Tem sido tragicômico para os rubronegros (que são apenas torcedores do Flamengo) acompanhar as resenhas e comentários dos rubronegros Bapnianos (torcedores do Flamengo e árduos defensores da atual diretoria do clube).
Jorginho não caiu apenas porque perdeu para o lanterna do campeonato. Caiu pois foi mais um erro dessa tal turma que não entra pra perder. Técnicos: a turma do Bap errou ao demorar em demitir o Dorival. A permanência do (fraco) treinador com um dos maiores salários do país não coadunava com a tão propalada política de pés no chão. Depois errou ao fechar com um técnico inexperiente para trabalhar com um grupo “modesto”.
Dos técnicos que estão por aí disponíveis, gostaria de ver Muricy no Flamengo. Mas esse é caro, seria mais um erro segundo a filosofia do pessoal que está no comando do CRF. Com Muricy fora, há nomes como Renato Gaúcho, Joel, ou qualquer outro que saiba trabalhar com o que tem em mãos.
Aliás, desde a vitória nas eleições que anunciaram um time “modesto”. Amigo, modesto foi o time do ano passado. Esse aí não consegue trocar 3 passes. Jogadores: Com 6 meses de trabalho e já passado um estadual inteiro para avaliações, Bap e sua turma erraram em todas as contratações até agora. Trouxeram jogadores caros (com algum nome) que estavam parados e um monte de perebas entitulados de promessa.
Os Bapnianos não enxergam os erros. Qualquer crítica é rebatida com “volta Paty”. Os mais radicais ainda tentam, pasmem, te convencer que o time está em evolução. Os menos caras-de-pau focam num futuro possível êxito dessa política de baixo custo, mesmo sem questionar os salários da tchurma (Bap, Bandeira, Wallim, Pelaipe e etc). A Diretoria precisa entender que a política de austeridade (a qual apoio) irá por água abaixo caso o fracasso dentro das quatro linhas aconteça. Para atingir o objetivo deve-se buscar um equilíbrio entre tal política e a montagem de um time. Parece que um semestre inteiro não foi suficiente. Exemplo: onde se encaixa nessa política o pagamento de R$ 40 milhões em impostos atrasados numa paulada só?
Programa Sócio Torcedor
Há poucos meses foi lançado o “Nação Rubro-Negra”. O programa tem apenas o apelo do caboclo se associar para ajudar o clube. Porra, é desanimador constatar que receber esmolinha está no plano estratégico dus profissa do Bap. Ainda não está claro que nenhum programa desse tipo vai vingar? Por que acham que o rubronegro do Amazonas, do Sul do país, ou mesmo do RJ, vai pagar por algo sem receber nada em troca. Us profissa acreditam no amor no mundo dos negócios?
Agora, atordoada com a – para eles – baixa participação da Nação, a diretoria, apelando na caraça dura de forma lamentável, anuncia no placar eletrônico do jogo:
“Tem gente que só reclama, reclama, e… na hora de ajudar, cadê?”
entre outros ainda mais ESCROTOS. Já estão querendo impor um provável fracasso do programa ao rubronegro que é apenas torcedor e já consome a marca Flamengo. Constrangedor.
Em tempo, como a matéria linkada diz, o Flamengo conta com 22 mil novos sócios conquistados nesse pequeno período. Será que é um número tão ruim? Como foi a evolução dos times que já possuem tal programa? Não é normal que após o lançamento, e depois do primeiro boom, ocorra uma queda nas novas associações? Ficaria satisfeito se Bap tivesse as respostas para me passar.
Jogos “em casa”
Com o Engenhão interditado e o Maracanã recém reinaugurado sendo preservado para a Copa das Confederações, a diretoria optou em mandar seus jogos em outras praças como se fossem amistosos. Os 2 jogos em casa foram: Fla 0 x 2 Ponte, em Juiz de Fora, público 9 mil, renda R$ 350 mil, ticket médio = R$ 39; Fla 0 x 1 Náutico, em Floripa, público 5 mil, renda R$ 260 mil, ticket médio = R$ 52.
Percebe-se que público e renda não foram lá essas coisas. E optando por essa estratégia de jogar cada jogo num lugar diferente, perde-se muito no aspecto técnico. Vai jogar em Macaé e ponto, porra! Para fazer um bonito com os torcedores flamengos Brasil afora basta montar um time competitivo. Depois chama o Vasco e faz excursão por lá.
Na verdade essa questão será esfriada quando o Maracanã estiver disponível. Mas já passou da hora do paliativo de Macaé (ou Volta Redonda) ser substituído por uma solução definitiva que pode ser, vejam só, jogar na Gávea. Seja para 5 mil (com uma reforma básica) ou 15 mil espectadores (retomada de antigo projeto ou algo próximo a isso), foda-se, jogue-se literalmente em casa no Estádio da Gávea.
Dida, Zico, Júnior e Romário já jogaram. Por que Brocador não pode?
Gostaria muito de ter uma série de elogios a fazer para a atual diretoria. Iria enumerá-los aqui. Mas é complicado. Até gostei dos valores do novo patrocínio master, mas ter uma boa grana e não saber utilizá-la é muito prejudicial. Talvez até mais do que não ter a grana.
Resta torcer. E torcer muito. Entrar para “não perder” basta empatar. Não é suficiente. Quero ver é entrar para ganhar. Mas para ganhar é fundamental parar com os erros e começar a acertar. Faltam 43 pontos. Ainda dá.