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Posts Tagged ‘Flavia Alessandra’

A Fotografia do Botafogo

March 23rd, 2010 | 9 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2010

O time joga de maneira distintas tendo Caio ou o Loco em campo. Como disse o Rafael Botafoguense, isso é ótimo pro(s) campeonato(s), pois o time jogaria de maneira eficiente (se não fosse a defesa) de ambas as formas, o que é excelente se considerarmos a dinâmica diferente em caso de necessidade de mudanças no decorrer dos jogos.

O que deixa as partidas com o Loco em campo mais ‘dramáticas’ é justamente a falta de apoio das laterais que o Boca-de-Aratéia citou. Tanto é assim, que Marcelo Cordeiro é um dos principais garçons para os gols do Botafogo. Pela direita, não existe apoio de qualquer espécie. Aliás, pela direita quando não atrapalham já estão ajudando muito.

Além disso, qualquer técnico com um mínimo de inteligência (o do Fluminense inclusive) já manjou como é que se mata o Botafogo jogando desta forma: marcou Lúcio Flávio e Marcelo Cordeiro (Alessandro e Jancarlos quem marca é a natureza), acabou o esquema do Botafogo.

Particularmente prefiro um time mais leve e veloz [2], pois assim o Botafogo joga um futebol mais vistoso e não fica refém das jogadas de contra-ataque.

Lúcio Flávio joga bola, isso pra mim é fato. Só que ele não é o craque que a torcida acredita que ele seja. É um jogador que prende a bola e distribui jogo, mais ou menos como Djair fazia em seus tempos. Nunca foi de correr muito, mas era excelente armador. Lúcio Flávio tem que jogar assim, e com Caio e Sandro Silva em campo ele pode jogar assim. De fato o time precisa de outro meia armador, mais rápido e que chegue mais à frente.

Lamento cornetar, mas o Edno não me convence. O Renan Canuto o comparou com outra grande merda vinda da Portuguesa – o jogador que mais odiei em toda a minha história de torcedor botafoguense. Quase chorava de raiva (literalmente) com Bentinho em campo, façanha que só Jônatas quase conseguiu repetir. Pelo pouco que vi, Edno caminha a passos largos para começar a receber meus xingamentos em breve. Mascarado, reclamista (reclamou de entrar no jogo contra o Olaria, reclamou de ter entrado no jogo contra o framengo) e não joga essa bola toda (aliás, ainda não vi a bola que ele joga). A conferir.

Como sair bem na foto com a camisa do Fogão

Sandro Silva não quer jogar na ala direita, ele mesmo já disse isso com todas as letras. E quer saber? Mantenha-se o Somália lá, até pra ver se o cara se descobriu mesmo ou se foi só um Perivaldo que baixou nele domingo. Até agora, foi o melhor lateral direito do Botafogo em 2010.

Não há como Joel mudar o esquema de três zagueiros porque a zaga do Botafogo não tem a mínima qualidade pra isso. Juntando três, dá um zagueiro e meio. Além disso, tem um lateral-esquerdo que não volta e não sabe marcar [2] – apesar de ser um dos principais apoiadores do ataque. Nesse caso, o desempenho da defesa – que já beira o sofrível (o que não deixa de ser evolução, pois antes da entrada do Danny Morais o desempenho era de fato sofrível) – fica mais comprometido ainda.

Reza a lenda que o Natalino já entregou uma lista de reforços pretendidos para o Brasileiro. Espero qe tenha pedido uns dois zagueiros de verdade.

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Botafogo 2010: Tudo bem para o ano que vem

December 7th, 2009 | 152 Comments | Filed in Botafogo, Futebol, Musas, Observatório

Há anos que a torcida alvinegra tenta acreditar nessa máxima popular, que até engana no Carioca mas encontra a dura realidade quando o Brasileirão começa.

2009 é um ano pra se esquecer, conseguiu ser pior do que 2008 e 2007 – que olhando daqui não parecem ter sido tão ruins assim: duas Sulamericanas, liderança do campeonato durante um turno inteiro e duas finais de Carioca onde só não fomos campeões dado aos acidentes de percurso.

A torcida do Botafogo mostra o que ela tem de melhor [2]
A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor [2]

É clichê falar em renovação, em barca, em quem sai e quem fica. Mas já nesse bafafá de início muita coisa me incomoda. Vejamos: o Botafogo passou um campeonato inteiro oscilando entre péssimo, médio, ridículo, razoável e sofrível. Ninguém prestava, alguns prestavam, a maioria não prestava. E é verdade, a tônica do alvinegro é mesmo essa. Tem gente ali que foi obstinada durante a turbulência (casos de Leandro Guerreiro e Jefferson), gente que se aproveitou do clube (Jônatas e Michael), gente que a gente já conhece bem (Juninho, Lúcio Flávio, Alessandro) e gente que a gente não vê a hora de ir embora (Reinaldo, Victor Simões, Jônatas – como eu ODEIO esse cara…, Emerson, e… bem, o resto). A imprensa (juro que estou fazendo que nem o Victor e começo a abandonar essa nojeira a não ser pra ver tabelas, gols e resultados da rodada) inicia a comoção acerca do quem vai e quem fica, martirizando aquelas peças que não serviram pra porra nenhuma o ano todo. Que a torcida não caia nessa.

No início do campeonato, Victor dissertava sobre o horizonte favorável do Botafogo para 2010, quando poderia enfim partir de uma base menos badalada para montar uma equipe, ao invés de mais um recomeço como aconteceu nos últimos anos. É um ponto-de-vista interessante e vou nessa com ele. O foda é saber quem fica dessa bagaceira.

Minha opinião? Bem: Jefferson, Diego (que é zagueiro, lembrem-se), Leandro Guerreiro, Batista e Renato. O resto é saco. De lixo. Pode mandar tudo pro América.

O consolo é que 17 jogadores encerram seus contratos em 31 de dezembro e a maioria é lixo. De certo até agora são as saídas já anunciadas de Jobson, Castillo (boa sorte, arqueiro!) e André Lima, enquanto a diretoria promete iniciar de imediato as negociações com quem interessa.

Mas o pior disso tudo: entendo e aplaudo os esforços hercúleos da inexperiente diretoria do Botafogo em manter a folha dentro do exequível. Louvo a mão-de-ferro que impediu o clube de cometer loucuras mesmo nos momentos mais difíceis dessa pífia campanha. Creio que o caminho é mesmo esse: a austeridade financeira para quem sabe colherem-se os frutos a longo prazo,  porque para curto e médio a coisa vai ficar muito mais pra negra do que pra alvinegra.

O que não entendo é o comportamento de cabeças pensantes e influentes dentro de um clube. Eu nunca quis ser sócio de clube nenhum porque justamente essa parte sócio-política me incomoda demais. As panelinhas de oposição e situação que insistem em fazer o mimimi ao invés de encontrarem meios-termos para resolverem as coisas.

O cara

O cara

Mais uma vez tenho que recorrer ao Bebeto de Freitas, para desespero e delírio do Saulo. Bebeto comandou o Botafogo durante dois mandatos e conseguiu o impensável: unir oposição e situação. Quem saiu ganhando com isso? Todo mundo, inclusive a torcida.

Entendo os sócios, os beneméritos, os influentes do Botafogo que criticam o amadorismo da nova e bem-intencionada diretoria. Mas quando destas mesmas cabeças (ditas) pensantes a maior crítica que sai em relação ao vice de futebol é que ele parece uma orca (!!) e que tem um monte de gordura ruim (!!!!), só posso ficar triste e temer pelo pior.

Sou um botafoguense irrecuperável e, por extensão, romântico. E me recordo da minha mãe (a famosa Asa Alvinegra) me ensinando que é falta de educação caçoar dos outros por causa de seus problemas. Como não sou falso moralista já admito que faço isso entre amigos, mas jamais lançaria mão de um argumento tão torpe dentro de uma discussão que seria por obrigação civilizada. Me entristece e envergonha ter companheiros de cores que pensam de forma tão mesquinha. Tem horas que eu até queria ser que nem o Serginho e o André Bona, que entendem alguma coisa dos meandros políticos nos bastidores do Vasco. Mas ao primeiro sinal de podridão, essa vontade desaparece. Prefiro ser torcedor de arquibancada.

Enfim… meu ponto é que o time do Botafogo é realmente horroroso, mas o buraco no clube é muito mais embaixo. Por isso temo 2010 e o processo de americanização do Botafogo, enquanto o América (ao que parece) encara o caminho inverso – (seria a botafoguização do América?)

Apesar de tudo isso, o futuro promete um panorama muito mais favorável em 2010: o Engenhão (com a reforma do Maraca) será o estádio do momento, os patrocínios fixos estão pintando e um novo patrocínio de camisa (junto à Liquigás) será viabilizado. Quem tem o direito conquistado nas urnas e a obrigação de trabalhar deve fazer isso. Quem for contrário, chie, grite, esperneie. Mas dentro da ética e da compostura.

Feliz Ano Novo, Botafogo. De verdade.

A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor
A torcida do Botafogo e o que ela tem de melhor

Demais Balanços de 2009:

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Passou o Fogão

April 20th, 2008 | 45 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2008, Fluminense, Futebol, Musas

Antes de mais nada, este post é dedicado ao lesionado Boca-de-Aratéia, emérito babeça-de-bagre alvinegro, mais uma vítima do calabouço Peixotão. Boa recuperação!

512647-7532-cp.jpgE foi assim, um jogão principalmente no segundo tempo. Vi uma entrevista do Renato ao fim do jogo onde alinhava seu pensamento ao meu: qualquer um dos dois times poderia ter passado. Quis o destino que fosse o Botafogo, com um gol de oportunismo do polêmico (pra dizer o mínimo) Renato Silva.

Aliás, abro aqui um parênteses: vi poucas comemorações tão emocionadas de um gol quanto a do zagueiro. Os olhos do cara brilhavam, sua comemoração era eufórica, descontrolada, incontida… um êxtase. Renato Silva – com aval do Cuca – persegue um gol há muito tempo, provavelmente pra fazer um filme com a torcida. Quem diria que seria um gol tão importante como esse! Só peço encarecidamente que ele não se empolgue, pois via de regra gol de zagueiro é fruto de elemento surpresa, e chegadas do Renato Silva na área já deixaram de ser surpresa há muito tempo – para desespero da torcida.

Mas desta vez valeu. E como valeu!

Vou deixar a análise do Fluminense para quem de direito, mas destaco que foi um belo adversário mesmo quando o Botafogo INEXPLICAVELMENTE perdeu a razão, a cabeça, a esportividade e o bom-senso no fim do jogo. Só posso encontrar alguma explicação no destempero do time – com duas expulsões infantis, carrinhos totalmente desnecessários, jogadas duras e muito bate-boca – na vontade que já tá quase virando paranóia de conseguir ser campeão de alguma coisa. Só pode ser isso. O time está tão traumatizado por sempre ser (um dos) favorito (s) e não ter ganho nada, que a menor possibilidade de perder desequilibra todo mundo.

Isso me preocupa. Resultado: dois jogadores importantes fora da final (não sei se Jorge Henrique pega um jogo só por aquele absurdo), Castillo machucado (jogou no sacrifício absoluto – numa perna só! – pelo menos os 10min finais) e preocupação sobre qual o time que enfrentará o framengo: o Botafogo equilibrado e redondo dos últimos 4 ou 5 jogos ou o Botafogo destemperado da final da Taça Guanabara.

Achei o árbitro um cara meio confuso, mas que se errou, errou para os dois lados. Não vi o lance do pênalti, pois ontem foi um dia de amargar e eu estava no bagaço, dormi o primeiro tempo inteiro.

Pelo menos hoje foi o Marsiglia. Mas aturar o Galvão genérico é tão triste quanto aturar o original.

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