Quando Deco transformava apatia em apreensão, Souza já vinha fazendo ótima partida perseguindo a bola para roubá-la e armando o Fluminense próximo a área mexicana como o time ficou antes e após o gol onde Berna aprendeu conceitos de conservação de energia de colisão elástica.

Salto de Berna – h = 2,0m

M_bola ~ 0,45kg

M_Terra ~ 6 x 10²³ kg

V_Terra = 0 m/s

tempo de queda t ==> h = h₀ + v0t + gt²/2  ===> t = (2(h-h₀)/g)^1/2 ===> t = 0,64m/s

V_bola = gt = 6,3m/s

Pela conservação de momento: M_bolaV_bola + M_TerraV_Terra = M_bolaVF_bola + M_TerraVF_Terra

Como as massas não se alteraram e V_Terra = VF_Terra, logo, V_bola = VF_bola

Energia Cinética da bola na colisão = (1/2)M_bolaV_bola² = (1/2) x 0,45kg x (6,3m/s)² = 0,089J

Desta forma, a velocidade final da bola só poderia ir a zero caso a mão de Berna fosse segura o suficiente para absorver 0,089J, o que comprovamos empiricamente não aconteceu.

Como em uma Libertadores passada o Fluminense empatou logo em seguida com Gum marcando e vibrando como em uma Sulamericana passada.

O Fluminense com Emerson/He-Man, Fred, Diguinho, Deco, Conca e Souza atacava e jogava bem. Consideravelmente melhor que o América que parecia o Fluminense no México quando Ricardo Berna aprendeu o conceito de parábola. Era hora do silêncio e apatia na arquibancada do Engenhão. Souza, Conca e Deco armavam bem o time para ninguém já que Fred e Emerson não davam vazão.

Sem um lateral, sem dois. Enderson Moreira trocou um irritante Julio Cesar por Araujo buscando o ataque pela ponta esquerda tal qual Euller nos bons tempos do Palmeiras de Felipão. Próximo da área e recebendo bola de um exausto mas consciente Souza, Deco levava perigo e a bola na cabeça de Araujo trazendo esperança e apreensão pelo tempo útil para a virada, que acabou vindo no único momento em que o Tricolor se desesperou e foi na base do chutão. Por sorte o abafa casual resultou em gol, virando a maré de quem levou gols que somente a física e a matemática explicam.

Laboratório de colisões elásticas

A forma épica como o Fluminense, que jogou com técnica ainda que a emoção tenha prevalecido, conseguiu o resultado servirá para abafar os ecos da crise nas Laranjeiras. Se tiver alguém malandro nas Laranjeiras a equipe fica blindada até a partida contra o Nacional. Desmerecer o clássico contra o Vasco pode ser uma estratégia nesse fim.

Já no vestiário instantes antes da partida contra o Botafogo no returno do Brasileiro 2010, Muricy avisa que o titular será Ricardo Berna.

Após segura atuação do goleiro na partida, o treinador tricolor não titubeou em alardear pelos quatro cantos que observou o goleiro treinando pesado e que por méritos próprios chegava a titularidade do Fluminense em hora deveras importante. Como Berna reforçou a boa fase nas partidas seguintes, Muricy manteve o discurso.

O ano virou e Diego Cavalieri foi contratado como goleiro, posição que o Flu buscava reforço desde 2010 uma vez que Fernando Henrique e Rafael não demonstravam confiança.

Se em 2010 a má fase de FH, machucado inclusive, e Rafael propiciavam ambiente para a efetivação de Ricardo Berna, como fazer em 2011 para barrar esse mesmo goleiro e entregar a camisa titular ao novo goleiro, negociado por não ter chance entre os titulares do Cesena?

Simples: procedendo a troca. Essa é uma atribuição do treinador. Por liberalidade, Muricy veio a público e justificou a alteração anterior, na nova, subentende-se que Muricy acredita mais no eterno reserva Cavalieri em detrimento ao eterno reserva Berna. Entretanto, os torcedores gratos a Berna entendem que a confiança depositada no recém-contratado deve ser imediata, e por isso vaiaram o novo goleiro que fica plantado no chão caçando borboletas vendo um anão fazer gol de cabeça dentro da área.

****

He-Man comemora um de seus gols na Libertadores

Muricy é um sujeito que conhece do riscado. Vê lá na frente e se prepara para tal. Vai saber o que se passou na cabeça do técnico para entrar com Willians no time titular. O empate pode entrar na conta de Muricy sem que isso tire o técnico do sério. É bem capaz de ter jogado pelo empate, o que acabou sendo um excelente resultado para o Tricolor pelo que a partida mostrou.

Souza jogou como um debilóide entregando diversos contra-ataques com a defesa desmantelada. André Luis notoriamente não tem capacidade de ser reserva, e portanto, não tem culpa de ter feito cagada no time titular. O primeiro tempo do Fluminense foi tão bizonho que Ruimdriguinho conseguiu melhorar o time com sua entrada e injeção copera, injeção que fez despertar o faro artilheiro no ASPIRANTE A ÍDOLO He-Man. Injeção também aplicada com a entrada de Marquinho, jogador que Deco não conseguiu substituir em 2010 e que Souza não fez na estreia da Libertadores.

Vai saber se na cabeça do Adoniram esse pontinho se somará com mais pontos conquistados fora de casa nas costas de Frederico Porcelana

****

Dito e feito. Somente uns 15.000 endinheirados compareceram ao Engenhão. Para mim foi ótimo, pois aproveitei a pouca densidade demográfica para levar meu pai ao desconfortável estádio de Egenho de Dentro. Peter Siemsen também gostou da grana que entrou, mas não entendeu muito bem a causa do público baixo. Segundo o mandatário do Fluminense/Unimed, todas as situações (sic) foram:

• TV aberta
• Tempo perdido no trânsito (????????)

O poder aquisitivo dos mesmos está crescendo a olhos vistos, mas na ótica de Peter Siemsen o dos tric0lores está acima da média. No entendimento do presidente, o preço praticado não corroborou para o público baixo.

O time do Fluminense e os 15.000 endinheirados terão de se virar por conta própria na 1ª fase. É essa a torcida que o time terá nas próximas duas partidas no Engenhão.

Em 2007 a dupla Marcio Braga/Kleber Leite funcionou bem. Ainda mais evidente quando contrastado com as trombadas de Carlos Augusto Montenegro pelo lado do Botafogo.

E pelo que indica, ao menos do lado rubro-negro, 2008 terá a mesma nota.

Muito boa para os torcedores do Flamengo a entrevista de Kleber Leite hoje para Carlos Eboli no CBN Esporte Clube.

O noticiário de hoje deu a entender que Kleber Leite foi bem político e contornou qualquer mal-estar em relação ao caso de Diego Tardeli com Souza. O dirigente brincou dizendo que se Tardelli vier para o Flamengo, será recebido com tapete vermelho e preto por Souza, e que serão companheiros de quarto na concentração. Segundo o dirigente, o assunto já foi transformado em brincadeira na Gávea.

As amenizações foram confirmadas pelo próprio Diego Tardelli em outra entrevista para o CBN Esporte Clube, dizendo que já bateu papo com Leonardo Moura pelo MSN dizendo que não há nenhum mal-estar e que isso é assunto encerrado.

Claro que Kleber Leite não veio a público apenas por papo-furado. A posição que o Flamengo procura para completar seu time, e não esconde de ninguém é o tal atacante rápido, que no caso seria Diego Tardelli, que pelo visto está barato no mercado.

E Kleber vai atrás de Diego mesmo. Perguntado se o Flamengo que está à procura de atacante não sente “inveja” do Fluminense pela aquisição de atacantes à penca, Kleber respondeu simplesmente que não, pois os atacantes do Fluminense apenas se sobreporiam aos do Flamengo por serem do mesmo estilo de Souza e Obina, o que é verdade.

Sendo assim, Kleber já agiu rápido e apagou esse princípio de incêndio.

Outro aspecto interessante da entrevista foi o fato que o Flamengo deve disputar o Estadual para ganhar e conquistar o bi-campeonato.

Apesar de, politicamente, cumprir o protocolo levantando a bola do Botafogo e de Bebeto de Freitas, Kleber acredita que o Estadual deve estar focado na disputa Fla x Flu. O dirigente rubro-negro acha que os tricolores se preocuparão com a disputa por conta do risco do Flamengo igualar ao número de títulos estaduais do Fluminense esse ano. Sem contar que as duas equipes vinham melhor de 2007 e se reforçaram mais por conta da Libertadores que irá conferir um charme a mais na rivalidade entre Flamengo e Fluminense.

Perguntado também sobre o risco do Cienciano se classificar para o grupo do Flamengo na Libertadores, Kleber sem sensacionalismo respondeu que o departamento jurídico rubro-negro já trabalha no caso, e que vai tentar junto a FIFA que a partida não seja realizada no topo do Mundo.

Pelo visto, o Flamengo escolheu o jeito certo de começar seus trabalhos em 2008.

Valeria muito à pena que Carlos Augusto Montenegro solicitasse a fita da entrevista para ver como se portar diante de um microfone.

Parecia uma eternidade que não se via uma final de verdade no Estadual do Rio de Janeiro.

E nessa o Urubu voou mais alto, apesar do favoritismo alvinegro.

Para tal, o Flamengo precisou contar com as peças chaves em lances capitais.

As entrelinhas indicam que o Flamengo ganhou na sorte? Nada disso.

O Botafogo tem de fato um esquema de jogo gostgoso de se ver. Contudo, para que isso aconteça, o time larga Joilson em qualquer lugar, o que o deixa sem um lateral direito na prática.

Na outra ponta, lá na ponta esquerda, o Botafogo usa Jorge Henrique, que cria enorme facilidade para a dinâmica ofensiva alvinegra. Contudo, Jorge Henrique não chuta a gol.

Ney Franco parece conhecer mesmo do riscado. Em nenhum jogo contra o Botafogo, o Flamengo pareceu superior, e mesmo assim, nas três partidas, houveram empates. Sempre com pelo menos 2 gols para cada.

Ney Franco não afobou seu time. Parecia saber que gols saem contra o Botafogo, e foi isso que aconteceu nos três jogos. Domínio alvinegro, empates com muitos gols.

Pesam-se na conquista, e especialmente nos jogos decisivos, a presença de Bruno (que defesaço no chute de Dodô) e Souza.

O artilheiro em suas poucas chances marcou os gols que importavam. Vasco, Madureira, Botafogo.

E se valeu o Flamengo de Juan (sobre Joilson). O 1º gol rubro-negro o lateral foi como quis contra o atrasado Joilson.

O 2×2 foi absolutamente normal. A choradeira pelo lance do gol de Dodô no fim não procede. Ficou pelo empurrãozinho do Mauricio no Leonardo em 1989.

O artilheiro dos gols bonitos também não vai querer dizer que não ouviu o apito. É nitido que ele empurrou a bola para o gol totalmente relaxado. Ouviu sim.

Para os penalties, os rubro-negros já levavam vantagem. Bruno x Max não é loteria.

Flamengo campeão carioca. 4×2 nos penalties.

Não faço a menos idéia de como foram os jogos que decidiram os outros estaduais, mas ficam registrados os campeões dos principais campeonatos. Fiquem à vontade para comentar sobre esses jogos:
SP – Santos 2×0 São Caetano – Peixe campeão
RS – Grêmio 4×1 Juventude – Grêmio campeão
MG – Atlético 0x2 Cruzeiro – Galo campeão
PR – Paranavaí 0x0 Paraná – Paranavaí campeão (ah Bender, Paranavaí não é grande, mas Paraná também não. Acho que nessa aí a gente está limpo)
BA – Vitória campeão
GO – Atlético 2×1 Goiás – Atlético campeão