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Posts Tagged ‘Campeonato Brasileiro’

Proposta para o Campeonato Brasileiro

January 10th, 2014 | 331 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro, Estrutura

Acreditem, na verdade, a proposta seria para todo o calendário, mas como não quero escrever um livro, e o rolo – por enquanto – resume-se ao Campeonato Brasileiro, é nele que se foca por ora.

A proposta é simples, apesar de tentar equilibrar as mais variadas exigências das partes, sejam clubes, federações, televisão, JORNAS e ratos de internet (tuiteiros, blogueiros e assemelhados): mata-mata e pontos corridos; eugenia e inclusão; liga de clubes e CBF; regionais, estaduais e torneio nacional. O resultado de tanto equilíbrio é que ninguém fica completamente contente, mas todo mundo acaba ganhando um pouco também.

A “Lampions League” é uma realidade. Fez tremendo sucesso, tanto que a CBF resolveu fazer uma similar para os clubes do Norte/Centro-Oeste (a Copa Verde). Os clubes dessas regiões sofrem com seus estaduais, e não conseguem inserção nos torneios nacionais.

Eugenistas gostariam de ver os clubes grandes jogando contra si, e não aturam pequenos. E, falando em pequenos, isso inclui grandes regionais de estados periféricos (eu sei falar um pouco de ‘esquerdês’). Tampouco gostam de viagens longas e desgastantes.

JORNAS adoram pontos-corridos, porque fazem se sentir como se estivessem na Europa. Eles tampouco aturam ter que cobrir os pequenos. Se pudessem, só falariam dos grandes o tempo todo. Não, espera, eles já fazem isso.

A viúvas do mata-mata (por exemplo, eu!), gostariam de ver uma final. A TV também gosta. Ela adora pontos-corridos porque pode mostrar os mesmos times até a última rodada, mas sente falta daquela audiência das finais.

Tendo isso em mente é que eu sugeriria resolver o atual imbróglio de liminares da forma que segue.

I. Campeonato Brasileiro de Primeira Divisão (56 clubes, 29 datas)

I.1 Fase Regular – Regionais (26 datas)

Haveria quatro ligas com 14 clubes cada, regionalizadas. Os clubes seriam esses, de acordo com a classificação final do Brasileirão 2014 (todas as divisões):

Liga Rio-São Paulo (estados de RJ e SP)

– Botafogo, Santos, São Paulo, Corinthians, Fluminense, Flamengo e Palmeiras (A); Portuguesa, Vasco da Gama, Ponte Preta, Bragantino e Oeste (B); Guaratinguetá e São Caetano (C).

Liga Sul-Minas (estados de RS, SC, PR e MG)

– Cruzeiro, Grêmio, Atlético Paranaense, Coritiba, Internacional, Criciúma, Chapecoense e Figueirense (A); Joinville, Paraná, América Mineiro, Avaí e Boa (B); e Caxias (C).

Liga Nordeste (“Lampions”, estados de ES, BA, SE, AL, PE, PB, RN e CE)

– Vitória, Bahia e Sport (A); Náutico, Icasa, Ceará, América, ABC e Santa Cruz (B); ASA, Treze, Fortaleza, CRB e Botafogo (C).

[nota: ao contrário da CBF, eu entendo fazer mais sentido colocar o Espírito Santo com os estados nordestinos, e Maranhão e Piauí com os do Norte e Centro-Oeste]

Liga Verde (estados de GO, DF, MS, MT, MA, PI, TO, PA, AP, RO, RR, AM e AC)

– Goiás (A); Atlético Goianiense, Sampaio Corrêa, Luverdense e Vila Nova (B); Paysandu, Águia de Marabá e Cuiabá (C); Brasiliense, CRAC, Rio Branco, Mixto, Plácido de Castro e Nacional (D).

Nesta fase, os clubes jogam em turno-e-returno dentro das próprias ligas, o que equivale a 26 rodadas. Os campeões, e somente os campeões de cada liga, classificam-se para as semifinais. Com isso, a aura dos pontos-corridos é preservada.

Os eugenistas podem reclamar um pouco, mas é fato que dos 26 jogos dos grandes de Rio e São Paulo, 14 são entre si. Ao diminuir o número de jogos (38 para 26), aumentou-se o percentual de partidas eugenistas no campeonato para cada clube. Ademais, diminuiu-se os jogos contra os pequenos, e as viagens evaporaram. E como os melhores clubes de 2013 ficaram na Sul-Minas, fica fácil para os JORNAS-MORES do Brasil mentirem que o bom do futebol local está na cidade deles sem poderem ser contestados com fatos; que são sempre desagradáveis, teimando em se opor às teorias deles.

Ninguém de fora recebe mais os grandes de Rio e São Paulo, em compensação, os clubes do Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram alçados à condição de clubes de Primeira Divisão, e o título regional os catapulta para as semifinais do torneio nacional. Todos os torneios regionais estão no mesmo nível.

O Bom Senso F.C. fica feliz porque se reduz o número de datas!

A TV pode reclamar em ter que pagar 4 campeonatos ao invés de 1, mas como ela já negocia com cada clube individualmente, isso não será tanto problema. Ela também pode desgostar que não pode ter semifinais com o trio-de-ferro paulistano mais Flamengo, mas as disputas na Fase Regular entre eles devem, ou deveriam, compensar. Além do mais, hoje, essa possibilidade tampouco existe. A fase final desta sugestão é bônus, e deve ser encarada como tal.

I.2 Fase Final (4 clubes, 3 datas)

Os clubes campeões são classificados de 1º a 4º de acordo com a campanha na Fase Regular. Enfrentam-se nas semifinais: 1º x 4º; 2º x 3º.

As semifinais são em dois jogos, o mando do segundo jogo é dos times com melhores campanhas na Fase Regular. O regulamento é como o da Copa do Brasil: em caso de empate no placar agregado das duas partidas, avança quem fez mais gols fora; persistindo a igualdade, pênaltis. Os vencedores vão para a Final.

A Final é em jogo único, no Estádio Nacional em Brasília. Em caso de empate, há prorrogação de 30 minutos; persistindo a igualdade, pênaltis.

I.3 Acesso, Rebaixamento e Permanência

Ao final da Fase Regular, os dois últimos colocados de cada Liga são rebaixados. Nos seus lugares, entram campeão e vice da Segunda Divisão.

Já as equipes classificadas em 11º e 12º lugares disputam um torneio com outros seis clubes advindos da Segunda Divisão. São divididos em duas chaves de 4 equipes, com um time de Primeira Divisão em cada uma. É disputada em duas fases: semifinais e final; ambas as etapas em jogo único (os times da Primeira Divisão sempre têm o mando).

Os campeões de cada chave jogam a Primeira Divisão na temporada seguinte.

 

II. Campeonato Brasileiro de Segunda Divisão (112 clubes, 28 datas)

Não há um campeão, mas quatro. As regiões não se encontram na Segunda Divisão.

II.1 Fase Regular (26 datas)

Cada Região é dividida em duas ligas com 14 clubes cada. Jogam em turno-e-returno. Os campeões de cada Liga classifica-se para as finais e garantem acesso à Primeira Divisão da temporada seguinte.

As equipes classificadas entre 2º e 4º de cada liga disputam o Torneio de Permanência contra as equipes vindas da Primeira Divisão (ver I.3 acima).

As ligas são:

Região Rio-São Paulo

Liga Rio (estado do RJ)

Liga São Paulo (estado de SP)

Região Sul-Minas

Liga Anita Garibaldi (estados de RS e SC)

Liga Paraná-Minas (estados de PR e MG)

Região Nordeste

Liga Atlântica (estados de ES, BA, SE e AL)

Liga Fernando de Noronha (estados de PE, PB, RN e CE)

Região Verde

Liga Oeste (estados de MS, MT, RO, AC, AM e RR)

Liga Araguaia-Tocantins (estados de GO, DF, TO, PI, MA, PA e AP)

 

II.2 Fase Final (2 jogos)

Os campeões de cada liga classificam-se para as finais regionais. Jogos em ida-e-volta, mesmo regulamento da Copa do Brasil, etc.

II.3 Acesso, Rebaixamento e Permanência

 Tanto o número de clubes rebaixados quanto os de promovidos dependerá dos ajustes para fechar a conta das Ligas em 14 clubes cada. No entanto, sempre subirá ao menos um de cada “Torneio de Acesso” (8 ao total).

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Uma estreia padrão

June 10th, 2012 | 14 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2012, Flamengo, Grêmio, Seleção Brasileira

Ao embarcar em uma viagem ao Festival de Gastronomia de Itapecerica, centro-oeste da Terra das Alterosas, tive a oportunidade de acompanhar juntamente com alguns atleticanos e um flamenguista à tão aguardada estreia do camisa 49 no Atlético Mineiro.

Jogo contra o Palmeiras em uma fria São Paulo, público razoável no Pacaembu e uma aura de euforia por parte dos atleticanos que se justifica, já que há tempos um ex-Melhor do Mundo não passava pelos domínios alvinegros de Minas Gerais.

Não se falará aqui sobre o jogo em si. Ronaldinho Gaúcho esteve bem, principalmente no 2º tempo, deu passes e lançamentos importantes, se movimentou, mostrou que queria jogo e ajudou a equipe atleticana a vencer os Verdes do Parque Antarctica, o que nem foi tão difícil visto que esse time do Palmeiras pareceu muito fraco.

Estreia contra o Palmeiras de Kid Bengala

Estreia contra o Palmeiras de Kid Bengala

Sendo assim, o feio dentuço manteve histórico de suas estreias por outros times pelos quais passou, a saber:

Estreia no Grêmio
Estreia na Seleção Brasileira
Estreia no Paris St. Germain
Estreia no Barcelona
Estreia no Milan
Estreia no Flamengo

Atentem para o fato de que, com exceção dos jogos da Seleção e do Barcelona, todos os outros apontados foram jogos de competições oficiais e não meramente amistosos.

São 5 vitórias, contando a atual, 1 empate e 1 derrota. O início, como a maioria dos outros, foi promissor.

Resta saber como aquela que já é chamada de mais importante contratação da história do Clube Atlético Mineiro irá se portar no restante dos 6 meses de contrato. Só nos cabe aguardar.

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Médias de público dos Campeonatos Brasileiros por rodada (2006-2010)

November 28th, 2010 | 5 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro, Números

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Notas:

  1. Este gráfico não mostra a média de cada rodada, e sim as médias totais do Campeonato em cada rodada.
  2. Foi escolhido mostrar dados apenas de 2006 em diante por serem campeonatos com 20 clubes e 38 rodadas

Primeiras observações despretensiosas:

  1. Os campeonatos ganham força à medida que se encaminham para o final
  2. Todo jogo nos Pontos Corridos é uma final’. Faz-me rir
  3. 2010, ano de Copa do Mundo e com Maracanã e Mineirão fechados (estádios de dois times que disputaram título) pode ser um ponto fora da curva. Aguardemos 2011 antes de precipitações.
  4. 18.000 pode parecer um limitante superior de média de público. Mas essa informação deve ser tratada com cuidado.

Ler Também:

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O sucesso brasileiro na Libertadores

December 7th, 2009 | 12 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro, Libertadores

Rodrigo Gabão:

Não sei se concordam comigo, mas tenho a impressão de que após 2003, os times brasileiros têm tido mais sucesso no campeonato sul-americano. Deve haver diversos motivos para isso, todavia creio que a probabilidade de times mais fortes representarem o Brasil é maior do que se fosse adotado o mata-mata. Apesar de a Libertadores também ser neste esquema, um time para ser campeão deve ter um elenco forte, suportar vários meses de competição e disputar outras também.

Sendo assim, no torneio de pontos corrido, acho que os times mais bem preparados são, em geral, do G4. Portanto teriam maiores chances contra os outros da América Latrina.

Serginho Valente:

Na minha opinião, o maior sucesso dos times brasileiros na Libertadores vem aumentando de acordo com a melhora econômica do país, e o paralelo declínio da Argentina.

Não tem nada a ver com a fórmula de disputa, nos anos 90 o Brasil já tinha melhorado bastante na competição.

Victor:

Sem maiores detalhes ou explicações, desde 1992 (São Paulo campeão) os times brasileiros apresentam ótimo desempenho (chegar na final) independente da fórmula de disputa (Fonte: Wikipedia), o que torna a tese sobre os Pontos Corridos inconclusiva, mas não descartável, uma vez que verifica-se que em 2005 e 2006 clubes brasileiros monopolizaram a final, gerando posteriormente alteração na regra da competição para minimizar-se as chances de tal acontecimento.

Para mim, embora também de forma inconclusiva, o aumento de números de times disputanto a competição foi benéfica para o Brasil no sentido de vencê-la pois, considerando que o País tem mais times fortes a disputar o torneio, expõe-se mais ao risco de ganhá-lo, isto é, enquanto alguns países que não tinham nem 2 times em condições de disputa continuam com poucos times competitivos, o Brasil costuma mandar para a brincadeira 3 ou 4 times com totais condições de montar equipes fortes e vencê-la.

Eu acho que em qualquer forma de disputa do Brasileirão, o país estaria bem representado na Libertadores com 4 vagas. É muito pouco provável que não vá pelo menos um ou dois dos 4 melhores times do País.

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