O craque faz a diferença

O time que por mais tempo liderou o campeonato brasileiro conseguiu chegar ao objetivo que todos almejam: liderá-lo após a 38ª rodada.

Problemas de contusão, fechamento do Maracanã e seu competente técnico convidado para a seleção brasileira, foram alguns dos reveses do tricolor carioca durante o certame.

Porém, a manutenção de um forte (e caro) elenco, liderados pelo senhor pontos corridos Muricy Ramalho e, dentro de campo pelo craque Conca, o FLUMINENSE superou essas adversidades e garantiu o título de campeão brasileiro.

Vágner: Vice-Campeão Brasileiro 1986

Por arranjo da tabela, o campineiro Guarani foi alçado a protagonista na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2010 mesmo já  rebaixado. Já rebaixado porque não configura entre os 16 melhores times do País, porém dessa vez condição definida no campo de jogo.

Tirando-se a mala branca, a tabela do campeonato não traz motivação alguma para que o Guarani derrote o Fluminense.

Historicamente, o Guarani ainda poderia encontrar motivações para tirar o título de seu algoz tricolor pelo que este clube lhe fez no passado, mas o pobre Guarani nem esse gosto terá, pois ao tirá-lo do Tricolor Carioca, deixar-lo-ia com outro algoz idêntico, seja ele Cruzeiro ou Corinthians.

Pobre Guarani, morre sem o doce gosto da vingança.

Dessa não escapa, pelo menos para 19 clubes, porque um ainda irá esperar a quarta-feira com uma camisa do Independiente nas mãos para saber que competição disputará em 2011.

Título e rebaixamento saem neste domingo, da mesma forma que o Bolão será definido.

O critério de desempate definido na 34ª rodada está mantido:

• Aquele que conseguir marcar mais pontos em uma única rodada terá vantagem. Persistindo o empate, comparam-se as segundas melhores rodadas e assim por diante. Se depois disso tudo o empate continuar, leva o Bolão aquele que fez seu melhor resultado por último.

A colocação parcial do Bolão pode ser vista clicando aqui. Deixem os palpites abaixo ou neste formulário, valendo até 1 minuto antes do início do primeiro jogo da rodada.

'Com o verde da esperança, Pois quem espera sempre alcança'

Uma imagem vale mais do que mil palavras.

Seleção Brasileira só é assunto interessante quando está mal, ou na Copa do Mundo. De resto, é uma pasmaceira só com a cara de Caio Ribeiro na madrugada pagando pau para Thiago Leifert.

Até 2014 sem Eliminatórias e com o salva-cú de testes e renovação ficaremos pela pasmaceira na Principal restando-nos a Olímpica. Olímpica que em um primeiro momento se confunde com a principal devido ao mise-en-scène de Mano Menezes enrolando para não convocar logo de uma vez a turma de 2010.

Ney Franco convocou 25 jogadores para peneirar e levar ao Perú disputar o Sul-Americano sub-20 em busca de uma das duas míseras vaguinhas para as Olimpíadas de Londres. Este Sulamericano deve ser o resquício de alegria em acompanhar e cornetar os jovens desconhecidos como se medalhões consagrados fossem.

Como ando com preguiça de esperar até lá, corneto imediatamente Ney Franco que convocou mal ao chamar Gabriel Silva do Palmeiras e Lucas Gaúcho do São Paulo, jogadores com falha na formação em virtude do meio em que convivem. Esses estiveram em campo nos fiascos recentes de São Paulo e Palmeiras em Barueri frente ao Fluminense. Carregam consigo o gene do entreguismo e da derrota sem remorsos. Jogadores que por definição não deveriam ostentar um símbolo patriótico, especialmente buscando a consagração olímpica que subentende a competição acima de qualquer coisa.

Competir é entrar para ganhar, coisa que os clubes de Gabriel Silva e Lucas Gaúcho falham em ensiná-los. Mas se convocou, Ney Franco terá oportunidade de atuar onde SPFC e SEP falharam.

Os Convocados:

• Goleiros: Aleksander (Avaí), Gabriel (Cruzeiro), Milton (Botafogo)
• Zagueiros: Alan (Vitória), Bruno Uvini (São Paulo), Juan (Internacional), Romário (Internacional) e Saimon (Grêmio).
• Laterais: Danilo (Santos), Galhardo (Flamengo), Alex Sandro (Santos) e Gabriel Silva (Palmeiras)
• Meio-campistas: Alan Patrick (Santos), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional), Philippe Coutinho (Inter de Milão-ITA), Casimiro (São Paulo), Fernando (Grêmio), João Pedro (Palermo-ITA) e Zé Eduardo (Parma-ITA)
• Atacantes: Diego Maurício (Flamengo), Henrique (Vitória), Lucas Gaúcho (São Paulo), Neymar (Santos) e William (Grêmio Prudente).

"Classificação" garantida

O que a nação queria aconteceu. O horroroso 2010 acabou.

Ano que começou até com boas expectativas, com o Flamengo vindo de um espetacular 2009.

Porém houve a perda do Tetra-Estadual e a (de novo) transtornada desclassificação na Libertadores que, somadas aos acontecimentos extra-campo, levaram o clube à mais uma de suas grandes crises.

Em meio a tudo isso, o time até vinha se portando minimamente descentemente no campeonato brasileiro, gravitando no limbo da tabela. Mas quando perdeu importantes jogadores a coisa degringolou de vez. Troca de técnicos, de comandantes, falta de gols e de vitórias.

Já surge um debate de comparações entre Rogério, Silas e Luxemburgo. Eu não sei com qual dos 3 técnicos o Flamengo teve melhor aproveitamento. Não perderei meu tempo fazendo tais contas que não vão me dizer nada. Sei que o time apresentou pífio rendimento com qualquer um desses. O Corinthians se portou bem com Mano, Adilson Batista ou Tite. O Fluminense fez excelente campanha com Muricy.

Na saída do jogo de hoje, Renato Abreu disse que o time do Flamengo jogou de igual para igual com um dos postulantes ao título. Na frieza do seu comentário ele está certo. Mas a diferença de técnica faz a diferença. E ela é grande entre Flamengo e Cruzeiro.

Há algumas semanas conversava com outro editor do BBG sobre a possibilidade da tal “nota de corte” pro rebaixamento (ou dead line) ser mais baixa esse ano. Uma rápida comparação com os outros anos e percebe-se que houve muitos empates em 2010. Uns 5 ou mais times bateram o recorde de empates desde 2006. Fatalmente, a pontuação necessária para permanecer na séria A diminuiria. O Flamengo hoje escapou com 43 pontos empatando quase metade dos seus jogos e por uma feliz combinação do confronto da próxima rodada. Claro que a pontuação pode aumentar em caso de empate ou vitória na última rodada, mas eu não acredito.

Barca, Luxemburgo, contratações, projetos, planejamento… ficam pra depois.

Feliz 2011.

– Público: 6.147 presentes (4.932 pagantes/Renda: R$ 87.417,00)

Tal e qual a partida de ida contra o Prudente, o Botafogo fez péssimo jogo e ainda assim saiu com a vitória.

O time entrou escalado com Jefferson; Antônio Carlos, Fahel e Márcio Rosário; Alessandro, Lucas Zen, Lucio Flavio, Edno e Marcelo Cordeiro; Caio e Loco Abreu. Lucas Zen (jogador revelado na base, que atua tanto como volante quanto como zagueiro – e, dizem, bem nas duas posições) entrou seguro, jogando firme e fez boa partida. Um bom nome para 2011.

No primeiro tempo, destaco o permanente duelo entre Diego Giaretta (jogador que torço muito para que volte a vestir a camisa do Glorioso ano que vem) e o ÍDOLO Loco Abreu. Diego marcou o Loco com categoria, interceptando pelo menos duas conclusões do uruguaio.

Destaques no Botafogo: o pavoroso mErdno – mais uma vez inoperante, fominha e mascarado; boa partida de Alessandro; e LF – ainda joga pelo Botafogo?

Aos 30′, depois de grande jogada de Caio, LF cravou um chutaço dentro da área e o goleiro do Prudente fez grande defesa. No escanteio, gol de Antônio Carlos – o zagueiro artilheiro do alvinegro.

Aos 42′, arbitragem marca o primeiro impedimento inexistente do Loco – sozinho dentro da pequena área.

E aos 44′ mErdno mandou um belo CHUPA GABURAH e cravou o segundo.

Logo após, fim de primeiro tempo e com ele o fim também do futebol do Botafogo.

Segundo tempo, logo no primeiro minuto novo impedimento mal marcado do Loco. O Prudente parecia até conformado com o resultado, com destaques ainda para Marcelo Oliveira e Diego. Só que aí o Botafogo (que deve ter se apiedado, só pode) recuou COMPLETAMENTE e, irritante, mais uma vez como pelo menos nas últimas cinco rodadas, chamou o adversário para o jogo.

Meio-campo alvinegro não se entendeu no jogo

Aos 23′, A CAMBADA do Botafogo parou de jogar de vez e saiu o gol do Prudente. Uma VERGONHA! Logo após, o Prudente colocou mais um atacante em campo, e partiu pra cima do alvinegro, que àquela altura já não articulava mais UMA JOGADA SEQUER, NÃO DISPUTAVA UMA BOLA SEQUER e simplesmente OBSERVAVA A TROCA DE PASSES DO PRUDENTE NO CAMPO. Ódio extremo, xingamentos a esse timeco simbolizado por essa geração entreguista e incapaz de enfrentar desafios: chega de #FAILhel, LF e cia, peças que amarram o Botafogo num inexplicável buraco.

Aos 25′ , o Loco pede pra sair. Tensão pelo medo de alguma contusão, praga que assolou o Botafogo em 2010. Entrevistado, disse que estava tudo bem e que pediu pra sair porque ‘não era jogo pra ele’. Maneira educada de dizer QUE NENHUM FILHO DA PUTA DO TIME FAZIA A BOLA CHEGAR NO ATAQUE.

Aos 33′, ninguém mais se entendia no Botafogo. Muita gente realmente tem que sair do clube, mas isso é assunto pro dia 06. Repito, sem exagero: ninguém mais disputava mais uma bola sequer. Nem corriam mais atrás de passe! Parecia que o time com risco de rebaixamento era o Botafogo e o Prudente quem sonhava com vaga na Libertadores. LAMENTÁVEL.

Aos 44′ , sai ainda um pênalti convertido por Marcelo Cordeiro.

Agora vamo lá fazer vergonha no Olímpico, ainda sonhando com o G4. Só que pra isso vai ter que jogar MUITO mais, coisa que não acredito nesse timeco de fim de fase.

*****

Quanto a mais um episódio da novela Jóbson, fico com a opinião do jornalista Eraldo Leite via Twitter:

Atitudes de Jobson são claramente “forçar a barra” para sair. Tem empresário por trás disso.

Prostado no sofá com camisa e bandeira do Fluminense a postos, esperei alimentando qualquer motivação do Palmeiras em ir para o jogo, o que para qualquer um que assistiu a 3 ou 4 partidas de futebol na vida (não necessariamente futebol profissional) não aconteceu.

Se no 1º tempo o gol inusitado do constrangido Dinei, as defesas de Deola e gols perdidos à lá Washington pelos atacantes do Fluminense ainda pudessem ludibriar algum neófito na observação do ludopédio, o 2º tempo serviu para não deixar dúvidas a ninguém, qualquer pessoa que seja. O Porco ridiculamente abdicou de qualquer coisa que lembrasse futebol.

Fosse boxe, o árbitro pararia a luta. Se bem que boxe…

Já que não teve futebol neste domingo e citei o boxe, fica um texto sobre… boxe

O boxe brasileiro é uma farsa (postado por M.S. em 12 de novembro de 2010 no blog 3 Goleiros e 20 Volantes)

Este blog é de futebol, mas está tão parado que acho que a @millylacombe não vai se incomodar se eu falar de boxe. A história que vou contar se passou em 2003. Eu cursava jornalismo na Cásper Líbero e participei de um bom curso de Jornalismo Esportivo com o Elias Awad. Numa das aulas, ele nos levou para gravar passagens no Ginásio Baby Barioni, onde ocorriam lutas de boxe amador e profissional.

A memória me falha em boa parte daquela noite, mas algumas coisas ficaram marcadas. A luta principal da noite era entre um brasileiro (aparentemente um fenômeno do boxe, com 8 vitórias em 8 lutas, todas por nocaute, ou algo assim) e um argentino. Fui entrevistar o brasileiro no vestiário, e o cara estava mais calmo que um mestre zen jamaicano. Nada de adrenalina, nada de ansiedade, apenas a certeza da vitória. Pensei: “o cara deve ser muito foda, autoconfiança imensa”.

Entrevistamos mais algumas pessoas, e uma fala me deixou ressabiado: um frequentador disse que era necessário fazer um bom cartel para o cara poder sair do país ou disputar cinturão, ou algo que não me lembro ao certo. (Não entendo muito de boxe, então essa parte técnica me escapa.) E começou a luta.

O brasileiro batia e o argentino, mais gordinho que o dominicano que enfrentou o Michael Oliveira ontem, apenas se defendia, fingia que jogava uns golpes aqui e ali. Nesta hora me dei conta da armação, porém havia ainda a possibilidade de o brasileiro simplesmente ser bom demais para o cara. Mas aí veio o nocaute.

Um golpe na barriga, que não acertou seu alvo, apenas o ar (disto tenho certeza, eu estava a 2 metros do lance), e o argentino foi abaixo. E não levantou mais. Pensei em crise de apendicite ou algo assim, porque aquele golpe não derrubaria nem a menina Maísa. Enfim, o brasileiro ganhou, comemorou, melhorou seu cartel e o argentino certamente levou alguma graninha.

Filmes hollywoodianos já mostraram as armações que ocorrem no boxe de lá, mas a imagem que ficou em minha cabeça não foi gravada em estúdio. Posso afirmar, com certeza, que eu presenciei uma farsa. E, quando vejo uma luta muito fácil por aqui, que me desculpem os boxeadores honestos, sempre desconfio.

Para aqueles que ainda queiram falar sobre qualquer aspecto deste jogo que só aconteceu na transmissão de Luis Roberto, a única coisa a destacar foi que precisou Tartá fazer o que os 22 em campo esperavam que fosse feito. O mesmo Tartá que conseguiu neste negócio que aconteceu em Barueri levar um 3º amarelo e ficar de fora da partida à vera contra o Guarani.

Minha matemática rasteira deu conta que de milhões de torcedores palestrinos, uma titiquinha foi a Barueri torcer contra o time, número bem menor que fora ao Pacaembu torcer pelo time contra o Goiás. Será mesmo que a torcida do Palmeiras desejaria que o time entregasse. E, se fosse o desejo, os jogadores deveriam atender a um desejo tão esquizofrênico?

A CBF divulgou hoje a relação dos jogadores que concorrem ao Prêmio Craque do Brasileirão 2010 e… ora, ora, ora (negritos por minha conta):

Melhor goleiro:

Fábio (Cruzeiro)

Jefferson (Botafogo)

Victor (Grêmio)

Melhor lateral-direito:

Jonathan (Cruzeiro)

Léo Moura (Flamengo)

Mariano (Fluminense).

Melhor zagueiro pela direita:

Alex Silva (São Paulo)

Chicão (Corinthians)

Dedé (Vasco)

Melhor zagueiro pela esquerda

Leandro Euzébio (Fluminense)

Miranda (São Paulo)

Réver (Atlético-MG)

Melhor lateral-esquerdo:

Kleber (Internacional)

Diego Renan (Cruzeiro)

Roberto Carlos (Corinthians)

Melhor volante pela direita:

Fabrício (Cruzeiro)

Jucilei (Corinthians)

Willians (Flamengo)

Melhor volante pela esquerda:

Arouca (Santos)

Elias (Corinthians)

Marcos Assunção (Palmeiras)

Melhor meia pela direita:

D’Alessandro (Internacional)

Montillo (Cruzeiro)

Paulo Baier (Atlético-PR)

Melhor meia pela esquerda:

Bruno César (Corinthians)

Conca (Fluminense)

Douglas (Grêmio)

Atacante 1:

Eder Luis (Vasco)

Jonas (Grêmio)

Thiago Ribeiro (Cruzeiro)

Atacante 2:

Kleber (Palmeiras)

Loco Abreu (Botafogo)

Neymar (Santos)

Melhor técnico:

Cuca (Cruzeiro)

Muricy Ramalho (Fluminense)

Renato Gaúcho (Grêmio)

Reveleção:

Bruno César (Corinthians)

Dedé (Vasco)

Neto (Atlético-PR)

Melhor árbitro:

Carlos Eugênio Simon (RS)

Paulo Cesar Oliveira (SP)

Sandro Meira Ricci (DF)

Craque da Galera:

Bruno César (Corinthians)

Conca (Fluminense)

Dedé (Vasco)

E que coisa, hein… Concorrendo com as vedetes Neymar e Kléber…

Mas é claro: sempre há quem se ofenda.

eheh