“O Vasco lançou nesta terça-feira, na sede náutica da Lagoa, no Rio de Janeiro, o novo uniforme para a temporada de 2008. A principal novidade é o contorno da faixa da camisa, que passa a ser na cor prata em comemoração aos 110 anos do clube”

Comentário resignado de um vascaíno que trabalha comigo:

“PRATA É COR DE VICE, PORRA!”

Acabei de participar de uma reunião sobre o combate à Dengue. Além de várias outras coisas que não tem a ver com o Blablagol, uma notícia me chamou a atenção.

A Defesa Civil entrou em contato com os 4 grandes para ceder um jogador cada para participar de uma nova campanha de conscientização. As respostas foram as seguintes: o Vasco não quis receber ninguém pra conversar. O Botafogo se dispôs, mas colocou alguns obstáculos com relação ao patrocínio do clube. O Flamengo aceitou e o Bruno se colocou à disposição. Na hora H, um dirigente veio com uma história mal contada e vetou. Por fim, o Fluminense aceitou e colocou o Dodô para participar. E sem burocracia ou enrolação nenhuma.

Parabéns ao bom senso da diretoria tricolor e do seu atacante pela iniciativa.

Aquela história de futebol “chuveirinho na área” é coisa do passado ou de casos extremos. Afinal, hoje o futebol inglês (claro, com muitos estrangeiros) joga com a bola no chão e vem repetindo a cada jogo grandes exibições.

Outro dia assisti aos melhores momentos do jogo entre Manchester x Newscastle. Foi um 4×4 daqueles que a gente tinha há um tempo atrás no nosso futebol. Maravilha de se ver. Os dois times jogando pra cima e sem 500 mil cabeças de bagre no meio-campo. Aliás, em vários momentos com um apenas. Depois assisti ao clássico entre Chelsea e Arsenal. Outro jogão! E por aí vão os exemplos…

Hoje deu pena de ver a Roma tentar fazer valer a vantagem de jogar no seu campo. O Manchester era pressionado, mas passava a impressão de que a qualquer momento poderia ir lá e resolver a parada. E foi o que aconteceu. Depois de inúmeras chances do time italiano, os ingleses abriram o placar com um contra-ataque mortal. No segundo tempo, a torcida cresceu, a Roma foi pra cima e…contra-ataque….2×0. É um time muito certinho e que tem o jogo sempre na mão.

Olha, não sei não. Mas se Arsenal e Chelsea (que, pra mim, infelizmente já vão se enfrentar) forem bem, a Champions League volta para a terra da Rainha daqui a um mês. E muito bem entregue por sinal.

ATUALIZAÇÃO:

Só fiz uma pequena confusão: os times que vão se enfrentar serão Arsenal e Liverpool. O Chelsea pega o time do Zico e deve passar sem fazer muita força.

Para mim a UCL fica entre Chelsea e Manchester.

Lá estávamos reunidos na casa do pé-quente Rodrigo Uchoa, vulgo Pintinho. Após várias cervejinhas e boa variedade de carne, sentamos diante da TV de LCD do nosso amigo. Para compor o ambiente, uma camisa do Vasco e uma do Flamengo penduradas no salão e um guarda-sol estrategicamente colocado.

As provocações faziam parte de ambos os lados, até que chegaram os tricolores. Revoltados ou não com o Renato Gaúcho, lá estavam eles dando seus pitacos. Foi aí que o jogo melhorou.

Bem disputado desde o início, o clássico esquentou de vez com o golaço do Alan Kardek. O meio-campo do Flamengo oferecia uma avenida para os vascaínos que, com Edmundo jogando bem, distribuía o jogo com tranquilidade. A grande sorte do Flamengo foi arrancar o empate com o contundido (e heróico) Fábio Luciano no fim do primeiro tempo. Após ser agredido por Edmundo, ele se manteve em campo e lutou todo o tempo. O gol foi um merecido prêmio.

Na volta para o segundo tempo, Joel acertou com a entrada de Marcinho. O time voltou mais rápido e corrigiu as falhas do meio-campo. Em uma das poucas que aconteceram, Ibson fez penalti e aí foi decidido o jogo. Edmundo, sempre contestado como cobrador de penaltis, recuou a bola para o Bruno. A partir daí, a pressão foi rubro-negra.

Contando com a colaboração do goleiro Thiago, Angelim fez o gol da virada e decretou a vitória. Até o final surgiram algumas chances para os dois lados, mas já estava tudo definido. Aconteceu mais uma vez o que, desde 2000, vem acontecendo: o Vasco é eliminado em um jogo decisivo pelo Flamengo. De lá para cá, já foram três finais de Estaduais, quatro semifinais de Taça Guanabara e uma decisão de Copa do Brasil com final feliz para o Fla.

Ao final, rubro-negros e tricolores (por que não?) comemoraram a vitória com o show de Rogério Bicudo. Ah, os vascaínos, também bicudos, gostaram do show da mesma forma.

Acho que o Botafogo quer bater todos os recordes. Depois de tantas lambanças na direção e embaixo das traves, surgiu mais uma notícia que entristece os botafoguenses e gera gozações dos adversários.

Como o novo goleiro, Castillo, e nem os reservas tem condições de jogo, o Botafogo cogitou colocar um menino de 15 anos do juvenil para a estréia no Carioca. Como alguém de lá achou a idéia absurda (por que será?!), optaram por reconvocar o glorioso Marcos Leandro. Não seria problema se ele já não estivesse de férias há tempos e só voltaria ao Fogão na segunda pra treinar com os jogadores não aproveitados do elenco. Lamentável…

O melhor foi a declaração dele:

Estava treinando em Duque de Caxias, três vezes por dia, segunda, quarta e sexta, com um grupo de amigos desempregados. Mas o treino é quase a mesma coisa. É claro que não é o ideal, mas vou tentar ajudar o Botafogo.

P.S. – Apesar do peso, o cara da foto não é o Escalada. É o Marcos Leandro.

P.S. 2 – No Botafogo não tem time de juniores?

Amigos e colaboradores do Blá blá Gol, depois da difícil missão de escolher os melhores do campeonato, sugiro outra mais fácil: escolher os piores. Se bem que, com o nível deste ano, esta pode ser uma tarefa ainda mais árdua devido à quantidade de botinudos que estamos criando.

Que bom que a seleção deslanchou e fez 5×0. Digo isso porque assistir ao jogo requeriu alguns sacrifícios. Não vou nem voltar àquele papo das filas pra comprar o ingresso ou de cambistas. Começo falando sobre a chegada ao estádio.

Como saio do trabalho às 18hs, peguei e metrô e já cheguei cedo para descobrir como seria o esquema de estacionamento. Um caos total! Foi como jogar desorganização toda pra debaixo do tapete e os figurões da FIFA acharem que está tudo lindo. Muito trânsito, muitas filas nos POUCOS estacionamentos em volta do estádio, muitos reboques da Prefeitura e, claro, flanelinhas atormentando a vida de todo mundo. Depois de 2 horas na fila, meus amigos conseguiram estacionar. Beleza, agora vamos pro jogo…

A entrada foi tranquila. O problema foi constatado depois: faltando mais de uma hora para o início do jogo, fomos obrigados a ficar SEM CERVEJA!! E não anunciaram nada! Aquela galera com roupa da Itaipava estava lá, mas só vendia mate e refrigerante. Inacreditável! Mais ainda do que os gritos por Obina…

Pelo menos, uma coisa foi engraçada. O grito mais forte da arquibancada não foi “lêlêlê ô, Brasil!”, mas sim: “Na Rede Globo só tem viadoooo / Galvão Bueno / Comi o Arnaldooooo”.