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Posts Tagged ‘Maracanã’

Homenagem para o homenageador

October 13th, 2008 | 6 Comments | Filed in Seleção Brasileira

Na maioria das vezes em que vejo uma premiação, fico com a impressão que o homenageador tem mais a ganhar ali que o homenageado. Critérios são jogados para o espaço.

Pegue-se o caso da homenagem que será feita a Kaká antes do jogo entre Brasil x Colômbia quarta-feira no Maracanã às Depois da Novela horas.

Antes de mais nada, quero deixar claro nada ter contra Kaká. Só que é esquisito Kaká colocar os pés na calçada da fama do Maracanã sem ali ter feito história.

Nem pela Seleção Brasileira, nem por um time carioca, nem como rival de times cariocas.

Não tenho dúvidas que se a Seleção Brasileira adotasse o Maracanã como sua casa (coisa difícil, uma vez que a CBF não adota nem mesmo o Brasil como casa da Seleção, jogando aqui apenas por obrigação), Kaká escreveria seu nome na história do estádio. Não precisa nem ao menos dizer então caso ele continuasse a jogar bola por um clube brasileiro, qualquer um, mas isso aí é mais difícil que a Seleção jogar por aqui, pois essa ainda é obrigada a fazer suas partidas de Eliminatórias em território nacional.

Só que de fato, Kaká não fez história no Maracanã que merecesse calçada da fama. Fica mais a impressão de que o estádio está sendo homenageado pelo jogador que o jogador o sendo pelo estádio.

Pensando bem, é melhor esquecermos essa história de critério e homenagear quem não costuma jogar por aqui mesmo.

Pensando bem, é melhor esquecermos essa história de critério e homenagear quem não costuma jogar por aqui mesmo.

MAIS SOBRE O QUADRO DE ROBINHO:

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Inflação registra queda no Rio de Janeiro

June 26th, 2008 | 7 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2008

Ingressos do Fluminense puxam índices de inflação para baixo

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Instituições de Merda

June 22nd, 2008 | 12 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2008

Coloquem-se no lugar de fiscalização.

Pensem em como verificar um cambista que entra na fila, compra sua cota de ingressos e volta para o final dessa a fim de comprar mais, e assim procede até o fim da venda de ingressos.

Sejamos um pouco mais sofisticados, e pensemos em uma descentralização da compra nas filas. Imagine que este cambista coloque vários bagrinhos para comprar para ele.

Mesmo a segunda situação é complicada de se fiscalizar.

É complicada, porém não impossível. Não tem como fazer de uma vez, mas pode-se até descobrir, acompanhar, espionar e pegar com a boca na botija.

Só que dessa forma artesanal, é até desnecessário e caro que tal operação de fiscalização seja feita. O cambista passaria a ser um ruído da venda. Com porcentagens insignificantes, como era há não muito tempo atrás.

Há não muito tempo atrás, por mais chato que fosse, chegava-se em uma fila, ficava um bom par de horas e comprava-se ingressos. Nem mesmo acabar em um dia acabavam, muito menos em uma hora.

Naturalmente, quem deixava para o dia do jogo, acaba indo para a frente do Maracanã morrer nas mãos dos cambistas.

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Só que a coisa se sofisticou. Hoje em dia o cambista não tem mais de “concorrer” com o torcedor comum* na fila. O ruído não é mais o cambista. O ruído virou o torcedor na fila.

O cambista já sai do Maracanã com seus ingressos na mãozinha. E não são poucos.

E pelo fato de não serem poucos, aquela fiscalização que seria cara para pegar um simples ruído, possivelmente menos de 1% (chute de ordem de grandeza), faz-se (ou deveria ser feita) agora totalmente necessária, uma vez que simplesmente esse ruído colocou por terra todo o sistema de vendas de ingresso.

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MEMÓRIA DE CÁLCULO

Para termos idéia, seria interessante ter a Ordem de Grandeza, utilizarei a conta expedita feita na CBN que para serem vendidos todos os ingressos na velocidade que foram vendidos, cada vendedor teria de ter atendido 28 torcedores por minuto! (não sei os parâmetros para a conta. Tem de ser quantidade de ingressos, tempo total de venda, cota de ingressos por torcedor e número de vendedores).

Pelas incertezas que podem estar inclusas nos parâmetros adotados, vou minorar esse número para 20 torcedores por minuto.

Por outro lado, vamos estipular um tempo aceitável para atendimento a um torcedor na prática, levando em conta a balbúrdia.

– O cara mete a cara com a grana certa na boca do caixa e pede dois ingressos. (5 segundos)
– O vendedor pega o dinheiro, conta, pega os ingressos do setor escolhido e entrega ( 8 segundos)
– Torcedor recebe os ingressos, coloca no bolso e vaza (2 segundos)

Sendo assim, em um processo ideal, o torcedor levaria para comprar 2 ingressos no mínimo 15 segundos. O tempo tende a aumentar com fatores como: troco, pegar o dinheiro na carteira, carteirinha de estudante (hahahahaha), compra de 1 ingresso apenas, tumulto, etc.

De qualquer forma, usamos na nossa conta o atendimento “The Flash” de 15 segundos por torcedor. O que leva a na melhor das hipóteses, 4 torcedores por minuto.

Confrontando o cálculo do que ocorreu, com o cálculo da eficiência possível:

4 tpm/ 20tpm = 0,2

0,2 é o que ficou com torcedores de bilheteria. Para ficar mais impactante, apresento de forma inversa a estimativa, onde 80% dos ingressos ficaram nas mãos de cambistas.

A conta acima por mais aproximada que seja é ASSOMBROSA.

Se colocássemos um erro estapafúrdio e a quantidade fosse de 50% já seria de impressionar. Mesmo 30% que fosse.

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Um número superlativo como esse não deixa outra opção a não ser da desconfiança que todo mundo leva algum nessa. E não apenas os cambistas.

E se eu fosse propor uma investigação, o primeiro que investigaria seria o próprio clube.

Já iria à procura de um Caixa 2. Muitos clubes fazem malabarismos para esconder a grana de arrecadação dos jogos para que essas não sejam executadas pela Justiça para quitação de dívidas. Não acho impossível que nesse esquema, venda-se para um “cambista” pelo valor nominal de bilheteria (aliás, metade do valor nominal, vai como de estudante), e este repasse, sem comprovação, recibo, borderô ou coisa e tal, por um preço no mínimo duplicado (agora sim, o valor nominal) ou com ágio (que é o caso nesse jogo).

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ALÉM DE QUEM FAZ O ESQUEMA:

Por mais que tenhamos uma noção de onde direcionar, tudo escrito acima ainda fica no campo da especulação. A única certeza que tenho é que esquema existe, e que envolve mais que cambista entrando na fila para comprar ingresso e revender.

Só que vou colocar culpa em outras insituições.

A relevância do assunto é tão grande, que não é possível que não haja instituições públicas que possam atacar tal problema.

E também não é possível que a instituição não-governamental que tem o papel social de investigar e fiscalizar não o faça. Omita-se.

Onde anda a imprensa esportiva?

Falar do jogo, especular, comentar, acompanhar vai-e-vém de jogadores, qualquer um faz. Há dois anos o Blá blá Gol mostra isso.

Mas cadê a merda da imprensa profissional para averiguar, esclarecer e mostrar o que de fato ocorre?

É Robínson, estamos completamente desamparados.

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Caso haja alma bem-intencionada que possa por profissão tomar alguma atitude e queira alguma ajuda, não se acanhe em entrar em contato. Privacidade 100%.

 

*cada vez mais tenho a impressão quando leio torcedor comum, é que deveria estar escrito torcedor babaca.

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Fluminense, só pela TV

June 21st, 2008 | 7 Comments | Filed in Fluminense, Futebol, Libertadores 2008, Vídeo

Muito obrigado aos “homens do Fluminense”.

Novamente o torcedor de futebol, tão consumidor quanto alguém que vai ao teatro ou que compra um carro, um celular, mesmo uma balinha, é tratado com descaso.

Nem quero mencionar o aumento no valor dos ingressos. Abusivo, sim, demais. Mas economicamente falando, o excesso de demanda força os preços para cima. Oportunistas dificilmente perdem a chance de extorquir um pouco mais. É a “mão invisível” reguladora do mercado, que no caso aparece bem visível, na forma de uma nota oficial que explica o raciocínio dos dirigentes em relação à sua própria torcida, mas não justifica absolutamente. O pior e ainda mais injutificável é fazer um torcedor-cidadão passar doze horas numa fila, para no final das contas, descobrir que terá de pagar, para assistir ao “jogo mais importante da história” do clube do coração, além do preço inflacionado, mais um ágio praticado pelos figuras nefastas dos cambistas.

Inexplicavelmente, e ao contrário dos torcedores como eu e você, os cambistas conseguem ingressos. E muitos. Predominantemente meias-entradas que eu, estudante de carteirinha não-falsificada, diversas vezes não consegui comprar. Essas pessoas “trabalham” por ali mesmo. Na boca da bilheteria, na cara das autoridades, na fila.

Na fila, onde a via-crúcis se inicia no dia anterior, porque simplesmente não há outro jeito. Quer presenciar a partida? Então, ature. A insônia, a fome, a falta de segurança na madrugada. Ainda bem que o brasileiro consegue levar tudo numa boa. Mas de manhã, a fila não anda, uns furam fila, outros se revoltam, e aí adicione um pouco de vandalismo, repressão policial (que não incide apenas sobre os vândalos, mas aos que estiverem por perto também), spray de pimenta bombas de efeito moral e balas de borracha. E decepção.

Após as cenas de batalha, os soldados do Choque almoçaram no restaurante do clube. Normalmente.

Os ingressos acabaram, oficial, ou oficiosamente. Agora, temos que abrir mão de mais dinheiro e da nossa dignidade, adquirindo as entradas com os malditos cambistas, que são a face visível dos interesses ocultos de pessoas que estão em seus gabinetes, com ar condicionado, que estarão nas tribunas confortavelmente instalados, com amigos, patrocinadores, autoridades, celebridades. Que não entraram na fila e muito menos pagaram ingresso.

E as organizadas?? Nossos torcedores profissionais estavam na fila???

Eu vejo o Fluminense há muito tempo. Nas Laranjeiras, no Caio Martins… No Maracanã, tenho até meu cantinho cativo. Vi a segunda divisão, vi a terceira divisão. Vi o clube se reerguer, vi perder a Copa do Brasil, e vi levar a taça no ano seguinte.

Graças aos “homens do Fluminense”, “o jogo mais importante da história”, eu vou assistir pela TV. Pela minha segurança, paz, minha dignidade.

Os “homens do Fluminense” também estão em outros clubes. Na federação, no governo do estado, na polícia, na imprensa…

Mas eles passarão. Eu, e o meu Fluminense, passarinhos.

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Sobre o valor dos ingressos – Fluminense x LDU

June 21st, 2008 | 17 Comments | Filed in Estrutura, Fluminense, Futebol, Libertadores 2008

Fluminense metendo a facaO Fluminense dobrou o preço dos ingressos para a final contra a LDU.

O valor nominal dos ingressos varia entre R$60,00 e R$NOTA PRETA.

Naturalmente que tal atitude levanta muitas discussões e opiniões. E muitas dessas opiniões um tanto quanto negativas ao Fluminense.

Fato que o Fluminense decidiu aumentar o preço dos ingressos frente à oportunidade que encontrou. Mas não quer ficar com a imagem manchada, mesmo que ache que não há motivos para tal. Razão pela qual, levou o clube a emitir nota oficial sobre o aumento dos ingressos.

Para mim parece claro que já era certo o aumento de preços em uma eventual classificação para as finais. Justificada apenas pela demanda pelos ingressos.

Assim como muita coisa do que fazemos, criamos as razões para justificar uma atitude, depois do ocorrido. E é o que espelha o teor da nota.

Penso, porém, que é possível argumentar, neste caso, contra o Mercado puro e simples. Afinal de contas, sabemos que os clubes de futebol recebem zilhões de benefícios e regalias por conta de seu crédito social. Vale então o argumento, que a onda deveria ser segurada neste momento.

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Mas também não levo pelo lado de que o clube falte com respeito ao torcedor. Tanto que a resposta será enorme a procura por ingressos, mesmo com essa majoração de preços. Mas acho que por conta dos subsídios que os clubes recebem, vale à chiadeira dos torcedores (muito embora estejam chiando pelos motivos errados), e valeria uma ação de orgãos de defesa do consumidor, ou insitituições jurídicas atuando contra esse aumento.

Estou escrevendo agora este artigo, e recebendo desde a manhã, ligações de amigos nas filas (já me ligaram do Maracanã e de Laranjeiras). Todas as ligações dão conta de ser impossível comprar ingressos.

Em todas as ligações, há relatos de confusão.

Vale nesse caso, ressaltar que houve um aumento de 100% no valor dos ingressos, e os serviços pioraram. Isto é mais alguma coisa que possivelmente justificaria ação de órgãos de defesa do consumidor. Inegável que o valor é absurdo para o serviço prestado.

12:11 – minha irmã ligou dizendo que ouviu no rádio que os ingressos acabaram com uma hora de vendas.

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Mas irei desconsiderar essas considerações do direito do consumidor, até porque não tenho maiores conhecimentos da área, para comentar os pontos da Nota Oficial Tricolor.

A diretoria do Fluminense Football Club vem através desta esclarecer para a nossa imensa torcida e ao público em geral os motivos pelos quais optou pela majoração do preço dos ingressos para o jogo Fluminense x LDU, dia 02 de julho de 2008, no Maracanã, que definirá o grande campeão da Copa Santander Libertadores 2008.

Sei. Quem lê isso acha até que os motivos foram elaborados antes, e que através deles decidiu-se aumentar os ingressos…

1. Trata-se do jogo mais importante dos 106 anos de história do Fluminense Football Club. Além de poder propiciar a conquista inédita da Copa Libertadores, este título também asseguraria a presença do time na disputa do Mundial Interclubes promovido pela FIFA, em dezembro, no Japão, e a volta ao maior torneio sul-americano de clubes em 2009;

Natural que a atual diretoria do clube venda que na gestão dela ocorra o momento de maior importância da história do FFC. Mas isso é uma questão tão relativa, mas tão relativa que não deveria ser levada em conta. Só para ficar no exemplo desta mesma competição, eu tenho para mim que os jogos contra o São Paulo e contra o Boca foram mais importantes que esse será (vencendo ou perdendo). Quando o Vasco foi campeão da Libertadores de 98, o confronto mais importante foi o da semi-final contra o River, e não da final contra o Barcelona do Equador.

2. Será maior decisão envolvendo um clube carioca em toda a história do Maracanã;

Por que? Complicado falar de um jogo que nem ocorreu. Além do que, pelo que me consta, já houveram decisões com times melhores que esses dois.

A decisão do Campeonato Carioca de 1963 entre o próprio Fluminense e o Flamengo teve o assombroso público de 194.603, sendo 177.656 pagantes. Como qualificar um negócio desses?

(ao menos tiveram bom-senso de colocar clube carioca, e não passaram por cima do Santos de Pelé).

Curioso que o ítem 1) ressalta a importância do Mundial de Clubes da FIFA. Eu repudio essa abordagem, porém, a diretoria do Fluminense está claramente usando a abordagem sobre importância das competições em seu favor, e nessa abordagem, a partida entre Corinthians e Vasco pelo tal Mundial da FIFA em 2000 no Maracanã não teria sido mais importante que essa de Libertadores será?

3. Na partida realizada contra a mesma LDU, dia 17 de abril, no Maracanã, válida pelo returno da primeira fase da Copa Libertadores, a diretoria do clube optou por reduzir pela metade o preço dos ingressos. Naquela ocasião, o Fluminense já estava classificado às oitavas-de-final da competição;

Foda-se.

Fez isso porque do contrário ninguém iria ver esse jogo e ele seria mais deficitário. Esse ítem 3) teria até valor hoje, se na época fosse explanado que em caso de ir para uma final, aumentariam-se os valores dos ingressos. Esse é um ítem que está na cara foi colocado aqui só para fazer volume.

4. Nas partidas contra São Paulo e Boca Juniors, disputadas no Maracanã e válidas, respectivamente, pelas quartas-de-final e semifinal da Libertadores, aproximadamente 70% dos ingressos vendidos foram de meia-entrada;

Foda-se. [2]

Aliás, aqui é mais que foda-se. Creio que essa é uma justificativa criminosa. Não sei até que ponto é permitido que se use do artifício de se dobrar o valor para burlar esse incentivo aos estudantes. Eu concordo que essa onda de carteirinhas de estudante é uma palhaçada. Mas acho que complica o clube OFICIALMENTE utilizar esse argumento.

Sem contar, que isto é um problema do CLUBE. 70% dos ingressos vendidos são de meia-entrada, e estimo que mais de 50% desses ingressos de meia-entrada fiquem nas mãos dos cambistas que tem esquema para conseguir as entradas, SEM ENTRAR EM FILA.

5. Mensalmente, o clube arca com alto custo para poder manter um elenco qualificado, proporcionando a cada um de seus atletas a melhor das infra-estruturas através do pagamento em dia dos salários e prêmios e da meticulosa atenção com a logística envolvendo viagens e hospedagens;

Foda-se. [3]

Pensei que o clube arcasse com alto custo para oferecer conforto e segurança aos seus torcedores/consumidores. É claro que ele tem de arcar com alto custo para poder MANTER SEU NEGÓCIO.

6. Assim como ocorre em diversos jogos decisivos de torneio internacionais, os valores dos ingressos foram adaptados de acordo com o apelo proporcionado pelo espetáculo;

Finalmente a justificativa real. A nota deveria ser apenas essa, mas pegaria mal.

7. Por fim, conclamamos todos os torcedores do Fluminense a comparecerem ao Maracanã no dia 2 de julho para ajudar nosso time a conquistar o troféu mais importante da centenária história deste clube. Confiamos na fidelidade dos tricolores, fato que sempre ocorreu nos jogos do time este ano na Libertadores.

VTNC! Quem confia na fidelidade do torcedor é a LDU, que fez um cadastro dos torcedores que compareceram aos jogos anteriores e deu-lhes a preferência na compra dos ingressos da final em Quito. A confiança aqui é apenas no citado no ítem 6).

A diretoria

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12:47 – já sei que cambistas vendem arquibancadas verde/amarela por R$140,00. Branca por R$170,00 – não duvido nada que estes sejam os destinados a estudantes.

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Mas o que eu penso, de fato?

Penso que o Fluminense deva cobrar o máximo possível, que faça uma projeção bem feita visando o máximo de lucro, o que necessariamente acabaria por levar à estádio cheio com ingressos relativamente caros.

Por outro lado, penso que os órgãos de defesa do consumidor/torcedor, insituições de justiça, devam atuar contra as ações tomadas ao bel-prazer pelo Fluminense, exigindo diminuição dos preços, ou contra-partida satisfatória.

Este seria o quadro ideal, uma pena que a realidade não é essa.

Tudo é feito de forma pontual, localizada. Não há um planejamento (no real sentido da palavra) que dite o que seria uma contra-partida satisfatória. É tudo cagado, as decisões são mais pelo tal bom-senso (sic) que por trabalho.

A justiça simplesmente não fará nada, porque nem mesmo sabe o que fazer.

No fim, estão todos do mesmo lado.

Tricolor, se[1] fode aí.

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[1] uso equivocado da colocação de pronome oblíquo pelas normas cultas de texto formal.

 

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Bye, bye, Cerveja

April 27th, 2008 | 15 Comments | Filed in Estrutura

No Maracanã não pode maisEm 2008, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil à seco.

A CBF e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG) assinaram o Termo de Adendo ao Protocolo de Intenções celebrado entre os próprios no dia 31 de agosto de 2007. O que este termo traz de novidade é a proibição da comercialização de bebidas alcóolicas nos estádios (leia-se, o fim da cervejinha).

Toda justificativa é a diminuição da violência. No adendo, considera-se que houve diminuição da violência nos estádios onde tal medida foi adotada, citando exemplos de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.

Medidas que colaborem com a diminuição da violência nos estádios sempre serão bem-vindas. Mas, mexer logo com a minha cervejinha no Maraca?

Sempre fico receoso quando medidas como esta são tomadas na orelhada, mesmo que sejam com as melhores das intenções.

O adendo diz que houve diminuição nos índices de violência nos estádios onde não se vende cerveja, contudo, não há referência sobre alguma metodologia. Não se diz qual foi utilizada, ou se ao menos foi utilizada alguma.

Não se diz também se nos casos dos estádios onde se vende cerveja como o Maracanã, por exemplo, também não houve diminuição da violência. Eu fui inúmeras vezes no estádio com a venda de cerveja, em algumas delas fiquei bêbado como um gambá, e não presenciei nada de violência, por outro lado, lembro da época quando não se vendia cerveja (na época em que o assento era de concreto) de muita confusão no Maracanã.

Eu não sou contrário á proibição de venda de cerveja nos estádios se isso de fato diminuir consideravelmente a violência no estádio, mas gostaria de ter certeza que estão tratando a proibição da minha cervejinha que bebo na paz no Maracanã com a devida responsabilidade. E disso eu duvido.

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Eu coloco essa proibição não na conta da CBF, e sim dos babacas de torcidas organizadas. Esses babacas que vão ao estádio exclusivamente para defender seu território. Arrumam confusão e como bebem, fazem naturalmente essa associação entre violência e cerveja.

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Agora mais do que nunca faz-se necessário que os times do Rio de Janeiro classifiquem-se para a Libertadores.

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Fluminense 2×1 Vasco – Melhores Momentos e considerações sobre “torcidas”

March 24th, 2008 | 46 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2008, Musas

Como os demais vascaínos que frequentam os Blá blá Gol ao saberem a escalação da equipe para o clássico, fomos somente eu, Robinson e Serginho. Tacitamente ficou acordado que ficariamos no lado tricolor do Maracanã.

Serginho não se opôs (acho inclusive que se ele fosse sozinho ou apenas com vascaínos proporia a mesma coisa). Mas fez a ressalva que só aceitaria caso fossemos para a “Garra Norueguesa”.

Fomos para lá, de onde vimos a interessante preliminar

Garra Norueguesa 01

Garra Norueguesa 02

Infelizmente, um de nós que não lembro quem foi, previu:

Áánhh… êu ácho que vái cxhôvêr…

Deixamos a “Garra Norueguesa” e fomos buscar outro ângulo do campo.

Se não éramos mais espectadores tão privilegiados, ainda assim não havia do que nos queixarmos

Torcedora do Fluminense

Além do que, neste novo local, pudemos ver com mais detalhe as Concas das tricolores.

Concas das torcedoras tricolores

Por conta do Blá blá Gol ser acessado livremente antes de 23:00, a foto com as Aroucas das tricolores foram censuradas. Em seu lugar, colocaremos um clôse da torcida “Garra Norueguesa”. De fato, tem Organizadas que são uma violência sem tamanho.

A torcida do Fluminense é de uma violência ímpar

Quanto foi o jogo?

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Muito interessante a instalação de mesas de centro nas arquibancadas do Maracanã.

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O Blá blá Gol é um espaço altamente democrático, mas peço encarecidamente que os rubro-negros do blog não postem fotos dos Torós de seus torcedores.

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Ainda sobre as torcidas, há considerações curiosas:

A torcida do Vasco estava em maior número (chutando, uns 2/3 no barato), mas curiosamente, a impressão que tivemos é que na arquibancada branca (sem distinção de preços para as demais) a torcida do Fluminense era maior.

O que deixou pertinente a observação de Serginho ao subirmos a rampa pelo lado do Belini junto com torcedores do Fluminense, de que essa geografia, facilitava para que os tricolores ocupassem tal parte (e aconteceu isso). Extrapolando, isto favorece a torcida do Flamengo a ocupar tal parte do Maracanã quando joga lá.

Outra que pude constatar foi o comportamento da facção Força Jovem. Definitivamente, quem fica em Organizada (a “Garra Norueguesa” é a exceção que confirma a regra) se sente mais torcedor que os demais. Uma estupidez sem tamanho. Talvez o caso desta facção da torcida do Vasco seja o caso mais extremada, por não ter outras que sejam significativas em tamanho (as facções flamenguistas brigam entre si, o que é o problema que traz maior queixa dos rubro-negros de bem, enquanto as de Fluminense e Botafogo tem tamanhos insignificantes, o que diversificam as mazelas trazidas por ela, não gerando uma unanimidade sobre o que reclamar).

Os donos da torcida do Vasco no entanto, com uns 20 mintuos de jogo ainda por jogar, perdendo de 2×0 (quer dizer, nada que fosse impossível correr atrás) calou-se assistindo o passeio do Fluminense sobre o Vasco. Com uns 30 e poucos começa a debandar do Maracanã.

É bom deixar esse registro aqui, não para aqueles que são de fato filiados de tais facções. Esses são casos perdido. Mas há vida inteligente orbitando em volta desta gentalha que por vezes se deixa levar ou pela empolgação, ou pelo sentimento participativo, em síntese, pelo comportamento de turba. É para esses que eu escrevo, que esses só fazem marola. O barulho que se orgulham em fazer visa exclusivamente a rivalizar com a facção do outro time (em alguns casos do mesmo) que está no outro lado. Não vi apoio nenhum ao time quando este tomava um passeio totalmente recuperável (ainda mais contra um time com Fabinho no lugar de Thiago Neves).

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Aguardo ansiosamente por Fluminense x Botafogo

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A parte menos interessante do jogo, dentro das quatro linhas, foi postada em outro artigo.

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Ingressos para Fluminense x Arsenal

March 3rd, 2008 | 25 Comments | Filed in Futebol, Libertadores 2008

Fluminense x Arsenal

Conforme informa a Assessoria de Imprensa do FFC, a venda de ingressos antecipados para Fluminense x Arsenal quarta-feira é naquele horário bem bacana para quem trabalha: 11h as 17h.

Claro que o carioca que gosta de futebol, não está no Centro da Cidade neste horário, e portanto, como tradicionalmente acontece, não há postos de venda por lá.

Quem quiser comprar antecipadamente, vá aos seguintes locais:

  • Fluminense FC
  • Botafogo FR
  • CR Flamengo
  • Caio Martins
  • Engenhão (Bilheteria Norte)
  • Maracanã (bilheteria 8 )

Os preços dos ingressos tradicionalmente dobrados para cobrir a demanda de meias-entradas são:

  • Cadeira Especial -> R$150,00
  • Arquibancada Branca -> R$50,00
  • Arquibancadas Verde/Amarela -> R$40,00
  • Cadeira Inferior -> R$30,00

Do Maracanã, estou fora. Verei este jogo pela TV mesmo.

 

Foto-montagem que ilustra o artigo retirada do site do Arsenal.

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Até que enfim uma dentro!

January 16th, 2008 | 21 Comments | Filed in Futebol

busto-do-garrincha-no-maraca-sofre.jpgNoticiada hoje declaração do secretário de esportes Eduardo Paes sobre a possibilidade de transferência do busto do Mané do Maraca para o Engenhão – com direito a carreata e tudo – sendo que no Mário Filho seria colocada uma réplica. Segundo Paes, “… os botafoguenses vão gostar. Quem não vai gostar são os adversários (n.e. leia-se vândalos – de qualquer time). Já viram os tapas que o Garrincha leva todo jogo?”

Se vingar mesmo (parece que a decisão sai hoje), ponto para o Botafogo ao trazer para sua casa pelos próximos 20 anos o ícone maior de sua história nos gramados, e assim dar ao torcedor botafoguense aquela sensação de lar que faltava ao NOSSO Engenhão.

Pode parecer pouca coisa, mas na simplicidade muitas vezes encontramos grandes realizações. Alguém achou conveniente quando o estádio do Caio Martins foi batizado como “Mestre Ziza” (que em várias oportunidades foi algoz do Botafogo) ou a palhaçada recente de aposentar camisa 12 em homenagem à torcida?

Essa sim é (mais) uma homenagem justa ao Garrincha e um belo afago na torcida botafoguense. Torço para que realmente se concretize!

O Engenhão é o nosso lar. E ninguém cala esse nosso amor.

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A festa do Maraca

October 18th, 2007 | 13 Comments | Filed in Eliminatórias Copa 2010, Futebol, Seleção Brasileira


Tudo muito bem colocado pelo meu ‘cumpádi’ Zarga, sobre a zona que foi para arrumar uma vaga no Maracanã. Teve gente que só foi parar o carro na Tijuca. Mas se eles querem que utilizemos transporte coletivo (trens, metrô) para chegar lá, que nos ofereçam um transporte seguro e digno. Sem isso, ainda prefiro mesmo as mazelas de ir de carro mesmo.

Sobre o jogo: para começar, Afonso não jogou. Aqueceu, mas não entrou. E o primeiro tempo foi realmente de doer. Não por ter saído um golzinho só. Foi muito ruim. Acho muito simplista culpar o Dunga e o esquema (ou falta dele), mas o time do Equador veio como todos os outros, exceto Argentina e Uruguai, virão enfrentar o Brasil: na defesa. Uma bola na trave do Vágnerrrr Love e um bela jogada do Maicon, finalizada com o gol do artilheiro do amor. E foi só.

No segundo tempo, ou melhor, a partir da metade do segundo tempo, os craques do Brasil resolveram mostrar serviço. Kaká, Robinho e Ronaldinho Gaúcho passaram a jogar como o povo gosta e transformaram a vitória magra do primeiro tempo numa goleada. Ronaldinho marcou desviando um chute do Kaká. O jogador do Milan fez o terceiro, pois quando ele dominou a bola livre de marcação, deve ter me ouvido: “Chuta daí, seu desgraçado!!!!!”. Ele chutou, e a bola entrou exatamente onde eu havia imaginado. Para mim, esse valeu o ingresso.

A essa altura, a esforçada equipe equatoriana já não conseguia mais oferecer resistência. Com a entrada de Elano no lugar de Vágner Love, o Brasil ficou com um esquema até interessante, sem atacante fixo, mas com todo o meio-campo chegando ao ataque. E assim aconteceu, quando Robinho fez miséria driblando os vários marcadores que o cercavam, cruzou na pequena área e o corte mal feito sobrou para Elano, que só empurrou para a rede. Quatro a zero, e a torcida em estado de graça.

Para finalizar, um gol do Maraca, a casa da seleção e templo do futebol. Com passe do Kaká, que chutou mal, mas a intervenção do estádio, outrora chamada de montinho artilheiro, fez o goleiro Viteri a piada do dia, coitado. O gol foi anotado mesmo para o Kaká, mas ele nem comemorou direito, porque já estava de costas e nem viu a bola entrar. O Maracanã deu esse mole para ele, que foi substituído por Diego e ovacionado pelo público que abarrotou e coloriu o Maior do Mundo.

Concluindo: os grandes astros da seleção brasileira dão a impressão de jogar apenas quando querem. Pode ser que fiquem desanimados de sair de onde vivem e trabalham para subir os Andes e defender o Brasil, e não é por esquema tático que eles não rendem o mesmo que em suas equipes. Não jogam porque não estão muito a fim disso mesmo, e porque eles ganham muito mais nos seus clubes do que nas eliminatórias pela seleção. Mas o clima que tomou conta do Maracanã os levou a jogar pelo prazer, e isso fez a diferença no placar e para a torcida, que não é de hoje, sofre com a falta de identificação com o esquadrão canarinho. Nada contra outros estádios, outras cidades e estados, mas o lugar da seleção é o Maracanã. É o grande palco, símbolo do futebol brasileiro, como Wembley para os ingleses e o Monumental de Nuñez para os argentinos. Ele merece ser tratado, tanto em termos de gramado, infra-estrutura e instalações para atletas e comissões, como no acesso, segurança, limpeza e atendimento aos torcedores. Assim, o estádio entra no século 21 e reassume a sua posição de direito, pois se é o maior do mundo, tem que ser o maior do Brasil também.

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