Castillo para sofrer pênalti comprovava que ele estava certo em não colocar o menino na fogueira:

Não adianta botar um garoto e queimá-lo. O próprio Tartá poderia ter driblado o goleiro naquele lance no fim do jogo, mas ele não tem experiência e não podemos jogar a culpa nele.

E o caso do Washigton então. Esse foi o pior. Os de cima podem até passar (com muita boa-vontade) por ato falho. Mas o comentário à respeito do pênalti foi a mais cara-dura de tirar o dele da reta:

Eu vou conversar com eles na terça-feira para saber o que aconteceu. Antes do jogo, eu havia conversado com Thiago Neves, Conca e Gabriel. Eles deveriam decidir entre eles quem bateria um pênalti, caso houvesse. Não era para ter sido o Washington, que não estava nas melhores condições. Só que, na confusão, quando vi, o Washington é que estava com a bola, e naquela hora eu não poderia gritar mandando ele não não bater, porque ia tirar toda a moral do jogador.

Que porra é essa de conversar com eles na terça-feira?

Cara-de-pau, hipocrisia do diabo. Em conversa com Gabão depois do jogo, o mesmo levantou a seguinte questão:

Ué? Se o pênalti foi no primeiro tempo, por que ele não falou no intervalo?

Outra coisa:

Washington era um dos piores em campo, assim como no jogo contra o Vasco. Possivelmente sentia sua contusão. Mas mesmo assim, Renato fez questão de mantê-lo para cobrar os penalties contra o Vasco, e fazia o mesmo contra o Botafogo. Que história é essa agora que seu artilheiro não é cobrador de penalties? E se essa historinha é verdade, que porra é essa que não pode mandar ele não bater. Se o Renato tinha tanta convicção assim que o Washington não deveria cobrar o penalti, porque não pedir para o capitão Luis Alberto ir lá e desautorizar que o artilheiro cobrasse?

Sem contar que Washington bateu e fez contra o Vasco na semana anterior. Sem sacanagem, alguém acha que um jogador profissional, artilheiro do time, precisa de uma preparação especial para cobrar penalties em um jogo específico. O cara perdeu o penalti e pronto. Por nenhum motivo em especial. Simples assim.

O Washington deveria ter sido substituido no jogo, não por ter perdido o penalti, mas porque não conseguia dar seqüências às jogadas. Deveria ter sido também contra o Vasco. Mais erros na conta do Renato.

A crítica maior de Serginho Valente a Renato, é que ele despiroca-se todo na hora de decidir e mexr no time. Tem medo de decidir. Fez de novo contra Vasco e Botafogo. Teve o desprazer de levar o jogo contra um time reconhecidamente mais limitado para os penaltis (e teve de se dar por satisfeito pelo jogo apresentado) e uma derrota incontestável para um com melhor futebol. Teve o jogo do Vasco como aviso e não aprendeu. Teve a exspulsão de Alessandro e não aprendeu. Renato na berlinda.

****

Outra coisa é não minimizar essa derrota no Estadual. Ela não é só um sinal de alerta vermelho. Vejamos o que essa derrota para o Botafogo representa:

  1. Uma freguesia começa a ser escrita. 3 vitórias do Botafogo sobre o Fluminense, duas decisivas, onde em nenhuma delas o Fluminense mostrou que ao menos poderia fazer sombra ao Alvinegro
  2. Com dois anos seguidos de decisão entre Botafogo e Flamengo, o Fluminense com todos os seus investimentos, vê este clássico se tornando o principal do Rio.
  3. O Fluminense se vê na condição de ter delegado poderes ao Botafogo. Resta agora apenas torcer para que o Alvinegro vença o Flamengo para manter a dianteira no número de conquistas de títulos estaduais sobre os rivais cariocas.
  4. A conquista da Copa do Brasil e a 4ª colocação no Brasileirão 2007 foram conquistados mais na base em se fazer difícil de ser derrotado do que de um time que busque a vitória (ao contrário da 3ª posição rubro-negra no mesmo Brasileirão). Os jogos únicos e decisivos contra o Botafogo mostraram deficiência do time quando este é testado contra um equipe boa (mas que nem mesmo é confiável) na obrigação de buscar a vitória

Para ganhar a Libertadores, o Fluminense terá de superar mais 4 adversários. Certamente contra um ou dois desses, o Tricolor deverá buscar um resultado. Ainda deve uma demonstração que consegue fazer isso.

Reanto classificava seu time do ano passado como verde para a Libertadores. Mas será que o próprio também não é?

****

Renato é um ídolo da torcida do Fluminense. Além de ser um cara que tem bom trato com a mídia. Essas características mascaram suas deificiências e, o seu jeito descontraído somado ao fato de falar bem encobrem a falta de humildade.

Continuo achando que faria um bem danado ao Fluminense que Renato comandasse o time lá de cima. Ele arma bem o esquema defensivo, e acho que menos preocupado em fazer jogo de cena à beira do campo, entenderia um pouco mais o que é necessário para colocar o time para vencer.

Aliás, comandar a equipe do alto é um conselho que deveria ser extendido a todos os técnicos de futebol. O campo é muito extenso para ter algum ganho do cara tentar controlar dali de baixo, com o agravente do sujeito não ver direito a partida e ainda se deixar levar pelo calor do jogo.

 

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Uma vitória, com goleada e dor-de-cabeça

March 10th, 2008 | 22 Comments | Filed in Fluminense, Futebol

Dodô sangrando

O Fluminense não deu o espetéculo de futebol visto contra o Arsenal genérico, mas ainda sim teve eficiência e sangue frio para virar uma partida em que não vinha atuando bem (com falha do FH e tudo) e nos últimos quinze minutos fez o que a galera mais gosta: gols, e bem bonitos.

Porém, antes mesmo da virada no placar, o departamento médico do clube, a torcida e um jogador em especial, tiveram uma grande razão para amanhecer hoje com a cabeça inchada. O choque entre Dodô e um zagueiro cabeça-dura do Friburguense foi a imagem que marcou a partida. E saiu caro para o atacante do Flu, a figura mais entrevistada do esporte nacional na semana passada. Renato Gaúcho não está muito preocupado, mas eu vejo problemas para a substituição do atacante. Sem Leandro Amaral, com pendengas na justiça e já nem figura no elenco apresentado no site oficial do clube, Somália ainda no estaleiro, as opções para a posição ficaram escassas.

O que dá para fazer? Improvisar o Cícero, como às vezes ele entra avançado; empurrar o Thiago Neves ao ataque; a entrada do verde, porém promissor Tartá; ou ainda deixar o Washington sozinho na frente com Conca e Thiago Neves encostando com mais freqüência na área, escalando mais um meia defensivo. Qualquer que seja a solução dessa charada, o certo é que o banco de reservas estará despovoado de jogadores para o setor ofensivo.Charada

Nos próximos dias saberemos com mais precisão quanto tempo será necessário para a recuperação do Dodô, se o Leandro Amaral realmente voltará ao clube (como afirma o Renato Gaúcho) e que coelho o treinador vai tirar da cartola tricolor. Não há como negar que a esperança de boa campanha nas competições foi abalada, mas nada que o trabalho duro não possa superar.

LEIA MAIS:

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.

Perdidinho da Silva (Gênio)

February 18th, 2008 | 12 Comments | Filed in Futebol, Libertadores 2008

Renato no LabirintoSe alguém falar que sabe o que esperar da estréia do Fluminense na Libertadores contra a LDU em Quito (quase 3.000 metros) estará mentindo.

O clássico contra o Botafogo é a evidência que nem mesmo Renato faz idéia do que esperar de seu time, que aliás, com uma escalação de dois atacantes com Dodô no banco voltou à estaca zero.

Aliás, dizer que voltou à estaca zero é bondade. Conseguiu com este jogo, a proeza de retroceder à incertezas anteriores ao início do trabalho.

Desde que começou o ano, o Fluminense treinou e jogou com os três atacantes. Foi assim até entrar com um time reserva sem nenhum atacante para o amistoso com o Flamengo.

Planejamento é uma palavra bem bonita para ser dita para mídia, ou mesmo em reuniões com o “grupo”, mas fica por aí mesmo, pois a ação não é onde ela aparece.

Se o Flamengo jogaria no meio da semana uma partida pela Libertadores após seu jogo sem grandes importância contra o Fluminense, o Tricolor não. O clube das Laranjeiras descansaria no meio da semana para encarar o Botafogo.

Então, “sabendo” que jogaria a semi-final com uma formação não testada, Renato coloca um time sem atacantes para enfrentar o Flamengo, um jogo sem responsabilidade, mas que deveria ser um teste decente.

E então, este time sem atacantes, mete um Créu no Flamengo. Mas de forma algum foi o que entrou para jogar contra o Botafogo. Renato levou para decidir com o Alvinegro uma formação até convencional, defendida pelos críticos desde o início, mas nunca testada ou treinada.

E agora, para jogar quarta-feira contra a LDU, Renato faz novo mistério sobre a escalação, mas com grandes possibilidades de entrar novamente com dois atacantes, a única formação que perdeu, e perdeu sem ver a cor da bola, dentre as testadas.

Faz um mistério como se o LDU que nas últimas Libertadores sempre entrou com times fortes (sendo um adversário duro tanto em Quito quando na casa do adversário), soubesse alguma coisa sobre o Fluminense que nas últimas Libertadores sempre … bem … Sofá para o Tricolor nas últimas Libertadores.

Eu já me manifestei por aqui à respeito dessas “espertezas” que os treinadores utilizam para “confundir” o adversário. Não sei se os doutores pararam para pensar que correm imenso risco dos seus jogadores não entenderem e alcançarem sua “genialidade”. Até onde eu sei, boas execuções de esquemas e ordens dependem de treinamento exaustivo e repetitivo, e não de lampejos coletivos geniais explicados no quadro-negro.

E o que pelo visto foi treinado e testado repetitivamente foi o esquema com três atacantes, que pelo visto, na ótica de Renato, era para ser uma espécie de plano B para momentos em que se necessitasse pressionar um adversário.

Parabéns Renato. Treinou tanto o emergencial em detrimento ao usual, que terá inúmeras oportunidades de utilizar a formação do abafa. Gênio.

****

Contra os sparrings, Cícero entrava muito bem (não vi os jogos contra Boa Vista e América). Mas agora esquenta banco do banco Conca.

****

Arouca marca e joga. Mauricio marca e joga. O titular é Ygor que não joga e marca… marca penalty.

Você pode receber nossos artigos de graça pelo seu e-mail. Apenas inscreva-se pela caixa abaixo.