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Artigos sobre ‘Libertadores 2011’

O que tem o Cruzeiro pra Libertadores

February 16th, 2011 | 240 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O time Azul chega pra sua 4º Libertadores seguida após queda nas oitavas-de-final em 2008, um vice-campeonato em 2009 e queda nas quartas-de-final em 2010. Em 2008, não houve surpresa de forma geral, em 2009 a boa campanha deu status de grande time à base formada por A.B. e em 2010, o time que era favorito caiu pros dois melhores jogos do São Paulo na temporada. Para 2011 o Cruzeiro mantém a base, finalmente tem um camisa 10 que pode decidir e algumas deficiências preocupantes.

Aonde o pão-de-queijo tem mais sabor:

  • O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
  • O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
  • Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
  • Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

Aonde se pode temperar ainda mais:

  • Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
  • Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

Aonde o caldo pode desandar:

  • Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
  • Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
Dá pra confiar, chefia?

Dá pra confiar, chefia?

Aonde o bolo de fubá acabou:

  • Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
  • Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
No quesito "Dancinha", nota 6.

No quesito "Dancinha", nota 6.

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O que tem o Santos para a Libertadores

February 15th, 2011 | 20 Comments | Filed in Libertadores 2011, Santos

Por Glauco, Futepoca

Depois de dois anos fora da Libertadores, o Santos volta ao torneio continental com boas perspectivas. Mas, sabe como é, torneios com fase de mata-mata nem sempre privilegiam o melhor time ou aquele com futebol mais vistoso. Às vezes o que ajuda a definir um campeão é a tal da raça, o algo a mais, o acaso, um lance genial, um acidente, um erro de arbitragem ou o sobrenatural de Almeida. Mas ter um bom time é um bom começo. E isso o Santos tem, além de outros motivos que podem fazer o torcedor acreditar no Tri da Libertadores.

O que deixa o torcedor animado

Neymar: contar com o craque do Sul-Americano Sub-20, com 19 anos recém-completados nesse mês e evoluindo não é pouca coisa. O moleque amadureceu depois do sinistro episódio que resultou na demissão de Dorival Júnior e, no Santos, vai ter um ambiente e companheiros de equipe que devem deixá-lo ainda mais à vontade do que na seleção que conquistou a vaga nas Olimpíadas. Mesmo quando está apagado, o mocinho cobiçado pode decidir num lance ou mesmo cavar uma expulsão dos adversários. No torneio pré-olímpico, já teve uma amostra de como (não) será camarada a arbitragem sul-americana, assim como já sabe que os adversários não serão nem um pouco benevolentes. Já tem conhecimento também que projeções similares a saltos ornamentias não vão resolver. Como tem personalidade e aprende rápido, deve voltar mais preparado pro embate continental. Sem dúvida, via se destacar.

Dunga pagou a conta

Elano: antes de se contundir (na verdade, ser “contundido”) na Copa da África do Sul, o meia era a melhor figura da seleção brasileira. Muitos, aliás, atribuem parte do fracasso canarinho a sua ausência. Curioso, porque antes do Mundial muitos torciam o nariz para Elano. Mas é indubitável sua inteligência tática e o fato de conhecer todos os fundamentos, podendo fazer um passe, um lançamento, um drible e gols de fora da área ou de cabeça. Deve ser decisivo, entretanto, em uma de suas especialidades que resultaram em inúmeros gols da seleção de Dunga, como o que definiu o título da Copa das Confederações: a bola parada. Além de tudo, o jogador é considerado um “talismã” pela torcida peixeira, por ter feito o segundo e decisivo gol da vitória que tirou o time da fila, contra o Corinthians, em 2002, e o segundo da vitória alvinegra contra o Vasco, que garantiu o título brasileiro de 2004. Na final da Libertadores contra o Boca, em 2003, Elano não jogou e o Peixe foi vice. Coincidência?

O que deixa o torcedor ressabiado

Ganso: muitos santistas vão me xingar por colocar o camisa 10 como um motivo incerto para animar o torcedor, mas é só ponderar. O jogador andou reclamando do tratamento oferecido pela diretoria do clube e o grupo DIS, camarilha do mundo da bola que tinha negócios quase familiares com o ex-presidente santista Marcelo ex-Eterno e que detém 45% dos direitos econômicos do atleta, andou oferecendo o mesmo a clubes rivais (curioso, aliás, que Ganso precise ser “oferecido” a alguém…). Mas, fora isso, existe outro ponto: o atleta passou por uma cirurgia delicada e a Libertadores não é conhecida por apresentar marcadores clássicos como Falcão e Clodoaldo, mas tem na sua galeria de herois eméritos açougueiros como Dinho, Pintado e Galeano. Ou seja, ninguém vai ter dó de acertar o atleta que estará voltando depois de um período razoável longe dos gramados. Em suma, são várias questões: ele vai conseguir voltar a jogar plenamente no primeiro semestre? A readaptação será rápida? A recuperação física será completa? Torço que sim, mas certeza não é possível ter…

Adílson Batista: o treinador chegou no clube e não se viu ninguém fazendo festa com a sua contratação. Dentro das opções disponíveis no tal mercado, achei a escolha até interessante e saudei como uma possibilidade de se retomar o futebol ofensivo de Dorival, obscurecido quando o clube escolheu um interino para dirigir a equipe em quase metade do Brasileiro de 2010. Até agora, Adílson está invicto, em que pese ter enfrentado somente uma equipe digna de nota, o São Paulo. Nesse meio tempo, testou várias fórmulas e esquemas táticos, tem vários desfalques mas ainda não passa segurança à torcida. A Libertadores começa como o seu real teste. Pelo lado positivo, Adílson já tem uma final do torneio no currículo, coisa que pretensos gênios como o “profexô” não tem até hoje, mesmo tendo dirigido legítimos esquadrões.

O que faz o torcedor rezar

Na boca do vestiário

Sistema defensivo: o Santos estonteante do primeiro semestre de 2010 não tinha uma das defesas mais confiáveis do futebol tupiniquim. Mas o ataque compensava e fazia com que o rival muitas vezes abdicasse de atacar para não sofrer placares elásticos. Quase um esquema kamikaze que se baseava, principalmente, em talento. No entanto, havia carregadores de piano no meio que eram fundamentais para que tudo funcionasse: Arouca e o multifuncional Wesley. O primeiro está voltando de contusão e o segundo foi substituído por Rodrigo Possebon, volante que não tem a velocidade e as características que faziam de Wesley peça importante no esquema de Dorival. Pará na lateral direita é uma temeridade, mas o veterano Léo tem sido útil na canhota. Contudo, se não tiver cobertura não consegue encarar um atacante veloz. Idem para a dupla de zaga com Dracena e Durval, que parece muito dispersiva em algumas partidas, quase irresponsável, mas brilha em outras, como no clássico contra o São Paulo. Adílson espera o retorno do lateral-direito Jonathan e pode colocar alguns dos laterais da Sub-20 no time titular até como meias. Mas, por enquanto, é bastante claro que ele não conseguiu construir uma defesa consistente. Em competições eliminatórias, isso pesa. Que ache a fórmula logo…

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Um empate na conta de Muricy

February 10th, 2011 | 48 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Já no vestiário instantes antes da partida contra o Botafogo no returno do Brasileiro 2010, Muricy avisa que o titular será Ricardo Berna.

Após segura atuação do goleiro na partida, o treinador tricolor não titubeou em alardear pelos quatro cantos que observou o goleiro treinando pesado e que por méritos próprios chegava a titularidade do Fluminense em hora deveras importante. Como Berna reforçou a boa fase nas partidas seguintes, Muricy manteve o discurso.

O ano virou e Diego Cavalieri foi contratado como goleiro, posição que o Flu buscava reforço desde 2010 uma vez que Fernando Henrique e Rafael não demonstravam confiança.

Se em 2010 a má fase de FH, machucado inclusive, e Rafael propiciavam ambiente para a efetivação de Ricardo Berna, como fazer em 2011 para barrar esse mesmo goleiro e entregar a camisa titular ao novo goleiro, negociado por não ter chance entre os titulares do Cesena?

Simples: procedendo a troca. Essa é uma atribuição do treinador. Por liberalidade, Muricy veio a público e justificou a alteração anterior, na nova, subentende-se que Muricy acredita mais no eterno reserva Cavalieri em detrimento ao eterno reserva Berna. Entretanto, os torcedores gratos a Berna entendem que a confiança depositada no recém-contratado deve ser imediata, e por isso vaiaram o novo goleiro que fica plantado no chão caçando borboletas vendo um anão fazer gol de cabeça dentro da área.

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He-Man comemora um de seus gols na Libertadores

Muricy é um sujeito que conhece do riscado. Vê lá na frente e se prepara para tal. Vai saber o que se passou na cabeça do técnico para entrar com Willians no time titular. O empate pode entrar na conta de Muricy sem que isso tire o técnico do sério. É bem capaz de ter jogado pelo empate, o que acabou sendo um excelente resultado para o Tricolor pelo que a partida mostrou.

Souza jogou como um debilóide entregando diversos contra-ataques com a defesa desmantelada. André Luis notoriamente não tem capacidade de ser reserva, e portanto, não tem culpa de ter feito cagada no time titular. O primeiro tempo do Fluminense foi tão bizonho que Ruimdriguinho conseguiu melhorar o time com sua entrada e injeção copera, injeção que fez despertar o faro artilheiro no ASPIRANTE A ÍDOLO He-Man. Injeção também aplicada com a entrada de Marquinho, jogador que Deco não conseguiu substituir em 2010 e que Souza não fez na estreia da Libertadores.

Vai saber se na cabeça do Adoniram esse pontinho se somará com mais pontos conquistados fora de casa nas costas de Frederico Porcelana

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Dito e feito. Somente uns 15.000 endinheirados compareceram ao Engenhão. Para mim foi ótimo, pois aproveitei a pouca densidade demográfica para levar meu pai ao desconfortável estádio de Egenho de Dentro. Peter Siemsen também gostou da grana que entrou, mas não entendeu muito bem a causa do público baixo. Segundo o mandatário do Fluminense/Unimed, todas as situações (sic) foram:

  • TV aberta
  • Tempo perdido no trânsito (????????)

O poder aquisitivo dos mesmos está crescendo a olhos vistos, mas na ótica de Peter Siemsen o dos tric0lores está acima da média. No entendimento do presidente, o preço praticado não corroborou para o público baixo.

O time do Fluminense e os 15.000 endinheirados terão de se virar por conta própria na 1ª fase. É essa a torcida que o time terá nas próximas duas partidas no Engenhão.

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O que tem o Fluminense para a Libertadores

February 9th, 2011 | 25 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Fluminense chega na Libertadores com status de favorito. Status conferido pelo seu recente título de Campeão Brasileiro, elenco caro e qualificado e jogadores que efetivamente podem vir a desequilibrar em favor do time como Fred e Emerson.

O Fluminense tem a sua disposição:

  • Ataque decente: Rafael Moura, Araujo e Ruimdriguinho podem jogar e tornar o time do Fluminense competitivo apesar de normal. O recente histórico de contusões das estrelas de ataque tricolores torna bastante plausível variações de ataque com esses jogadores
  • Meio campo forte e versátil: O trunfo de Muricy na Libertadores será a gama de opções para montar o meio-campo com qualidade, sempre em função de Conca. Muricy pode variar do muito defensivo ao muito ofensivo com jogadores já testados na equipe.
  • Laterais fortíssimos: Mariano passa por fase esplendorosa. Carlinhos não é tão regular quanto seu colega mas resolveu a lateral do time e a falta de apetite de Julio Cesar, jogador que ao menos foi recuperado por Muricy para compor o elenco.

O que o Fluminense pode vir a ter:

  • Ataque poderoso: Fred e Emerson são muito acima da média. Quem não os viu em campo, basta ver a média de gols dos dois em suas carreiras. Nenhum dos dois é melhor que Neymar, mas são dois. Todavia, são dois que em muitas oportunidades viram zero pelas contusões frequentes.
  • Goleiro: Diego Cavalieri chegou barrando a solução caseira Ricardo Berna, goleiro que cumpriu seu papel com brilhantismo ao fim do Brasileiro de 2010. Mas sabe-se lá quais as reais condições do titular. Como Muricy não é maluco para barrar o goleiro que ele promovera de graça, bem deve estar.

O que o Fluminense pode vir a não ter:

  • Torcida: O Fluminense valorizou a competição ao elevar os preços dos ingressos. Não é intenção deste tópico discutir o acerto ou não da atitude e nem seus porquês, porém, cabe levantar que os preços mais elevados nas fases iniciais podem afastar a torcida do estádio. Se vier ocorrer, tal problema seria atenuado em fases mais avançadas com aumento da demanda ou mesmo possível reajuste de preço calibrando a relação oferta/demanda (os jogos da primeira fase já tem valores pré-definidos)

O que o Fluminense não terá:

  • Uma grande defesa: A dupla de zaga campeã brasileira parece ter jogado em seu limite no Brasileirão ainda que tenha ido bem. O Fluminense não tem um zagueiro que coloque a bola no bolso e chame-a de sua. O volante Edinho pode vir a auxiliar a zaga como Diogo fez com propriedade em 2010, mas será para correr atrás e não para sair na frente como o Monstro em 2008 ou como Dalton em 2009. O reserva André Luis deixa a zaga consideravelmente mais fraca quando entra.
  • Um reserva para Mariano: Se as laterais do Flu são fortíssimas, pode ficar fraquíssima. Basta que Mariano não possa jogar, já que o lateral é o único jogador do time sem reserva para a posição.

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Brasil x França e Fluminense x Argentinos

February 9th, 2011 | 156 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2011

Brasil x França

Hoje estréia a faixa ridícula no peito do uniforme canarinho.

A seleção brasileira entra em campo às 18h para enfrentar seu maior adversário, em quatro partidas em Copas, perdeu três. A França é a verdadeira Argentina.

A novidade do Brasil é Renato Augusto (ex-Flamengo).  Mano vai mandar a campo: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Lucas, Elias, Hernanes e Renato Augusto; Robinho e Alexandre Pato.

A defesa, como sempre ultimamente, é o ponto alto do time. E acho que o resto fica abaixo das tradições brasileiras, sendo que só Lucas e Hernanes seriam titulares na minha seleção.

A França tenta se recuperar da vergonhosa participação na África.

Fluminense x Argentinos Jr.

Fundamental

Novamente em um “grupo da morte”, o tricolor parte em busca da Libertadores, às 22h. A tabela do time é complicadíssima, já que faz seus dois primeiros jogos em casa, com seu principal jogador ainda adquirindo ritmo de jogo. Quando Conca estiver 100%, a equipe terá que buscar resultados fora de casa.

A surpresa da partida é Willians, que joga no lugar que acreditava-se ser de Araújo. Fred, suspenso, é o grande desfalque.

Os “guerreiros” de Muricy: Cavalieri, Mariano, Gum, André Luis (L. Euzébio) e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Souza e Conca; Rafael Moura e Willians.

No Argentinos Jr., atual campeão do Clausura, o destaque é Gustavo Oberman.

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Como diabos o Fluminense acabará com as filas de torcedores?

February 3rd, 2011 | 27 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2011, Fluminense, Libertadores 2011

No lançamento de seu programa de Sócio-Torcedor, o Guerreiro Tricolor, o Fluminense considerou como motivação principal acabar com o crônico problema das filas e garantir conforto ao seu torcedor.

O programa consiste na venda de um conjunto de ingressos para a fase de grupos da Libertadores e/ou jogos com mando contra pequenos no Campeonato Fluminense, tendo como diferencial para o extinto Passaporte Tricolor a preferência de compra nos clássicos e jogos das fases finais do Campeonato Fluminense, e o mesmo para fases mata-mata da Libertadores.

Até aí, tudo beleza. Mas qual a garantia que o Fluminense acabará com as filas?

No que entendo, o extinto Passaporte Tricolor já garantia ao torcedor tricolor prioridade e conforto nos dois jogos que deram merda e nem por isso deixaram de dar merda.

A não ser que eu esteja subestimando o poder de compra da torcida do Fluminense, o programa Guerreiro Tricolor não venderá 40.000 pacotes para a Libertadores e/ou 20.000 para o Carioca, mas venderá uma fração desses deixando para “varejo” o restante. A última atualização no site Tricolor davam conta de 6300 pacotes vendidos. O restante que será disputado a tapa como em outras oportunidades por todos aqueles não-agraciados pela comodidade do Guerreiro Tricolor como aconteceu nos anos anteriores.

Neste instante de imensa demanda, como diabos o Fluminense acabará com as filas?

Muricy vai comandar a equipe da arquibancada?

Em essência, o Fluminense não está a vender pacotes para jogos da Libertadores e Estadual, uma vez que tais jogos não tem desconto em relação ao preço de bilheteria e nem há o risco do torcedor ficar de fora pela falta de atratividade dos mesmos (especialmente nos confrontos contra pequenos no Campeonato Fluminense). O Fluminense descobriu uma forma de negociar a prioridade de compra nos jogos de grande demanda.

As alternativas para eliminar as filas são:

  1. Não disputar as fases decisivas das competições – elimina-se assim o fator gerador de demanda por ingressos por mais que não a opção não seja agradável aos olhos dos gestores e torcedores
  2. Venda de ingressos pela internet – elimina as filas e todos os problemas decorrentes dela, porém não acaba com o problema da demanda em detrimento da oferta e continuará a reclamação de quem não conseguiu comprar
  3. Aumento do valor dos ingressos – Na final do campeonato brasileiro, ao se esgotarem os ingressos de R$80,00, a fila diminuiu de tal maneira que em diversas bilheterias a compra dos ingressos de R$150,00 puderam ser adquiridos tranquilamente. Fanatismo tem preço
  4. Venda da quase totalidade do pacote Guerreiro Tricolor – com todos ou quase todos os ingressos vendidos por pacote, a prioridade faz-se valer uma vez que não haverão ingressos disponíveis para a massa, eliminando-se a necessidade de venda e consequentemente filas. Há o ceticismo quanto ao sucesso desta opção, uma vez que tal alternativa era possível ano passado e não funcionou.

O Fluminense enrolou sua torcida de verde e amarelo. Não se está privilegiando quem vai mais ao estádio de forma natural como se fez pensar, mas sim quem optou pagar pela preferência.

Não acho um erro que se negocie este produto pelo preço que for, porém acho hipócrita maquiá-lo.

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O ano não terminou para o Corinthians

February 3rd, 2011 | 18 Comments | Filed in Corinthians, Libertadores 2011

Ronaldinho Gaúcho salva o Corinthians impedindo a transmissão da chacota para todo o Brasil

Agora com deidicação 100%, o Paulistão vai ficar uma uva para o Timão.

E o Fiel Torcedor não vai ficar na mão com essa derrota para o Tolima, não.
Ele ainda possui benefícios exclusivos no Wall Mart (!)

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Desastre iminente

January 26th, 2011 | 40 Comments | Filed in Corinthians, Grêmio, Libertadores 2011

Pré-Libertadores

Escondidos na intertemporada de janeiro, os jogos mais cruéis para um clube no Brasil usualmente seguem sem maiores destaques no noticiário. Em via de regra, noticia-se posteriormente ao ocorrido quase como uma confirmação do que se esperava acontecer, vitória do time brasileiro.

Os jogos da tal Pré-Libertadores são os mais importante da temporada para Grêmio e Corinthians muito embora não hajam holofotes. A vitória não trará glória alguma, uma vez que a vaga para a Libertadores foi comemorada em 2010, já a derrota…

A derrota na Pré-Libertadores arranca com 6 meses de antecedência qualquer chance de glamour no restante da temporada. Sem o fillet mignon da Libertadores, e também sem o contra-fillet bem temperado da Copa do Brasil. Essa derrota deixaria um time montado para disputar Libertadores jogando apenas Estadual com a torcida querendo o couro  e deboche eterno dos rivais.

Pouca atenção é dada a essa situação de iminência de desastre que Grêmio e Corinthians se encontram. “Desastre” que um dia acontecerá, como aconteceu quando o Mazembe venceu o Internacional, que diga-se, tem proporções e consequencias muito menores que uma eliminação em Pré-Libertadores.

Todo ano um ou dois brasileiros jogam essa cruel fase da Libertadores com sua equipe voltando de férias e enferrujada. Acontecerá em breve. Time is on my side.

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Azar dos outros

November 25th, 2010 | 4 Comments | Filed in Libertadores 2011

O time que for campeão brasileiro já irá para a Libertadores sabedor de seu grupo. Grupo que aliás recebeu a alcunha de “Grupo da Morte” causando frisson nos fracos com complexo de vira-latas.

Complexo de vira-latas que transforma Portugal e Costa do Marfim em potências de 1ª Grandeza do Futebol Mundial.

A essa altura, Argentino Juniors, Nacional e América devem estar se borrando, esperando Fluminense, Corinthians e Cruzeiro definirem o matador.

O grupo do campeão brasileiro e demais podem ser vistos de forma ainda muito acochambrada aqui, porque não irei perder tempo e espaço com grupos ainda em formação.

Inter tentará manter a Taça

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