Ganhar do Boca é normal…
March 8th, 2012 | 87 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores, Libertadores 2012Não é que a bravata cantada pela torcida tricolor começa a ganhar veracidade estatística???
Pois aquele temor de jogar contra EL Boca, em LA Bombonera, é coisa de tempos em que o Boca tinha uma mordida muito mais forte. O Boca de hoje está meio cariado. Com um time comum, a Bombonera também se torna um estádio comum. Definitivamente, estádio não ganha jogo. E se muitos desdenhavam daquela atuação de 2008, porque não teria sido na mítica caixa de alfajores, desta vez foi. E teve requintes de crueldade.
Os fato que hoje deixam a os tricolores insuportáveis de tão metidos:
1) o adversário estava invicto havia 34 36 jogos, segundo Luiz Roberto. Até bater de frente com o Fluminense;
2) o Fluminense nem precisou jogar tanto assim. O time deu alguns vacilos que seriam fatais diante do Boca de outrora, mas ao constatar que nem assim os Xeneizes da vez tomaram as rédeas da partida, o tricolor ganhou confiança e sustentação na defesa;
3) Deco. Apesar de que o nosso camisa 10 de fato nem jogou um partidaço como vinha jogando. Ele perdeu umas duas ou três bolas que deixaram os torcedores à beira de um AVC. Bom, mas ele fez um cruzamento com o padrão Deco de qualidade para o primeiro gol, de Fred. E meteu o segundo, recebendo um cruzamento, de primeira. Só isso. É, torcedor às vezes fica exigente…
O Fluminense jogou muito bem até marcar o primeiro gol, tocando a bola no campo do adversário com consciência e com certa facilidade. Após o cartão de visitas do artilheiro dançarino tricolor, chutões inexplicáveis se tornaram a a saída de bola. E como o Boca também tem o seu Deco, com cara de tristonho e atendendo pelo nome de Román, chegou ao empate no rebote de uma exímia cobrança de falta, já no início do segundo tempo. Sobrou para Somoza apenas o trabalho de empurrar para as redes.
Menos mal que logo em seguida Wellington Nem fez aquela jogada clássica de linha de fundo, deixou um zagueiro ver navios e centrou para a conclusão de Deco. A partir daí, o Boca perdeu as forças, e se conseguiu ameaçar em alguns lances, não tinha qualidade suficiente para igualar o placar. Aquela pressão boquense, que em outros tempos podia ser comparada ao irresistível abraço constritor de uma sucuri, se esvaiu, assim como sua torcida abandonou as arquibancadas antes do apito final. Isto é o Fluminense, na Bombonera ou no Maraca Engenhão.
Ainda precisamos de zagueiros. Mas mesmo para quem estava pessimista, agora a Libertadores começou a ficar legal.
Lincão, nosso amuleto da sorte!!! Parabéns!!! Esse foi o presente do Fluminense para o seu aniversário!!!!