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O Brasil como Brasil

June 29th, 2009 por | Categorias: Seleção Brasileira.

Se tem uma coisa que ainda me choca no esporte, é ver a Seleção de basquete norte-americana inferior a qualquer outra. Ainda mais em torneios quando ela está abaixo de mais de uma outra.

Subverte a ordem mundial eles não serem favoritos, e favoritos esmagadores.

Pouco me importa que entrem com time B universitário. Pega mal.

O mesmo na minha opinião, acontece com a Seleção Brasileira de Futebol. O País é tão bom em futebol, que transformou em indústria, tanta profusão de brasileiros trabalhando Mundo afora e que se vão a cada ano. Não digo nem mesmo os medalhões, mas jogadores para preencher vaga em tudo quanto é clube. Pé-de-obra de qualidade.

Os EUA ganhavam de 2×0 e, ainda assim, o post que vinha-se montando na minha mente era esse. Porque perder, faz parte do jogo, todavia, mesmo na derrota o Brasil colocava-se dentro do campo com a postura de um time superior, como colocou-se nessa última sequência de jogos iniciada no Uruguai.

Deu gosto de ver a Seleção na Copa das Confederações. Não só para o festivo torcedor canarinho, o patriota, mas também para nós, chatos de carteirinha e corneteiros.

O que leva-me a uma reflexão. A pior causa para as reclamações à Seleção decorriam do fato da mesma ter se apequenado. Isto era o principal causador de inúmeros sintomas que apareceram em decorrência disto. O maior dos sintomas era o desinteresse que a Seleção provocava, invocando diversas teses tais quais:

  • A Seleção não joga no Brasil;
  • Não há identificação por não ter jogadores que aqui atuam;
  • Os que jogam fora são desconhecidos do público;
  • Os jogadores já são multi-milionários com o boi na sombra.

Pois bem. Ao que tudo indica, o que faltava mesmo era o principal, a Seleção jogar como Seleção. Todos os motivos expostos acima eram paliativos.

Sintomático é perceber que ninguém cogitou no último jogo a entrada de Nilmar ou Pato em campo. Pelo contrário, o assunto em pauta era a possível saída de um jogador que atua por essas terras, André Santos, para a entrada de Daniel Alves (isso com Kleber no banco).

Os superticiosos que me desculpem, mas nada de que o time precisa chegar mal às vésperas da Copa do Mundo para vencê-la. O que quero é o Brasil jogando sempre dessa forma. Não tem nada mais chato que abrir espaço para babrem o ovo de … Espanha. Dá licença. Temido no futebol é o Brasil e ponto. O resto é o resto.

Leia também como vi o jogo.

Lédio Carmona – Quem pode para o Brasil?

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15 Comentários para “O Brasil como Brasil”

  1. Serginho Valente
    29/06/09 - 10:03

    Concordo, essa postura da seleção é o que realmente fazia mais falta. É muito legal ver que os jogadores tem interesse no que estão fazendo.

    O único porém, é que, pelo menos aqui em casa, era unanimidade que o Nilmar deveria entrar no lugar do Robinho.

    Aliás, Robinho e o Dunga precisam se decidir.

    O Robinho se quer ser o próximo Ronaldo, sem ter ganho Copa, ou se ainda quer ser jogador profissional. Ontem, ele parecia estar com mais ressaca do que eu.

    E o Dunga se acha que vale a pena manter o Robinho no grupo. Robinho parece ser o último ranço da palhaçada de 2006 a ser eliminado.

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    Robinson

    Também acho que o Robinho deve abrir o olho. Ou devem abrir o olho quanto a ele.

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  2. Rafael
    29/06/09 - 11:10

    Globalização.
    As coisas mudam. Hoje, tem-se muitos estrangeiros jogando na NBA. Os forasteiros acabam aprendendo. Assim como a enorme comunidade latina que lá reside também joga sua bola (soccer) por lá.

    Mas concordo com o teor do post. O Brasil deve impor sempre seu melhor futebol.

    Assim como disse Serginho e eu no outro post de forma mais abrangente, acho que o Nilmar deveria ter entrado ontem.

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  3. Robinson
    29/06/09 - 11:19

    Acho simplesmente o seguinte:

    O Brasil venceu porque jogou bola.

    Jogando bola, o Brasil pode até ser que perca, mas a tendência é ganhar e sempre.

    A derrota da Fúria para os EUA e o sufoco que eles tomaram do time do Joel na decisão do terceiro lugar – bem como as dificuldades do Brasil na semifinal – provam que não importa mais o adversário; para vencer, tem que jogar bola.

    Não basta ter camisa, tradição, um status meio oco de “a sensação do momento”, (pseudo)craques de renome.

    Precisa jogar bola.

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  4. Anselmo
    29/06/09 - 14:07

    Taí, Victor, tudo verdade.

    Só pontuaria algumas coisas. Pra mim, a questão não é o Brasil chegar na copa jogando mal pra ir bem. A questão é haver um volume grande de críticas da parte da torcida e da mídia. O problema é confiança excessiva que contamina jogadores e técnico. Confiança não tem a ver com bom futebol. Pelo menos é a minha forma de ver a superstição.

    Se o Dunga conseguir (como parece estar conseguindo agora) afastar a apatia do time colocando a cabeça dos jogadores no lugar (dentro de campo) tá ótimo.

    se o Fora Dunga! anda esquecido, acho que tem coisas a se questionar. A escalação do Daniel Alves na esquerda merece muitas críticas. Os defensores de Fábio Aurélio, Marcelo, André Santos etc. tem que se manifestar. Se não houver opção para a lateral-esquerda, o time fica muito manco.

    Também não estou convencido de que Ramires seja o cara para a posição. Gosto muito do futebol dele, mas aposto num rodízio com Elano. Incrível, mas são dois operários com a cara de Dunga. E mais incrível, escrevendo isso, eu realmente entendo que há um estilo e uma marca do treinador na seleção.

    Pra quem era criticado por maradonófilos, tá bom, né?

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    Victor

    Concordo 100%.

    Críticas terão, até porque Dunga não goza de grande simpatia, pelo contrário, desperta antipatia.
    Sem contar que será inevitável o contraponto ao oba-oba da Copa passada. Mesmo que não se justifique, haverá o contraponto radical.

    Quanto as discussões de escalação, convocação e tudo o mais, cabem essas que você levantou (coloquei as mesmas preocupações na resenha do jogo, mais evidente o caso de D. Alves, e um pouco menos na do Ramires, mas constatando que o apoiador cruzeirense conviverá agora com a pressão de jogador de Seleção, como Elano) e outras tantas que surgirão.

    De toda forma, acho que um intuito desse post foi até contrapor uma ideia minha da importância da falta de identificação do público no Brasil com os jogadores na Europa, quando o simples fato de ter jogado bem jogou para o espaço esse meu reducionismo.

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    Matheus

    Falando o que todos nós sabemos, Elano e Ramires são dois jogadores completamente diferentes e que atuam na mesma faixa de campo.

    Posto isso, vamos ao fato: é ótimo você ter os dois. O Ramires é um jogador de mais arranque e mais agudo, enquanto o Elano cadencia mais o jogo e gira a bola mais facilmente, além de ser uma opção pra bola parada. O Ramires é uma melhor opção para jogos em que o time vai ser atacado e poderá sair mais facilmente para o contra-ataque, como contra a Itália, por exemplo. Contra times em que você tem que girar a bola, tocar, até achar espaço, sou mais o Elano.

    Tem que manter os dois mermo.

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    Matheus

    Falei o óbvio?

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    Lincoln

    obvio ou nao, falou o correto.

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  5. saulo
    29/06/09 - 18:09

    Dunga pode ter antipatia do público, bem diferente do seu sucessor, parece que o clima festivo e de bagunça parece terminado. Apenas vamos saber se isso vai acontecer durante a copa com o respaldo da CBF.

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    Robinson

    Eu não acredito que eu pudesse ser a única pessoa em 2006 a enxergar antecipadamente o mico que o Brasil pagaria naquela Copa.
    Os caras não jogaram absolutamente nada e puseram culpa no oba-oba??
    Independente de qualquer oba-oba, o que derrubou a seleção foi o fato dos medalhões (termo que, definitivamente, é pejorativo) se apresentarem em estado lastimável e ainda foram titulares absolutíssimos. O Brasil jogou do 1 ao 11, enquanto entre os reservas tinham caras no ponto mais alto de suas carreiras até então, como Fred e Juninho Pernambucano – que nunca seriam escalados em situação normal, só jogando quando não valia nada. Pessoalmente, achei uma crueldade negar aos dois que participassem da Copa com o excelente futebol que apresentavam então.
    As posições na seleção do Dunga são conquistadas, não mais alugadas a quem tem o nome mais famoso.
    Pelo menos, do mal maior de 2006 a gente não deve morrer mais.

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  6. Victor
    30/06/09 - 18:06

    http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/2009/06/30/quem-pode-parar-o-brasil/

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  7. O avassalador Santos é o pesadelo de Dunga
    20/05/10 - 1:22

    […] a Copa do Mundo começado imediatamente após a Copa das Confederações, o clima que Dunga iria encontrar para comandar o time na Copa seria um tanto quanto animador para o técnico e suas […]

  8. A Copa não começou
    1/06/10 - 20:38

    […] Jogos Olímpicos. Espírito esse que modificou-se na goleada contra o Uruguai em Montevidéu, Copa das Confederações e baile na Argentina em Rosário novamente com perfeito comentário de Saulo que não sentiu falta […]

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