A vida não é justa. Aprendi isso desde pequeno. E mais injusto ainda é o futebol. Quantas vezes vi jogos em que um time bem melhor é derrotado por uma equipe fraca, mas inteligente. Ou sortuda. Ou com uma “ajudinha” do juiz. Acontece. É o futebol.

Por outro lado, sempre achei o futebol algo em que você pode confiar. Ou perde ou ganha. Algumas vezes empata e tal, mas são sempre possibilidades.

A verdade é que hoje eu tive certeza que o futebol foi justo. O Cruzeiro é um time melhor que o do São Paulo. Ou pelo menos, mais alternativo. E isso ficou claro hoje. Apesar de toda tensão de um jogo de quartas da Libertadores, Fábio não fez uma defesa. Só subia para cortar os cruzamentos que o time do São Paulo insistia em jogar na área. E vale a observação: um time que joga nos cruzamentos, não pode abrir mão de Jorge Wagner.

O Cruzeiro jogou como se estivesse no Mineirão e o São Paulo simplesmente não jogou. Como eu tinha dito no post referente ao jogo do Mineirão, o Cruzeiro não podia baixar a guarda e esperar o São Paulo. Era perigosíssimo. E AB ouviu meus lamentos. Botou o melhor time, posicinou todo mundo direitinho e o Cruzeiro compactou o campo e fazia a bola rolar, com algumas exceções no primeiro tempo, com relativa tranquilidade. M. Paraná, G. Magrão, Wagner, Elicarlos e L. Silva eram os donos do jogo,  enquanto Kléber dava seu trabalho característico na frente e “Welington-Parede-Paulista” não mostrava a que veio. Sinceramente, não tenho nada a comentar o elenco tricolor. Marlon, talvez, foi o único lúcido por parte dos paulistas, além de Hernanes no 2º tempo demonstrando a categoria característica.

Leonardo Silva anulando o Brave Heart!

O 1º tempo correu assim até Eduardo Costa ser expulso de forma justa. Duas faltas pra cartão, vai pro chuveiro. O 2º tempo veio e o São Paulo tentou dar uma pressão inicial com Dagoberto que não surtiu efeito. E aí apareceu aquele que acho o PIOR volante do Cruzeiro. Aos 21 minutos, numa bela trama pela direita, HENRIQUE, sim, ele mesmo, apareceu livre na intermediária e acertou uma rolinha sem asa (dessas que te faz lembrar de Nelinho em 76) no ângulo oposto do goleiro Dênis que nada pode fazer. Cruzeiro 1×0 e a esperança aumentando.

Aí entrou o dedo do professor AB (hoje ele merece uma tarja azul). Vendo que o São Paulo criava chances pela direita, o técnico sacou Wagner (o que quase matou meu pai do coração) pra colocar JANCARLOS. Depois entrou com T. Heleno no lugar de Jonathan e Bernardo, a nova promessa celeste, no lugar de Elicarlos. Fez assim um 3-5-2 que anulou totalmente o ataque tricolor. E Bernardo, aos 35 minutos, num chute de fora da área conseguiu um pênalti e a expulsão de André Dias (que não consigo chamar de bom zagueiro. Aquilo é um açougueiro de chuteiras). Kléber partiu e o dedo em riste apontado pra baixo da comemoração diz o resto. Cruzeiro 2×0, silêncio num Morumbi com mais de 50.000 pobres almas e Cruzeiro na semi-final contra o Grêmio.

Depois do segundo gol, o Cruzeiro bailou com o São Paulo que ainda distribuiu umas 3 ou 4 botinadas com Richarlysson, Borges e R. Silva.

Fim de papo e no próximo estarei presente no Mineirão.

Ps. 1: Bela arbitragem do juiz. Pode parecer chato, mas há muito tempo não via uma arbitragem tão imparcial em um jogo do Cruzeiro como hoje.

Ps. 2: Não pude ir ao Morumbi porque não consegui ingresso. Una pena. Mas fica a promessa ao Blá Blá Gol que, se Deus permitir, eu consiga ir a algum estádio, que não seja o Mineirão é claro, nessa Libertadores ainda.

Ps. 3: Desculpem o desaparecimento. A internet da casa dos meus pais no interior é de matar de raiva.

Saudações Celestes!

Que time safado é esse do São Paulo?

No 1º tempo já tinha impressão que iria dançar. O Cruzeiro como um Boca nos seus melhores momentos ditava o ritmo de jogo, e não escondia a preferência que ele fosse amarrado. Ainda assim, era o time Celeste quem aparecia com mais “presença” na área adversária.

O tricolor era inoperante para criar uma única jogada que fosse. Tanto que Fábio aparecia mais ensebando que defendendo.

E quando o jogo ia para o intervalo com o Cruzeiro tendo cumprido metade de seu objetivo, vem Eduardo Costa e entrega a classificação de forma antecipada para o time de Belo Horizonte. Com um a mais, o jogo pelo que o Cruzeiro vinha fazendo seria mais fácil ainda no 2º tempo.

Destaca-se que os jogadores do Cruzeiro no 1º tempo tiveram participação bem homogênea entre si e com poucos erros.

Com um a menos e contra um adversário que falava mais alto no Morumbi, Muricy resolveu voltar com Dagoberto. Sinceramente, para mim, ali ficava ainda mais complicado. Dagoberto não rola. Aliás, no São Paulo nunca rolou.

E próximo dos 20 minutos, o Cruzeiro que jogava mais cadenciado ainda irritava. Porque era de um lenga-lenga autosuficiente impressionante. Daqueles que fariam qualquer botafoguense dizer: “Vai conseguir entregar esse jogo”.

Mas eis que dentro do que se propôs, com 1 a mais ficou mais fácil. E quando Henrique acertou aquela curva no ângulo, nem o milagre tricolor poderia acontecer.

À partir daí, a noite ficou azul, porque o São Paulo largou qualquer coisa que fosse futebol diante de sua torcida e tal qual barata tonta viu um André Dias saltar kamikasemente para fazer penalti, ser expulso e permitir o 2×0 para o Cruzeiro.

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Mais duas coisas para finalizar rápido, porque sei que amanhã o Matheus chegará com tudo do Morumbi com o post à vera da vitória cruzeirense.

Uma foi que até acabar o jogo (2×0), Gerson Magrão destoou na equipe cruzeirense no 2º tempo. Irritou.

O outro detalhe foi que além dos gols, somente no fimzinho da partida Denis fez uma defesa. Fábio não fez nenhuma.

Sem sacanagem. Mesmo quando meu time é goleado, eu fico torcendo para fazer um gol. Fico imaginando o são-paulino torcendo para o time dar um chute.