Surra de toalha molhada em Fernando Henrique e Rafael.
A torcida me ligou. Eles sempre passam carinho. Eles confiam no meu trabalho, sabem que posso dar muito ainda para o Fluminense. Estou bem. Tenho trabalhado bem forte com o pessoal e estou preparado se o clube precisar. Sempre respeito a decisão do Muricy, mas estou pronto para ajudar.
O telefone dos jogadores devem estar no site do clube ou pendurados na portaria das Laranjeiras…
Montado em sua nova formação tática com 4 zagueiros efetivamente, sendo Gum na extrema direita, Julio Cesar na esquerda, Leandro Euzébio e André Luis no miolo, o Fluminense ditava o ritmo da partida. Intencionalmente lento na saída de bola, mas ditando. Em casa, o Dragão mostrava-se como um piquinês metido a bravo e estocava o gol tricolor nos contra-ataques.
Com poucos erros dos dois times e com o Fluminense ganhando corpo ofensivo ao longo da partida, o 1º tempo foi uma bela partida de futebol onde Deco insinuou demonstrar que pode ser um belo diferencial no Campeonato.
Enquanto Renight Portaluppi ajudava seus Tricolores no Pacaembú, o Fluminense voltava para o 2º tempo com a expectativa de voltar a abrir um cacetão de pontos para o Corinthians. Mas ao contrário do 1º tempo, esqueceu que era um time com esquema tático e voltou para o abafa, com infantil volúpia ofensiva oitentedoisista mal feita. A bela partida de futebol com um time ditando o jogo do 1º tempo virou uma emocionante pelada no 2º.
Ainda com a velha forma
A volúpia ofensiva tricolor não se transformava em bons chutes a gol (ao contrário do primeiro cadenciado com um gol e duas bolas na trave) e Renê Simões tinha uma carta na manga para ludibriar Muricy: Substituir o estreante Josiel que, claro, perdera um gol à lá Josiel. Ao ficar com um jogador a mais, o bagunçado tricolor foi com mais sede ao pote, jogando novamente como se fosse um time em final de campeonato necessitando desesperadamente de um resultado.
O Dragão de Renê Simões não se fez de rogada e jogou os minutos finais como um time inteligente segurando o resultado sem se acuar, apesar de jogar em casa e estar habitando a zona de rebaixamento. Prendendo a bola e mantendo distância dos atletas tricolores o Atlético levava tensão aos esbaforidos tricolores que marcavam como bando e assistiram a um envolvente contra-ataque (sendo que a bola estava com os goianienses) e a virada do time da casa fechada com a imagem do recentemente expulso Renê Simões comemorando o final da partida enquanto era escoltado para os vestiários.
Assim foi mais um dos 10 bons jogos da rodada. Bom futebol na 1ª etapa e emoção à flor da pele na 2ª.
Se EU sou Muricy, não teria dúvidas:
Ricardo Berna com a 1, e algum goleiro dos juniores com a 12.
Nem cansaria minha beleza. Já ia com o discurso pronto para o questionamento da imprensa:
“- O Fluminense não é palanque de pirracento. Quando virarem rapazinhos voltam a brincar com os coleguinhas.”
Rafael e Fernando Henrique, dois retardados. Não é à toa que são piores que os 3 goleiros dos rivais: Bruno, Fernando Prass e Jefferson.
Começando pelo segundo gol, basta observar o histórico dele, SEMPRE que uma bola é lançada do meio da rua e cai dentro da área, o atacante seja quem for tem tempo de alcançar, dominar e chutar. E por que o maldito – que está na área e normalmente mais próximo de onde a bola vai chegar do que o atacante – NUNCA, JAMAIS sai do gol para segurar, isolar, qualquer coisa?? Cara, na boa… ele tomou um gol de joelho, perdido na área, sem saber se ia ou se ficava.
Só para lembrar, o gol do Dentinho no primeiro jogo foi a mesma coisa. E SEMPRE que lançam uma bola contra o Fluminense eu SEI que vai ser gol porque eu SEI que ele não vai sair. E assim ele já tinha matado o time no primeiro jogo também.
E isso se ele já não hovesse falhado no primeiro gol.
A falta foi obviamente bem batida, porque passou por cima da barreira e caiu dentro do gol. Mas ela NÃO ENTROU RASPANDO A TRAVE. A bola NÃO BATEU NA REDINHA DO LADO. A bola NÃO FOI ONDE A CORUJA DORME, onde o ZICO COLOCAVA A CAMISA PARA TREINAR AS COBRANÇAS DEPOIS DO TREINO NA GÁVEA. Era perfeitamente defensável e ele, como de hábito estava dormindo. Claramente e pateticamente mal posicionado. Uns DOIS PASSOS PRA LÁ de onde um bom goleiro estaria.
Com muita boa vontade MESMO – que eu já não tenho A MENOR com ele – pode-se até deixar de lado e crditar tudo na conta do Chicão. Mas o que ele fez em seguida acaba com qualquer Inter de Milão. Imagina com um time com sérias limitações como o Fluminense. Mas novamente o time perdeu porque não tem goleiro. Nenhum time, por melhor que seja, se recupera dessa forma depois de duas dessas.
Depois disso, não adianta fazer mil defesas, com o pé, com a orelha, com a bunda, com o que for. E o pior é ainda ter que ver aquela comemoradinha dele. Depois, meus queridos, já era.
Quem gosta dele, bicho, na boa, pode levar. Bota no lugar um hidrante, um espantalho, ou o Paulo Victor do meu time de botão.
Quem acompanhou a transmissão Blá blá Gol na casa de Serginho (eu, Serginho, Gustavo e Fernanda) soube desde o começo que o Fla ditava as ações do jogo e que a vitória rubronegra estava decretada.
Vaticinei o resultado da partida caso o tricolor não adotasse duas posturas nos distintos setores de campo, o que acabou por se mostrar verdade ao longo da transmissão:
DEFENSIVAMENTE: Esgoelei-me de Niterói na vã tentativa de fazer Parreira ouvir que Wellington Monteiro desse uma porrada bem dada em Juan, porque este BAGUNÇAVA com o jogo. Vantajoso seria ao derrotado jogar 10 contra 11 com ausência do lateral/armador do Flamengo em pleno Maracanã. (ressalva: Wellington Monteiro ainda tentou quando do nada foi como um trator para cima do camisa 6 da Gávea, mas MLH contemporizou EM FAVOR DO RUBRONEGRO e apenas amarelou o volante tricolor)
OFENSIVAMENTE: Os mis perigosos atacantes tricolores vestiam pano rubronegro, sendo assim, Mariano deveria mirar esses jogadores ao cruzar para área e LEANDRO deveria mirar os tricolores para acertar aqueles outros (porque não posso crer que Leandro possa fazer qualquer coisa intencionalmente).
Como Wellington Monteiro fizera seu trabalho pela metade, Fernando Henrique engoliu o piu-piu d’O Cara do 1º tempo. Juan 1×0 FH.
E cabe como destaque também do 1º tempo, que Edcarlos devesse sair ovacionado pela torcida do… Flamengo, pois expôs ao ridículo, o ridículo Josiel, que tal qual Maxi não merece envergar a camisa do CRF. O Sheik nada fez no 2º tempo, e isso é suficiente para barrar o lamentável camisa 9.
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Uma lúdica criança tricolor poderia acreditar até o final em uma vitória de seu time, porém, o cartesiano rebento rubronegro sabe que o Flamengo venceria, senão no placar, por pontos. Bastava contar quantas defesas fez no 2º tempo, Fernando Henrique. O tempo em que Juan desapontou e Sheik colocou Josiel no banco.
Fecha-se o jogo com a cena digna de Marieta FC. Algo que nunca vi em futebol profissional:
Eis que para fechar a partida, algo somente visto nas peladas do Marieta FC: Simplesmente o Fluminense abandona o jogo e entrega seu goleiro com dois pobres zagueiros aos leões.
Por falar em pelada do Marieta FC, parabéns a Marcelão por série seguidas de defesas lembrando Rodolfo Rodrigues
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DESTAQUES DA PARTIDA:
FLUMINENSE:
Fernando Henrique – Frangaço ainda no 1º tempo. Fudeu com o time.
Fernando Henrique – Entregue aos leões por seu exército fechou o gol (e grande ajuda de Edcarlos em lance d’O Ridículo). Para quem gosta de ver defesas heróicas, seu 2º tempo foi um prato cheio.
Parreira – Por que um treinador experiente como ele resolve em um jogo decisivo entrar em campo com 10 jogadores e sem lateral esquerdo?
FLAMENGO:
Juan – Fato: O CRF pagará uma nota preta a esse jogador. Acumula duas funções: lateral e armador do time. Bagunçou no Fla x Flu
Como faltou luz aqui na redação só comecei a ver o jogo no fim do 2º tempo no momento em que Thiago Neves era substituído.
Pouco depois, por volta de 40′, Fernando Henrique fez um pênalty lamentável (aliás, mais um) dando um soco no jogador do Americano depois que a bola já estava longe. Agressão pura e simples. Deve ter faltado oxigênio na cabeça do goleiro.
Faltando minutos para o fim do jogo, o Flu começou a correr e ia para cima (até porque o jurídico do Vasco recolocou o Flu na disputa pela Taça GB), com Conca errando tudo o que tinha direito (aliás, de novo) nestes minutinhos (e segundo Valdir Espinosa essa foi a tônica durante a partida).
O título do post era então “Acabou a Luz“. Tanto aqui em casa, como na cabeça de Fernando Henrique.
Mas não é que Fernando Henrique acabou por sofrer… PENALTY.
E foi lá Conca para cobrar, marcar ,decretar a vitória tricolor e estragar meu post pequeno que faria menção à falta de luz e grifos em vermelho exatamente para o goleiro e para o argentino.
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Voltando à frieza dos acontecimento, apesar da imagem de HERÓI que ficará Fernando Henrique, cabe o goleiro NO MÍNIMO levar um esporro de se fazer chorar nas Laranjeiras. Porque não só fez um penalty ridículo, como deveria ter sido expulso por agressão. Sem contar que pode (e deve) pegar um gancho do STJD.
E o juíz também tem de levar surra de toalha molhada, uma vez que se ele marcou o penalty exatamente por uma agressão, por que apenas amarelar o goleiro?
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Vi no VT o gol de Thiago Neves. A bola parada voltou a ser jogada para o Fluminense.
E o primeiro tempo do Fluminense levantava dúvida quanto isso. Liminar Amaral jogava bem e Roger fazia o que tinha de fazer: 2 gols.
Veio o 2º tempo com chuva forte, deixando o campo mais pesado do que já estava.
Por volta de 25 minutos de jogo, René Simões tira o camisa 10 tricolor, Conca, que saiu puto da vida.
Parece que o argentino previa o que vinha pelo jogo. Com Tartá e Leandro Domingues agora no meio campo, nos lugares de Conca e Leandro Bonfim, o Flu ainda deu uma breve atacada, mas começou a ser pressionado pelo Duque de Caxias.
Mas pressão mesmo, sem a bola sair do campo de defesa tricolor e um tal de Anderson (que era do Vasco) chutando bizonhamente as chances do Duque de Caxias para fora.
Aí, com mais de 30, Fernando Henrique aproveita o campo molhado para deslizar em um carrinho que levantou bola, atacante adversário, grama, o diabo. Penalty. Absolutamente desnecessário. Gol do Duque.
Sem o argentino em campo, o Fluminense não saia do seu campo, e depois de algumas chances ainda perdidas, o Duque de Caxias empata a partida.
Nos acréscimos, Deni passou por um sonolento Wellington Monteiro e virou o jogo.
Emocionante a reação e pressão do Duque de Caxias.
Só espero que o time da 2ª Divisao Nacional não se deslumbre com essa partida, afinal, Estadual não é parâmetro [1] [2] [3] [4].
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Dividirão a conta pela derrota:
Fernando Henrique com o penalty que não era para fazer.
René Simões – substituiu Conca possivelmente para poupá-lo. O improvável aconteceu.
Tartá e Leandro Domingues – não importa se não tiveram culpa. Sem eles estava 2×0 para o Flu. Com eles terminou 3×2 para o Duque de Caxias.
Pelo lado do Duque de Caxias:
Muito ruim o tal do Anderson que entrou no 2º tempo.
Rafael destacou-se na pífia campanha do rebaixamento vascaíno do ano passado, após inúmeros goleiros terem falhado debaixo das traves cruzmaltinas.
Mesmo que esteja ganhando mais, fica uma situação estranha. O sujeito larga o status de titular do Vasco para ser reserva do Fluminense. Saiu do olho do furacão para a tranquila obscuridade de um banco de reservas, isto em clubes basicamente semelhante em termos de projeção.
Vendo por este ângulo, não parece grande perda para o Vasco ficar sem um goleiro que se contenta com o banco.
Pode ser que Rafael comece a seguir a carreira de Roger (ex-São Paulo) e Sergio (ex-Palmeiras)
E neste gramado, pelo menos no 1º tempo, salvou-se Wellington Monteiro até dar um migué que estava machucado, e para variar Conca.
Os dois foram bem pela criação no lado direito de ataque do Flu, mas nada que garantisse um primeiro tempo bom, até porque a dupla de ataque Roger e Liminar Amaral não contribuiram (de novo).
Aliás, Roger foi melhor que Liminar Amaral. Errou com mais propriedade.
Na questão defensiva, o time portou-se menos peladeiro que na estreia com Diguinho segurando mais a onda e menos atabalhoado na marcação, fazendo com que a atuação de Jailton fosse mais discreta.
Ainda assim, Diguinho apareceu decentemente no ataque, mas sem querer se portar como um camisa 10, o que ele não é. Apesar do gol contra o Cabofriense, prefiro que ele se porte como contra o Madureira.
O 2º tempo foi um pouco melhor, porque consegui cochilar bastante e acordar em esporádicos momentos.
Em um desses percebi que Maicon entrara no lugar de Roger e que Liminar ainda estava em campo, mesmo jogando pior.
Acordando perto do fim do jogo ouvi a torcida vaiando quando Liminar tocava na bola e Fernando Henrique para variar fazendo defesaças.
O melhor time do 2º turno teve sua vida complicada no Maracanã em busca ao seu lugarzinho na Libertadores de 2009.
No geral, o resultado é ruim para os esmeraldinos que fariam a Sena contra o lanterna do campeonato.
Só que no fim das contas, não dá para o Goiás reclamar muito jogando com 2 expulsos (um do Fluminense também foi).
Está certo que deve ficar na cabeça dos torcedores goianos o gol que Lima perdeu (defesaça de Fernando Henrique) aos 45 minutos do 2º tempo, só que aí ficam elas por elas no chute bizonho de Ciel cara a cara com Harlei (outro goleiro que é muito bom).
Confira nos vídeos que seguem:
Fernando Henrique evita a 6ª vitória seguida do Goiás aos 45º do 2º tempo
Coitado do Roger. Ter de correr para ver Ciel isolar a bola