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Artigos sobre ‘Atlético-MG’

O Luxo do Lixo

August 27th, 2010 | 30 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2010, Flamengo

Por Saulo

Tenho pena daquele torcedor fiel que sai do trabalho, pega o busão e chega em casa de madrugada depois de assistir uma partida horrorosa. Flamengo 0x0 Atlético em nada lembraram o passado de jogos emocionantes com muitos gols. Foi monótono de se ver e irritante pela falta de qualidade. O resultado apenas refletiu a campanha de ambas as equipes. De bom, apenas a atuação do atacante flamenguista Diogo.

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Luxemburgo, quais as garantias?

August 24th, 2010 | 14 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2010, Observatório

Ainda que quase ninguém fale sobre, Luxemburgo tem um blog, que por sinal é atualizado com uma frequência bastante razoável e com todo o jeitão de ser escrito pelo próprio e não por assessoria.

As ideias por lá não são muito elaboradas e não querem dizer muita coisa, o que acaba sendo perfeito para uma conversa sobre futebol. Por exemplo, diante do mau momento do Atlético-MG, Luxa busca justificar o injustificável ao relativizar uma derrota do seu time para o Santos com outra pior para o Ceará em casa. Em outros, ele se defende de estocadas (ao mesmo tempo que instiga) de Juca Kfoury.

Infelizmente, a imprensa que gosta de citar bobagens de moleques pelos 140 caracteres do Twitter, não é muito disposta a debater com um técnico vivido, polêmico e campeão. Quer dizer, até é, mas se o técnico for ao programa do entrevistador e não ir até ao blog do técnico.

No mesmo post sobre as derrotas, o treinador do Galo garante que em breve a torcida atleticana terá condições de pensar em alguma coisa melhor. Não esclarece como isso se dará e nem que garantias para tanta certeza.

Dito isto, proponho eu a Luxemburgo as seguintes perguntas:

  1. O rendimento do Atlético teve alguma melhora que indique uma iminente subida de produção em campo e na tábua de classificação?
  2. Os jogadores estão entrando em uma fase de alto rendimento atlético que pode refletir na melhora dos resultados?
  3. Os teste e o conhecimento da equipe cessaram já tendo uma precisa avaliação do que não funciona e do que funciona à contento?
  4. O rendimento do Atlético-MG a essa altura da competição está abaixo da pontuação estipulada pela comissão técnica no início do planejamento?
  5. Estando abaixo, qual o déficit? Foi estipulada uma nova meta de rendimento? Qual a ambição do Atlético ao fim do campeonato? Quantos pontos e qual zona de classificação?
  6. Jogando como está jogando, é possível que a equipe alcance seu objetivo na competição?

Mesmo que não chegue nem perto de responder tais questões, o blog do Luxemburgo vale à pena ser seguido. Afinal, ele é uma personalidade no futebol brasileiro que tem algo a dizer ao contrário de Madson e Felipe. Inclusive, volta e meia ele toca em assuntos não pertinentes ao Galo, mas ao futebol em geral.

Repórteres que desejarem utilizar minhas perguntas em alguma coletiva dessas de sempre, usem sem moderação. Estão autorizados. Não precisam nem citar a fonte.

Prezado UOL, peço que além de disponibilizarem os Feeds completos, atualizem o layout do blog do Luxa para o mais novo, com links únicos assim como fizeram para o do Juca…

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Botafogo 3×0 Atlético-MG

August 7th, 2010 | 186 Comments | Filed in Atlético-MG, Botafogo, Campeonato Brasileiro 2010

Com direito a exibição de gala do Botafogo no primeiro tempo. Se não foi brilhante, o time pelo menos jogou com muita raça –  diferente da última partida contra o Vitória, onde todo mundo parecia dormindo em campo.

Jobson endiabrado como sempre, primeiro gol do Magossuel após o retorno e um do Showmália – com uma mãozinha  (involuntária) do Herrera.

O Botafogo jogou tão bem (ou o Galo estava tão mal), que Fábio Ferreira se lançou diversas vezes como líbero chegando ao ataque (deu até ovinho em marcador atleticano) e Alessandro ganhou disputa de bola (!!).

No segundo tempo, nada mais esperado do que Joel recuar o time. Só que hoje a marcação funcionava primorosamente, dando ainda margem à contra-ataques alvinegros tão eficientes que Joel resolveu arriscar: tirou Marcelo Mattos (exausto) e colocou Caio. Dois minutos depois, Jobson (em jogada com o Talismã) fez arrancada dentro da área mineira, sofrendo pênalti que Herrera converteu. Joel ainda tirou um cansado Herrera para a entrada de Edno e fez um afago na torcida, colocando ‘El Loco’ Abreu no lugar do Mago (que começou a 100 km/h e cansou na segunda etapa).

Joel com QUATRO ATACANTES em campo. Nesse momento, Saulo trocou de canal.

Tá certo que o Galo não jogou muita bola, mas também não fez uma partida assim tão péssima. De fato hoje tudo deu certo para o Fogão, mas nem de longe acredito que Joel encontrou a formação ideal do time.

Maicossuel ficou isolado e sobrecarregado como único homem de criação (mais ou menos o que vinha acontecendo com LF), o que acabou até funcionando porque ele articulava bem as jogadas ora com Jobson ora com Herrera. Mas o meio do Atlético-MG é fraco, então acho que esse esquema não vai funcionar com um time mais marcador – tipo um Grêmio ou um curintias da vida.

Além disso, apesar da boa partida da zaga, a marcação continua capenga. Hoje havia meio Obina em campo e um Diego Souza visivelmente fora de ritmo. Contra um ataque mais forte, tenho certeza que esbravejarei novamente.

No fim do jogo, Jefferson mais uma vez deu mostra do porquê é goleiro de Seleção.

Uma apresentação realmente animadora, porém conscientemente contra um adversário mais fraco. Contra os líderes é que teremos a prova-dos-nove. A hora de deslanchar é essa.

Rumo à Libertadores 2011.

*****

E pra calar a boca dos detratores:

Festa da torcida antes da partida

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Uma derrota na conta do Luxerlei

August 3rd, 2010 | 5 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2010, Cruzeiro

Cruzeiro e Galo fizeram um clássico de tempos distintos. Tá, ok, isso já é clichê no mundo do futebol, todo mundo usa isso pra falar que o jogo, no frigir dos ovos, foi igual e eu tô sem criatividade. A única coisa que diferencia esse jogo da maioria dos outros é que a mudança se deu por um erro tático de um técnico ainda aclamado como “dos melhores do Brasil”.

Eu já acho que ele não é nem um dos 5 melhores hoje e acredito que ele tem mais preocupações do que ganhar um campeonato, mas é opinião. E não descarto tudo que ele fez pelo meu time. Mas Mano, Felipão, Muricy, Adílson Batista e DJ estão na frente hoje.

Enfim, ainda sem ser um dos melhores, Luxerlei é melhor que Cuca. E demonstrou isso ao armar o Galo num 3-5-2 que não deixou o Cruzeiro jogar no primeiro tempo. Cruzeiro que já não tinha muita disposição de ir à frente e como não encaixou a marcação no meio, Everton ralava sozinho contra dois volantes e T. Ribeiro mais se preocupava em dar pernadas nos adversários, ficou ainda mais trancado no campo de defesa. O Galo dominava a posse de bola com Diego Souza e Serginho Mineiro, Ricardinho brincava sozinho no meio-campo e só São Fábio conseguia deter as investidas atleticanas pelas costas de Jonathan, principalmente com Fernandinho (que milagre). Tardelli jogou mal contra o Cruzeiro. Mais uma vez.

Até que, numa dessas voltas que a bola dá, contra-ataque bem armado pelo Cruzeiro, a zaga atleticana dá uma única vacilada em todo primeiro tempo e pimba. W. “Parede” acerta um pombo sem asa no ângulo direito de Fábio Costa que nada pode fazer. Um golaço. Isso depois de 33 minutos de domínio atleticano. E eu torcendo pro primeiro tempo acabar.

Veio o segundo tempo e, quando eu achei que Cuca viria pra retranca total, Luxerlei aprontou das suas. Tirou Werley que tinha se desentendido com Tardelli no 1º tempo e colocou Obina. Ah Obina!!! Obina é Obina. A furada dele na marca do pênalti depois de belo cruzamento da esquerda foi qualquer coisa de cinema. Um digno momento de “Mito” Leite.

Botaoteca – Instant Button Que Beleza

Mas o problema maior não foi o Obina em si. Saindo da formação com 3 zagueiros, o Galo perdeu o domínio na sua intermediária e a marcação do Cruzeiro encaixou, principalmente na saída de bola. O Cruzeiro quase chegou ao 2º gol com Diego Renan em duas oportunidades. E mais uma com T. Ribeiro, que também melhorou no 2º tempo. E, durante a maior parte do tempo, foi melhor. O gol de empate, que era questão de tempo, no começo do jogo, graças à modificação do GÊNIO, ficava cada vez mais longe. Gil ainda tentou ajudar, sendo expulso por uma infantilidade tremenda. Mas o Galo se perdia tanto em bolas pelo meio, que facilitou as coisas pro Cruzeiro.

No fim do jogo, uma discussão entre Obina e Gil e torcedores do Galo com T. Ribeiro. Além de um infiltrado que deu uma tirada com o “Turquinho-comedor-de-fígados-azuis” e quase apanhou dos filhos do presidente.

O Cruzeiro saiu com mais 3 pontos na sacola. E tenho que fazer jus a Cuca. Se o time não tem atuado tão bem, até em virtude dos desfalques, pelo menos vem ganhando. O Galo perdeu mais uma e algo me diz que a corda de Luxerlei começa a ficar bamba. O projeto pro ano que vem não vai adiantar muito se o time estiver na Série B.

*****

Edcarlos jogou de titular. E de maneira sóbria. Daí já temos um grande avanço.

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Fluminense Full Time

May 31st, 2010 | 3 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense

As 3 últimas partidas do Tricolor denotam a gritante diferença entre o Fluminense de Muricy para o Fluminense de Cuca. O atual time jogou os 90 minutos de cada partida. O time de Cuca abria o bico nos 45 minutos finais de jogo.

Até que ponto existe a influência do treinador nesse aspecto não faço a menor ideia, e não estou aqui para avaliar. Mas observo e isso salta aos olhos. Contra o Atlético Mineiro, o Fluminense jogou futebol similar à partida contra o Corinthians, porém fazendo gols.

Finalmente o Fluminense tem alguém para jogar pelo lado esquerdo como acontece com Carlinhos. Também não entendi no 1º tempo que mesmo com o time já melhor em campo, Marquinho jogava praticamente como ponta esquerda enquanto Carlinhos ficava na sua retaguarda sem aparecer muito até pelo camisa 7 estar ocupando o lugar onde deveria estar o camisa 6. No 2º tempo a conversa foi outra, com Marquinho caindo mais para o meio e Carlinhos fazendo às vezes de ponta ao atacar.

O Fluminense passou a ter contra-ataques com escapes nas duas laterais com o já citado Carlinhos pela esquerda e Mariano pela direita, sempre buscando Fred.

O artilheiro tricolor tem seu magnetismo no ataque, e não é para menos. Busca o jogo e o time o busca. Ainda que parecesse fora de ritmo, deu vazão ao volume de jogo do Fluminense e deixou seu golzinho no fim da partida para dar uma moral e finalmente vencer o goleiro Marcelo.

Quem não aproveitou o volume e o auxílio de Fred foi Rodriguinho, apagadíssimo no 1º tempo substituído por Alan que ao contrário, tem entrosamento dentro da área com o capitão do time e deixou o seu também, o da virada. Alan com Fred está no time para ser conteúdo principal, jamais apêndice.

Hoje, eu vejo Rodriguinho como banco de Alan. Contra o Corinthians e Atlético-MG, não percebi o atacante auxiliando a fluidez do ataque tricolor, sendo fominha na partida contra os paulistas (contra o Galo nem isso conseguiu ser). No clássico contra o Flamengo, Rodriguinho foi bem, mas não pode ser testada sua capaciade em servir Fred já que foi bem no tocante a aproveitar as jogadas criadas por Conca e cia.

Não houve jogador do Fluminense que tivesse ido mal para se destacar, ao contrário, houveram dois acima de todos, tanto marcando quanto atacando. Leandro Euzébio e Gum. Sem ter alguém na sobra, os dois avançavam para o cabeceio nas inúmeras jogadas aéreas do Flu e seguravam no limite as investidas dos azougues Muriqui e Diego Tardelli. Além do goleiro, destaca-se Ricardinho que se não foi muito presente em toda a partida, encontrou as duas melhores chances de seu time, uma confirmada.

Tardelli na ponta levou preocupação, já como centroavante parou em Gum, segundo melhor jogador do Fluminense na partida, perdendo apenas para André Lima em sua melhor posição no time: no banco de reservas comemorando.

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Cearense, Torcidas, Brasil e afins…

April 28th, 2010 | 54 Comments | Filed in Atlético-MG, Copa do Brasil 2010, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Libertadores 2010, Palmeiras, Santos, Vasco

Em missão especial do Blá Blá Gol, fui a terra de Irapuã, de Iracema e Tupã. Investiguei os hábitos dos torcedores locais e acompanhei o clássico Fortaleza x Ceará.

Ah...o Ceará...

O primeiro jogo que assisti no entanto foi Flamengo x Caracas, o jogo transmitido pela Globo para o Estado na quarta-feira, que assim como a maioria dos estados nordestinos consome o futebol carioca.

Mais uma vez, Flamengo, com a maioria absoluta, e Vasco predominam sobre outros times. Sendo que, desta vez, ainda encontrei tricolores e botafoguenses. Vi um ou outro corinthiano, ouvi dizerem que há torcedores do São Paulo, e não vi nem sinal da torcida do Palmeiras, como sempre.

Ao andar pela cidade com o 3º uniforme vascaíno fui abordado com freqüência sobre ele, e cheguei até a receber uma proposta de compra.

Voltando ao futebol do estado, o cearense parece ter realmente dois times, um de fora, e Fortaleza ou Ceará. Sendo que aparentemente não há predominância de uma torcida sobre a outra.

Não deu pra ir ao estádio

As finais estão cercadas de grandes expectativas, e a Globo local faz exaustivas chamadas sobre os jogos. O clima em relação ao evento estava tão legal, que cheguei quase a ir ao estádio. O que não aconteceu devido há uma excelente massagem na praia, seguida por várias cervejas e ostras.

Assisti ao jogo pela TV, muito bom, cheio de alternativas. A vitória do Fortaleza por 1×0 não definiu de maneira nenhuma a parada, e o domingo que vem deve ser emocionante. Destaque para o meia Bismarck do Fortaleza, já vi boas apresentações deste jogador, e mais uma vez foi muito bem.

Gostei do futebol cearense e torço para que Ceará (1ªdivisão) e Fortaleza (3ª) façam bons papéis nos campeonatos nacionais.

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Pela Copa do Brasil o Vasco pega o Vitória do “craqueVílson. Sem mais, tem a obrigação de chegar às semi-finais, mesmo que o cruz-maltino ainda precise de reforços. Aliás, acorda Vasco!

Quem sabe agora Vílson ajuda o Vasco?

O Fluminense pega o Grêmio, jogo pra lá de encarniçado. Acho que o tricolor gaúcho leva, mas estou curioso pra ver se o Muricy  conseguirá fazer este time render mais do que rendia com o Cuca.

Atlético x Santos é outro jogo curioso, conseguirá Luxemburgo parar os meninos? Acho pouco provável, apesar de achar que o técnico do Galo é plenamente capaz de dar um nó em Dorival. A distância do Santos pro resto tem sido grande.

Eu passo Palmeiras e Atlético-GO, pouco me interessa, mas acho que o Palmeiras tem que tomar cuidado.

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Fraude Imperial x Fraude Fenomenal…acho que o Corinthians é amplamente favorito, e que o duelo mais interessante vai ser o de outros veteranos: Léo Cai Cai Moura x Roberto Meião Carlos.

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Kalil: “Quem é decidido usa rosa, quem tem dúvida a preto e branca”

March 20th, 2010 | 6 Comments | Filed in Atlético-MG

Já dizia Ney Matogrosso: “Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”

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Nos embalos do Obination

March 3rd, 2010 | 1 Comment | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Copa do Brasil 2010, Cruzeiro, Futebol

Por Lucas Leal

Na última quarta-feira, dia 24 de fevereiro, o Atlético viajou para o longínquo e, para mim, até então inexistente estado do Acre, a fim de fazer sua estréia na Copa do Brasil, o famoso “caminho mais curto até a Libertadores”.

Mesmo sem ter conquistado os três pontos, o Galo ia embalado por uma boa atuação no Clássico contra os Azuis, partida recheada, mais uma vez, de polêmicas envolvendo a arbitragem Azul, digo, Mineira.

Quem também vinha embalado era o Juventus, que não é o de Turim, que, nas palavras de seu Presidente, teria plena capacidade de vencer o duelo, já que “Nosso time é o atual campeão estadual e tivemos a defesa menos vazada da competição, além de termos mantido a base do ano passado.”

O que o Sr. Deusdeth Nogueira não previa era que, mesmo recuperados do surto de dengue que fizera a partida ser adiada para esta data, seus jogadores encontrariam pelo caminho o jogador mais contestado do futebol brasileiro atual em uma noite inspirada.

O novo xodó do Galo!

O novo xodó do Galo!

Obina acabou com o jogo. Além de dar passe para o gol de Diego Tardelli, o jogador marcou nada menos que CINCO tentos na vitória esmagadora do Galo no treino, digo, jogo contra a Juve Tupiniquim. Marques, que passou à frente de Obina na hora de finalizar, completou a goleada, que ainda teve pênalti perdido por Muriçoca.

Muitos diriam que não há que se gabar de um resultado construído contra uma equipe de um lugar que não existe, que o Galo tinha a obrigação de vencer de mais de dez gols e que Obina só marcou tanto porquê o goleirão da Velha Senhora genérica ajudou. Mas marcou.

Acre

O Acre existe!

Não satisfeito, o mito Obina resolveu aprontar mais uma no fim de semana. Sua vítima, dessa vez, foi o Uberlândia, fora de casa, em partida válida pela 7ª rodada do “Pão de Queijão/2010”.

O Rei do Acre, novamente inspirado, marcou três gols, um deles em um belo chute de fora da área, dando a vitória por 5 a 2 para o Galo sobre o Periquito. Muriqui e Carlos Alberto completaram o marcador. Marcelo Régis e Paulo Roberto, em mais uma das pataquadas do pseudo-goleiro Aranha, descontaram para o time da casa.

Com 9 gols em 5 partidas, sendo 8 nas duas últimas, Obina não só ganhou o direito de pedir música e clipe no Fantástico, mas também assumiu a posição de artilheiro do Atlético. Não podemos negar que o atacante é limitado, não é dos mais habilidosos e está longe de ser um craque. No entanto, o esquema de três atacantes armado pelo professor Vanderburgo Luxerlei parece ser perfeito para a atuação do goleador. Diego Tardelli, agora atuando mais recuado, e Muriqui, absurdamente veloz caindo pelas pontas, facilitam a vida de Obina, que só tem o trabalho de empurrar a bola pra dentro do gol.

Uma coisa é indiscutível: Obina já virou lenda no futebol brasileiro. Por bem ou por mal, não é de hoje que ele tem chamado a atenção da imprensa esportiva nacional. E, agora, tem conquistado o torcedor alvinegro. E não é pra menos. Na hora de pedir música no Fantástico, o artilheiro não hesitou em fazer média com a torcida atleticana e pediu logo o Hino do Clube. Claro que depois, como todo jogador de futebol que se preze, pediu um pagode.

Ânimo novo para o Galo, que eliminou o jogo de volta da Copa do Brasil e agora segue na luta pelo título do Campeonato Rural e na espera pela vingança contra o time do Professor Adilson Pardal. E, se depender da torcida, sempre ao som do Obination…

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Aonde vai o chororô?

February 23rd, 2010 | 21 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro

Senhores, boa tarde. Estava eu, nessa tarde quente entre as montanhas mineiras, zapeando pela internet quando me deparo com esta matéria.

Então quer dizer que Kalil, o turquinho comedor de fígados fritos azuis, vai fiscalizar as penalidades que a FMF e a Comissão de Arbitragem do futebol mineiro impõe aos árbitros que erram contra o lado deles? Sinto cheiro de déjavú. Ora, ano passado reclamou-se do mesmo assunto, no jogo da 1ª fase do Mineiro, mascarou-se a vitória do Cruzeiro e, no fim do campeonato, veio a surra derradeira, sem nada para mascarar.

Resta-me compartilhar a preocupação de Jorge Santana com seu post no PHD. O Galo a muito tempo não tem no que se basear e, agora, seu dirigente mascara a realidade, afirmando que não se deve confiar nos números do Datafolha, o time é sempre roubado e blá, blá, gol. O homem de preto (ou de amarelo, ou de vermelho, depende do jogo), caro Presidente, já errou contra o Galo, já errou contra o Cruzeiro, já errou contra o Flamengo, já errou contra o Botafogo, já errou até contra a Irlanda.

O que não se pode aceitar é esse mesmo dirigente querer, apesar de suas raízes, cantar de Galo no futebol mineiro. Não se cobra aqui um favorecimento ao Cruzeiro. Apenas imparcialidade. O juiz errou num lance rápido e difícil e quem informa que ele vai tomar “uma geladeira por tempo indeterminado” é o presidente do Galo e não o da FMF ou da Comissão de Arbitragem?

Eu não sei o que é mais ridículo nessa história toda. Se é a postura do Galo, a da FMF, a matéria da Galo-Press ou a foto do Kalil.

Kalil de "olho" na arbitragem mineira?

Kalil de "olho" na arbitragem mineira?

E depois reclamam de Bebeto de Freitas e Lúcio Flávio.

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Um bom começo de ano.

February 23rd, 2010 | 11 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Torcidas Organizadas

Galo e Cruzeiro fizeram um baita jogo, naquele que ficou famoso como Clássico das Flanelinhas. Dois bons técnicos no banco de reservas e times que estão ainda melhores que os do ano passado. Se em 2009 a equipe azul teve um bom ano com um vice-campeonato da Libertadores, o título mineiro e uma bela arrancada na fase final do Brasileiro, o Galo superou expectativas e, durante um bom tempo, foi apontado como um dos postulantes ao título. Perdeu a bola e o rumo após a derrota para o Flamengo, mas foi mais do que a própria torcida esperava.

O clássico desse último sábado se mostrava cheio de ingredientes para ser especial. Luxerlei Wandemburgo, técnico do Cruzeiro no ano mais áureo da história recente, comandava a equipe atleticana; possibilidade de Obina, um especialista em clássicos, jogar como titular; Roger fazendo sua estreia pelo Cruzeiro; Adílson tentando manter o bom restropecto.

Antes do jogo eu comentava com amigos que o embate dos treinadores seria o maior diferencial. E foi o que aconteceu: Luxeerlei entrou num 4-4-2 conservador, mas que foi muito bem com Tardelli e Muriqui (bom atacante, mas que precisa melhorar nas finalizações) e Renan Oliveira vindo do meio-de-campo. O Cruzeiro se defendia bem com atuações seguras de Fábio, Jonathan e, pricipalmente, Leonardo Silva. Enquanto isso, Marquinhos Paraná, Gilberto e Henrique não faziam grande partida, mas ainda dominavam o meio-de-campo. Elicarlos cumpria bem o papel de marcador e segurança para as subidas de Diego Renan pela esquerda do ataque azul. Já a ofensiva celeste era inoperante, muito em função da boa atuação de Werley e da monstruosidade que Jairo Campos jogou.

O Galo era mais agudo e quase marcou um golaço com Tardelli que, numa saída errada de Fábio, tocou por cima. Leonardo Silva operou um milagre e salvou o Cruzeiro em cima da linha. Enquanto isso, a Raposa tocava a bola e o Galo se defendia bem. Sem achar espaços, o Cruzeiro só conseguiu seu gol na bola parada aos 22 minutos do 1º tempo. Gilberto bateu escanteio, Gil se antecipou e tocou fraco pro gol. A bola, essa companheira certa da ironia, encostou em Leandro, ex-lateral celeste, e matou o goleiro Carini. Cruzeiro 1×0.

R de Raposão!

R de Raposão!

Oito minutos depois, falta para o Atlético. Coelho cobrou pra Jairo Campos completar. Fábio fez uma defesa de cair o queixo, mas na sobra o mesmo Jairo tocou no canto. 1×1 e clássico quente, como a tarde de BH.

O 1º tempo acabou, veio o 2º e o jogo não mudou em nada. Aliás, mudou. Adílson trocou Diego Renan por Pedro “Who”, que não entrou bem. Com o deslocamento de Elicarlos pra lateral-esquerda, o Cruzeiro perdeu força na marcação. O Galo veio ainda mais forte e logo aos 3 minutos marcou seu gol com Tardelli, que foi mal anulado pela arbitragem. Pra variar, ouve-se a história de que “aquele gol podia ter dado outra cara pro jogo”. Realmente. Num clássico, detalhes fazem diferença. Mas os gols perdidos por Tardelli, Obina e Muriqui também fizeram diferença. O Galo era mais organizado e aos 14 minutos, Muriqui perdeu um gol feito. Os alvinegros ainda tiveram bom domínio, mas por volta da metade do 2º tempo o Cruzeiro equilibrou.

Foi nesse momento que brilhou mais uma vez o professor Adílson. Luxerlei trocou Renan Oliveira por Obina, indo prum 4-3-3 com Correa, Jonílson e Ricardinho no meio. Enquanto isso, Adílson sacou Gilberto para a estreia de Roger. Aos 33 minutos, o maridão da Débora fez lindo lançamento para conclusão errada de T. Ribeiro, num lance que deixou Luxemburgo dando pulinhos de braveza. O Cruzeiro agora já era mais perigoso. E aos 37, o canhotinho bateu escanteio na cabeça de Leonardo Silva que nem subiu pra testar firme, sem chances para Carini. Cruzeiro 2×1. Festa azul e laranja e desespero de Luxa. O técnico sacou Jonílson para a entrada do eterno Marques. Mas foi Roger quem apareceu novamente. Aos 43 minutos, num contra-ataque rápido, o meia recebeu, puxou pra esquerda e colocou no ângulo oposto de fora da área. Golaço! Cruzeiro 3×1 e fim de papo.

Roger comemorou roubando a cabeça do Raposão e saindo pra torcida. Delírio e o início do pós-jogo. Kalil reclamou de assalto, Luxerlei Wandemburgo mandou banana pra torcida do Cruzeiro, Perrella provocou desnecessariamente. E briga na saída do estádio. Tudo normal. Toda babaquice que se espera de um superclássico e que acontece com a conivência das autoridades.

Por fim, foi um belo jogo que deixa esperançosas as duas torcidas. A do Cruzeiro com o fato de que o time, por ter um bom elenco, pode resolver um jogo complicado em questão de minutos. A do Galo, por saber que o time desse ano pode fazer papel mais bonito que o do ano passado. E pode ser mais confiável.

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Nessa quarta, o Cruzeiro joga contra o Colo-Colo pela Libertadores. O Galo vai ao Acre jogar contra o Juventus para não fazer o jogo de volta.

Adelante!

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