Uma das vantagens do Mata-Mata é permitir o foco nas partidas mais importantes. O destaque é inevitável.

E só agora, na 2ª partida decisiva da Copa do Brasil (e depois nas duas da Libertadores), haverá exclusividade de atenções para uma única partida.

Quem estava de olho na Libertadores, acompanhará hoje uma partida em que o Corinthians leva a vantagem do resultado feito em casa. O Timão ganhou por 3×1 no Morumbi.

O interessante dessa decisão, é que os dois times vem em ótima forma nos campeonatos paralelos que disputam.

O Sport foi tri-campeão pernambucano com facillidade, vem de um bom ano de 2007 e passou pelos favoritos Inter e Palmeiras na Copa do Brasil, além do tradicional Vasco. Soma-se a isso que faz boa campanha na Série A, sem poupar na maioria dos jogos seus titulares.

O Corinthians se reformulou, fez um campeonato paulista dentro das expectativas históricas de um time grande recém-rebaixado. Foi melhorando na Copa do Brasil, principalmente depois de conquistar a vaga contra o Goiás. Eliminou outro favorito, o Botafogo. Na Segundona, vem 100%, também colocando na maioria das partidas o time titular.

Pelo momento dos times, há igualdade.

Pelo resultado no Morumbi, o favoritismo pende para o Corinthians

Pela Ilha do Retiro, o favoritismo pende para o Sport.

Vale ressaltar os resultados que o Sport vem conseguindo na Ilha do Retiro:

• Goleada sobre Palmeiras na Copa do Brasil (depois de ter empatado no Parque Antártica) – Palmeiras em ótimo momento
• Vitória sobre o Internacional na Copa do Brasil (tendo perdido a primeira partida por 1×0) – Inter campeão gaúcho
• Empate com o Vitória no Brasileirão – nada sei sobre o jogo
• Vitória sobre o Vasco na Copa do Brasil – Primeiro jogo
• Vitória sobre o Fluminense no Brasileirão – Fluminense com time reserva
• Vitória sobre o Palmeiras no Brasileirão – Sport com time reserva

No fim das contas, até pelo treinador que tem, que parece conhecer os caminhos certos e tem o resultado na mão, acho que dá Corinthians.

Por mais que eu vá torcer pelo Sport, e ache que ficaria mais bonito pela campanha que o título ficasse na Ilha do Retiro (sem desmerecer caso vá para o Parque São Jorge).

Mas o que importa, é que seja qual for o resultado, ambos os times estão no caminho certo, e ficará em boas mãos.

Os times não são mais os mesmos.

Não tem Magic Johnson, Kareen Abdul Jabar ou Larry Bird. Os novos astros são Kevin Garnet, Paul Pierce e Kobe Bryant. Mas a mística deste clássico que já decidiu 10 vezes a NBA será reeditada a partir desta quinta feira.

Para os amantes do bom e velho basketball é a nova e antiga disputa dos sonhos. Um Botafogo e Santos das quadras.

Lakers volta depois de 4 anos sem chegar a final, e o Celtics após 21 anos. A última final foi memorável com a vitória dos Lakers de Magic Johnson. No confronto entre as duas equipes em decisões de NBA o Boston já levou 8, o Lakers duas vezes.

Dá a chupeta que o Cuca vem pegar

O problema de ver o jogo com o pessoal é que o quê vou escrever sobre o jogo já disse ontem durante a transmissão da partida. Vai ficar um pouco repetitivo para alguns, mas…

Podemos resumir o 1º tempo em 2 gols ridículos. O que o Íbson não fez e o que o Bruno levou. O Íbson não joga bem desde o final do brasileiro do ano passado. Fez uma Taça Guanabara apenas razoável e não existiu na Taça Rio nem na Libertadores até agora. A cobrança nele é justificada pela capacidade que ele já mostrou ter. A vaia da torcida ontem foi perfeita, ninguém é intocável.

Um chute do Cristian para a boa defesa do Renan e alguns impedimentos mal marcados e fim do ruim 1º tempo, que foi no nível do primeiro jogo da final.

Vem o 2º tempo e o jogo melhora, e muito. Obina e Tardelli entram no intervalo. E eles foram os nomes do jogo. Sem um banco a altura do time, Cuca não teve muito o quê fazer. A impressão que tenho é que quando Lúcio Flávio não joga bem, o time do Botafogo cai muito. O Túlio, endeusado por muitos alvinegros, de novo, não jogou nada. Eu acho que nunca vi esse Túlio jogar bem. Eu desconfio dele tanto na qualidade de bom jogador quanto do caráter.

Com Toró jogando muito bem e Jaílton não comprometendo, o Flamengo foi muito superior na segunda etapa. Antes mesmo da justa expulsão do Renato Silva, o Flamengo já poderia ter uma vantagem mais folgada, mas Marcinho (na trave), Obina (pra fora) e Tardelli (seria o golaço da final) perderam. Leo Moura e Juan se alternam, no último jogo pela Libertadores, Leo tinha sido melhor, ontem foi o Juan. Tardelli já mostrou que tem qualidade e saber jogar, e Obina fez o quê um cara com estrela (apesar das limitações) tem que fazer. Por fim, poderia ser até mais, mas achei o 3×1 justo.

Flamengo BI CAMPEÃO CARIOCA 2007/2008 com todo merecimento.

Joel

Na volta para o 2º tempo, eu mesmo pensei: “porra, tirou 2 homens do meio-campo e colocou 2 atacantes”. Joel deu sorte do gol de empate sair logo no início do 2º tempo? Pode ser. Mas o que não podemos dizer é que ele não foi ousado. Já há alguns jogos que não vejo aquele Joel retranqueiro. Ele não poderia sair nesse momento no qual o time está disputando o título mais importante do ano. E a torcida do Flamengo reconhece isso.

Supremacia

Todos. Imprensa, torcedores, jogadores, presidente do Flamengo… absolutamente todos dizendo que depois de mais de 100 anos finalmente o Fluminense não está mais sozinho no total de títulos cariocas, que agora há o empate em 30 x 30…

Estão todos, pelo menos por enquanto, equivocados. Os tricolores contam com o “título” de 2002. Para quem não lembra, o estadual de 2002 não existiu. Nesse ano foi o auge da tentativa de ressuscitar o Torneio Rio-São Paulo e o estadual ficou relegado, ganhando o sensato apelido de CAIXÃO-2002. De novo, ninguém viu esse título, parece que os juniores que disputaram. Foi tão inexistente que algum time pequeno entrou na justiça pois se sentiu injustiçado e, oficialmente, a Federação de Futebol do Rio não reconhece ninguém como campeão de 2002.

Talvez um dia, o Fluminense conquiste no tapetão o 30º título carioca, mas pra mim, só quando ganhar mais uma vez um estadual.

E finalmente aconteceu: a Liga dos Campeões da Europa, pela primeira vez em sua história, terá uma final inglesa. E, diga-se de passagem, com extrema justiça. Manchester United e Chelsea, com campanhas impecáveis, vão decidir uma final espetacular, com diversos elementos para deixar grudado na tela da TV no próximo dia 21 de maio qualquer cidadão do mundo que aprecia o esporte bretão (nada mais apropriado).

Aliás, a edição 2008 da liga lavou a alma dos ingleses, depois do vexame da seleção de Steve McLaren nas eliminatórias da Eurocopa – para quem vive em outro planeta, a Inglaterra é a única das “seleções de ponta” que não se classificou para o maior torneio europeu de seleções, e o que é pior, com uma derrota em pleno Wembley, por 3 x 2, para a Croácia (que ganhou a vaga e se classificou junto com a Rússia).

O Manchester é o time do momento: tem o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, que completa o ataque mais poderoso da Europa com o nervosinho Wayne Rooney e o endiabrado Carlitos Tevez. Completam o timaço jogadores como Van Der Sar, Evra, Ferdinand, Anderson, Nani e Giggs (os dois últimos, reservas!!!). É sem dúvida o favorito, mas, ao contrário das demais fases, o jogo é único, um erro na Rússia e bye bye tri-campeonato.

O Chelsea vem como azarão, mas na minha opinião tem tudo para surpreender e conquistar seu primeiro título: além de um time com alguns dos maiores nomes da atualidade em todas as posições (como Peter Cech, John Terry, Ashley Cole, Michael Ballack, Joe Cole, Didier Drogba), conta com um histórico atual invejável contra o adversário (das últimas nove partidas, o Machester venceu apenas uma).

Na terça, com um golaço de Paul Scholes, o Manchester mandou para casa os catalães do Barcelona (sem Ronaldinho), com um golaço de fora da área aos 14 minutos de jogo. Mas assim como demonstra o placar, o jogo não foi nada fácil, com o Barça pressionando até o final (os últimos 20 minutos foram de pressão total). Cristiano Ronaldo cansou mas ficou em campo, o tempo todo com as mãos nos joelhos; Tevez foi um guerreiro, correu e marcou até o fim; Messi fez o que pôde, mas não ganha sozinho; Eto´o foi uma nulidade.

Ontem, o Chelsea suou no tempo normal, mas teve força para vencer o chatíssimo Liverpool (pentacampeão da liga), com um 3 x 2 na prorrogação. Drogba foi o nome do jogo (aliás, como é marrento!!!). Para não irritar Pablo, Fernando Torres, o espanhol, cumpriu parcialmente sua promessa e marcou seu gol.

Curiosidades:

• Os dois times, além de disputarem o maior título de clubes do futebol mundial, estão rigorosamente empatados em pontos na tabela do campeonato inglês, depois do clássico entre eles no último fim de semana, com vitória azul por 2 x 1 (com dois gols de Ballack). Emoção também, já que faltam apenas duas rodadas.

• O Manchester United venceu as duas finais de Liga dos Campeões que disputou: 67/68 (4 x 1 sobre o Benfica) e 98/99 (2 x 1 sobre o Bayern de Munique). O Chelsea chega pela primeira vez à final.

• Manchester e Chelsea já decidiram duas vezes um título no sistema de playoffs (o popular mata-mata), as Taças da Inglaterra de 1994 e 2007:

*Em 14 de Maio de 1994, no antigo Wembley, os Red Devils deram uma surra nos Blues, impondo um humilhante 4 x 0, com dois gols de Cantona, Mark Hughes e Brian McLair. O treinador? Sir Alex Fergunson. Aliás, Ryan Giggs jogou os 90 minutos daquela partida.
*Só que no ano passado o time londrino devolveu a derrota, já no novo Wembley: 1 x 0, gol de Drogba, na prorrogação.

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OBS: Na Copa da UEFA, final improvável: Rangers FC x Zenit. O poderoso Bayern de Munique levou uma surra do Zenit na Rússia por 4 x 0, no jogo de despedida de Oliver Kahn (que jogou muito mal). Já o Rangers passou pela Fiorentina, nos pênaltis, em pleno Artemio Franchi, depois de dois empates em 0 x 0. Aliás, o Rangers ainda não levou gols na competição.

Mais de 47 mil ingressos foram vendidos no primeiro dia das bilheterias abertas para a final do Carioca (recorde no campeonato). Parece que as pessoas estavam segurando a grana para a decisão.

Para quem ainda não comprou, resta torcer para não acabar e usar a manhã do dia do trabalhador na fila.

Os botafoguenses tem raiva daquela frase:

Tem coisas que só acontecem ao Botafogo

E tentam de forma infrutífera afastar a pecha de superticiosos de si.

E parece que a final da Taça Rio contra o Fluminense não serviu de lição para o Botafogo, quando Renato Gaúcho se borrando de medo do Botafogo apelou para ir contra a supertição do alvinegro e resolveu colocar o tricolor vestido de branco, obrigando o alvinegro a entrar de … alvinegro.

E todos sabemos que fim levou essa babaquice do Renato.

Mas aí, aparece-me o Botafogo para jogar contra o Flamengo com seu traje branco. Um time que tem melhor campanha, entrar no clássico preocupado com supertiçãozinha besta, que ainda por cima que foi verificada na semana anterior ser ineficaz, merece perder.

Pouco mais de 2000 ingressos foram deveriam ter sido disponibilizados para torcedores do Palmeiras no 1º jogo da decisão do Paulistão em Campinas. Acontece que a diretoria do Palmeiras resolveu que não iria vendê-los nas suas bilheterias para que o torcedor pudesse tentar adquirí-lo.

O Palmeiras achou por bem por ser pequeno o número de ingressos, priorizar diretores, conselheiros e … e … torcedores uniformizados*.

Claro que duas torcidas uniformizadas* do Palmeiras venderam os ingressos, emquanto o clube não.

*uniformizadas deve ser o eufemismo para organizadas em São Paulo. Consegue ser um termo mais errado ainda, afinal de contas, pelo que vejo na TV, quase todo torcedor do Palmeiras é uniformizado, considerando como uniforme a própria camisa do clube.

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Enquanto isso, proibe-se a cerveja nos estádios…

Por conta dos jogos da Libertadores e da Copa do Brasil, não haverá na quarta-feira venda antecipada de ingressos para a decisão no Maracanã e no Engenhão. Mas haverá nos demais lugares e nestes estádios à partir de quinta.

Pontos de Venda antecipado:

• Gávea (sede do Flamengo)
• General Severiano (sede do Fluminense)
• Laranjeiras (sede do Fluminense)
• Caio Martins (Niterói)
• Maracanã (bilheteria 8 )
• Engenhão (bilheteria norte)

Quem não mora nestes locais, que se coce.
Preços:

• Arquibancadas : R$40,00
• Cadeiras: R$30,00
• Especiais: R$150,00

Idosos, deficientes físicos e menores de 12 anos têm gratuidade, e estudantes pagam meia-entrada mediante apresentação de carteira da instituição de ensino e identidade. No dia do jogo, os torcedores só poderão adquirir os ingressos nas bilheterias do Maracanã.

Os sócios-torcedores ou quem paga por algum plano especial, que fique esperando. Apesar de dois jogos, em nenhum haverá um clube mandante.

Arrependi-me duplamente de uma coisa apenas ontem no Maracanã:

Deliberadamente não ter levado a máquina digital.

1. O Maracanã estava lindo e o local que eu estava dariam excelentes fotos tanto do Maraca quanto do jogo em si.
2. Com a máquinda daria para gravar o que eu e Robinson falávamos durante o jogo (mais especificamente o 2º tempo em sua plenitude) que será basicamente o que será lido na íntegra no texto que segue.

Tenho certeza que quem não esteve no Maracanã, ou não torce para Botafogo ou Fluminense, viu um jogo chato e modorrento ontem. Mesmo que esteve no Maracanã e torce para Botafogo ou Fluminense viu um jogo chato e modorrento ontem no 1º tempo.

Pegando os melhores momentos em qualquer jornal, é provável que encontre-se dois no 1º tempo: pênalti no Washington e chute na trave do Alessandro.

Já o 2º tempo começou com outros ingredientes.

Os melhores momentos foram raros também, só que este foi diferente do 1º, e como…

Começou com o Botafogo alugando meio-campo, mesmo sem levar perigo ao gol de Fernando Henrique. Túlio e Diguinho ditavam o jogo encurralando o Fluminense em seu campo.

A torcida do Botafogo sentia o mesmo e cresceu, e dessa vez, eu que tanto meto o malho em torcidas, sou obrigado a dar a mão à palmatória. A do Fluminense reagiu por conta própria e formou-se o caldeirão. Desta vez, garanto que não é exagero dizer que o Maracanã ferveu.

E quando Cuca preparava a primeira substituição, isso com o Botafogo já tomando conta das ações do jogo, contra um Fluminense que nem contra-ataque esboçava, Robínson já levantou a bola:

O Cuca vai bagunçar com o Renato. O Botafogo já domina e ele ainda vai renovar o fôlego do time.

Na mesma hora, veio à minha mente a lembrança da semi-final contra o Vasco, onde Renato resolveu segurar todos os titulares em campo para que estes cobrassem os penalties. Nesta hora, começou a bater o desespero. Comentamos que ao contrário do Vasco que era um time fraco e com um treinador recém-chegado, o Botafogo engoliria o Fluminense. Seria muito difícil e improvável um time encolhido sem renovação de pernas e pulmões segurar um time bom como o do Botafogo.

Estavamos atrás de Renato e a gritaria era:

Mexe no time, Renato. Deixa de ser babaca com essa porra de penalti e mexe logo nessa merda.

E o Cuca ia fazendo suas substituições, fossem elas por contusão ou escolha de seu treinador, o que importa é que o Botafogo jogava melhor e tinha tudo para jogar melhor ainda.

Mas aí, o futebol resolve dar uma mãozinha para Renato. Se o que o jogo se apresentava, se os gritos de torcedores, se nada disso adiantava para fazer o treineiro do Fluminense enxergar o óbvio e sair do seu esconderijo de deixar os cascudos (sic) em campo, o futebol enviou este sinal. Em uma arrancada do Junior Cesar, Alessandro levou um segundo amarelo e deixou o Botafogo com 1 a menos em campo, com bastante tempo de jogo. A previsão era de uma guinada de 180º, considerando que o Fluminense dispunha ainda de 3 substituições e a possibilidade de colocar seu time escalado para se defender jogando no ataque.

Mas, puta que pariu. Renato deixou a merda do seu time do mesmo jeito. Apenas ocorreu uma ligeira translação do jogo um pouco para o campo do Botafogo, absolutamente natural na condição de 1 jogador a menos.

Se nós já comentávamos antes da expulsão da necessidade do Renato colocar um outro atacante (que poderia ser o Allan ou avançar o Cícero lá para frente) para tirar o Botafogo de cima, imagine agora então com um a mais. Aí ficava gritante a necessidade de se colocar Tartá e Allan, e tome correria para cima do Botafogo.

Renato não fez isso, e de repente… gol do Botafogo.

Explosão de um lado da arquibancada. E uma explosão que não deixa que o outro lado cogite abafar. Primeiro porque era a vibração da torcida do time que buscava o jogo, segundo porque só encontrou sua explosão em um momento de adversidade. E do outro lado, a torcida que apoiou teve de se calar frente a apatia (eufemismo de burrice) de seu treinador que com um a mais, com o elenco mais caro e escolhido por ele (não venham falar de desfalques. Dois atacantes de fora apenas) tentava deliberadamente segurar o Botafogo para decidir nos penalties.

O treineiro do Fluminense é um bobalhão. Faz uma pose dos infernos na beira do campo. Em diversas ocasiões pelo Blá blá Gol, comentei em jogos que o Fluminense tomava um gol no 1º tempo, Renato bobalhão mandava o time para o aquecimento. Sempre, invariavelmente. Parece que para o treineiro, substituições são instrumentos de punição/premiação (outra palhaçada dele é essa de ficar colocando o Roger para entrar em jogos que não valem nada e definidos aos 40 e tantos minutos do 2º tempo). Como bem disse Robínson, é inadmissível que um treinador não utilize as substituições em uma partida de futebol nos dias de hoje, em ordem de grandeza aproximada, renova-se quase 30% do time.

Então, lá para 40 e tal, o vacilão coloca o Tartá. E para falar disso, prefiro tentar reproduzir o que Cuca disse na coletiva sobre isso:

O Renato substituiu bem. Quando entrou o Tartá, ele e o Junior Cesar conseguiram nos dar trabalho e levar perigo pelo nosso lado direito que tinha perdido o Alessandro.

Fazendo uma tradução livre aqui, podemos ler a frase da seguinte forma:

Se o Renato coloca o Tartá assim que o Alessandro fora expulso, estavamos fudidos. Teria de rebolar para segurar o Tartá e o Junior Cesar pela nossa direita

E comentei com Robínson que tinha certeza que o Cuca sabia que o Renato não mexeria no time com o jogo empatado. Renato fez isso contra o Vasco, que oferece muito menos perigo que o Botafogo. Não se exporia contra o Glorioso.

A torcida do Fluminense teve de sair pianinha do Maracanã. Nem mesmo esboçar o orgulho bobo dos vascaínos ao perderem a semi-final com a superação de sua equipe ouo chororô do Glorioso contra os rubro-negros, já que contou com um pênalti a seu favor e duas expulsões do adversário.

Viu um adversário merecedor da vitória e se viu merecedor da derrota.

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A tarde trágica de Renato poderia parar em campo. Mas o arrogante-mor do futebol carioca resolveu ser o campeão da estupidez ontem ao dar entrevista coletiva.

Primeiro, Renato confirmou o medo. O medo foi treinado e orquestrado. O Fluminense não entrou recuado pela falta de atacantes (na verdade, dois desfalques já sabidos há mais de um mês) e sim por vontade e medo do treineiro:

Na expulsão do Alessandro, eu adiantei o Cícero. Gosto de futebol ofensivo, mas se eu coloco o Cícero na frente desde o início, a gente ficaria com quatro jogadores que não marcam. E eu não sou burro, pois o forte do Botafogo é o meio-de-campo. (Renato Gaúcho)

Depois vieram os festivais de “eles perderam”:

Para variar, Renato sempre explica o que faz, mas nunca erra. Como sempre, ele vem dizer que o Fluminense tomou um gol de desatenção e que isso não pode acontecer (sei lá, mas acho que se não fosse por desatenção, todos os jogos terminariam empatados em 0x0 – para Renato o gol não saiu porque o Fluminense deu o campo por opção sua ao Botafogo).

Também, sem querer colocar culpa no jogador (sic) disse que um lance do Tartá em que ele não driblou o Castillo para sofrer pênalti comprovava que ele estava certo em não colocar o menino na fogueira:

Não adianta botar um garoto e queimá-lo. O próprio Tartá poderia ter driblado o goleiro naquele lance no fim do jogo, mas ele não tem experiência e não podemos jogar a culpa nele.

E o caso do Washigton então. Esse foi o pior. Os de cima podem até passar (com muita boa-vontade) por ato falho. Mas o comentário à respeito do pênalti foi a mais cara-dura de tirar o dele da reta:

Eu vou conversar com eles na terça-feira para saber o que aconteceu. Antes do jogo, eu havia conversado com Thiago Neves, Conca e Gabriel. Eles deveriam decidir entre eles quem bateria um pênalti, caso houvesse. Não era para ter sido o Washington, que não estava nas melhores condições. Só que, na confusão, quando vi, o Washington é que estava com a bola, e naquela hora eu não poderia gritar mandando ele não não bater, porque ia tirar toda a moral do jogador.

Que porra é essa de conversar com eles na terça-feira?

Cara-de-pau, hipocrisia do diabo. Em conversa com Gabão depois do jogo, o mesmo levantou a seguinte questão:

Ué? Se o pênalti foi no primeiro tempo, por que ele não falou no intervalo?

Outra coisa:

Washington era um dos piores em campo, assim como no jogo contra o Vasco. Possivelmente sentia sua contusão. Mas mesmo assim, Renato fez questão de mantê-lo para cobrar os penalties contra o Vasco, e fazia o mesmo contra o Botafogo. Que história é essa agora que seu artilheiro não é cobrador de penalties? E se essa historinha é verdade, que porra é essa que não pode mandar ele não bater. Se o Renato tinha tanta convicção assim que o Washington não deveria cobrar o penalti, porque não pedir para o capitão Luis Alberto ir lá e desautorizar que o artilheiro cobrasse?

Sem contar que Washington bateu e fez contra o Vasco na semana anterior. Sem sacanagem, alguém acha que um jogador profissional, artilheiro do time, precisa de uma preparação especial para cobrar penalties em um jogo específico. O cara perdeu o penalti e pronto. Por nenhum motivo em especial. Simples assim.

O Washington deveria ter sido substituido no jogo, não por ter perdido o penalti, mas porque não conseguia dar seqüências às jogadas. Deveria ter sido também contra o Vasco. Mais erros na conta do Renato.

A crítica maior de Serginho Valente a Renato, é que ele despiroca-se todo na hora de decidir e mexr no time. Tem medo de decidir. Fez de novo contra Vasco e Botafogo. Teve o desprazer de levar o jogo contra um time reconhecidamente mais limitado para os penaltis (e teve de se dar por satisfeito pelo jogo apresentado) e uma derrota incontestável para um com melhor futebol. Teve o jogo do Vasco como aviso e não aprendeu. Teve a exspulsão de Alessandro e não aprendeu. Renato na berlinda.

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Outra coisa é não minimizar essa derrota no Estadual. Ela não é só um sinal de alerta vermelho. Vejamos o que essa derrota para o Botafogo representa:

1. Uma freguesia começa a ser escrita. 3 vitórias do Botafogo sobre o Fluminense, duas decisivas, onde em nenhuma delas o Fluminense mostrou que ao menos poderia fazer sombra ao Alvinegro
2. Com dois anos seguidos de decisão entre Botafogo e Flamengo, o Fluminense com todos os seus investimentos, vê este clássico se tornando o principal do Rio.
3. O Fluminense se vê na condição de ter delegado poderes ao Botafogo. Resta agora apenas torcer para que o Alvinegro vença o Flamengo para manter a dianteira no número de conquistas de títulos estaduais sobre os rivais cariocas.
4. A conquista da Copa do Brasil e a 4ª colocação no Brasileirão 2007 foram conquistados mais na base em se fazer difícil de ser derrotado do que de um time que busque a vitória (ao contrário da 3ª posição rubro-negra no mesmo Brasileirão). Os jogos únicos e decisivos contra o Botafogo mostraram deficiência do time quando este é testado contra um equipe boa (mas que nem mesmo é confiável) na obrigação de buscar a vitória

Para ganhar a Libertadores, o Fluminense terá de superar mais 4 adversários. Certamente contra um ou dois desses, o Tricolor deverá buscar um resultado. Ainda deve uma demonstração que consegue fazer isso.

Reanto classificava seu time do ano passado como verde para a Libertadores. Mas será que o próprio também não é?

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Renato é um ídolo da torcida do Fluminense. Além de ser um cara que tem bom trato com a mídia. Essas características mascaram suas deificiências e, o seu jeito descontraído somado ao fato de falar bem encobrem a falta de humildade.

Continuo achando que faria um bem danado ao Fluminense que Renato comandasse o time lá de cima. Ele arma bem o esquema defensivo, e acho que menos preocupado em fazer jogo de cena à beira do campo, entenderia um pouco mais o que é necessário para colocar o time para vencer.

Aliás, comandar a equipe do alto é um conselho que deveria ser extendido a todos os técnicos de futebol. O campo é muito extenso para ter algum ganho do cara tentar controlar dali de baixo, com o agravente do sujeito não ver direito a partida e ainda se deixar levar pelo calor do jogo.