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Eu ganho, nós empatamos, eles perdem

April 21st, 2008 por | Categorias: Campeonato Carioca 2008, Fluminense.

Arrependi-me duplamente de uma coisa apenas ontem no Maracanã:

Deliberadamente não ter levado a máquina digital.

 

  1. O Maracanã estava lindo e o local que eu estava dariam excelentes fotos tanto do Maraca quanto do jogo em si.
  2. Com a máquinda daria para gravar o que eu e Robinson falávamos durante o jogo (mais especificamente o 2º tempo em sua plenitude) que será basicamente o que será lido na íntegra no texto que segue.

Tenho certeza que quem não esteve no Maracanã, ou não torce para Botafogo ou Fluminense, viu um jogo chato e modorrento ontem. Mesmo que esteve no Maracanã e torce para Botafogo ou Fluminense viu um jogo chato e modorrento ontem no 1º tempo.

Pegando os melhores momentos em qualquer jornal, é provável que encontre-se dois no 1º tempo: pênalti no Washington e chute na trave do Alessandro.

Já o 2º tempo começou com outros ingredientes.

Os melhores momentos foram raros também, só que este foi diferente do 1º, e como…

Começou com o Botafogo alugando meio-campo, mesmo sem levar perigo ao gol de Fernando Henrique. Túlio e Diguinho ditavam o jogo encurralando o Fluminense em seu campo.

A torcida do Botafogo sentia o mesmo e cresceu, e dessa vez, eu que tanto meto o malho em torcidas, sou obrigado a dar a mão à palmatória. A do Fluminense reagiu por conta própria e formou-se o caldeirão. Desta vez, garanto que não é exagero dizer que o Maracanã ferveu.

E quando Cuca preparava a primeira substituição, isso com o Botafogo já tomando conta das ações do jogo, contra um Fluminense que nem contra-ataque esboçava, Robínson já levantou a bola:

O Cuca vai bagunçar com o Renato. O Botafogo já domina e ele ainda vai renovar o fôlego do time.

Na mesma hora, veio à minha mente a lembrança da semi-final contra o Vasco, onde Renato resolveu segurar todos os titulares em campo para que estes cobrassem os penalties. Nesta hora, começou a bater o desespero. Comentamos que ao contrário do Vasco que era um time fraco e com um treinador recém-chegado, o Botafogo engoliria o Fluminense. Seria muito difícil e improvável um time encolhido sem renovação de pernas e pulmões segurar um time bom como o do Botafogo.

Estavamos atrás de Renato e a gritaria era:

Mexe no time, Renato. Deixa de ser babaca com essa porra de penalti e mexe logo nessa merda.

E o Cuca ia fazendo suas substituições, fossem elas por contusão ou escolha de seu treinador, o que importa é que o Botafogo jogava melhor e tinha tudo para jogar melhor ainda.

Mas aí, o futebol resolve dar uma mãozinha para Renato. Se o que o jogo se apresentava, se os gritos de torcedores, se nada disso adiantava para fazer o treineiro do Fluminense enxergar o óbvio e sair do seu esconderijo de deixar os cascudos (sic) em campo, o futebol enviou este sinal. Em uma arrancada do Junior Cesar, Alessandro levou um segundo amarelo e deixou o Botafogo com 1 a menos em campo, com bastante tempo de jogo. A previsão era de uma guinada de 180º, considerando que o Fluminense dispunha ainda de 3 substituições e a possibilidade de colocar seu time escalado para se defender jogando no ataque.

Mas, puta que pariu. Renato deixou a merda do seu time do mesmo jeito. Apenas ocorreu uma ligeira translação do jogo um pouco para o campo do Botafogo, absolutamente natural na condição de 1 jogador a menos.

Se nós já comentávamos antes da expulsão da necessidade do Renato colocar um outro atacante (que poderia ser o Allan ou avançar o Cícero lá para frente) para tirar o Botafogo de cima, imagine agora então com um a mais. Aí ficava gritante a necessidade de se colocar Tartá e Allan, e tome correria para cima do Botafogo.

Renato não fez isso, e de repente… gol do Botafogo.

Explosão de um lado da arquibancada. E uma explosão que não deixa que o outro lado cogite abafar. Primeiro porque era a vibração da torcida do time que buscava o jogo, segundo porque só encontrou sua explosão em um momento de adversidade. E do outro lado, a torcida que apoiou teve de se calar frente a apatia (eufemismo de burrice) de seu treinador que com um a mais, com o elenco mais caro e escolhido por ele (não venham falar de desfalques. Dois atacantes de fora apenas) tentava deliberadamente segurar o Botafogo para decidir nos penalties.

O treineiro do Fluminense é um bobalhão. Faz uma pose dos infernos na beira do campo. Em diversas ocasiões pelo Blá blá Gol, comentei em jogos que o Fluminense tomava um gol no 1º tempo, Renato bobalhão mandava o time para o aquecimento. Sempre, invariavelmente. Parece que para o treineiro, substituições são instrumentos de punição/premiação (outra palhaçada dele é essa de ficar colocando o Roger para entrar em jogos que não valem nada e definidos aos 40 e tantos minutos do 2º tempo). Como bem disse Robínson, é inadmissível que um treinador não utilize as substituições em uma partida de futebol nos dias de hoje, em ordem de grandeza aproximada, renova-se quase 30% do time.

Então, lá para 40 e tal, o vacilão coloca o Tartá. E para falar disso, prefiro tentar reproduzir o que Cuca disse na coletiva sobre isso:

O Renato substituiu bem. Quando entrou o Tartá, ele e o Junior Cesar conseguiram nos dar trabalho e levar perigo pelo nosso lado direito que tinha perdido o Alessandro.

Fazendo uma tradução livre aqui, podemos ler a frase da seguinte forma:

Se o Renato coloca o Tartá assim que o Alessandro fora expulso, estavamos fudidos. Teria de rebolar para segurar o Tartá e o Junior Cesar pela nossa direita

E comentei com Robínson que tinha certeza que o Cuca sabia que o Renato não mexeria no time com o jogo empatado. Renato fez isso contra o Vasco, que oferece muito menos perigo que o Botafogo. Não se exporia contra o Glorioso.

A torcida do Fluminense teve de sair pianinha do Maracanã. Nem mesmo esboçar o orgulho bobo dos vascaínos ao perderem a semi-final com a superação de sua equipe ouo chororô do Glorioso contra os rubro-negros, já que contou com um pênalti a seu favor e duas expulsões do adversário.

Viu um adversário merecedor da vitória e se viu merecedor da derrota.

****

A tarde trágica de Renato poderia parar em campo. Mas o arrogante-mor do futebol carioca resolveu ser o campeão da estupidez ontem ao dar entrevista coletiva.

Primeiro, Renato confirmou o medo. O medo foi treinado e orquestrado. O Fluminense não entrou recuado pela falta de atacantes (na verdade, dois desfalques já sabidos há mais de um mês) e sim por vontade e medo do treineiro:

Na expulsão do Alessandro, eu adiantei o Cícero. Gosto de futebol ofensivo, mas se eu coloco o Cícero na frente desde o início, a gente ficaria com quatro jogadores que não marcam. E eu não sou burro, pois o forte do Botafogo é o meio-de-campo. (Renato Gaúcho)

Depois vieram os festivais de “eles perderam”:

Para variar, Renato sempre explica o que faz, mas nunca erra. Como sempre, ele vem dizer que o Fluminense tomou um gol de desatenção e que isso não pode acontecer (sei lá, mas acho que se não fosse por desatenção, todos os jogos terminariam empatados em 0x0 – para Renato o gol não saiu porque o Fluminense deu o campo por opção sua ao Botafogo).

Também, sem querer colocar culpa no jogador (sic) disse que um lance do Tartá em que ele não driblou o Castillo para sofrer pênalti comprovava que ele estava certo em não colocar o menino na fogueira:

Não adianta botar um garoto e queimá-lo. O próprio Tartá poderia ter driblado o goleiro naquele lance no fim do jogo, mas ele não tem experiência e não podemos jogar a culpa nele.

E o caso do Washigton então. Esse foi o pior. Os de cima podem até passar (com muita boa-vontade) por ato falho. Mas o comentário à respeito do pênalti foi a mais cara-dura de tirar o dele da reta:

Eu vou conversar com eles na terça-feira para saber o que aconteceu. Antes do jogo, eu havia conversado com Thiago Neves, Conca e Gabriel. Eles deveriam decidir entre eles quem bateria um pênalti, caso houvesse. Não era para ter sido o Washington, que não estava nas melhores condições. Só que, na confusão, quando vi, o Washington é que estava com a bola, e naquela hora eu não poderia gritar mandando ele não não bater, porque ia tirar toda a moral do jogador.

Que porra é essa de conversar com eles na terça-feira?

Cara-de-pau, hipocrisia do diabo. Em conversa com Gabão depois do jogo, o mesmo levantou a seguinte questão:

Ué? Se o pênalti foi no primeiro tempo, por que ele não falou no intervalo?

Outra coisa:

Washington era um dos piores em campo, assim como no jogo contra o Vasco. Possivelmente sentia sua contusão. Mas mesmo assim, Renato fez questão de mantê-lo para cobrar os penalties contra o Vasco, e fazia o mesmo contra o Botafogo. Que história é essa agora que seu artilheiro não é cobrador de penalties? E se essa historinha é verdade, que porra é essa que não pode mandar ele não bater. Se o Renato tinha tanta convicção assim que o Washington não deveria cobrar o penalti, porque não pedir para o capitão Luis Alberto ir lá e desautorizar que o artilheiro cobrasse?

Sem contar que Washington bateu e fez contra o Vasco na semana anterior. Sem sacanagem, alguém acha que um jogador profissional, artilheiro do time, precisa de uma preparação especial para cobrar penalties em um jogo específico. O cara perdeu o penalti e pronto. Por nenhum motivo em especial. Simples assim.

O Washington deveria ter sido substituido no jogo, não por ter perdido o penalti, mas porque não conseguia dar seqüências às jogadas. Deveria ter sido também contra o Vasco. Mais erros na conta do Renato.

A crítica maior de Serginho Valente a Renato, é que ele despiroca-se todo na hora de decidir e mexr no time. Tem medo de decidir. Fez de novo contra Vasco e Botafogo. Teve o desprazer de levar o jogo contra um time reconhecidamente mais limitado para os penaltis (e teve de se dar por satisfeito pelo jogo apresentado) e uma derrota incontestável para um com melhor futebol. Teve o jogo do Vasco como aviso e não aprendeu. Teve a exspulsão de Alessandro e não aprendeu. Renato na berlinda.

****

Outra coisa é não minimizar essa derrota no Estadual. Ela não é só um sinal de alerta vermelho. Vejamos o que essa derrota para o Botafogo representa:

  1. Uma freguesia começa a ser escrita. 3 vitórias do Botafogo sobre o Fluminense, duas decisivas, onde em nenhuma delas o Fluminense mostrou que ao menos poderia fazer sombra ao Alvinegro
  2. Com dois anos seguidos de decisão entre Botafogo e Flamengo, o Fluminense com todos os seus investimentos, vê este clássico se tornando o principal do Rio.
  3. O Fluminense se vê na condição de ter delegado poderes ao Botafogo. Resta agora apenas torcer para que o Alvinegro vença o Flamengo para manter a dianteira no número de conquistas de títulos estaduais sobre os rivais cariocas.
  4. A conquista da Copa do Brasil e a 4ª colocação no Brasileirão 2007 foram conquistados mais na base em se fazer difícil de ser derrotado do que de um time que busque a vitória (ao contrário da 3ª posição rubro-negra no mesmo Brasileirão). Os jogos únicos e decisivos contra o Botafogo mostraram deficiência do time quando este é testado contra um equipe boa (mas que nem mesmo é confiável) na obrigação de buscar a vitória

Para ganhar a Libertadores, o Fluminense terá de superar mais 4 adversários. Certamente contra um ou dois desses, o Tricolor deverá buscar um resultado. Ainda deve uma demonstração que consegue fazer isso.

Reanto classificava seu time do ano passado como verde para a Libertadores. Mas será que o próprio também não é?

****

Renato é um ídolo da torcida do Fluminense. Além de ser um cara que tem bom trato com a mídia. Essas características mascaram suas deificiências e, o seu jeito descontraído somado ao fato de falar bem encobrem a falta de humildade.

Continuo achando que faria um bem danado ao Fluminense que Renato comandasse o time lá de cima. Ele arma bem o esquema defensivo, e acho que menos preocupado em fazer jogo de cena à beira do campo, entenderia um pouco mais o que é necessário para colocar o time para vencer.

Aliás, comandar a equipe do alto é um conselho que deveria ser extendido a todos os técnicos de futebol. O campo é muito extenso para ter algum ganho do cara tentar controlar dali de baixo, com o agravente do sujeito não ver direito a partida e ainda se deixar levar pelo calor do jogo.

 

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23 Comentários para “Eu ganho, nós empatamos, eles perdem”

  1. Serginho Valente
    21/04/08 - 16:06

    Realmente o Renato tem ainda algumas dificuldades em decisões, mas acho que ele era criticado por inventar de mais nas finais, resolveu inventar de menos. Quando ele equilibrar esse detalhe vai se consolidar como grande treinador que, pra mim, já é.

    Mas de qualquer jeito, não vi motivos pra esta revolta toda contra o Renato. Acho que a vitória do Botafogo foi construída em cima exclusivamente dos méritos alvinegros. Nada me leva a crer que a entrada do Tartá, ou de qualquer outro jogador, fosse mudar a partida.

    Tudo bem não querer falar em desfalques, mas o Fluminense está sem os seus quatro atacantes. Somália, Dodô, L. Amaral e o Washington, que não joga nada há algumas partidas. Ah, então por que o Renato não o tira? Sei lá, pergunta pro patrocinador do Fluminense.

    Fluminense e Flamengo podem ter times ligeiramente superiores mas, eu considero sim, que o Botafogo quer esse estadual muito mais do que eles.

    Dá pra perceber isso na postura do time em campo, nas entrevistas dos jogadores, etc. Acho que a derrota na Guanabara e seus acontecimentos forjaram esta gana pelo título.

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  2. Lincoln
    21/04/08 - 16:15

    Eu odeio trabalar com “E se”, mas vamos lá…

    “E se” a bandeirinha não tivesse garfado o Botafogo ano passado na Copa do Brasil tendo como consequência uma final Flu x Bota ?

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  3. Zargarotinho
    21/04/08 - 16:53

    Excelente post, Victor. Concordo com tudo que vc disse. O título que vc colocou reflete bem o que é o treineiro tricolor. Fala de mais e age de menos. Ele é foda e os jogadores são uns vacilões que erram na hora que não podem. A sua covardia de não mexer após a expulsão lembrou muito o cachaça do Joel…sem contar a omissão na hora de escolher o batedor do penalti.

    E, mais uma vez, o Flu morre na praia apesar de ter um time com um potencial enorme em campo.

    P.S. – Renato foi um jogador muito vitorioso, incluindo aí excelentes passagens na Libertadores pelo Grêmio e Flamengo. Mas como treinador com certeza ainda é verde.

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  4. Serginho Valente
    21/04/08 - 17:36

    Já vi várias vezes o Renato assumir erros, e se colocar a frente de críticas direcionadas ao grupo. Vale lembrar, que uma das qualidades do Renato, é “ter o grupo nas mãos”, e isso não aconteceria se ele sempre tirasse o dele da reta.

    Acredito sim que o Washington tenha batido o pênalti sem anuência do Renato, colocando o projeto pessoal de artiharia acima dos interesses do grupo. Pegou a bola, e disse que ia bater, o que fazer então? Causar constrangimento em campo com uma discussão? Acho acertado que tenham deixado ele bater. Porém, como ele assumiu o risco e perdeu, tem que ser cobrado. Até pra marcar uma posição com o resto do grupo.

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  5. Victor
    21/04/08 - 18:38

    Zarga,
    a covardia do Renato era anterior. Desde a escalação.
    No 2º tempo, era evidente o erro (isso com 11 contra 11 e 0x0 no placar). Nessa hora a torcida do Fluminense no Maracanã estava apreensiva esperando qualquer substituição no Fluminense, mesmo que fosse para tirar um volante e colocar outro.
    Com a expulsão do Alessandro, Renato continuou com os 11 em campo. Confiando plenamente nesses e no seu esquema que nitidamente não tinha funcionado. Covardia e burrice.
    Nem vou dizer que o Flu tenha morrido na praia. Já que no estadual não podemos dizer que empolgou (jogou 3 jogos, perdeu 2 e passou por 1 nos penalties). Tem de abrir o olho para não morrer na praia na Libertadores.

    Serginho,
    pode ser até que entrar com Tartá, Allan, Mauricio, David ou Roger não mudasse em nada, ou mesmo piorasse o time. Porém, estava muito claro que com aqueles 11 em campo, o timeiria perder, nem mesmo aos penalties iria chegar. A expulsão do Alessandro pode ter diminuido essa convicção, mas aumentou a convicção de que o Fluminense poderia ousar mais.

    Renato ao invés de reconhecer o erro grosseiro, preferiu dizer que não poderia “queimar” os garotos.
    Pergunto a qualquer tricolor:
    Se Tartá ou Allan não tivessem entrado bem, alguém estaria puto da vida com eles?
    Algum vascaíno achou que o Lopes queimou o Pablo?

    Renato cansa de dizer que o grupo dele é ótimo. Somália não está nessa conta, pois já se sabia que não se contaria com ele quando foi feita a montagem do elenco. Perdeu-se Liminar Amaral e Dodô, e pronto. Que grupo ótimo é esse que perde-se dois atacantes e fica sem nada?
    Jogam no ataque o Washington, Cícero, Thiago Neves, Allan e vai saber quem tem no juniores (na Libertadores não pode inscrever, mas no estadual pode).
    Fica então a impressão que para o ataque, deixou a responsabilidade apenas com o combalido Washington.
    Você como vascaíno, deve lembrar que forma o Antonio Lopes apareceu no Vasco em meados dos anos 80, o que ele fez quando fez sucesso na Colina.
    Não era nem o caso para Renato. Bastava ele efetivar qualquer atacante de Xerém.

    Isso ainda deixa outra desconfiança:
    Cadê a maravilha de Xerém que não coloca um atacante qualquer em um momento de necessidade?

    Washington, Thiago Neves, Conca e Gabriel podem ser cobrados, mas… na coletiva de imprensa?

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  6. Flávio
    21/04/08 - 18:53

    Perfeito, Victor. Conseguiu sintetizar com precisão tudo que penso do Renato treinador.

    Só não acho ele pior do que é, pois quase levou o Vasco a Libertadores com um time limitado, mas com certeza tem muito a aprender. A primeira lição é sem dúvida ser mais humilde e reconhecer os erros, os méritos dos adversários, estudar mais os times etc.

    Quem não se lembra da famosa “bola de cristal” que sempre antevia a presença do Leandro Amaral nas Laranjeiras?

    O patrocinador do Fluminense deu totais condições a ele. Por falar nisso, acho que o Ministério Público do Trabalho e o Estadual deveriam investigar esse contrato da empresa de plano de saúde. Muito estranho. Da onde vem tanto dinheiro? Bom, mas isso é assunto para outro tópico…

    Serginho, ouso discordar de você apenas no que tange a interesses subliminares do Washington em querer bater o penalty. Sinceramente , acho que a questão da artilharia não passou pela cabeça dele, até porque a vantagem do Wellington é considerável e mesmo que o Fluminense passasse à final, ele conseguiria tirá-la em apenas dois jogos decisovos contra o Flamengo.
    Penso que ele, como artilheiro que é, quis se livrar do peso que recai sob seus ombros de estar há 5 jogos sem marcar,conjugado com o fato de que se convertesse, recuperaria a credibilidade e confiança abaladas pela lesão.

    Por falar em Dodô, alguém sabe confirmar quando será seu julgamento pelo Tribunal Internacional Antidoping? Cuirosamente, na época em que ainda era atleta do alvinegra, a mídia toda dava como certa a sua condenação. Agora, com vínculo com o clube das Laranjeiras, misteriosamente o caso foi abafado.
    Será que a Unimed também está por trás disso?

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  7. Serginho Valente
    21/04/08 - 20:35

    Flávio, pode ser também. De qualquer jeito colocou o lado pessoal na frente do grupo. Agora, também não acompanho tanto o Fluminense assim, de repente ele treina, bate bem, ou mesmo era o mais confiante entre os possíveis batedores (não acredito muito nisso não).

    Dizem que o julgamento do Dodô será em maio e que a punição vai ser pesada mesmo.

    Victor, tem razão quanto a cobrar do jogador na coletiva, errou mesmo neste ponto.
    Mas continuo achando exagerada a cobrança do treinador que em menos de um ano no clube conquistou uma Copa do Brasil, terminou o Brasileiro em 4º, e está indo bem na Libertadores.

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  8. paulo affonso
    21/04/08 - 22:13

    Serginho,
    As pessoas as vezes passam por momentos ruins. É o que eu acho estar acontecendo com o R. Gaucho. Lógico que ele tem virtudes (assim como o Joel) mas nos últimos jogos eles tem sido um desastre. E isso tem que ser comentado pela imprensa e torcida.

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  9. paulo affonso
    21/04/08 - 22:15

    Desastre é muito. Melhor seria equivocados.
    E o Cuca que se equivocou muito no ano passado recuperou o equilibrio. O que ele fez com o Renato Silva (e eu aqui já tinha dito isso ao Gaburah) foi formidável.

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  10. Victor
    21/04/08 - 23:00

    Também não estou execrando o Renato. Mas quando um goleiro está frangando (caso do Julio Cesar ano passado no Botafogo), um medalhão atrapalha o time e isso salta aos olhos, vale à pena ser comentado.

    Recentemente fizemos isso com o Edmundo aqui. Antecipando a decisão do Lopes de deixá-lo no banco, aproveitando-o no 2º tempo contra o Criciuma.
    As críticas não queriam dizer que Edmundo era totalmente inútil, mas a forma como sua postura estava sendo conduzida no Vasco, era um desastre. Concordamos que ainda havia talento a ser aproveitado e pelo que li, foi o que ocorreu na vitória da Copa do Brasil.

    O mesmo com Renato.
    Na minha opinião, ele errou escandalosamente contra o Vasco e contra o Botafogo. Escrevi isso na vitória contra o Vasco e faço novamente na derrota para o Botafogo. Faço até confortavelmente porque essa era minha opinião declarada (a Robinson) com o jogo 0x0 com 11 contra 11.
    Basicamente, foram dois frangos de Renato Gaúcho (Não entendam isso como eu não reconhecendo que o Botafogo superou o Flu, ou mesmo que eu ache que o Botafogo tenha ganho por isso).
    O Renato é um cara inteligente e vivido no futebol. Pode-se esperar bastante coisa dele. Até porque ele tem qualidades evidentes, como por exemplo, a armação de esquemas defensivos bons que não abusam da violência e preferir escalar jogadores mais técnicos.
    Ele tem de fato esta característica de ter o grupo nas mãos, mas conforme discutido no caso da liderança de Edmundo, isto pode ou não ser prejudicial. No caso do jogo contra o Botafogo prejudicou.
    Ficou claro que os jogadores se empenharam, e seguiram a risca sua orientação (de acordo com a coletiva, ele de fato escalou o time daquela forma e reclamou apenas de uma desatenção). Mas como ele errou, o time foi junto com ele.
    Ele vacilou feio, o que não quer dizer que não seja um bom treinador e menos ainda que não venha a ter futuro promissor.

    Paulo Affonso falou das críticas do Cuca ano passado. Gaburah e Flávio reclamam das variações táticas dele. Eu, por exemplo, acho isso uma característica muito foda do Cuca, o diferencial. Acho que o que ele peca (ainda sinto isso) é na questão emocional. Acho que o atrapalha e que o time sente isso. Tanto no jogo como no ambiente que se forma.

    Agora… que o Renato abusa do “eles perderam”, não tenho dúvidas.

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  11. Serginho Valente
    22/04/08 - 0:21

    Bom, acho que o que pode estar atrapalhando o Renato é justamente ter sido duramente criticado por mexer, e mal, no Vasco nas decisões, isso pode ter pesado na relutância dele em agora mexer no Fluminense, até porque ainda por cima entrariam jogadores novos.

    No Vasco, Renato sempre teve uma postura legal com os jogadores. Exceção feita ao Valdir Papel, que também não tinha como ser poupado.

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  12. Rafael
    22/04/08 - 10:03

    Puta merda! Não dava pra resumir não?

    Passando rapidamente os olhos, vi que a tônica do post e dos comentários é o Renato.

    Ele virou um bobão desde que se tornou técnico. Pra mim é só mais um no meio de tantos. Quando eu escutei (ninguém me contou, eu vi) o “eu ganhei, nós empatamos, vcs perderam” fiquei espantado.

    Mas jogar a culpa da derrota nele tb é demais. Thiago Neves e Conca não jogaram nada.

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  13. Robinson
    22/04/08 - 12:45

    Mas os dois tentaram, Rafael, e foram muito bem anulados pela marcação do Botafogo. Não se omitiram, e se não apresentaram seu melhor futebol, foi porque o Botafogo não entrou em campo para assisti-los, mas para vencê-los. O Renato se omitiu sim. Provou que técnico perde jogo, quando não consegue identificar durante a partida o que deve fazer para melhorar o seu time, diga-se de passagem, diante de um adversário que teve em seu técnico e na doação dentro de campo a chave para derrotar um time que mesmo sendo superior em valores individuais, quis esperar as cobranças de pênaltis para decidir o título.

    Eu, no lugar dos suplentes do Fluminense, me recusaria a passar o segundo tempo inteiro (eles foram para trás do gol aos dois minutos) sabendo que aquilo era blefe, malandragem do técnico, querendo enganar os otários do outro lado fingindo que ia fazer alguma alteração.

    Ele poderia mudar e o Fluminense perder. Aí a culpa não seria dele. Seria exclusiva do Botafogo. Com muito merecimento. Mas ele não pecaria pela omissão.

    E para finalizar, o discurso dele na coletiva foi muito infeliz. O Fluminense não tomou gol de bobeira, por distração. Isso você pode dizer quando seu time está dominando amplamente uma partida e no único escanteio que o adversário tem em noventa minutos, entra o cara mais baixinho e cabeceia pro gol com toda a defesa observando, imaginando quem deveria estar marcando o salva-vidas de aquário. Isso é distração. O Fluminense tomou gol porque estava sob pressão, e apesar do Botafogo não estar criando diversas chances de gol, não permitia que o Fluminense passasse do meio-campo. E como treinador, ele tem obrigação de prever que se essa situação se estende demais, a possibilidade de um erro aumenta muito, e estava muito claro que se nada mudasse, o Fluminense tomaria um gol a qualquer momento. Veio a expulsão, e mais uma vez ele se omitiu. Só foi colocar um jogador fresquinho saído do banco (depois de quarenta minutos de aquecimento) após ter tomado o gol, quando não dava nem tempo do coitado pegar o ritmo do jogo.

    Dizer que o artilheiro do time desaprendeu a bater pênaltis??? Afffff…

    Essa decisão foi um caso clássico de como um técnico perde uma partida. Nada contra o Renato, ele é muito gente boa. Mas tem que abrir o olho, senão não dá. O Fluminense poderia sim perder, porque o Botafogo hoje é a equipe mais bem armada no Rio, mas poderia ser derrotado só no futebol, o que é aceitável. Cabeça-dura é que é foda.

    Ele não pode esquecer esse jogo, senão vai continuar nessa “estratégia”, e se quiser cozinhar no Maracanã o Boca, ou o São Paulo, ou um time copeiro desses na Libertadores com essa “estratégia” (ele realmente deve pensar que isso é uma estratégia) vai ser um mico do tamanho do King Kong.

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  14. Rafael
    22/04/08 - 14:24

    Tentaram e não conseguiram. Os craques do time não escaparam da marcação, ou seja, não jogaram nada.

    ****

    Sim, técnico perde jogo. E só.

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  15. Victor
    22/04/08 - 16:50

    O futebol do Conca é aquele mesmo que você viu contra o Botafogo.
    Conca é muito raçudo e tem habilidade. Usa eles mais nos lampejos.
    Esses lampejos acontecem apenas quando o time está jogando na frente, o que não foi o caso.
    O Conca normalmente vai de forma encrespada rouba uma bola ou passa por um adversário e enfia para alguém livre. Não tinha esse alguém livre.
    Conca não cadencia o jogo e põe a bola para girar. Não é ele o jogador da calma no time.

    Thiago Neves não conseguiu se aproximar para chutar a gol. Ele também é um jogador de lampejos. Para quem acha que nada fez, vale lembrar que ele deu o lançamento para o penalty no Washington e um jogadaço costurando todo mundo só parado na entrada da área com falta pendurando o André Luis.

    No mais, quem estava no Maracanã, teve de se contentar em ver Thiago Neves marcando na sua linha de fundo, certamente à pedido do seu treinador.

    ****

    Uma coisa legal do Fluminense quando joga fora de casa, é que o time marca lá na saída de bola. Isso surpreendeu muita gente na Copa do Brasil e nos jogos contra LDU e Libertad na Libertadores.

    Espero que para a próxima fase da Libertadores, Renato lembre-se que a Ásia se defende em Moscou e não no Aral.

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  16. Rafael
    22/04/08 - 17:09

    Se Conca e Thiago Neves são só isso mesmo que vc falou e que jogaram nesse último jogo, então eles seriam fracos demais para serem apontados como os craques.

    Mas eu não acho isso. Penso que apenas tiveram uma noite ruim, pouco inspirada e isso prejudicou todo o time.

    ****

    “Ásia se defende em Moscou e não no Aral”

    HUAhuAHuHAUhAUHAUa….

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    Renan

    Para home tu nem sabe joga futebol e ta falando ai nananaa vai ti cria!

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    Bender

    Favor escrever em português para eu entender.

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  17. Marcelão
    22/04/08 - 18:07

    Victor, nao tive paciencia de ler o post inteiro nao, mas concordo com vc em tudo

    o Renato não é treinador de Futebol, ele não passa de um treineiro que se destacou em times limitados e na hora de mostrar competência num time com um bom elenco não esta sabendo fazer. Já tinha perdido uma taça guanabara inteira insistindo numa coisa que até cego sabia que não daria certo. Arrumou o time no segundo turno, diria mais pela tecnica dos jogadores do que por mérito proprio.
    Acho que o Flu vinha jogando bem alguns jogos porque passou a jogar com o mesmo time, com isso os “craques” se entrosaram, mas sem nenhum dedo tático do Renato.
    A prova disso foi o primeiro jogo que ele quiz inventar, contra o Arsenal na Argentina, colocando o Ygor de zagueiro, deu na merda que todos sabem.

    Enfim, eu já estava temeroso pra esse jogo porque o Cuca é o melhor treinador do Rio há muito tempo, acho que ele já merecia um titulo, ele muda o esquema com o jogo rolando, tem uma excelente leitura do jogo e não é medroso.

    PS: Sobre mexer no time, quem foi no maracanã na ultima quinta ver Flu x LDU, viu no primeiro tempo o que Conca, Junior Cesar e Tartá são capazes de fazer numa ponta esquerda, região do campo que intitulei de “inferninho” depois do carnaval que eles fizeram quinta. Na hora que o Alessandro foi expulso, na mesma hora eu virei pro meu amigo e falei, agora ele coloca o Tartá e bagunça a ponta esquerda. É mas ele não fez isso…

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  18. Victor
    22/04/08 - 18:34

    Marcelão,

    Qualquer um que não se chame Renato Gaúcho e esteve no Maracanã domingo não precisa ler o texto.
    O texto está detalhado para os que não estiveram. Os presentes viram o que está escrito e é apenas redundância.

    O que eu, Paulo Affonso, Robinson e você escrevemos são formas diferentes de contar a mesma coisa. Quem leu qualquer um dos comentários leu todos.

    ****

    Depois de Nelson Rodrigues, dá até calafrios em dizer que uma opinião é unânime, mas até agora eu não sei de ninguém presente ao Maracanã que não tenha tido essas opiniões (incluindo tricolores e alvinegros).

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  19. anderson paiva
    22/04/08 - 20:54

    Renato gayuchu eh tricoflor e eu naum prciso ler issu td pra sabe q ele eh viadu.

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  20. Derrota merecida at Blá blá Gol
    28/04/08 - 3:10

    […] Eu ganho, nós empatamos, eles perdem […]

  21. Portaluppi e Grêmio não combinam
    12/08/10 - 16:14

    […] Renato esteve pelo Fluminense no olho do Furacão. Ressalvas e críticas ao trabalho do cara misturavam-se às ressalvas e críticas à sua personalidade. Também não escapei deste expediente. […]

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