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Chamou atenção no primeiro tempo de jogo os cartões amarelos aplicados pelo árbitro. 8 (5 para o Vasco e 3 para o Botafogo).
A turma da TV chiava, mas eu confortavelmente instalado em meu sofá gostava do que via.
Via um clássico bom e principalmente sem frescura ou ensebação.
Está na origem da criação dos cartões que ele seria usado como comunicação entre árbitros, jogadores e torcida. Por que hoje em dia entende-se necessário que estes se comuniquem com voz e gestos?
Bateu, transgrediu, reclamou… amigo, amarelinho. Não precisa daquela palhaçada que aconteceu durante o ano passado que inventaram que o árbitro tinha de deixar o jogo correr, randomizando a marcação de faltas e deixando o jogo deveras escroto.
E foi assim desde o início, e durante todo o jogo nenhum jogador ficou de enrolação, a pancadaria não tomou conta da partida e nem por isso a partida foi pouco pegada.
O bom jogo e seus cartões iam acontecendo com o Vasco um pouco melhor no 1º tempo e durante parte do 2º quando entrou Gabriel pelo Botafogo, que estreou bem contra o Tigres. Está certo que logo depois o Vasco ampliava o placar para 2×0 novamente com Elton que marcara no início do jogo o primeiro gol.
Todavia, Gabriel conseguiu arrancar a expulsão de Nilton com mais de 25 minutos por jogar e recolocou o Glorioso na partida, ainda mais que jogando no lado esquerdo, Gabriel empurrou Tiaguinho para cair no meio e este marcar o gol botafoguense em jogadinha de pivô de Victor Simões.
Quando o empate do Botafogo era iminente, Carlos Alberto resolveu colocar a bola de baixo do braço e mandar no jogo. Pois bem, acreditem, o camisa 10 cruzmaltino mandava no campo. Desde auxílio à sua meia-cancha, desde a armação no meio até a conclusão na frente. Além disso, fez com que o Vasco não se encolhesse, inclusive tendo seu zagueiro Fernando resolvido virar atacante da equipe.
Ajudou bastante o Botafogo ter renegado as jogadas pela esquerda com Gabriel e Tiaguinho.
De qualquer forma, eram 11 contra 10 em um jogo excelente, o Botafogo tinha chances de virar o jogo por mais que o Vasco jogasse bem, até que… até que Gabriel cochilou e fez penalty em Paulo Sérgio (aos que me perguntarem, respondo de ante-mão que a falta foi fora da área, mas o árbitro acertou em dar o penalty, porque era impossível que ele tivesse convicção de que foi fora da área, e na dúvida, é pró-ataque). De lambuja, o jovem lateral do time da Estrela Solitária ainda foi para o chuveiro mais cedo (coisa que Ney Franco queria evitar quando substituiu Léo Silva que deveria ter tomado um segundo amarelinho).
Léo Lima bagunçou Renan na hora da cobrança. Vasco 3×1.
À partir dai, o jogo serviu para os cruzmaltinos lavarem a alma na arquibancada. Extravasarem e projetarem que por este jogo é possível vencer a Taça Rio. E serviu também, para Carlos Alberto entregar um chocolate ao Botafogo e colocar chave de ouro na sua atuação após a expulsão de Nilton.
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Para registro:
Se Jean Carioca não jogou nada, o sujeito que entrou no lugar dele conseguiu ser pio: Laio. E Ney Franco coitado, quis evitar que Léo Silva fosse expulso, mas não adiantou, porque o substituo Diego tomou um vermelho direto por pancada. Sem frescuras.
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