Copacabana

Grupo G

Portugal 0 x 0 Brasil – jogo de compadres patrícios? Atualização: Bom 1º tempo do Nilmar. 2º tempo com Portugal um pouco melhor. Apesar das ríspidas jogadas, jogo de compadres. Ambos classificados no jogo ruinzinho.

Coréia do Norte 0 x 3 Costa do Marfim – a expectativa é se Jung Yong Him Jong deixará a partida ser transmitida ao vivo para a população do seu país depois da lavada que levou. Atualização: Porra, nem os gols foram mostrados na transmissão.

Grupo H

Chile 1 x 2 Espanha – a Fúria, ainda não garantida nas oitavas, tenta provar que não é apenas uma raivinha. Atualização: Com 2 gols no 1º tempo, a Armada não passou nenhum susto para se classificar. A primeira derrota de um sulamericano na Copa não impediu do Chile avançar.

Suiça 0 x 0 Honduras – não será chocolate suiço, mas a provável vitória ainda não os garante nas oitavas. Chance dos classificados do grupo serem decididos no saldo de gols. Atualização: Ainda bem que não passaram: o jogo e Suiça. Quem não faz 1 golzinho em Honduras não merece mesmo.

Casagrande feliz. Nos embates de hoje, colonizadores e colonizados classificados em jogos de compadres.

Acreidtas agora?

Brasil não jogou nem um pouco diferente do que jogara contra a Coréia do Norte. É essa a forma de jogar da Seleção de Dunga. Aliás, desde 2009 no fim das Eliminatórias e Copa das Confederações.

Time bem armado, competitivo, vencedor e competente. Nem todos brilham todos os jogos e ao mesmo tempo, mas o Centro de Gravidade da Seleção é alto. Até agora, quando alguém não vai bem, é compensado pelos demais, como Robinho brilhando na partida de estréia, e Luis Fabiano nesta, como aliás, subentende-se que deva ser qualquer time, em qualquer esporte ou atividade coletiva.

Não cabe nem ficarmos nos gabando por dizer que a Seleção poderia perder a Copa, mas que saberíamos que chacota não iria pagar. Era muito fácil prever isto. Quem ainda anda cético à qualidade deste Selecionado deve ter por hábito brigar com o que vê.

Maicon – não apareceu muito no jogo

Elano – titular incontestável desse meio-campo.

Robinho – muito tico-tico no fubá. Mais armandinho que atacante.

Kaká – como armandinho foi fraquinho ainda, porém, substituiu bem Robinho no ataque. O bom foi ver sangue correndo nas veias do viadinho. O ruim, foi a cabacice para ser expulso. Quer saber: se está contundido, é bom que não jogue contra Portugal. Prepara-se para as oitavas, onde será titular, sem dúvidas.

Julio Cesar – quem está acostumado a tremer quando ver a bola indo para a meta de seus goleiros em clubes brasileiros, pode-se beber sossegado a cerveja com Julio Cesar, mas… porra… já tá na hora de fazer uma defesa impossível, Júlio.

Lúcio e Juan – Ótimos como sempre, Juan acima de Lúcio nesse jogo.

Michel Bastos – para mim o mais fraco do time na partida, sem participar muito assim como Maicon, porém com vários erros de domínio de bola e afins. Mas o gol de Drogba não foi falha dele. Ele estava marcando um outro cara que estava na área e foi saindo para trás.

Felipe Melo e Gilberto Silva – Monstruosos. Pareciam Mauro Silva e Dunga. Felipe Melo destruindo tudo ganhando quase todas as jogadas no meio. Enquanto o Brasil tocava a bola, Gilberto Silva acertou inúmeros lançamentos, pena que Michel Bastos e Maicon não dominavam a porra da bola, consagrariam o 8. Em tempo: quem não aproximou de Drogba no gol foi Felipe Melo. O único porém na sua atuação.

Luis Fabiano – Fez um gol de Pelé. Não precisa de maiores comentários.

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TV Globo: Quero que você se EXPLODA. Estou agora vendo o Fantástico e o lamentável editorial de Tadeu Schmitd condenando a forma como Dunga chamou a atenção do repórter dela na coletiva. Colocou um ar pesaroso e mandou aquela ressalva no fim que o “jornalismo da TV Globo” torce pelo Brasil mas tem como intenção de levar a informação da forma mais completa, precisa e objetiva possível (algo do gênero, não lembro as palavras mas o teor é esse). Diz que a TV Globo reprova os métodos de Dunga. Deve ser porque ela prefira uma vaquinha de presépio na sua grade de programação com lágrimas nos olhos por fazer suruba regada à sabe-se lá o que com três travestis. Deve estar putinha porque tem um sujeito ali que resolveu transformar a Seleção Brasileira em um time de futebol e não um quadro que passa depois da novela. Definitivamente uma das coisas mais nojentas, dentre tantas. Valeu Dunga!

Paraguai 2 x 0 Eslováquia – Mesmo não jogando tão bem, paraguai sobrou

Itália 1×1 Nova Zelândia – Soberano Paston só foi superado pelo juíz

Brasil 3×1 Costa do Marfim – Drogba e cia vão dar calor nos 11 anões? Acho que não! > A PIOR ARBITRAGEM DA COPA, inclusive no que favoreceu a seleção brasileira. Drogba fez o dele e o Fabuloso desencantou com dois gols de categoria (com mão e tudo). Jogos do Brasil só deveriam ser disputados durante a semana…

Até agora, a mídia brasileira muito mais falou da relação Dunga x Imprensa que de qualquer outra coisa quando o assunto era Seleção Brasileira na Copa. A marcação foi cerrada e o regime foi norte-coreano, o que no fim das contas não é bom, nem ruim. Apenas é.

A imprensa é o maior veículo da mídia e nada mais natural que buscar expor o produto de maior demanda, no caso, a Seleção Brasileira. Como em outras Copas, com nada de concreto efetivamente para mostrar até a primeira partida, imagens de treino e furtivas sonoras já preencheriam as grades dos canais com programação full-time como as TV’s fechadas (SporTV e ESPN Brasil), além de TV aberta com grande destaque de tempo como a TV Bandeirantes.

Contudo, nem sempre a cobertura do evento pode ser feito como programado. Em Copas anteriores eram comum críticas às enfadonhas transmissões de treinos e rodas de bobos. Ironicamente, críticas vindo das próprias emissoras que transmitiam tais treinos. Em 2010 era hora de um replanejamento e que o pessoal se virasse com o que tinha. Aliás, seria uma boa hora de se desgarrar das amarras da cobertura exaustiva da Seleção Brasileira e cobrir com afinco a Copa que já acontece há alguns dias. Fazer com a segurança que a concorrência não teria como sufocar a Seleção.

O Blá blá Gol fez isso, e está desde o início da Copa versando sobre quem está jogando. Hoje finalmente o Brasil estreará e finalmente será dia de escrever sobre o mesmo. Apesar de evitarmos o fanfarronismo, não temos a intenção de ser imprensa ou fazer jornalismo. Somos como em nossa definição, torcedores sensatos. E por isso, escrevo por mim mas acreditando falar por vários daqui, pelo que depreendo de comentários e posts, que torceremos pelo Brasil (Yuri apenas no particular).

E apesar dos posts anteriores do último ano terem tido a tônica de defesa de Dunga, não se trataram basicamente disso. Era um contra-chororô a histeria da Festiva pela não-convocação de um ou outro jogador em detrimento a evidente boa preparação da Seleção. À partir de hoje, quando se espera no mínimo um massacre na Coréia do Norte, é que o Blá blá Gol efetivamente se prestará a comentar o futebol da Seleção não importando simpatia ou antipatia pelo grupo atual. Os jogadores que valem ser comentados são os 23 que estão disponíveis para a Copa do Mundo e mais nenhum. Terão os que jogarão bem e os que jogarão mal, e à partir daqui ligaremos nossa corneta. Mas torcendo bagaraí.

O time que aí está passou com louvor pelo período de preparação, o que na prática aumentam as expectativas e as cobranças. Brasil é favorito ao título pelo histórico e pelo bom momento da equipe. É à partir daí que torcerei e isso que espero do time, ainda que com dificuldade inerentes à competição.

Nova Zelândia 1X1 Eslováquia – provavelmente sou o único acordado pra ver esse troço (nem fui, apaguei no intervalo e perdi os gols).

Portugal 0X0 Costa do Marfim – candidato a grande jogo do dia (piada involuntária).

BRASIL 2X1 Coréia do Norte – Baba. Obrigação de goleada. (Não foi. Viva a Alemanha, infelizmente).

Fábio Alexandre trabalha na Petrobras, é vascaíno (mas é gente fina) e professor de Recursos Humanos. Escreve alguns artigos e comenta no Globo e Jornal do Brasil. Em época de Copa, não fugiu do tema e mandou ver.

Do que se depreende, infelizmente só resta uma saída para quem quiser fugir da Vuvuzela… ver o jogo no trabalho.

Por Fábio Alexandre

Como agir no ambiente de trabalho durante os jogos do Brasil na Copa?

Se a empresa liberar os funcionários para assistir aos jogos fora da empresa?

Como já é tradição na cultura dos brasileiros nos jogos do Brasil na Copa do Mundo as pessoas costumam se reunir em família e chamar os amigos para assistir aos jogos em casa, mas há também aqueles que preferem compartilhar a alegria de ver aos jogos com uma galera ainda maior e mais animada como exemplo nós podemos citar as centenas de pessoas que assistem aos jogos do Brasil no tradicional “Alzirão”. Fora da empresa vale gritar, espernear, apitar, pintar o rosto e é lógico também vale xingar o juiz de “ladrão” só não vale beber a ponto de que no dia seguinte ao jogo você esteja de ressaca e também não vale arrumar brigas, pois nós sabemos que quando o Brasil faz um gol dá uma vontade grande de abraçar a primeira pessoa que está a nossa frente, principalmente se ela for alta, bonita e cheirosa. Logo atenção pode ser o início de uma grande confusão. Lembre-se também que se você faltar no dia seguinte aos jogos da terça-feira (15/06) e do domingo (20/06) aquela velha desculpa de que comeu “aquele salgadinho que não caiu bem” não vai colar ainda que seja verdade, por isso cuidado também com o que come.

Se não liberar, mas permitir que assistam os jogos no local do trabalho?

Evite os exageros no vestuário, na bebida na hora do almoço (tradicional aquecimento para o jogo). Em relação ao seu chefe deixe que ele tome a iniciativa no que se refere ao grau de liberdade que ele acha adequado para o ambiente, ou seja, naquele gol do Brasil no finalzinho do primeiro tempo você não vai sair correndo para abraçar o seu chefe, pois pode ser que ele não esteja de acordo com essa atitude e os seus amigos de trabalho comecem a te ver como um “bom puxa saco”. Lembrando também que naquele lance em que o juiz anulou um gol legítimo do Brasil, caso o seu chefe não chame o juiz de ladrão, safado, filho da p… não é você que vai fazer isso.

Caso a empresa não libere. Que atitudes ele nunca deve tomar para poder assistir aos jogos?

Definitivamente este é o pior dos mundos até mesmo para aqueles que não gostam de futebol, pois para estes a copa do mundo serve como uma oportunidade para reunir a família e os amigos. Nesta situação o funcionário nunca deve “chutar o balde” e desrespeitar o seu chefe na frente de todos, pois ele não o perdoará por isso. Nesse caso o mais aconselhável é “sentar e chorar”, e caso sirva de consolo lembre-se que a copa do mundo passa, mas o seu emprego continua.

Como agir durante a partida? Pode ir com a camisa da seleção ou levá-la apenas para abraçar na hora do jogo?

O funcionário deve agir alegria e naturalidade ao assistir aos jogos. No momento em que o Brasil fizer o tão esperado gol ele tem mais é que comemorar, vibrar, abraçar os amigos, mas sempre lembrando que os exageros devem ser evitados tais como: gritos de – esse juiz é um filho da… (depois daquele impedimento mal anulado contra o Brasil), pois você pode transparecer para o seu chefe ser uma pessoa desequilibrada emocionalmente, fazendo com que o mesmo crie uma imagem negativa ao seu respeito. Quanto a levar a camisa da seleção eu acho que todos nós devemos levar algo que lembre o Brasil. A questão é nós devemos ir vestidos com ela ou não? Eu acho que o legal é que isso seja combinado antes com a chefia, pois em algumas atividades não há problema algum em já irmos vestidos com a camisa da seleção para o trabalho. Em relação às atividades em que se exija um vestuário mais formal é aconselhável que se leve a camisa, mas que ela só seja colocada no horário do jogo. O que nós não podemos deixar de fazer é torcer e torcer muito para que o Brasil avance no mundial.

Bandeiras, cornetas, apitos… é de bom tom levar para torcer?

Devemos sempre lembrar que, por mais que o ambiente esteja descontraído, o clima dentro da empresa seja de festa, seu chefe que quase nunca fala com você neste dia estará abraçado com você para comemorar mais um gol do Brasil, ainda assim nós não devemos esquecer o fato de que não estamos em casa, logo não é de bom tom que se leve cornetas e apitos para o ambiente de trabalho. Quanto às bandeiras e camisas nós temos mais é que levar mesmo, pois elas funcionam como instrumentos que auxiliam no colorido do ambiente fazendo com que o clima organizacional fique o mais alto astral possível.

O que a maioria das empresas costuma fazer: liberar o funcionário e deixá-lo assistir em casa, com amigos, ou permitir que assistam aos jogos dentro da empresa?

Nós dias de jogos às 15:30 a maioria das empresas deverão liberar os seus funcionários para assistir aos jogos em casa, já para as partidas do Brasil que tem início às 11:30 os funcionários deverão assistir aos jogos no ambiente de trabalho. Só não quero ver ninguém torcendo para o Brasil ficar em segundo no grupo G, para que todos os próximos jogos até a final sejam às 15:30 – Combinado galera.

O gerente deve estar atento ao nível de ansiedade dos seus funcionários nos dias de jogos do Brasil?

Com toda certeza, pois nos dias em que o Brasil joga as pessoas em sua maioria ficam ansiosas para o início da partida, e no ambiente de trabalho não é diferente, uma vez que em geral o assunto do dia tende a ser o jogo da Seleção. É bom que os gestores entendam que a Copa do Mundo faz parte da cultura do nosso país e que este fator “Copa do Mundo” influencia no ânimo e na produtividade da força de trabalho, ou seja, é aconselhável que as atividades que exigem muita concentração e precisão da força de trabalho, sejam antecipadas ou até mesmo adiadas para outra data caso os gestores percebam que o nível de ansiedade dos funcionários dentro da organização esteja tão elevado a ponto de comprometer a eficiência das atividades. Logo os gestores devem ficar atentos a atmosfera psicológica que reina na empresa nos dias que antecedem aos jogos do Brasil. Imaginem meus amigos, será que alguém nesse país vai conseguir trabalhar normalmente nos momentos que antecedem uma quarta de final entre Brasil rumo Hexa Campeonato Mundial e a Argentina em uma plena sexta-feira. É muito difícil hein…

Como devem agir os gestores nessas horas: ficar em locais separados ou se juntar à torcida dos funcionários?

Os gestores devem ficar juntos à “fanática e entusiasmada massa de funcionários torcedores”, pois consiste em uma excelente oportunidade para “quebrar o gelo”, ou seja, fazer com que a liderança possa se aproximar dos seus liderados aumentando assim a possibilidade da criação de comprometimento no ambiente organizacional, melhoria do clima e o desenvolvimento de equipes de trabalho coesas.

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Eu até queria falar dos R$ bilhões que o país perde com a com a interrupção da produção de grande parte da força de trabalho para assistir os jogos do Brasil na Copa. Mas não é esse exatamente o propósito do texto.

O Blá blá Gol dará ponto facultativo.

Ainda faltam 10 dias para a Copa e já há quem sacramente que o futebol do Brasil será chato. Possivelmente ainda birrinha pela não convocação de um ou dois jogadores no universo de 23.

Dunga não ficará estigmatizado pela "Era Ronaldinho"

Dando nome aos boi, a choradeira começou com um execrado, enquanto vestia a amarelinha, Ronaldinho Gaúcho. Aquele que ninguém tecia comentários elogiosos enquanto vestia a amarelinha com Dunga. Bastou o exílio (pedido por crítica e público inclusive) para ressurgirem com seu nome em prol da bobagem que falta talento no time. A bem da verdade, o lobby pró-Ronaldinho não ganhou corpo, ainda mais com aval de atuações medianas contra equipes grandes e suposto brilho contra Siena e afins.

O surgimento do time do Santos com Ganso e Neymar deu novo ânimo aos lobbystas, desta vez respaldados tanto pelas atuações dos moleques, como pelo fato de estarem no Brasil próximo ao torcedor e com seus jogos sendo transmitidos em rede aberta.

Dunga não se impressionou e com argumentos sólidos por mais contestáveis que possa ser convocou jogadores testados e aprovados por ele em seus quase 4 anos à frente da Seleção.

Esta Seleção que começou seus trabalhos após a Copa carregando a antipatia generalizada por trás da figura do treinador levou pancadas em seu caminho até aqui com atuações aquém das expectativas nas Eliminatórias atingindo o auge em derrotas para Paraguai fora de casa e empates melancólicos em 0x0 no Engenhão e Maracanã contra Bolívia e Colômbia, com estádios vazios quando Zarga resumiu com propriedade o atual momento do time:

A culpa não é do estádio. É da seleção brasileira.

Seleção essa que contra a Bolívia, por exemplo, não contou com Kaká mas com aquele que seria o substituto que traria talento para o time na eventual falta do camisa 10. Eis como Bender resumiu aquela nada talentosa partida:

Ah sim… Futebol ontem? Diego e Juan correram, tentaram, mas o Brasil de Dunga só jogou bem nos contra-ataques. Ronaldinho Gaúcho está muito mal. Robinho não se achou ontem. Vamos ver se com a volta do Kaká as coisas melhoram.

A atuação da Seleção comandada por Ronaldinho Gaúcho é bem representada pelo cirúrgico e único comentário de Saulo no post:

O torcedor não é bobo e vai lotar qualquer evento de qualidade. Não foi o caso da seleção.

Este era o estado de espírito que envolvia os brasileiros ao fim de 2008, após os malfadados Jogos Olímpicos. Espírito esse que modificou-se na goleada contra o Uruguai em Montevidéu, Copa das Confederações e baile na Argentina em Rosário novamente com perfeito comentário de Saulo que não sentiu falta de Ronaldinho:

A seleção foi absoluta diante da Argentina. Está entrosada e com um conjunto bem montado.

Desta forma, o Brasil ia encerrando 2009 com o time bem ajustado e pensando somente na Copa, com Dunga tendo algum tempo para ajustes finos como encontrar um lateral esquerdo, e para Adriano pedir dispensa do time.

Pouca coisa mudou da equipe que jogando bola e vencendo resgataram o prestígio que estava em baixa provocado pelas atuações dessa mesma Seleção até 2008, especialmente neste ano. Simplesmente por ação midiática nesses meses sem atividade da Seleção, o que estava bom, legal e motivante, é dado como ruim, reacionário e … chato.

Como um fantasma, por antagonismo à imagem de Dunga, 94 puxa a dicotomia bonito x feio, ganhar x perder, e este fantasma paira no ar induzindo que se Dunga ganhar a Copa (sim, Dunga, não a Seleção) será de forma feia e chata, sem representar o futebol brasileiro e parará-pão-duro. Na falta do que implicar, contesta-se a suposta incitação à sentimentos patriótricos por parte da comissão técnica, como se isto fosse fraqueza de caráter ou uma fuga para sabe-se lá o quê.

Bem analisou Juca Kfoury em coluna na Folha quando o Brasil ainda estava no meio do ressurgimento de 2009. Colocou bem as questão à respeito do patriotismo de Dunga em nada interferir no futebol do Selecionado e em nada denegrir seu caráter:

Está pintando um técnico melhor que a encomenda e do que ele mesmo talvez pudesse imaginar que seria
QUANDO, NO século 18, o pensador inglês Samuel Johnson escreveu que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas, ele não quis dizer que o patriota é, necessariamente, canalha.
Quis dizer, apenas, que muitos são os canalhas que apelam para o patriotismo como derradeira tentativa de salvar sua pele.
Ao exaltar o comportamento da torcida pernambucana, Dunga não está nem sendo demagogo nem exagerado.
Ele está só querendo que o comportamento dela vire padrão pelo país afora, por mais ingênua que seja a pretensão.

Aos afoitos que desejam decretar como jogará o Brasil antes da Copa começar, e até mesmo definir se a Copa será chata ou legal, é conveniente aguardar um pouco mais de uma semana. A Copa não começou.

Há quase 4 anos, Dunga foi escolhido como técnico da Seleção Brasileira pela CBF. Sua indicação já fora recebida com ceticismo pela crítica, Blá blá Gol incluso. Eis o que opinei em 25 de julho de 2006:

Chupem, corneteiros

Discordo veementemente de todos aqui. Achei a escolha acertadíssima, e me surpreendeu a coragem da CBF.

É fato que Dunga não tem experiência (rodagem), mas estou certo de que vai servir como experiência (aposta). Afinal, há tempos não temos um treinador que tenha sido jogador da seleção, quiçá um campeão do mundo (desde Zagallo em 74). Acho uma aposta extremamente válida, numa Seleção que depende muito mais de motivação do que tática ou técnica.

Explico: Não há como se implementar um esquema de jogo em um time que só fica junto por 1 semana. Parreira não conseguiu, Luxa não conseguiu, Leão não conseguiu. Felipão nunca primou pela capacidade tática, tanto que apostou num dos esquemas mais cautelosos da História da Seleção, e com seu poder motivador, conquistou o Mundo com os craques jogando o que sabem.

Concluindo, a tática é importante? Sim, mas com tempo de treino e ritmo de jogo. Sem isso, vale mais a vontade, a garra, porque a técnica nós já temos.

Força Dunga, nessa nova empreitada!!!

PS: eu apostava no Jorginho, mas Dunga tá de bom tamanho… Zico é um pé-frio do cacete, vade retro…

Nota atualizada : Leão também foi Campeão do Mundo como jogador, ainda que do banco. Contudo, em nada altera o sentido do comentário

O levantamento é um esboço, ainda subjetivo, de onde cada convocado por Dunga (incluindo os 7 de standby) profissionalizou-se, firmou-se e despediu-se do futebol brasileiro.

A premissa do levantamento é que discordemos ou não de qualquer critério do Dunga, havemos de reconhecer que é uma seleção (no sentido literal da palavra) do que se entende mais competitivo disponível no País. Os 30 “eleitos” de Dunga fogem do campo da subjetividade e passam a ser dados concretos.

Esses jogadores com idade variando entre 22 e 30 e poucos anos acabam bem ou mal cobrindo uma faixa de aproximadamente duas Copas do Mundo atuando no País na nossa cronologia, ou 8 anos na cronologia dos demais mortais.

A brincadeira então, seria correlacionar por onde andou essa nata do futebol brasileiro, e daí inferir a relação entre o que os clubes apresentaram com o que tiveram de TOP em seus escretes.

Tivesse tempo e recurso (vulgo, tempo), faria o levantamento “cacheado” como gostaria para começar essa conversa em um patamar superior. Contaria quantos jogos cada jogador atuou por cada clube. Mas está inviável de fazer isso.

Todavia, como esse levantamento expedito já é interessante e não pretendo perdê-lo apenas porque poderia ser melhor, publico assim mesmo:

• listando uma série de ressalvas;
• convidando os demais a contribuir (claro, com contribuição, o custo “tempo” dilui-se e pode ficar viável) para ir além no levantamento;
• deixando como pauta para o leitor que porventura trabalhe em um jornal e queira fazer este levantamento que pode resultar em ótima matéria para seu jornal.

O levantamento porco pode ser visto de forma um tanto bagunçada, mas compreensível para aqueles de boa-vontade nesse link. (se eu tivesse de deixar apresentável, não iria publicar. Para dúvidas rápidas de compreensão existe a seção de  comentários do blog para ser usada) – Print para quem não conseguiu abrir.

As ressalvas iniciais (claro, se não me aprofundei no levantamento, não seriam nas ressalvas que perderia tempo) são as seguintes:

1. Casos como Felipe Melo, coloquei como “firmou-se” no Cruzeiro, mas poderia ser Flamengo.
2. Vasco, Botafogo e Palmeiras não se encaixaram em nenhum critério para nenhum jogador, mas Gilberto, por exemplo, jogou no Vasco.
3. Participações efêmeras e incipientes acabam tendo o mesmo “peso” que participações longas e efetivas. Com isso, há casos como Marcelo que leva 3 pontos para o Fluminense enquanto Nilmar leva 2 para o Internacional.
4. Jogadores que porventura tenham voltado para o Brasil, como Diego Tardelli no Atlético-MG, não estão contabilizados.
5. É uma contagem simples, sem a preocupação de colocar peso para nada.
6. Feyenoord não é brasileiro

Todas as ressalvas acima, seriam resolvidas com a contabilização dos jogos por time.

O levantamento, como se percebe, está longe de ser conclusivo, portanto, dou-me o direito de não emitir nenhuma conclusão neste post, ainda que tenha colocado deliberadamente um somatório e deixado em ordem decrescente, porque isto me leva ao primeiro palpite do que observamos nos últimos 8 anos por essas terras.

Este post será alterado e melhorado à medida que tiver colaborações (que podem vir até mesmo na forma de observações  nos comentários)

Fonte de consulta: Wikipedia