Não vi o 1º tempo ontem. Em mais uma da série “Vá ao Estádio, leve uma vida de gado”, faltou aos organizadores dos eventos que aconteceram em BH ontem, pelo menos, um pouco de bom senso. Por uma sucessão de erros do Governo de Minas*, da BHTrans** e da Conmenbol***, o trânsito em BH ficou insustentável. Demorei exatas 2 horas pra fazer um caminho que, normalmente, faria em 40 minutos.
O melhor do jogo!
Aliás, minto. Consegui chegar aos 40 minutos do 1º tempo, a tempo de ver Jonathan fazer ótima jogada pela direita, puxar pro meio e bater forte. O goleiro Montoya fez grande defesa. Poucos minutos antes, quando cruzava os portões do Mineirão, a China Azul me recebia com um grito de gol. E o Cruzeiro, que no rádio já parecia muito bem, conseguia facilitar ainda mais a sua vida. Golaço de T. Ribeiro, visto depois.
O segundo tempo veio e me fez ter certeza que toda a via crucis valeu a pena. O Cruzeiro jogava como o time que chegou à final da Libertadores de 2009. E jogava muito mais que o time que perdeu para o Estudiantes. Enfim, o Cruzeiro estreou em 2010. Num ótimo jogo, principalmente, de T. Ribeiro, Kléber e Henrique (que a cada dia cala mais a minha boca). Logo aos 3 minutos do 2º tempo, num contra-ataque perfeito, Henrique levou pela direita, acionou T. Ribeiro na ponta que cruzou e achou Kléber fechando de carrinho para fazer 2×0.
Cada vez mais maestro.
E não parou. 5 minutos depois, Gilberto (também estreou no 2º tempo) deu lindo passe pra Diego Renan que acionou T. Ribeiro. O camisa 11 deu uma bola açucarada pra Kléber marcar o 2º dele e virar o artilheiro da competição com 7 gols. O Gladiador é cada vez mais cruzeirense.
O Cruzeiro matou o jogo e passou a jogar para não dar chance aos argentinos. Toques de bola rápidos, viradas de jogo, tudo pra evitar ao máximo a posse de bola do Vélez. Deu certo e o Cruzeiro podia ter feito mais. Mas a torcida saiu aliviada já que no jogo contra o melhor time em 2010, o Cruzeiro foi amplamente superior. E não podia ser diferente. Num grupo complicado como o 7, perder pontos em casa é a mesma coisa que dar adeus à competição.
Enfim, o Cruzeiro ontem foi brilhante, como disse Mário Marra. Uma vitória irretocável que, enfim, deu esperança de título à torcida. O Cruzeiro jogou muito ontem. O que resta saber (e, no meu caso, torcer) é se continuará assim.
* Os organizadores da posse do governador Antônio Anastasia tiveram a “BRILHANTE” ideia de fechar todo o complexo da Praça da Liberdade. Ou seja, acabaram com 2 áreas de escape pra quem ficava na região. Isso às 6 da tarde. Perfeito!
** A BHTrans, ao invés de liberar a pista central (exclusiva para ônibus) das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, que dão acesso ao Mineirão, preferiu manter sua programação, mesmo sabendo que o trânsito nas cercanias não andava. Também, perfeito!
*** A Conmenbol não tem culpa nenhuma disso. Muito menos as TV’s que detém os direitos dos jogos. Mas, buscar entender os problemas de um dia atípico e, assim, atrasar um pouco o jogo para que os torcedores consigam chegar para o início, não faria mal. Mas, confesso, que essa é uma medida dificílima.