É muito bom vivermos em democracia e cada um falar o que bem entender. Li os comentários e percebi que alguns disseram que o Botafogo foi melhor em todo o jogo.
Vamos falar da partida.
Antes do primeiro minuto do jogo Leo Moura avança pela lateral, faz o cruzamento, a bola passa por toda a área e, se o Souza estivesse onde deveria estar, o Flamengo marcaria o gol.
O Botafogo responde numa cabeçada fraquinha, que até o filho do Bruno defenderia.
Juan passa por adversários em velocidade, de frente para o gol, e é derrubado na entrada da área, num lance claro de cartão amarelo. Foi apenas marcada a falta que, obviamente, não resultou em nada.
Boa trama do Flamengo, Marcinho, ao invés de tocar para direita e deixar Léo Moura na cara do gol, tenta fazer um belo gol encobrindo Castillo e isola.
Outra boa jogada, Souza ganha a disputa na bola, dentro da área do Botafogo, rola pra Íbson, que de primeira rola pra Fábio Luciano, que rola de calcanhar e Jaílton, com o gol escancarado, isola.
Íbson jogando bem, distribuia canetas e bons passes.
28 minutos. Até então, o Botafogo não existiu em campo. Em bela jogada do bom jogador Wellington Paulista (falo isso há tempos), e com a colaboração do Jaílton, o alvi-negro abre o placar.
Com a vantagem no placar o Botafogo equilibra a partida no campo, mas quem continua ameaçando é o Flamengo. Já aos 40 minutos Souza se antecipa e cabeceia, mas o zagueiro salva mandando pela linha de fundo. Depois foram mais um 72 escanteios pro Flamengo. Mas a “pressão” não resultou em nada.
Início do 2º tempo, falta pro Botafogo, no bate-rebate, a bola sobra para outra cabeçada fraca, que o filho mais novo do Bruno pagaria. Em outra descida pela esquerda, ao invés de cruzar, é a vez do Zé Carlos isolar. Ou seja, parecia que o Botafogo voltava melhor.
Só parecia, pois o Flamengo respondeu em seguida com boa jogada do Kléberson pela esquerda, que o Souza (SOZINHO), livre de marcação, quis pegar de primeira. O zagueiro salvou mandando pra escanteio. O Souza tinha tempo de dominar e escolher o canto. Nesse escanteio, na disputa pelo alto, Souza e Castillo trombam. O marrento goleiro xinga uma barbaridade e marginalmente Souza aceita e vai pra cima. Foi a 1ª confusão. Detalhe interesante do lance: o jogo já estava parado, o juíz já tinha marcado o perigo de gol.
- O jogo prossegue e Obina chuta bola que tira tinta da trave e vai pra fora.
- Léo Moura chuta forte e Castillo faz bela defesa. Achei bem seguro o goleiro uruguaio.
- Outro escanteio e Obina cabeceia com perigo.
Lance capital do jogo. Pênalti. Castillo já quase 1 metro a frente, em caso de defesa, o juíz deveria mandar voltar a cobrança, não precisou pois Íbson empatou o jogo. Já repararam que ninguém discute se o pênalti existiu? A discussão se baseia em se juíz deveria dar ou não, dado que “ninguém dá esse tipo de pênalti mesmo“. Bobagem. Pênalti claro. Concordo que acontecem vários lances semelhantes, mas o juíz é só 1 (um) contra 423 câmeras. Qual foi o azar do Botafogo? O árbitro viu o Ferrero quase tirar a camisa do Fábio Luciano. Na CARA DO JUÍZ, nem havia nenhum jogador na frente para encobrir a visão. Não tem desculpa.
A partir daí, o Botafogo (que já estava pior na partida) se perdeu mais ainda. Percebendo o melhor momento do time, Souza foi buscar a bola para agilizar o jogo (sei que essa minha frase vai causar indgnações, mas vejam na imagem o Souza pedindo a bola e o Castillo o chamando pra porrada). Fizeram uma rodinha em volta do Souza, que até caiu, e a solução do juíz (usada desde que foi inventado o cartão vermelho) para amenizar é colocar um de cada pra fora. Do Flamengo, o óbvio Souza, do Botafogo deveria ser o goleiro, mas devido a rodinha o árbitro tinha um leque de opções. Acabou sobrando pro Zé Carlos, o que beneficiou o alvi-negro. Acho que o Botafogo perderia mais caso o goleiro fosse expulso. Poderia haver disputa por pênaltis ainda.
Lúcio Flávio, assim como Íbson, levou cartão amarelo por reclamação.
O jogo continua, Obina entra na área, Castillo devide com o bahiano e salva o Botafogo, no rebota Juan chuta com o gol sem goleiro, apenas com o zagueiro, e esse salva o Botafogo “em cima da linha”.
Juan puxa mais um contra-ataque e Lúcio Flávio pede pra ser expulso. Falta por trás já com cartão amarelo, impedindo um ataque do time aos 30 minutos do 2º tempo? Amigo, muito burro você. Na verdade, desequilibrado.
Ridículo Jorge Henry se jogando e pedindo pênalti. O juíz aliviou e nem cartão recebeu.
A grande chance do Botafogo. Wellington Paulista não teve calma, e Íbson (agora de zagueiro) salvou, não deixando a bola nem chagar ao gol de Bruno.
Em mais um erro contra o Flamengo, é marcado um impedimento do Obina. Mas isso é lance muito rápido e difícil de ser marcado. Uma hora pode acertar, outra pode errar. Esses lances de mesma linha ou centímetros pra cá e pra lá, acontece toda hora, com todo mundo. A diferença é que ninguém no Flamengo vai renunciar por causa disso.
Ferrero deveria ter sido expulso após entrada criminosa no Cristian.
Íbson lança Kléberson, e mais uma vez Castillo salva, saindo com coragem nos pés no jogador rubro-negro.
Belo lançamento do Angelim, Kléberson passa para Léo Moura, que passou por um e viu bem Tardelli livre. Com categoria a bola foi parar no fundo da rede. Dificilmente nós vamos ver Souza ou Obina fazer um gol assim.
O último lance do jogo é já aquele tradicional “coisas que só acontecem com o Botafogo”.
Foi lindo ver o Maracanã explodindo de alegria. Beleza também a torcida do Botafogo contrariando aqueles que dizem que nenhuma outra torcida vai mais ao Maracanã.
Jogão. Digno de uma final. E, nesse dia, ganhou o melhor. Melhor em toda a partida e em todo o 1º turno.
Choradeira
A boçalidade do Botafogo atingiu até o inquestionável presidente Bebeto de Freitas. Sempre o admirei, mas pisou na bola. E pisou feio, muito feio. O Montenegro já era esperado com seu “time de machos”, mas o Bebeto?
Quando você pensa que já viu tudo em termos de choradeira no futebol, você acaba se impressionando mais ainda. A exacerbada reclamação alvi-negra, por um lance acertado do árbitro, foi ridícula demais.
Chorar, se emocionar, e até reclamar, tudo bem. Faz parte do espetáculo. Mas Presidente, Vice-presidente, técnico, jogadores todos descontrolados (Túlio um louco no campo, deveria ter sido expulso)… Amigo, ao invés de pateticamente renunciar, o que não deve acontecer, contrata um psicólogo.
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Ninguém cala.