Peter Siemsens após Fla x Flu quando foi anunciada a saída de Muricy:

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2011/03/presidente-flu-lamenta-saida-e-diz-concordar-com-queixa-de-muricy.html

O Muricy disse ter dois objetivos. A conquista do título brasileiro foi alcançada, mas acha que a melhoria das condições do clube não foram alcançadas. Logo no início do trabalho, eu me deparei com a saída de um dos melhores técnicos do Brasil e do mundo. Todos nós sabemos que nossa estrutura é antiquada e questionada há muitos anos. Concordo com o Muricy, e uma das minhas metas é a reconstrução do Fluminense. Vamos nos matar de tanto trabalhar para que nunca mais nos deparemos com uma situação como essa. Tínhamos um dos melhores treinadores do Brasil e não conseguimos progredir por causa desse problema. Estamos tristes e desejamos sucesso a ele.

Flusócio em post sobre a saída de Muricy:

http://flusocio.com.br/blog/2011/03/13/as-pessoas-passam-mas-o-flu-fica/

Muricy Ramalho saiu do Fluminense porque aceitou uma proposta de um milhão de reais por mês do Santos. Proposta que o Fluminense não poderia cobrir, são 300 mil reais a mais do que ele recebia no Fluminense. E mais: vai morar em São Paulo, sua terra querida, próximo à família, e dirigir um clube com uma estrutura já consolidada. Tudo o mais é especulação, fofoca, desinformação.

O argumento de que o Fluminense “não tem estrutura”, de que a nova diretoria “não cumpriu o que prometeu sobre centro de treinamento” faz parte do marketing pessoal de Muricy – que ele próprio, aliás, não verbaliza, mas deixa a cargo dos parasitas que vivem em volta do futebol, seja como empresários, seja como “jornalistas” – e que de jornalistas nada têm.

"Muricy fica no Fluminense"

Siga o destino que for, o campeão brasileiro Muricy sempre deixou claro que tinha como meta participar de uma estruturação do Tricolor. Se Muricy resolveu sair do Fluminense por uma proposta melhor do Santos ou mesmo qualquer motivo menos nobre, o que importa é que o Fluminense tem de colocar o rabo entre as pernas e ficar quieto.

No São Paulo e Palmeiras, Muricy sempre ressaltou as excelentes condições de trabalho. Chegou ao Fluminense ressaltando a necessidade do clube buscar excelêcia em suas instalações. No episódio em que continuou no clube em detrimento à CBF, voltou a mencionar que em seu projeto de longo prazo se baseava na estruturação do clube. Em disputa do título brasileiro voltou a tocar no assunto, o qual reforçou após conquista.

Que seja marketing ou blá blá blá, mas é nesses argumentos que trabalha Muricy, e convenhamos, a presença de Muricy como treinador do clube sempre foi utilizada como fiadora de uma busca dessa tal estruturação ainda que nada efetivamente apontasse para esse caminho.

Sem maiores esforços, a política tricolor já se utilizou por duas vezes desse artifício. Apoiar-se em um nome fortemente associado com organização e planejamento (mesmo que este nome não planeje nada) para passar a imagem de “modernização”: Carlos Alberto Parreira.

Nas duas vezes com Parreira, o Campeão do Mundo era o executor da reformulação. Levou pé na bunda desgastado pelos resultados e deixou ao clube o bônus de ter iniciado os trabalhos de modernização (ainda que no discurso). Muricy contudo não era executor. Era fiador (ou cobrador). Nada fez além de sinalizar que sua presença era uma garantia (ou exigência) que o clube teria de melhorar. Sua saída indica que o Fluminense está longe de ser um clube com condições adequadas de trabalho e pior, que não se encaminha para tal.

Essa minha visão era compartilhada, pelo menos cerca de 10 dias atrás pela…… Flusócio:

http://flusocio.com.br/blog/2011/03/03/muricy-e-projeto/

À Flusócio, como grupo político relevante da base de apoio ao Presidente Peter Siemsen, que vem lutando bravamente para superar os inúmeros problemas deixados por anos de administrações desastrosas, resta manter o sangue frio e preservar a razão. Fosse outro técnico, esse início de ano geraria uma pressão insuportável. Mas nosso técnico é Muricy. Não é um simples técnico, como esses tantos que andam por aí, rodando de clube em clube, ganhando uma aqui, perdendo duas ali. Muricy é um projeto. Um baita profissional. Ranzinza sim. Mas aquele ranzinza que precisamos. Aquele que cobra, que gera desconforto naquilo que realmente precisamos… Estrutura e profissionalismo. Se foi infeliz nas escolhas desse início de ano… paciência. Faz parte. Ninguém acerta sempre.

Mas que fique claro. A Flusócio apóia Muricy Ramalho. A Flusócio acredita que Muricy Ramalho é um projeto de médio e longo prazo no Fluminense. E que já gerou resultado de curto prazo, afinal, não podemos, por mais que estejamos de cabeça quente, desprezar o título brasileiro de 2010. O resto da estrutura do futebol, não é novidade para ninguém, está longe do que imaginamos para o Fluminense. Muricy, sempre! O resto? Deixa a cabeça esfriar.

Curioso como há 10 dias contribuia para a formação da imagem de baita profissional o fato do técnico cobrar e gerar desconforto naquilo que realmente o Fluminense precisa… Estrutura e profissionalismo, e hoje, o argumento faz parte do marketing pessoal.

Entre mortos e feridos, bem fez o presidente do clube em colocar para dentro e concordar com Muricy. Quem não cumpre com sua parte no acordo não pode cobrar.

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Pessoalmente, penso ser decepcionante e em nada me orgulha a saída de Muricy do Fluminense. Seja pelo motivo que for, acho uma derrota para o clube em muitos sentidos mesmo que suas decisões de campo viessem me irritando muito em 2011. O que fizeram Conca e Muricy com as cores do Fluminense em 2010 não está no gibi. Ainda que contestado por uma penca de torcedores pelo estilo de jogo ultra pragmático, Muricy detinha requisitos de carisma, realizações e ambições para se tornar uma legenda no clube capaz de transoformar torcedores em fanáticos.

Não foi dessa vez que o Flu conheceu seu Messias.