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Posts Tagged ‘Goiás’

2009 – Quem subiu, quem desceu

December 24th, 2009 | 28 Comments | Filed in Futebol

SUBIRAM:

  • Flamengo: Tricampeão Carioca e Campeão Brasileiro. Precisa mais? Como um plus, o Flamengo colocará caraminholas nas cabeças dos formadores de opinião, que por não ter o CT da Soneca bradam pelos cinco mil alto falantes que o clube não tem estrutura. Desconsideram uma das folhas salariais mais caras do País (senão a mais cara) há 4 anos, não levantam que tipo de profissionais cerca o clube e por aí vai. É só não tem CT e o presidente é fanfarrão. Agora corram atrás para explicar o título rubro-negro. Mas não se preocupem, para isso existe a torcida ou dizer: “deixou chegar, ninguém segura o Mengão
  • Internacional: O time mais wanna be melhor do Brasil chegou próximo dessa vez. Vice no Brasileiro, vice na Copa do Brasil, Vice na Recopa Sulamericana. Vice na lista do Quem Subiu Blá blá Gol. Canta aí gordinho.
  • Cruzeiro: Para o Bicampeão Mineiro faltou aquela vitória contra o Estudiantes e o primeiro semestre seria um sonho. Sonho esse que se renovou no 2º semestre com o competentíssimo Campeonato Brasileiro. 2009 mais para o bem que para o mal.
  • Corinthians: Fechou de forma magistral com a Copa do Brasil o ciclo iniciado em 2007. Dormiu no Brasileirão e inicia o ciclo da Libertadores.
  • Atlético-MG: Cada ano melhor. Ficar de fora da briga pela Libertadores no fim pode ter sido uma ducha de água fria, mas considerando que brigar por isso já soava estranho, como não considerar 2009 um ano positivo para o Galo?
  • Avaí: Para quem veio com a meta de fugir do rebaixamento, foi o time sensação do Campeonato Brasileiro, jogado sem sustos.
  • Vasco: Planejou o mínimo com folgas para 2009 e viveu um ano sem maiores atropelos, cumprindo com sua obrigação em função de seu tamanho, receita, estrutura e diferença para os demais clubes da Segundona. Apenas razoável no 1º semestre quando infelizmente seus torcedores vestiram a carapuça da humildade exacerbada. Poderiam ter cobrado um título.
  • Seleção Brasileira: O time de Dunga resolveu jogar bola sem estrelismo, conseguindo, por isso, simplesmente por jogar bola, atrair a identificação do torcedor mais ranzinza e gerar empatia. Há muito não se via torcida para o Brasil ganhar como na Copa das Confederações.
  • Dunga: o ítem Seleção Brasileira já responde por ele dentro de campo. Sem contar que ele está dando show no trato com a imprensa. Frescura Zero, inclusive com os cardeais.

INDIFERENTES:

  • São Paulo: Ser eliminado por Brasileiro nas Quartas da Libertadores não é novidade. Dessa vez não ganhou o Campeonato Alemão Brasileiro, mas sempre achei que isso é um plus no planejamento são-paulino. O negócio desse time é classificar para a competição continental. Conseguiu, como sempre.
  • Goiás: Foi Goiás como sempre. Sem Paulo Baier, ao menos não correu riscos de rebaixamento.

DESCERAM:

  • Botafogo: Uma das visões acerca do Botafogo no Blá blá Gol diz respeito à sobrevivência do clube em médio e longo prazo com vistas ao crescimento sustentável. Nesse aspecto, ficar na Primeira Divisão não credenciaria o clube para o Desceram. Mas um time como o Botafogo ficar sempre nesse sufoco estrangula sua torcida, que não comparece ao estádio. Se existe essa política no clube, ele desce por não conseguir vendê-la para seu torcedor, não fazê-lo encampar essa briga do clube. Desce porque não conseguiu sinergia com seu torcedor.
  • Santos: mais um ano para o santista esquecer.
  • Grêmio: Um ano de pasmaceira. Maldito Gauchão. Acelerou mudanças e criou ambiente propício para a vinda de Paulo Autuori que em nada resultou. Alías, a perda do Gauchão ainda tirou a possibilidade de criar um slogan para o rival: “Vice de Tudo”. Ano trash para o Grêmio.
  • Fluminense: Coisas do futebol, e o tricolor terminou 2009 sorrindo de orelha a orelha e esperançoso. Mas o Fluminense somente sobreviveu. O ano não começou na arrancada. Bisonho estadual, elimado na primeira adversidade na Copa do Brasil e pífia campanha em 2/3 do Brasileirão. O Fluminense de 2010 sai como o vencedor de uma guerra, mas guerra em seu território. Nem uma vaguinha na Sulamericana.
  • Náutico: Já foi tarde
  • Atlético-PR: Ano após ano vai perdendo a pujança que atingiu no início da Lei Pelé.
  • Coritiba: Mal no Estadual, Copa do Brasil mediana e um Brasileiro sempre com a corda no pescoço, Brasileiro iniciado com Renê Simões já de bombeiro e sem muito o que Ney Franco fazer. Um time constante na ruindade em 2009.
  • Palmeiras: O fanfarrão-mór de 2009 com seu presidente “mudernu” e seu planejamento de parceria. O Palmeiras/Traffic foi montado há dois anos para vender jogador, em especial, Diego Souza. Nisso, lá se vão Libertadores, Paulistas, Brasileiros… A única alegria esmeraldina foi contra o pior time do ano que segue abaixo.
  • Sport: Campeão da Copa do Brasil 2008, o Sport encarou a Libertadores 2009 com Paulo Baier de estrela. Faz-me rir. Afundou e levou o time junto com ele. Exímio especialista em fugir do rebaixamento, não fez o que dele não se esperava, disputar um título. Após a eliminação para o Palmeiras na Libertadores, o Sport foi ladeira abaixo até rebaixamento antecipado no Brasileirão. Brasileirão esse, sem Paulo Baier. Na hora que era para o cara disputar o que sabe, não o usaram.

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Flamengo sentiu a pressão da torcida – diz Bruno

November 23rd, 2009 | 78 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Flamengo, Goiás
Se fode aí, torcida

Se fode aí, torcida

Crédito pela pesquisa: Google e @Gaburah

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Eu sou a Lenda

November 23rd, 2009 | 27 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Flamengo, Goiás

Eu fiz parte do “maior mosaico do mundo”. Ficou muito maneiro, mas neguinho não teve muita paciência e ficou pouco tempo de pé. O que vai aparecer de foto mostrando falha vai ser uma festa…mas que ficou bonito, isso ficou.

"- Achou vaga, parceiro?"

"- Achou vaga, parceiro?"

Sobre chegar no estádio: há algum tempo vou meio puto ao Maraca pela falta de cerveja. Mas agora a falta de estacionamentos piorou meu mau humor. Cheguei lá duas horas e meia antes do jogo (!!) e as poucas opções disponíveis estavam lotadas. Acabei deixando em um que fica em frente à Cefet, até já fora maneiro e organizado, mas atualmente foi INVADIDO e tomado pelos flanelinhas. Parece aquele filme “Eu sou a lenda”. Muito bizarro e sem segurança nenhuma! E pior: flanelinhas cobrando até 20 REAIS e sem o menor receio de deixar no ar que se o pagamento não fosse feito, poderia acontecer “alguma coisa”. Foda…morte aos flanelinhas! Paguei pra não estressar (mais).

Na entrada foi tudo tranquilo e lá dentro também, apesar do calor. O Botafogo ia dando alegrias e eu enchendo a cara de água (que inveja dos afortunados tricolores) . O time entra e nada do futebol aparecer. Os rubro-negros entraram completamente apáticos, errando tudo. Principalmente o corinthiano Juan. Apenas Bruno, Léo Moura, Willians e Fierro jogaram alguma coisa. O resto foi lá pra ver o mosaico.

O Goiás utilizou sim o anti-jogo. Parava toda hora com faltas ou simulações de contusão. O Harley irritou demais! Mas foda-se, isso acontece. O que não pode é o Andrade tirar o Williams pra colocar um cara que está há 4 meses sem jogar. O Zé Roberto demorou muito a ser sacado também. Já o Pet, só apareceu em dois lances: uma falta que raspou a trave e num lançamento que deixou o Juan livre pra cruzar, mas o BABACA forçou uma falta inexistente. Deu pra ver claramente o Adriano puto…

Mas enfim…Flamengo é isso. É capaz de ganhar do Resto do Mundo e perder do time do Marieta na final do Interclubes. A verdade é que quem fez minha alegria no Maraca mesmo foi o Fogão.

P.S. – Não pude fazer fotos da rubro-negras sob pena de levar porrada. Mas estava bem florido…

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Pfiu – Anticlímax

November 22nd, 2009 | 22 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Flamengo, Goiás

Flamengo 0x0 Goiás

Craque São-paulino do Campeonato

Craque são-paulino do Campeonato

Alegria rubronegra no domingo só gozando com o dos outros.

Petkovick não jogou pedrinhas e foi bem sacado da partida. Já deveria ter saído antes. Mas precisava ter entrado Fierro?

Pois bem, Fierro entrou e ainda esboçou um salseiro pela direita e foi o único que deve ter deixado bom impressão na Magnética, isto porque Willians que desarmava todas fora sacado sabe-se lá porquê.

Sabe-se lá porquê, Hélio dos Anjos resolveu jogar com Julio Cesar, e principalmente Felipe no banco. Seria para melhorar o time no segundo tempo e surpreender o rubronegro quando Pet já estivesse cansado?

Iarlei, Léo Lima e Fernandão até foram competentes, mas, abrir mão do artilheiro?

Pífias foram as investidas de Bruno ao ataque. O que dizer então do último lance quando o goleiro combinou com Kleberson de jogar a bola em sua direção, consagrando Harley, de atuação quase perfeita que só faltou dar um bicão para a meta rubronegra neste lance.

Faz mesmo?

Faz mesmo?

O Flamengo para ser campeão fica na dependência do Goiás, que termina mais uma vez o Campeonato como figurante de luxo.

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Saudades da infância

October 12th, 2009 | 30 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009
Grandes Momentos da Infância

Grandes Momentos da Infância

Ainda bem que aproveitei o feriado do Dia das Crianças de Nossa Senhora de Aparecida, enchi o cooler de cerveja (sem trocadilho) e fui para praia, longe da modernidade do twitter (o Blá blá Gol embarcou nessa onda). Modernidade paradoxal que costuma trazer à tona todo o saudosismo com o que havia de pior nos anos 80 (#Ploc #Fail).

Nem liguei a TV para ver os jogos. Para ser sincero, fiquei no fim de semana prolongado apenas com Free Willy e achei de bom tamanho. Mas não quis deixar passar em branco a vibe #tuitesuainfancia e deixarei algo da minha no futebol que não encontro mais nos dias atuais:

#tuítesuainfância Lembro que no auge do campeonato o time que ganhava todo mundo era o campeão. Ao contrário de agora.

29ª Rodada para os 5 primeiros colocados: Palmeiras, São Paulo, Internacional, Atlético-MG e Goiás.

  • Náutico 3×0 Palmeiras – time que só perde e abre vantagem
  • Flamengo 2×1 São Paulo – hora dos credores baterem na Gávea
  • Internacional 1×1 Atlético-PR – legado de Tite
  • Atlético-MG 0x1 Cruzeiro – mode Celso Roth ON
  • Goiás 1×1 Sportesmeraldino. Esmeraldino, esmeraldino

Uma beleuza. Periga um time lá de baixo pontuar para escapar do rebaixamento e acabar campeão.

"- Filhotinho... deixa Papai ver o jogo com calma, deixa."

"- Filhotinho... deixa Papai ver o jogo com calma, deixa?"

****

Para poupar-nos trabalho, seguem os jogos que complementaram a rodada, mas que nada tem a ver com a ideia do post:

  • Corinthians 2×1 Grêmio – férias
  • Santo André 1×2 Fluminense – 2010, O Ano Em Que Faremos Contato
  • Coritiba 1×2 BarueriRJ e NE agradecem
  • Santos 0x0 Vitória – férias
  • Botafogo 2×2 Avaíevento raro no Engenhão

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Rodada abençoada!

October 5th, 2009 | 30 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2009, Futebol, Goiás

Dá-lhe Fogão!Fiz questão de ainda não ler nada na imprensa pra não influenciar o post.

Vestindo a carapuça de sem-vergonha, sentei pra assistir Goiás X Botafogo em casa, declinando inclusive do convite de dois amigos palmeirenses pra ir até um bar temático acompanhar as duas partidas simultaneamente –  uma em cada telão. Na véspera até troquei uma ideia com o garçom local (também botafoguense) que, em cumplicidade, me ouvia pedir que a partida fosse exibida em uma TV de 14″ e de preferência em preto-e-branco. Pra não chamar muita atenção, sabe?

A preocupação vinha da véspera, depois de me apavorar com matérias do Globoesporte.com e do Lancenet, que diziam mais ou menos a mesma coisa: Botafogo chega a Goiânia com cansaço estampado no rosto. Ora, inevitável o calafrio na espinha: se descansado o Botafogo fez o que fez contra o Emelec, fiquei imaginando o tamanho da hecatombe que se abateria sobre um alvinegro declaradamente exausto física e emocionalmente. “8 X 0” – palpitei amargurado, tendo recebido de volta um olhar de quem não duvidava por parte do garçom companheiro de cores.

Domingo 16h encaro a TV, sonolento. O primeiro tempo modorrento só colaborava para a minha batida de cabeça e as piscadas mais demoradas. Nada que se salvasse, mas mesmo quase dormindo já imaginava: “Duvido que o Botafogo termine esse jogo com 11 em campo”, farta que era a distribuição de amarelos pelo sr. Juiz. O Goiás pressionava, o Botafogo corria atabalhoadamente pra se segurar e aí veio o fato que mudou a história do jogo em delay: o juiz me expulsa (justamente, indiscutível) um defensor do Goiás. Hélio do Anjos bufou mas não deu tanta bola assim. Pudera, pois mesmo com 10 em campo sua equipe ainda dava trabalho ao Botafogo. O meio-campo inoperante e sem graça do Botafogo não conseguia tirar qualquer proveito da vantagem numérica. E nesse escopo crescia a importância do primeiro destaque deste jogo: Jefferson. Partidaça: seguro, ágil, presente, soberano na área. Como é bom ter um goleiro de verdade afinal. Desculpa, Castillo, mas tenho que dar o braço enfim a torcer. Sua fase não ajuda, e a do Jefferson é magnífica. Melhor sorte pra você na Celeste.

Intervalo. Melhores momentos, Blá Blá Gol e um chá pra tentar acordar e prestar um pouco mais de atenção pra poder escrever qualquer coisa mais tarde.

Segundo tempo. Goiás mais ofensivo, Jefferson ainda brilhava fazendo defesas belíssimas. E lá pros 25′ se não me engano, Estevam me saca Jobson do banco para o lugar do inoperante Reinaldo. “Xi, é o cachaça do Brasiliense”, pensei. “Falta de opção é uma merda…”. Fui para mais um chá e ouvi “GOL!”. Corri para a TV e vi Jobson comemorando, depois de um belo passe do André Lima. O Botafogo parecia não acreditar, e espantava seu sono ao mesmo tempo que eu espantava o meu. Jobson infernizava – não sei se por orientação do Estevam ou não (prefiro crer que sim) – e o Fogão inteligentemente alternava ataques pela esquerda e pela direita, ora com Jobson apoiando, ora com André Lima. E de outra bela jogada do camisa 18, Victor Simões fez o dele, de primeira, um belo e difícil gol. Logo em seguida, Victor Simões novamente livrinho-da-silva perde outro, ridículo de tão fácil.

Faltava o do André Lima, que fazia uma boa partida principalmente no segundo tempo, etapa em que ainda não tinha ido ao chão nenhuma vez sequer. Mas não demorou muito e guardou o dele. Lindo, por sinal, coroando o segundo tempo impecável que me fez matar a saudade do artilheiro que foi pra Alemanha. 3X0 que pareciam pouco. E vem um pênalti! Caraca, não acreditei – o Goiás muito menos. O Botafogo menos ainda. Lúcio Flávio bate nitidamente tenso e perde, o que teria acontecido mesmo que a bola entrasse graças à invasão do André Lima.

Não havia mais muita coisa para o Goiás fazer. Jogava sua oportunidade de encostar no Palmeiras longe, enquanto o Botafogo ganhava o jogo em pleno Serra Dourada. E aqui se faz toda a diferença: não foi o Goiás que perdeu, foi o Botafogo que ganhou. Ganhou fazendo um bom jogo (na segunda etapa), quando soube usar a inteligência e explorar a facilidade que o time esmeraldino ofereceu ainda no primeiro tempo. Uma apresentação quase digna de Botafogo, e digo quase porque:

  1. Diego pode ser bem intencionado e tal, mas não há como permanecer quebrando galho na lateral esquerda. Ele que vá pra área tentar barrar um dos Três Patetas (aliás, chama o Teco e tenta junto com ele);
  2. Reinaldo não consegue fazer mais nada, impressionante;
  3. Victor Simões;
  4. Alessandro mantém sua regularidade: faz merda todo jogo. A nova prática do moço é dar chutinhos pra frente que sempre encontram algum adversário livre;
  5. Léo Silva ou nada é rigorosamente a mesma coisa. Aliás, o nada atrapalha menos;
  6. Como não pensar em retranca com um meio-campo que tem tanta criatividade quanto roteirista de paródia hollywoodiana?

Três pontos que não poderiam vir em melhor hora e que alimentam minhas esperanças em acontecimentos melhores. E esperança é o que resta, pois crença é coisa ainda bem diferente.

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Que pena, Goiás

October 1st, 2009 | 52 Comments | Filed in Copa Sul-Americana 2009, Fluminense, Goiás

Torcida do Goiás

Agradeça Botafogo, pois seu adversário nas quartas-de-finais da Sulamericana será o Cerro Porteño e não o Goiás.

Apesar da equipe esmeraldina buscar sempre Léo Lima para rodar o jogo, seu gol saiu em um chutão de Harlei para a frente que acabou indo parar de qualquer forma com Felipe dentro da área adversária e abrir o placar para o Goiás. A tônica do jogo mostrava que sim, o time da casa marcaria com tranquilidade seu 2º gol com mais de um tempo por jogar e teria tudo para buscar a classificação.

Mas para colocar um pouco de dramaticidade e imprevisibilidade, Everton decidiu que nada poderia ser fácil, chutou o pau da barraca e tomou o 2º cartão amarelo antes do intervalo largando para sua equipe o dilema do cobertor curto. Cobre a cabeça deixa o pé descoberto ou vice-versa.

Vamo pra dentro‘ – disseram os jogadores do Goiás ao voltar do vestiário. E mesmo com um a menos, atacou de forma organizada, criando volume de jogo.

Entretanto, atacar de forma organizada não é a fiel tradução de defender de forma organizada, a não ser que considere-se Harlei e Leandro Euzébio apenas lá atrás um primor de tática defensiva. E o Cerro não estava tão autista na partida com seus contra-ataques.

Heróicamente, algumas bolas foram tiradas dos pés de atacantes paraguaios no instante das estocadas finais. Contudo, o empate veio.

Empate que não desanimou os bravos goianos que com Felipe em jogada de vencedor não desistiu e marcou o 2º. Nessa altura, o Goiás fazia por merecer, não apenas pela gana e pela disposição física (como corriam), mas também pela bola que jogavam e pelos riscos que topavam assumir. Léo Lima, Felipe, João Paulo e Julio Cesar com mais intensidade e Iarlei com talento e nem tanta explosão jogavam vistoso futebol e fizeram por merecer o 3º gol em cabeçada para baixo, de almanaque, de Léo Lima.

Isto com mais de 10 minutos para o fim do jogo, e talvez nem tantas pernas restantes para o Goiás, que contudo, jogando bola não deu espaço para o Cerro fazer nem mesmo cera, o que não impediu o time paraguaio de fazer contra-ataques, dessa vez sem nem mesmo Leandro Euzébio para proteger Harlei. O gol paraguaio não saiu nem o goiano, e a partida ficará arquivada apenas para consumo interno.

De qualquer forma, se psicólogo houver no clube, tem bom material a capitalizar em prol da briga esmeraldina pelas primeiras posições no Brasileiro. E claro, um senhor time nas mãos.

Bonus:

Fernandão estava ligado, inegavelmente que se portou bem na partida até sair machucado. Mas não se destacou como os companheiros grifados acima.

– O Botafogo pode agradecer à expulsão de Everton, mas o Cerro não foi um time ruim de bola, apesar dos gols perdidos. É de longe bem melhor que o Emelec.

E no jogo de fundo…

 

Alianza treina firme

Alianza treina firme

 

Preguiça do inferno de fazer post para o jogo do Fluminense, que nem foi futebol. O time peruano só dava porrada. Foi assim até acabar a testosterona, acho.

Ainda assim, Fabinho conseguiu fazer um pênalti bossal, e Luis Alberto resolveu fazer cagadinha e foi expulso.  Ora pipocas, estava óbvio que iam ter expulsões a penca do outro time. Mas o assessor de imprensa tricolor Luis Alberto resolveu provocar dando um chutinho em um maluco com amarelo e rodaram os dois.

Não dá nem para avaliar os jogadores por essa partida. Acho que quando um time cai da 4ª Divisão ele vai jogar o campeonato peruano.

Forçando a barra para não ficar pouco texto sobre o jogo, posso dizer que enquanto parecia que tinha jogo, Conca e Diguinho (sim, é verdade) sobressairam-se um pouco, e Ruy foi fraco e João Paulo pouco se viu em campo.

Futebol hoje? Só no Serra Dourada.

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O Sexo dos Anjos

September 18th, 2009 | 5 Comments | Filed in Goiás

Estava aguardando para ouvir a tal declaração de Hélio dos Anjos que anda gerando bafafá por aí. Apenas confirmei o que achava.

Excesso de moralismo, 0 que diga-se de passagem não vem sendo privilégio do futebol, é a tônica da repercussão, já começando pelo título da reportagem.

Hélio dos Anjos jogou água-fria na explicação pueril para a queda de rendimento do time no campeonato por conta da chegada de Fernandão, e consequentes ciuminhos de outros jogadores, com linguajar e expressões nada incomuns na vida cotidiano de qualquer pessoa, porém estranhas ao mundinho ascético do futebol na TV oficial.

Já não me causa espanto os sites noticiosos seguirem esta onda ascética e consequentemente a própria opinião pública teleguiada vocifere contra o treinador homofóbico (sic).

Contudo, causa-me apreensão como factóides podem desviar o foco do que é pertinente, e até mesmo o que seria a pauta original. Ficam no ar as perguntas esquecidas no turbilhão:

  1. Por que o Goiás caiu de rendimento?
  2. Teria influência a vinda de Fernandão ou é meramente um evento normal dentro do campeonato?
  3. Apesar das bravatas de Hélio dos Anjos, existem mesmo ciúmes no elenco do Goiás?

Essas perguntas não serão respondidas e o pior, não serão mais feitas, uma vez que o assunto da vez é incutir um caráter homofóbico ao treinador do Goiás, por mais que a única coisa que tenha sido feita pelo mesmo, tenha sido condenar frescuras e viadagens no ambiente de trabalho ou de relacionamento entre homens que jogam futebol.

Ainda que as frescuras e viadagens (a.k.a. ciúmes e fofocas) existam no Goiás ficarão por isso mesmo, pois como dito acima, ninguém mais quer saber disso.

Musa do Goiás

Repelente de viados

Apesar de cagar e andar para a bravata de Hélio dos Anjos de não haver ciúmes e fofocas no Goiás, parabenizo-o pela postura após o furacão, mantendo o que disse de forma clara e contundente. Ainda assim, há os que continuarão buzinando, e aqueles que simplesmente não entenderão em 48 repetições, se duas bem claras já não foram suficientes, como nesta entrevista a Luciano Borges do Blog do Boleiro (que aliás, sem muito estardalhaço levanta a opinião de Hélio dos Anjos sobre as três perguntas levantadas neste artigo). Segue abaixo o trecho da entrevista que achei que melhor ilustra isto:

O time está oscilando, como oscilaram o São Paulo, Internacional, Atlético Mineito, Grêmio, Corinthians e Cruzeiro. O Campeonato Brasileiro é assim: um torneio muito longo, de oito meses, e é muito difícil manter o equilíbrio. O único time que está num equilïbrio é o Palmeiras e isso pode lhe trazer o título. Mas aqui começaram a dizer que meu time não jogava bem porque tinha ciúme ou inveja de jogadores com relação ao Fernandão. No meu ambiente, inveja e ciúme de homem é “viadagem” e frescura. Trabalho com homens e isso não existe.

Opa, você repetiu o que disse na coletiva.
Não gosto de frescura dentro do meu trabalho. Não tem essa de jogador com dorzinha aqui e ali, que fica com coisinha, que não suporta pressão. Isso não é ser contra os homossexuais.

Não?
Vou ser muito sincero com você, que eu nem conheço. Se eu achasse alguma coisa contra os homossexuais, eu falaria. Meu pensamento é esse. Foda-se o que vão achar. Só que não penso assim. Não tenho nada contra os homossexuais. Quando o repórter fez aquela pergunta sobre ciúmes do Fernandão, acabei falando daquele jeito. Se isso feriu alguém, peço desculpas.

****

Outro detalhe, para não passar em branco, é que a mídia como todo bom ascético, deve ser olhada com extrema ressalva, porque não há um bom moralista que não seja um grandessíssimo filho da puta. Os caras fustigam, fustigam e fustigam até sair qualquer coisa que valha para publicar. Não faz muito tempo que fizeram Hélio dos Anjos falar sobre o mesmo tema dos ciúmes no Serra Dourada.

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Nem Pet foi páreo para o Goiás

August 6th, 2009 | 23 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Flamengo, Goiás

Goiás 3x2 Flamengo

Beleza de quarta-feira com jogo gostoso de se ver na TV.

E beleza de ver como o Goiás constrói com facilidade e consistência suas jogadas de ataque, tendo Felipe como um azougue, fez 2×0 no primeiro tempo com Amaral primeiro e no fim com Léo Lima esperto empurrando Willians.

O Flamengo voltou com Petkovic no 2º tempo  e sem Denis Marques que atrapalhava todo o ataque da equipee veio definitivamente para a partida. É muito bom ver futebol em dia que Pet está inspirado, e hoje foi um desses. O sérvio é incontestavelmente um jogador muito inteligente, e de imediato fez crescer a participação da estrela da companhia, Adriano, que precisou sofrer dois pênalties em seguida para ter um marcado. Pênalti que o Imperador cobrou e marcou.

O jogo seguia bom com o Flamengo de Pet em cima até que o Sérvio fez uma jogada que nos pés dele pareceu simples e empatou o jogo,  que por pouco não foi virado, mas um impedimento mandrake do ataque Urubu deixará o “se” anotado para a história do confronto no Serra Dourada lotado.

Este grande público ao invés de comemorar a virada do Flamengo, pode conferir o poder de criação do Goiás, que voltou a atacar de forma ordenada até que Léo Lima, no apagar das luzes se enfiou dentro da área e empurrou para Iarlei fazer a festa esmeraldina.

O Goiás mostra não estar na posição que se encontra por acaso. Um time  é auto-suficiente para produzir volume de jogo ofensivo, o que além do natural benefício dos gols (3º melhor ataque do campeonato até o jogo contra o Flamengo), ainda inibe o adversário.

E claro, produz um jogo agradabilíssimo para o espectador.

Fernandão vem aí. Torço que pianinho e pegando um banquinho. Que o Goiás se resguarde dos perigos de ter uma “estrela” no time que vem comendo a bola.

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Alguém já viu um 3×2 que não tenha sido bom?

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Obrigado, Parreira

May 8th, 2009 | 36 Comments | Filed in Copa do Brasil 2009, Fluminense, Goiás

Voltei do ano sabático.

Consegui ficar nervoso com o Fluminense, o que não acontecia desde quando …bem… passemos adiante.

Mérito de Parreira, que pelo visto fará com que eu sofra pelo menos uma síncope até o fim da temporada (que palavra mais européia).

No primeiro tempo, cheguei a temer pelo Goiás no Brasileiro, porque o time não conseguia mostrar nada para fazer um golzinho que precisava. Mas eis que o Fluminense, absolutamente tranquilo em campo, sem a menor necessidade, marcava o Goiás através da linha burra. Através de passes longos, os armadores esmeraldinos sempre pegavam um atacante em impedimento, e quando finalmente conseguiam, o bandeirinha engessava o ataque.

De qualquer forma, parecia óbvio que mais hora menos hora, mesmo que não criasse volume de jogo e nem mesmo jogasse melhor que o tricolor, o Goiás empurraria uma bola para dentro do gol de Fernando Henrique.

O primeiro tempo termina com o Fluminense jogando mais e Parreira com o problema da linha burra para resolver.

Mas eis que Hélio dos Anjos buscou resolver o problema do Goiás.

Thiago Neves abriu o placar para o Fluminense dominando cuidadosamente a bola e chutando com o lado do pé de uma forma que dá gosto de ver jogar. A bola não caindo nos pés do camisa 100(?) do Flu, e o gol não tinha saído. Thiago Neves já tinha colocado uma bola na trave ao fim do 1º tempo com mais um toque de classe de quem sabe tratar a criança com carinho.

Mas isso não eliminou a linha burra tricolor. E neste 2º tempo, Hélio dos Anjos aproximou seus armadores dos atacantes e começou a fazê-la com mais acurácia, e por algumas ocasiões, sem contar com a ajuda do bandeirinha, a equipe carioca entregou seu destino nas mãos, ou melhor, nos pés de Fernando Henrique. Duas defesas com os pés aunciavam o gol do time do Centro-Oeste brasileiro sairia.

O empate é um bom resultado

O empate é um bom resultado

Parreira perdia o embate tático. Mesmo que optasse por fazer cagada, o treinador tinha de fazer alguma coisa. Estava ficando feio para o lado dele.

E não é que Parreira optou por fazer cagada. O técnico tricolor retirou Tartá e colocou Fabinho. Além dos torcedores que naturalmente vaiavam, o próprio Tartá saia de campo surpreso, fazendo com que o técnico se justificasse com o jogador da substituição.

Mas engana-se quem imagina que aí Parreira errou. Pois Tartá não fazia nada em campo, e neste período com Fabinho em campo, o Fluminense tomou as ações de jogo sem levar perigo.

Naturalmente, é emblemática esta substituição de Tartá por Fabinho, contudo, o que desmantelou o time tricolor foi a substituição de Mauricio por Leandro Bonfim. Um jogador indolente que parece ter entrado em outro jogo, outro estádio, outro dia, sei lá o que. Perdidinho no meio-campo não conseguia levar o time à frente, e muito menos marcou.

O Goiás voltou para cima com muita tranquilidade, e finalmente, passando pela linha burra, empata.

A pressão mantinha-se até o momento em que o árbitro expulsou Gomes do Goiás e Fred passou a prender a bola provocando ira e faltas dos goianos.

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