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Debute Vovô

May 13th, 2012 | 330 Comments | Filed in Futebol

Quando Botafogo e Fluminense adentrarem o relvado do estádio alvinegro estarão dando início a 1ª final clássica, de mata-mata, do histórico do confronto geriátrico. O clássico apresenta um passado grandioso: um time nascendo para desafiar o outro, vizinhos de bairro, alternantes em conquistas de taças, recordes e hegemônicos nos primórdios futeboleros. Uma rivalidade puramente desportiva, pioneira, nascida para a eternidade. Pena que não foi/é alvo de apelos publicitários ou devaneios populistas como outros clássicos do Rio, mas para isso existem os blogs.

Essa falta de finais se deve ao regulamento pontocorridense que permeou o futebol carioca ao longo dos tempos. Nos anos 80 e 90 e, principalmente, 2000 foram quando as finais matamateiras tomaram as rédeas, mas nesse tempo Botafogo e Fluminense passaram por maus momentos. O alvinegro nos 80’s e 1ª metade dos 00’s e os tricolores nos 90’s e 2ª metade dos 00’s.

Alguns jogos decisivos na história dos pontos corridos entre as duas equipes:

1910 – O Glorioso

O time de rapazes, que já botava medo no time de bigodes, resolveu que após a quizumba de 1907 deveria apelar para a destruição para sair campeão. E com um campanha irrepreensível o alvinegro venceu 9 dos 10 jogos, fez 66 gols, sofreu 9 e levou a pecha de “O Glorioso” para todo o sempre. A taça foi assegurada ante o tricolor, na penúltima rodada, com uma vitória por 6 tentos a 1.

1946 – “Dêem me Ademir que lhes darei o campeonato”

Essa foi a frase profética de Gentil Cardoso antes do início do torneio de 46. Se referia ao avante Ademir de Menezes do Vasco, que só jogou essa temporada pelo Flu.
Naquele ano o campeonato terminou empatado entre 4 equipes: Botafogo, Fluminense, Flamengo e América. E o tricolor assegurou o troféu do 1º Supercampeonato carioca contra o Botafogo, vencendo por 1 a 0, justamente com gol de Ademir.

1957 – Massacre alvinegro

O Fluminense liderava o campeonato com 35 pontos, um a mais que o alvinegro, e detinha o favoritismo para a última rodada, onde ambos se encontrariam. Mas Paulo Valentim (5 gols!) escoltado por Garrincha (1 gol) destruíram o tricolor: 6 a 2. Segundo Roberto Porto, Telê Santana pediu clemência a Didi durante o jogo, quando estava 4 a 1, o pedido não foi atendido e os dois trocaram pontapés durante a contenda. Depois dessa conquista o Manequinho virou lenda.

1971 – O Grande Roubo

Ao contrário de 1957, em 1971 o Botafogo que entrava como o favorito e detentor da vantagem do empate. Paulo Cézar, o Caju, chegou a tirar foto com a faixa de campeão mas no encontro derradeiro o tricolor venceu por 1 a 0, com gol irregular de Lula, após a falta de Marco Antônio em Ubirajara, aos 43′ do 2º tempo. O mais doloroso é que o Botafogo só precisava de uma vitória nos últimos três jogos contra Flamengo, América e Fluminense. Perdeu duas e empatou uma.

1975 – Final Triangular

O campeonato de 1975 foi dividido em três turnos, vencidos por Fluminense, Botafogo e Vasco respectivamente. O Fluminense inaugurou o triangular vencendo o Vasco por 4 a 1. Dias depois o Vasco descontou no Botafogo: 2 a 0. Com isso, no Vovô da última rodada, o Botafogo precisaria vencer o tricolor por uma diferença de três gols, o que não aconteceu. 1 a 0 alvinegro e título tricolor.

2012 – …

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UEL 2011/2012: Semifinais

April 26th, 2012 | 40 Comments | Filed in Futebol

Dispute-se igualmente.

Perna de ida: Sporting 2 X 1 Athletic; Atlético de Madrid 4 X 2 Valência.


  

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Túlio maior que Zico e Dinamite!

April 14th, 2012 | 330 Comments | Filed in Futebol

Finalmente dissolvida a questão dos gols. A tradicionalíssima revista El Gráfico fez uma contagem séria, sem jogos festivos, amistosos, torneios oficiosos e tudo mais desse tipo e chegou aos números reais, cristalinos e incontestáveis. Perfeito!

A verdade

A verdade

Como todos sabemos que Romário foi maior que Pelé, o destaque da lista, lógico, fica por conta do Maravilha: Maior artilheiro do Mundo em atividade, com uma distância insana de Raúl, e já superior a monstros do calibre de Di Stefano, Nordahl, Sánchez, Larsson, Friedenreich e Dixie Dean. Além é claro de superar os ídolos máximos de Flamengo e Vasco.

Obrigado, Highlander da grande área!

Te cuida, Uwe Seeler!

Te cuida, Uwe Seeler!

Só resta ao nosso herói se ligar nisso e levar a cortina de fumaça dos 1000 gols na fanfarra. Teu lugar no Olimpo dos matadores está garantido, não precisa cair na falácia pelezera.

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“Gol do Emelec?”

April 12th, 2012 | 58 Comments | Filed in Flamengo, Libertadores 2012

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O Sócrates sem hype

April 10th, 2012 | 44 Comments | Filed in Futebol

Dia desses, desbravando, descobri o documentário Passe Livre, de 1974, dando sopa no Youtube. Belo documento futebolero do Brasil.

Conta a história do Afonsinho, meia botafoguense e estudante de Medicina que se rebelou contra os dirigentes alvinegros, que não queriam um jogador de barba e cabelo comprido no time. O jogador foi punido com um empréstimo ao Olaria, retornou, continuava a ser perseguido, mas não abandonava o jeito esquerdista de ser. A partir daí começa sua luta pelo direito do passe livre. Com sucesso. Tudo isso em tempos de turbulentos de ditadura.

Afonsinho se torna um símbolo de resistência da época, ganhou até música, mas acaba pagando caro no campo-bola. Foi menos do que deveria ter sido como jogador. Não teve chances no selecionado e passou a carreira perambulando.

A história do jogador é colocada como contraponto da exploração, da ignorância e da subserviência dos jogadores brasileiros, não conscientes de seus direitos e nem de sua importância social. Exemplificado no caso Jairzinho, que entrou na justiça contra o Botafogo, perdeu, e abaixou a cabeça.

Passa também pela história triste de outros injustiçados futeboleros: Barbosa e Almir Pernambuquinho.

Tudo isso com belas imagens do futebol setentista ao fundo.

Fodão. Recomendo.

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For whom the balls tolls?

March 30th, 2012 | 223 Comments | Filed in Futebol

“It takes more cojones to be a sportsman where death is a closer party to the game.”

Muito já falado e especulado acerca da QUESTÃO DOS COJONES. Teorias e exemplos figuram no ENGENHAZO. Todos já sabem o que cada um acha. Então, vou para outro canto.

Em 1932 Ernest Hemingway escreveu “Death in the Afternoon”, um livro que trata de touros e toureiros. Americano que era, mas que viveu certo tempo na Espanha, Hemingway se preocupou em utilizar termos locais em sua obra, escrita em inglês. Um destes termos era “Cojones”. Uma variação de testículos que, no dialeto popular, denota coragem, bravura e fodeza master (?). Com isso o termo saiu da Espanha e ganhou o mundo. Sempre nesse contexto. Do Homem, criatura fraca em relação ao animal, enfrentando o arquétipo da selvageria, já que o touro é reconhecido justamente por todas essas características etimológicas cojoneras.

La capa, se mira y no se toca

La capa, se mira y no se toca

“ A valorous bullfighter is said plentifully equipped with these”

Dito isso, creio que chegamos a uma relação futebolera óbvia. O inferior é o único detentor do direito de cojonar. O Superior ganha pela força. A inteligência e o instinto se misturam. São alternativas de sobrevivência. Alguns dirão que o toureiro sempre vence no ritual da morte e por isso não pode ser o dono de las pelotas… Ledo engano, a questão é puramente simbólica.

Enough said

Enough said

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Rincões insanos

March 14th, 2012 | 7 Comments | Filed in Futebol

Sempre no início da Copa do Brasil, quando os grandes encaram os chicos em seus terrenos, eu fico atento ao fator torcida. A insanidade e a taradice dos que moram longe de suas insígnias e esquecem dos BONS COSTUMES ao vê-las.

Em 2008, por exemplo, houve uma CARREATA só para receber o Botafogo no Maranhão, na prévia do embate ante o River-PI. Em 2009 foi a vez dos brasilifoguenses EMPACOTAREM o Bezerrão contra o Dom Pedro. Agora, depois do drible da comissão técnica no desembarque, a torcida foi no treino e invadiu o campo cheia de ÂNSIA!

CAOS

CAOS

No mesmo dia, só que mais abaixo no mapa, os palmeirenses alagoanos subversivos fizeram o mesmo: Pitch invasion. Com direito a volta olímpica (?) e sessão de autógrafos com MÁRCIO ARAÚJO (wtf?). Os jogadores saíram escoltados!

RIOT

RIOT

Isso é só um recado para aqueles VAGABUNDOS que não acreditam no TORCIMENTO HONESTO fora do território original do clube. Obrigado.

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Heleno do #Botafogo

March 1st, 2012 | 42 Comments | Filed in Botafogo, Off-Topic, Vídeo

Trailer do Heleno! PUTAQUEOPARIU!

O BOTAFOGO NÃO É LUGAR DE COVARDES!

Aê, Oswaldo! Leve os jogadores pro cinema, que nem o Sérgio Guedes fez no Red Cull, e dê uma aula de Botafogo na faixa. Fodeza master.

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O máximo do romantismo é o Botafoguense em início de temporada

January 31st, 2012 | 51 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2012

Em 30/01/2012, Gaburah disse:

Não lembro de ter entrado ano comigo tão desanimado com o Estadual como dessa vez.

Pode ser que pegue no tranco lá pela final da TG, quem sabe.

Mas meu problema é com o Botafogo. Continuo fã do Carioca, mas esse ano tô fissurado na CdB.

*****

Pra desafiar MESMO a mística, o Botafogo tinha que priorizar a CdB e a Sula em 2012.

Aí sim, em 2013 (olha a mística aí de novo), o mundo seria nosso. [RB mode on]

*****

Esse é o pensamento de TODO botafoguense quando um ano se inicia. No universo alvinegro frustração e esperança são palavras que se confundem. O fracasso nos alimenta, nos fortifica, não o contrário. Por isso, passo a rasteira no paradigma e digo que somos os mais OTIMISTAS dessa joça.

Nenhuma torcida ousaria pensar assim tendo a FICHA CORRIDA que o Botafogo nos oferece.

Talvez agimos de forma pessimista quando vemos nossas ilusões de começo de ano indo pro buraco. É momentâneo, não a nossa forma de levar a vida. É aquela pequena morte quando as coisas que imaginamos dão errado. Mas logo passa e voltamos a sonhar alto, e esses sonhos muitas vezes não são compreendidos pelos outros (dizem somos lunáticos, malucos, porra-louca…), esses sim, os verdadeiros pessimistas.

Pensem nisso!

DALE ALVINEGRO, PORRA! hahhahahaha

Valei-me meu São Biriba!

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Pelé debutó con un periodista

December 2nd, 2011 | 131 Comments | Filed in Futebol

Na última terça-feira, durante a feira de negócios Soccerex (que deveria mudar de nome, “Soccer” é sacanagem!), o destemido Eusébio resolveu falar umas verdades. Disse ele, resumidamente, que o PELÉ era muito violento, dando relatos de jogos passados, e que o Garrincha “paralítico” era muito melhor que o REI, mas era do povo e gostava de bebida, e por isso ficou marginalizado. Fantástico! Um tapa na cara merecido dentro de nossa casa.

Eusébio critica Pelé e considera Garrincha melhor que o `Rei`

Toco na ferida mermo, ó caraças!

Ok. Muitos dirão sobre a caçada ao REI na peleja entre nós e os Tugas pela Copa de 66, onde nossas esperanças de um Tri de verdade foram ceifadas, entre outras, e que o PELÉ só revidava. Naquela época, de obscuridade televisiva, as coisas deviam ser mais sinistras mesmo. Nem ligo, até defendo a porrada no futebol, desde que seja sincera. Entendo isso tudo. Só não compreendo a omissão e o protecionismo em relação ao MAIOR DE TODOS OS TEMPOS.

Isso fica claro com a repercussão dada, ou não, ao fato. No Redação Sportv do dia seguinte, o RMP, sempre ele, destila orgulho e raivinha brasileirinha ao dizer que o Pantera Negra demonstra mágoa de Pelé, citando uma disputa entre os dois pela coroa de melhor jogador do Mundo no fim dos anos 60. Ora, mas o Eusébio o compara com o Garrincha, não consigo. Não se considera melhor do que ninguém em sua fala e se coloca em condição de inferioridade ao Mané. O jornalista completa dizendo que foi bizarro o que ele falou e que NUNCA NINGUÉM disse que o Garrincha foi melhor que Pelé aqui no Brasil.* Já Lédio desconversa e diz que faltou bom-senso do português ao falar mal do nosso REI em nossa terra. Patético.

*Gérson, Eusébio, Amarildo e Luis Mendes dizendo que Garrincha foi melhor.

Para Renato Maurício Prado, Eusébio mostrou mágoa de Pelé em entrevista na Soccerex

O protegido e o esquecido

Mas o pior estava guardado pro dia seguinte. Num evento de lançamento do projeto de exploração infantil(?) do centenário do Santos, intitulado MENINOS PARA SEMPRE, foi realizada uma entrevista coletiva que contava com a presença do ÍCONE e a polêmica foi deixada de lado para não chateá-lo. Só uma pergunta sobre um ataque do Romário que o ETERNO REI tergiversa e ameniza. além disso proferiu outras asneiras, como a de que Neymar é melhor que o Messi e que o Garrincha não fazia gols (283 para um ponta tá bom, não?). Esse é o nosso REI. Mas ele pode, né? É o que sempre dizem.

Santos FC lança projeto do Centenário

Para fomentar minha tese de blindagem e exaltar a bravura de Eusébio deixo um vídeo que mostra uma cotovelada do ETERNO em um uruguaio na Copa de 70. O narrador e alguns dos craques daquela Copa, que defendem o futebol bailarino e artístico acima de tudo, exaltam a destreza do REI ao ferrar com a cara do sujeito. Mas com ele é malandragem, é malemolência canarinho…

Algo muito parecido com a história de Garrincha e Pelé acontece na relação Romário-Ronaldo. Não pude ver o auge de ambos. Mas pelo comentário geral e pelo que peguei considero o Romário melhor jogador. Mas o Ronaldo é mais mitificado e exaltado. O futuro tornará Ronaldo um ídolo nacional incontestável e Romário um folclore relegado a coadjuvância?

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