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Artigos sobre ‘Copa União 1987’

Sugestão de redação para o ENEM futebolero

December 15th, 2013 | 31 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 1986, Campeonato Brasileiro 2013, Copa União 1987, Fluminense, Guarani, Portuguesa

Usando as expressões “Guarani”, “Vice-Campeão Brasileiro 1986”, “Copa União”, “Portuguesa”, “Fluminense” e “virada de mesa”, faça um redação.

Não há limites mínimos ou máximos de caracteres.

 

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O SONHO DE RICA

February 4th, 2012 | 28 Comments | Filed in Copa União 1987, Flamengo, Justiça, São Paulo

Que o Joel é figura e blablabla todo mundo já sabe e é bom nem insistir nisso senão atinge um hype SANTACRUZÍSTICO de babação de ovo. Mas a ocasião merece.

Eu nunca pensei que o mesmo, com sua mística, fosse capaz de RESOLVER a questão da Taça das Bolinhas, coisa que a Justiça brasileira ainda tenta após décadas.

Perrone's Dream

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Quando eu digo que sou Campeão Brasileiro de 1987…

February 4th, 2012 | 119 Comments | Filed in Copa União 1987, Flamengo, Observatório, Sport

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Abra teu olho, Náutico Capibaribe. Quem avisa amigo é…

November 24th, 2011 | 16 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Copa União 1987, Flamengo, Náutico, Observatório, Santa Cruz, Sport

Coitadinho do Náutico. Vai pagar a conta endereçada ao Sport Recife.

Super Santa Cruz Amado e Queridinho do Brasil

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Juca Kfoury e a Copa Eugenia 87

March 4th, 2011 | 42 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 1986, Copa União 1987

Defensor ferrenho da condição de Campeonato Brasileiro única e exclusivamente para a Copa União, Juca Kfoury forneceu muita argumentação para a celeuma em torno de 1987.

Diretor da revista Placar, Juca tinha muito conhecimento e consicência do que se passava na época, bastidores incluso. Por essas e outras, sempre me decepcionei com a forma como Juca jamais citava 86 ao explicar sobre 87.

A Liga eugenista teria o aval de Juca Kfoury

Sobre o assunto, Juca detinha-se única e exclusivamente nos pormenores desimportantes à respeito do título. Assunto barulhento porém irrelevante na linha histórica da organização do futebol brasileiro. Depois que a bola rolou, a cagada já estava feita.

Alimentando a infrutífera discussão proselitista sobre o que seria um campeonato brasileiro em 1987, Juca relegou a Eugenia ocorrida antes da bola rolar para debaixo do pano.

Mas eis que desiludido com os rumos que as negociações em torno dos direitos televisivos estão levando, sabe-se lá porque, Juca finalmente expôs e reconheceu que o movimento que ele apoiou em 87  flertou com a Eugenia.

Mesmo que tentando amenizar mordendo e assoprando,  relativizando importância de clubes em uma escala arbitrária de mérito, Juca identificou o processo eugenista dos fundadores do Clube dos 13:

http://blogdojuca.uol.com.br/2011/03/nascimento-e-agonia-do-clube-dos-13/

Clube dos 13, vida e agonia

Colunista conta como foi o processo de criação e decadência da entidade


O QUE SURGIU PARA SER A LIGA BRASILEIRA SOFRE EXATAMENTE POR TER DESPERDIÇADO SEU MELHOR MOMENTO


JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

Conto aqui o que vi, e poucas coisas vi tão por dentro em minha vida de jornalista como o nascimento do Clube dos 13 e da Copa União.
Como vi o começo lento e gradual de sua decadência.
Curiosa e dramaticamente, sua implosão se dá quando parecia ressurgir, embora, agora, pareça mais que tenha sido aquela famosa melhora do doente antes de morrer.
Eu era diretor da “Placar” à época em que tudo começou, e o apoio da revista foi tão vigoroso que a taça da Copa União foi encomendada e paga por esta ao artista plástico Carlos Fajardo.
E entregue primeiramente ao Flamengo -e depois a Zico, quando ele se despediu do futebol, porque a Copa não resistiu aos conchavos da cartolagem.
A resposta dos 13 maiores clubes do país à falência da CBF, que abdicara de organizar o Campeonato Brasileiro de 1987 por falta de recursos, foi pronta e eficaz: partiu para fazer seu próprio torneio e obteve o apoio da Globo, da Coca-Cola e da Varig.
Registre-se desde logo que o Brasileirão de 1987 não teria o Sport, que não ficara entre os 24 primeiros em 1986, mas em 27º lugar.

Era para ser o embrião da Liga Brasileira de Futebol Profissional. Nasceria cinco anos antes da Liga Inglesa, a famosa Premier League.
Como em toda revolução, houve injustiças e excessos.
As injustiças contra o Guarani e o América, segundo e quarto colocados em 1986.
Verdade que o time campineiro e o carioca não estavam entre os 16 primeiros do ranking nacional, ao contrário dos 13 fundadores do Clube.

Os excessos ficaram por conta de tentar, sem conseguir, porque proibido pela Fifa, pintar marcas de patrocinadores no gramado.
Já o sucesso foi tamanho que a média de público passou de 20.800 torcedores, a segunda maior de todos os tempos, superada apenas pela de 1983, com quase 23 mil pagantes por jogo. Se forem somadas as quantias provenientes dos patrocínios da Copa União, a média praticamente dobra e atinge padrão europeu dos bons tempos.
A conquista do Flamengo foi algo tão indiscutível que o Conselho Nacional dos Desportos, o velho CND, a reconheceu incontinenti, diferentemente do que veio a acontecer mais tarde pelo Tribunal de Justiça Federal em Pernambuco.
Sim, a CBF quis mudar as regras com o jogo já em curso.
Mas, para 1988, a situação mudou, fruto de um acordo feito pelo presidente do Clube dos 13 e do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, pelo presidente do CND, Manoel Tubino, e pelo vice-presidente da CBF, mas verdadeiro comandante da entidade, Nabi Abi Chedid, com o aval do presidente do Flamengo, Márcio Braga.
E contra o que pensava a direção da Rede Globo.
Por meio de seu diretor de esporte de então, Ciro José Gonzales, de quem divergi muitas vezes, mas que sempre gostou e quis o melhor para o futebol, o número um da emissora, José Bonifácio de Oliveira, o Boni, mandou dizer que a Globo daria respaldo para que a rebeldia dos clubes fosse em frente, sem acordo com a CBF.
Só que prevaleceu o velho espírito conciliatório nacional.
E jamais me esquecerei do olhar perplexo de minha filha ao entrar em casa na volta da escola e ver a figura de Chedid na sala, local escolhido pelas partes como neutro e a salvo de assédio.
Ao recuar, o Clube dos 13 começou a esmorecer.
E chegou a ganhar de mão beijada a Copa João Havelange para organizar em 2000, porque a Justiça impediu que a CBF organizasse o Brasileiro sem a presença do Gama, em memorável batalha judicial vencida pelo inexpressivo clube candango.
Ganhou, mas não soube organizá-la com competência, a ponto de o torneio ser decidido em São Januário com superlotação, queda de alambrado e cerca de 160 feridos, o que obrigou a realização de novo jogo, já em 2001, entre Vasco e São Caetano.
De lá para cá, cada vez mais o C13 se transformou apenas em uma agência negociadora de direitos de transmissão, com episódios lastimáveis, como em 1997, quando foi fechado negócio com o SBT, na casa de Sílvio Santos e, em seguida, em meio a rumores desairosos, voltou-se atrás para manter a parceria com a Globo.
Então, o principal executivo do SBT, Luciano Calegari, em entrevista à revista “IstoÉ”, chamou a CBF de “máfia” e perguntou: “Quando é que dá para acreditar em presidente de clube?”.
Eis que, neste ano de 2011, quando o Cade permitiu as condições para que se inaugurasse uma nova maneira de negociar, com chances claras de se aumentar ponderavelmente as receitas por meio de uma concorrência como nunca houve, tudo rui.
O C13 vai ao Cade amanhã e promete levar documentos que provam compra de votos na eleição que pôs a CBF em choque com Fábio Koff.
Fato é que o racha está posto.
E de maneira tão indecorosa para alguns dos protagonistas que o que fica ainda mais claro é que se trata de uma guerra sem mocinhos.
Na qual o futebol brasileiro morre no fim.

Juca já fala dos óbvios casos de Guarani, vice-campeão brasileiro de 1986 e do América, semifinalista da competição. Não cita ainda quantos times relegados estiveram entre os 16 primeiros. Muito menos esclarece que ranking nacional seria esse (nem mesmo se seria o ranking que ele implementou para a revista Placar no início dos anos 80) e nem de longe cita que o Guarani era um em um restrito grupo de 10 clubes campeões brasileiros reconhecidos à época. Primazia que não gozavam Bahia, Corinthians, Botafogo, Cruzeiro e Santos, fundadores do Clube dos 13.

Porém, já é um avanço que o renomado autor e formador de opinião comece a colocar à luz dos fatos, ainda que relativizados, a gênese da eugenia de 1987, onde o Clube dos 13 alijou da parte rentável do futebol os times que não teriam nada a oferecer em termos de mídia além de futebol.

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ATENÇÃO: O Flamengo não é hexacampeão

February 21st, 2011 | 152 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro, Copa União 1987, Flamengo, Justiça

“Apenas” possui 6 títulos brasileiros.

Na Gávea, desde dez/1987

Utilizamos de forma errônea os prefixos (gregos ou latinos) para a contagem de títulos. Tais prefixos são utilizados para a contagem de títulos seguidos. Era notadamente claro quando se contava os campeonatos estaduais. O Flamengo se gabava dos TRIs da décadas de 1940 e 50, mesmo já tendo mais títulos no currículo. Fluminense e Botafogo tiram onda que são os únicos que têm um tetra estadual no RJ.

Pesquisei mas não encontrei a causa da distorção. No chute fico com a conquista da Copa do México em 1970, que ficou conhecida como TRI mesmo tendo perdido a Copa anterior.

Fato é que hoje cedo, Ricardo Teixeira não pôs fim à discussão. Num primeiro momento as discussões podem ser calorosas. Mas mesmo concordando que elas podem esfriar, classifico o episódio de hoje como mais um capítulo da novela 1987.

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Pobre Guarani

December 3rd, 2010 | 48 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 1986, Campeonato Brasileiro 2010, Copa União 1987, Guarani

Vágner: Vice-Campeão Brasileiro 1986

Por arranjo da tabela, o campineiro Guarani foi alçado a protagonista na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2010 mesmo já  rebaixado. Já rebaixado porque não configura entre os 16 melhores times do País, porém dessa vez condição definida no campo de jogo.

Tirando-se a mala branca, a tabela do campeonato não traz motivação alguma para que o Guarani derrote o Fluminense.

Historicamente, o Guarani ainda poderia encontrar motivações para tirar o título de seu algoz tricolor pelo que este clube lhe fez no passado, mas o pobre Guarani nem esse gosto terá, pois ao tirá-lo do Tricolor Carioca, deixar-lo-ia com outro algoz idêntico, seja ele Cruzeiro ou Corinthians.

Pobre Guarani, morre sem o doce gosto da vingança.

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A História de 1987

November 7th, 2007 | 812 Comments | Filed in Copa União 1987, Flamengo, Futebol, Sport

Esse post era pra ser escrito daqui a mais de 1 mês, mais precisamente dia 13 de dezembro de 2007 quando se completa exatos 20 anos do campeonato mais discutido, falado e comentado da história do futebol brasileiro. Mas influenciado por alguns textos que li agora há pouco, olhei pro teclado e pensei: “senta o dedo nessa porra”.

O Campeonato Brasileiro de 1987 começou antes de 1987. Vale a pena uma rápida relembrada do cenário no qual o futebol brasileiro se encontrava na época.

Desde que o mundo é mundo, são várias as causas das guerras. Porém, há 1 motivo em comum à todas as guerras, o interesse econômico. Historiadores de diversas e distintas correntes concordam que atrás de toda guerra há, no final das contas (e no início), o dinheiro, os recursos, o famoso “faz me rir”. A guerra política da CBF com os principais times do Brasil não era (é) diferente. Os patrocínios, publicidade, direitos (de imagem, principalmente), transmissão dos jogos, cotas, e diversos “esquemas”, faziam parte da disputa. A CBF vivia grave crise financeira e um grande descrédito. O prejuízo amargado pela entidade ameaçava até mesmo a realização do certame de 1987.

A verdade é que o Campeonato Brasileiro era inchado e mal administrado. O campeonato de 1979 chegou ao cúmulo de ter 94 times participantes. Na década de 80 a média girou em torno de 45 times por competição até 1986.

Em 1987 foi criado o Clube dos 13, que reunia os tais principais times do país. Para o Campeonato Brasileiro daquele ano, a liga independente criou a Copa União. Liderado pelo Sr. Carlos Miguel Aidar – então presidente do São Paulo – o Clube dos 13 fechou patrocínios com a TV Globo, Coca-Cola e Varig. A fórmula não seria mais a de 50 times divididos em grupos sorteados ao acaso aonde um time grande jogava contra um Arimatéia. A CBF teve que concordar. Ela era boazinha? Evidente que não. A CBF, na figura de seus dirigentes, concordou pois se viu sem saída. Ia contra os 4 grandes do Rio, 4 de São Paulo, os 2 de Minas, os 2 do Rio Grande do Sul e o Bahia. Goiás, Santa Cruz e Coritiba participaram como convidados, prática comum até hoje em outros campeonatos. Alguns esperneiam pela Copa União não ter inserido times com boa colocação no campeonato brasileiro de 1986, casos do Guarani e América-RJ. Não encontrei documentos disponíveis que oficializem os critérios para a escolha do Clube dos 13 e seus convidados. Se alguém tiver acesso, por favor.

Mas querer validar campeonatos de um ano por campeonatos do ano anterior é complicado quando não havia sistema de acesso e descenso por esses. O Vila Nova de Minas quando ganhou a 2ª divisão de 1971, não jogou a 1ª divisão em 1972 (foi sumariamente excluído pela CBF?). Já o Remo, vice da 2ª divisão em 71, disputou a 1ª em 72. O Fluminense virou a mesa apoiado pela CBF em 1997. Não satisfeito, 2 anos mais tarde, pulou da 3ª para a 1ª divisão. Em outra ocasião, a CBF revolveu dar um jeitinho quando da 1ª caída do Grêmio e promoveu os 8 primeiros colocados da segundona para o retorno do tricolor gaúcho à 1ª divisão. Em 1999 prejudicaram o Gama, pois o Botafogo seria rebaixado, mas tudo foi “resolvido” em 2000 com a Copa João Havelange, que atendeu ao interesse geral.

Em 1987, a CBF ficava em maus lençóis. Quem colocaria sua grana num campeonato sem organização, sem times representativos, sem relevância? Como viabilizar? Quem investiria para o campeonato existir

“Cansados das fórmulas mirabolantes e dos desmandos da CBF, os grandes clubes se uniram em 1987, para criar o Clube dos 13. Apoiados por patrocinadores e pela opinião pública, organizaram um brasileirão de verdade. Nascia a Copa União, um sucesso de marketing.”

Revista Placar, edição especial de julho de 1999

Com grandes rendas, emocionantes partidas, todos jogando contra todos, a Copa União foi sucesso de crítica e público. A média de presentes nos estádios, a renda e o interesse pelo campeonato aumentaram significativamente. Restou à CBF a organização de um outro campeonato, que a entidade máxima do futebol brasileiro convencionou chamar de “módulo amarelo”, e chamou a Copa União de módulo verde.

“Diante do sucesso iminente do campeonato, se irritaram os Srs. Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, que se mantinham anos no poder na CBF. Tudo que Otávio e Nabi não queriam era a autonomia dos grandes clubes que, com sua popularidade, não precisavam da CBF para organizar campeonato – como acontece na Europa, onde, por exemplo, a Premier League inglesa não é a mesma entidade que gere a seleção nacional.”

Blog do Torcedor – site do Globo Esporte

Depois de sua própria aceitação, a CBF impôs (não foi uma proposta, foi uma imposição), um cruzamento entre os campeões e vice campeões dos “módulos”. Um quadrangular entre os finalistas dos módulos para saber quem seria o campeão daquele ano. Obviamente o Clube dos 13 e todos seus integrantes foram contra. Ora bolas, a competição era organizada por quem? Aceitar tal anomalia da CBF era refutar a própria existência do Clube dos 13. Está no O Globo de ontem, 06/11/2007, quando Eurico Miranda soube da exigência da CBF, ligou para Aidar, que marcou uma urgente reunião do Clube dos 13, aonde todos os representantes concordaram que não faria sentido tal cruzamento dos vencedores dos módulos.

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No campo, o Flamengo, depois de um início irregular, melhora consideravelmente, passa pelo esquadrão do Atlético-MG, melhor time do campeonato até então, numa semi-final histórica  e sagra-se campeão brasileiro de 1987, disputando a final contra o bom time do Internacional diante de quase 100 mil pessoas no Maracanã, independente das disputas políticas de dirigentes com a CBF. Flamengo e Internacional seguem a orientação do Clube dos 13 e não se curvam às exigências da entidade. Que credibilidade teria um Clube no qual seus associados não cumprem o que foi determinado previamente? Quando pessoas como Emerson Leão, diz que “o Flamengo fugiu do Sport”, além de estar delirando, ele não conhece a História.

No módulo amarelo, organizado pela CBF, pra variar a decisão foi um tanto espantosa. Nos 2 jogos entre Sport e Guarani, 1 vitória para cada lado. Os dois clubes partiram para a decisão por pênaltis. Acabou em 11 a 11, sem ter um vencedor. “Ninguém no resto do país tomava conhecimento dessa estranha e bizarra decisão. Ninguém no país inteiro viu os presidentes do Sport, Homero Lacerda, e do Guarani, Leonel Martins de Oliveira, entrarem em campo e acordarem em dividir o título”.

O ano terminou com o Flamengo campeão e uma dúvida. O campeão e vice de 1987 disputariam a Libertadores do ano seguinte. Em 21 de janeiro de 1988, o presidente do Conselho Nacional de Desportos, Manoel Tubino, veio a público afirmar que o Flamengo era o campeão brasileiro de 1987. A afirmação de Tubino contrariou a dupla que comandava a CBF, formada por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid. A CBF se apressou e no dia 31 de janeiro de 1988, marcou o jogo em Campinas, que acabou 1 a 1. O segundo, em 7 de fevereiro de 1988, em Recife, 1 a 0 para o Sport. E a entidade o proclamou campeão. A CBF indica Sport e Guarani para representar o Brasil na Libertadores de 1988. Vários processos vão e vêem nos tribunais, e depois de 10 anos, em 1997, finalmente o Sport ganha o título no tapetão com o aval e apoio da CBF.

A polêmica não pára por aí. Muito se fala em quando a CBF impôs seu quadrangular, se antes ou depois do campeonato iniciado. Uns dizem antes, outros dizem na 5 rodada. Particularmente, acho a questão temporal importante até certo ponto, mas o mais relevante mesmo é que desde que o quadrangular foi inventado, o Clube dos 13 não o aceitou.

“É verdadeiramente inacreditável como pessoas de razoável bom senso e pretensamente honestas podem apoiar uma barbaridade destas (…) um cruzamento decidido na quinta rodada com o campeonato em andamento, um regulamento assinado por todos, e mesmo assim se diz que a CBF é quem decide tudo (…) o Vasco de Tita e Dinamite campeão estadual, o próprio São Paulo, o Santos, o Atlético Mineiro, o Fluminense, o Botafogo… Tal afirmação de que o campeão é o Sport desonra todos os outros clubes. Tal mentalidade é propagada graças a uma manobra repugnante de seres lamentáveis que administravam a CBF – esta mesma CBF que hoje diz que “uma CPI do Futebol atrapalharia a Copa no Brasil”. (…) O São Paulo é um grande pentacampeão, é um clube de estrutura internacional, e não precisa de papagaiadas para ser grande, de consagrar idiotices que contestam o seu próprio passado de vanguarda, de formação do Clube dos 13. NÃO ao descaramento, ao cinismo e à hipocrisia” .

Blog do Torcedor – site do Globo Esporte

Aliás, por que o Internacional também decidiu não jogar o quadrangular da CBF? Dado que perdera o campeonato, o que teria mais a perder? Será que o Colorado sofreu de um repentino surto de bom senso? *** Pelo menos parece que a diretoria do Inter é íntegra.

A polêmica da taça das bolinhas do pentacampeonato é um lamentável episódio envolvendo uma inútil taça que durante 15 anos está num cofre escuro da Caixa Econômica Federal. Em mais uma de suas infinitas incoerências a CBF diz que a taça vai para o São Paulo. Quando em 1992, o Flamengo conquistou o mesmo campeonato pela quinta vez, todos souberam que o Flamengo era o primeiro clube a conseguir tal feito, inclusive a CBF, que passou a utilizar uma nova taça a partir de 1993.

****

Por tudo exposto aqui, vimos que é simplista demais dizer que “o Flamengo se considera campeão”. Na verdade, o nobre amigo cruz-maltino que vive proferindo tal aleivosia deveria perceber que o único time da história do futebol brasileiro que se auto proclamou campeão foi seu querido Vasco, nas bizarras voltas-olímpicas no estadual de 1990 com a Nau de papelão, e na Copa João Havelange de 2000 roubando a taça antes da partida final acabar.

“As pessoas passam, as instituições ficam…”, concordo, mas está incompleto. Não só as instituições, mas as idéias, os ditos, os escritos, os títulos… várias outras coisas também ficam. Há 20 anos que o título é discutido, e continuará por mais 40, 80…

Ficou um pouco grande, mas se fez necessário.

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