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Posts Tagged ‘Campeonato Mineiro 2010’

O Mata-Mata Mineiro

April 4th, 2010 | 35 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010

O Campeonato Mineiro 2010 conta com 12 times dos quais 8 se classificaram para o mata-mata decisivo. Sobre isso, escreveu Marcus Oliveira.

Por Marcus Oliveira (com ligeiras adaptações do original)

Muita gente fala que deveriam se classificar apenas 2 times, e alguém tem dúvida do que aconteceria? Cruzeiro e Atlético na final (90% das vezes) e os clubes do interior de férias o resto da temporada. Só essa fórmula, aparentemente absurda, permite que o Uberaba (8º Lugar) venha ao Mineirão e dê o calor que deu no Cruzeiro. Imagino que lá em Uberaba devem estar numa ansiedade grande pro jogo, campo cheio, etc… Isso vai permitir que o Uberaba forme um time melhor no próximo ano, aumenta as cotas de patrocínio da camisa e diminua um pouco o abismo entre grandes e pequenos.

Cruzeiro e Atlético que fiquem bem espertos. Não seria nada anormal o Uberaba vencer o Cruzeiro em seu campo e o América bater o Atlético em Ipatinga. Seria um campeonato inesquecível para o interior.

Diante das dificuldades do Estado, talvez essa seja a melhor forma de organizar o campeonato.

Muito diferente do Rio de Janeiro que já tem uma fórmula consagrada e ao menos 4 grandes clubes.



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Time bobo, cara-pálida? Qual?

March 8th, 2010 | 13 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Libertadores 2010

Na cidade mais fluminense de Minas Gerais (carioca é quem nasce na cidade do Rio, mancebo) o sonolento misto do Cruzeiro sofreu sua 2ª derrota no Pão-de-Queijo/2010 para o bem arrumado time do Tupi. E, pra quem achava que o Mineiro se baseia nos dois grandes clubes da capital (Cruzeiro e América) ficou comprovado ontem que os times do interior podem chegar, se os da capital não abrirem os olhos.

Sobre o jogo, o Tupi veio com um esquema que sempre é uma faca de dois gumes. Marcação pressão é uma ótima tática para times menos técnicos, mas com um bom preparo físico. O Tupi mordia a saída de bola do Cruzeiro e, quando não conseguia tomar a bola em uma das intermediárias, se fechava com 2 linhas de 4 e não deixava os azuis se aproximarem muito da área. O problema é que esse tipo de marcação cansa muito o time que a utiliza e ali pelos 35 minutos, o time do Tupi já não conseguia manter o mesmo ritmo.

tupi x cruzeiro

Fabinho em péssima partida

Por outro lado, o sistema defensivo cruzeirense não se encontrava. Parece que falta a Gil e Caçapa um maior entrosamento, apesar de serem bons zagueiros. Jonathan fazia um jogo razoável e Gilberto, que começou na lateral-esquerda, era o melhor dos 4. Fabinho fez uma partida muito ruim e isso contribuiu para que a zaga fosse sobrecarregada. Camilo era uma nulidade e Pedro “Who” e Roger eram os únicos que conseguiam boas jogadas pelo meio. Isso quando a bola vinha com alguma qualidade. Como Fabinho e Camilo não conseguiam dar passes de dois metros, ficava complicado. Anderson Lessa e o “Tanque” Eliandro jogavam bem, apesar de dois gols errados pelo gigante. Aliás, eu já falei muito do Eliandro por aqui. Atacante forte, com ótimo posicionamento, é uma das surpresas desse ano para o Cruzeiro. O garoto tem estrela. Se não se impõe pela habilidade, sabe usar a força física sem fazer faltas desnecessárias.

Mas foi Anderson Lessa, que jogou de maneira razoável, quem abriu o placar aos 40 minutos. Dominou na meia-lua, girou o corpo e bateu de esquerda sem chances pro goleiro Jefferson. O Cruzeiro achava que iria levar a vitória para o vestiário quando Ademílson, artilheiro do campeonato com 8 gols, acertou um petardo no ângulo oposto de Fábio que ficou sem reação. Golaço e fim de 1º tempo.

O Cruzeiro voltou com duas modificações, sendo M. Paraná (impressionante como joga bem em jogos difíceis, mas entra desligado em jogos mais tranquilos) no lugar de Roger e Bernardo no lugar de Anderson Lessa. Eu não entendi o que o professor quis. Os dois tinham entrado no jogo e faziam boas partidas. E pra desestabilizar ainda mais a tática de Adílson, o Tupi virou logo aos 2 minutos com Fabrício Soares. O Cruzeiro acordou, mas esbarrava no ferrolho do time de Juiz de Fora que saía muito bem para os contra-ataques. Num deles, aos 35 minutos, o Tupi praticamente sacramentou o resultado. Gedeon foi lançado, livre de frente pra Fábio, e tocou com muita categoria na saída do arqueiro.

O Cruzeiro foi ainda mais pra cima, o Tupi teve Léo Salino expulso aos 40 minutos, a chuva apertou e a pressão foi quase insuportável. Tanto que, aos 46, em boa jogada tramada pelo ataque azul, Pedro “Who” deixou o dele num belo chute rasteiro de fora da área. Aos 47, Bernardo perdeu um gol incrível, cabeceando livre para fora. E o jogo acabou.

Os gols:

O Tupi mostrou que tem time para surpreender. O Cruzeiro percebeu que precisa entrar elétrico nos jogos, mesmo os do Mineiro e com time misto, para não ser surpreendido. Apesar dos pesares, o time azul se mantém na primeira colocação isolada e, agora, vai à Venezuela para enfrentar o Deportivo Italia nessa quinta-feira pela Libertadores.

Aguante!!!

*****

Alício Pena Júnior está para Minas como Carlos Eugênio Simon está para o Brasil. Ninguém entende mais como eles apitam e são considerados os melhores. Ontem, o fanfarrão e seus assistentes anularam um gol legítimo do Tupi, além de inverter faltas e cartões. Arbitragem ruim para os dois lados.

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Nos embalos do Obination

March 3rd, 2010 | 1 Comment | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Copa do Brasil 2010, Cruzeiro, Futebol

Por Lucas Leal

Na última quarta-feira, dia 24 de fevereiro, o Atlético viajou para o longínquo e, para mim, até então inexistente estado do Acre, a fim de fazer sua estréia na Copa do Brasil, o famoso “caminho mais curto até a Libertadores”.

Mesmo sem ter conquistado os três pontos, o Galo ia embalado por uma boa atuação no Clássico contra os Azuis, partida recheada, mais uma vez, de polêmicas envolvendo a arbitragem Azul, digo, Mineira.

Quem também vinha embalado era o Juventus, que não é o de Turim, que, nas palavras de seu Presidente, teria plena capacidade de vencer o duelo, já que “Nosso time é o atual campeão estadual e tivemos a defesa menos vazada da competição, além de termos mantido a base do ano passado.”

O que o Sr. Deusdeth Nogueira não previa era que, mesmo recuperados do surto de dengue que fizera a partida ser adiada para esta data, seus jogadores encontrariam pelo caminho o jogador mais contestado do futebol brasileiro atual em uma noite inspirada.

O novo xodó do Galo!

O novo xodó do Galo!

Obina acabou com o jogo. Além de dar passe para o gol de Diego Tardelli, o jogador marcou nada menos que CINCO tentos na vitória esmagadora do Galo no treino, digo, jogo contra a Juve Tupiniquim. Marques, que passou à frente de Obina na hora de finalizar, completou a goleada, que ainda teve pênalti perdido por Muriçoca.

Muitos diriam que não há que se gabar de um resultado construído contra uma equipe de um lugar que não existe, que o Galo tinha a obrigação de vencer de mais de dez gols e que Obina só marcou tanto porquê o goleirão da Velha Senhora genérica ajudou. Mas marcou.

Acre

O Acre existe!

Não satisfeito, o mito Obina resolveu aprontar mais uma no fim de semana. Sua vítima, dessa vez, foi o Uberlândia, fora de casa, em partida válida pela 7ª rodada do “Pão de Queijão/2010”.

O Rei do Acre, novamente inspirado, marcou três gols, um deles em um belo chute de fora da área, dando a vitória por 5 a 2 para o Galo sobre o Periquito. Muriqui e Carlos Alberto completaram o marcador. Marcelo Régis e Paulo Roberto, em mais uma das pataquadas do pseudo-goleiro Aranha, descontaram para o time da casa.

Com 9 gols em 5 partidas, sendo 8 nas duas últimas, Obina não só ganhou o direito de pedir música e clipe no Fantástico, mas também assumiu a posição de artilheiro do Atlético. Não podemos negar que o atacante é limitado, não é dos mais habilidosos e está longe de ser um craque. No entanto, o esquema de três atacantes armado pelo professor Vanderburgo Luxerlei parece ser perfeito para a atuação do goleador. Diego Tardelli, agora atuando mais recuado, e Muriqui, absurdamente veloz caindo pelas pontas, facilitam a vida de Obina, que só tem o trabalho de empurrar a bola pra dentro do gol.

Uma coisa é indiscutível: Obina já virou lenda no futebol brasileiro. Por bem ou por mal, não é de hoje que ele tem chamado a atenção da imprensa esportiva nacional. E, agora, tem conquistado o torcedor alvinegro. E não é pra menos. Na hora de pedir música no Fantástico, o artilheiro não hesitou em fazer média com a torcida atleticana e pediu logo o Hino do Clube. Claro que depois, como todo jogador de futebol que se preze, pediu um pagode.

Ânimo novo para o Galo, que eliminou o jogo de volta da Copa do Brasil e agora segue na luta pelo título do Campeonato Rural e na espera pela vingança contra o time do Professor Adilson Pardal. E, se depender da torcida, sempre ao som do Obination…

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Um bom começo de ano.

February 23rd, 2010 | 11 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Torcidas Organizadas

Galo e Cruzeiro fizeram um baita jogo, naquele que ficou famoso como Clássico das Flanelinhas. Dois bons técnicos no banco de reservas e times que estão ainda melhores que os do ano passado. Se em 2009 a equipe azul teve um bom ano com um vice-campeonato da Libertadores, o título mineiro e uma bela arrancada na fase final do Brasileiro, o Galo superou expectativas e, durante um bom tempo, foi apontado como um dos postulantes ao título. Perdeu a bola e o rumo após a derrota para o Flamengo, mas foi mais do que a própria torcida esperava.

O clássico desse último sábado se mostrava cheio de ingredientes para ser especial. Luxerlei Wandemburgo, técnico do Cruzeiro no ano mais áureo da história recente, comandava a equipe atleticana; possibilidade de Obina, um especialista em clássicos, jogar como titular; Roger fazendo sua estreia pelo Cruzeiro; Adílson tentando manter o bom restropecto.

Antes do jogo eu comentava com amigos que o embate dos treinadores seria o maior diferencial. E foi o que aconteceu: Luxeerlei entrou num 4-4-2 conservador, mas que foi muito bem com Tardelli e Muriqui (bom atacante, mas que precisa melhorar nas finalizações) e Renan Oliveira vindo do meio-de-campo. O Cruzeiro se defendia bem com atuações seguras de Fábio, Jonathan e, pricipalmente, Leonardo Silva. Enquanto isso, Marquinhos Paraná, Gilberto e Henrique não faziam grande partida, mas ainda dominavam o meio-de-campo. Elicarlos cumpria bem o papel de marcador e segurança para as subidas de Diego Renan pela esquerda do ataque azul. Já a ofensiva celeste era inoperante, muito em função da boa atuação de Werley e da monstruosidade que Jairo Campos jogou.

O Galo era mais agudo e quase marcou um golaço com Tardelli que, numa saída errada de Fábio, tocou por cima. Leonardo Silva operou um milagre e salvou o Cruzeiro em cima da linha. Enquanto isso, a Raposa tocava a bola e o Galo se defendia bem. Sem achar espaços, o Cruzeiro só conseguiu seu gol na bola parada aos 22 minutos do 1º tempo. Gilberto bateu escanteio, Gil se antecipou e tocou fraco pro gol. A bola, essa companheira certa da ironia, encostou em Leandro, ex-lateral celeste, e matou o goleiro Carini. Cruzeiro 1×0.

R de Raposão!

R de Raposão!

Oito minutos depois, falta para o Atlético. Coelho cobrou pra Jairo Campos completar. Fábio fez uma defesa de cair o queixo, mas na sobra o mesmo Jairo tocou no canto. 1×1 e clássico quente, como a tarde de BH.

O 1º tempo acabou, veio o 2º e o jogo não mudou em nada. Aliás, mudou. Adílson trocou Diego Renan por Pedro “Who”, que não entrou bem. Com o deslocamento de Elicarlos pra lateral-esquerda, o Cruzeiro perdeu força na marcação. O Galo veio ainda mais forte e logo aos 3 minutos marcou seu gol com Tardelli, que foi mal anulado pela arbitragem. Pra variar, ouve-se a história de que “aquele gol podia ter dado outra cara pro jogo”. Realmente. Num clássico, detalhes fazem diferença. Mas os gols perdidos por Tardelli, Obina e Muriqui também fizeram diferença. O Galo era mais organizado e aos 14 minutos, Muriqui perdeu um gol feito. Os alvinegros ainda tiveram bom domínio, mas por volta da metade do 2º tempo o Cruzeiro equilibrou.

Foi nesse momento que brilhou mais uma vez o professor Adílson. Luxerlei trocou Renan Oliveira por Obina, indo prum 4-3-3 com Correa, Jonílson e Ricardinho no meio. Enquanto isso, Adílson sacou Gilberto para a estreia de Roger. Aos 33 minutos, o maridão da Débora fez lindo lançamento para conclusão errada de T. Ribeiro, num lance que deixou Luxemburgo dando pulinhos de braveza. O Cruzeiro agora já era mais perigoso. E aos 37, o canhotinho bateu escanteio na cabeça de Leonardo Silva que nem subiu pra testar firme, sem chances para Carini. Cruzeiro 2×1. Festa azul e laranja e desespero de Luxa. O técnico sacou Jonílson para a entrada do eterno Marques. Mas foi Roger quem apareceu novamente. Aos 43 minutos, num contra-ataque rápido, o meia recebeu, puxou pra esquerda e colocou no ângulo oposto de fora da área. Golaço! Cruzeiro 3×1 e fim de papo.

Roger comemorou roubando a cabeça do Raposão e saindo pra torcida. Delírio e o início do pós-jogo. Kalil reclamou de assalto, Luxerlei Wandemburgo mandou banana pra torcida do Cruzeiro, Perrella provocou desnecessariamente. E briga na saída do estádio. Tudo normal. Toda babaquice que se espera de um superclássico e que acontece com a conivência das autoridades.

Por fim, foi um belo jogo que deixa esperançosas as duas torcidas. A do Cruzeiro com o fato de que o time, por ter um bom elenco, pode resolver um jogo complicado em questão de minutos. A do Galo, por saber que o time desse ano pode fazer papel mais bonito que o do ano passado. E pode ser mais confiável.

*****

Nessa quarta, o Cruzeiro joga contra o Colo-Colo pela Libertadores. O Galo vai ao Acre jogar contra o Juventus para não fazer o jogo de volta.

Adelante!

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Pão-De-Queijão/10 saindo do forno

January 20th, 2010 | 16 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro

O Campeonato Mineiro de 2010, a.k.a. Pão-de-Queijão/10, começa hoje, mas com apenas um jogo.

Em virtude da desgastante viagem para a altitude de Potosí onde o Cruzeiro enfrenta o o primeiro desafio do ano pela Pré-Libertadores, o jogo contra o Uberlândia, que seria sábado, 23/01, foi antecipado para hoje.

Enquanto isso, o Galo continua seus trabalhos para começar a temporada no próximo domingo, no clássico contra o América.

Aposta atleticana para 2010.

Aposta atleticana para 2010.

O fim de 2009 e começo de 2010 foram muito movimentados para o lado atleticano. Com Luxerlei Vanderburgo e seus fieis companheiros contratados para o comando, a expectativa é que o time consiga se impor depois de 2 anos perdendo o título para o Cruzeiro de forma catastrófica. As contratações de Jairo Campos, que veio da LDU, Muriqui, que fez um belo Brasileiro pelo Avaí e outros menos cotados buscam preencher as deficiências do time que fez, apesar da decepção no fim, uma ótima temporada passada. Tardelli, Carini, Ricardinho e Correa foram mantidos e formam uma boa base.

Enquanto isso, na Toca 2, Zezé Perrella afirmou que “o maior reforço é a manutenção de todos”. A julgar pelo baita 2009 e pela famosa política de mercado dos dirigentes cruzeirenses, ele está certo. Pedro Ken, ex-Coritiba, e Anderson Lessa, revelação do Náutico, foram contratados para compor elenco, juntando-se a Fábio, Jonathan, Kléber e cia. E a programação é de mais dois ou três bons reforços, sendo um para o ataque e/ou meio-campo avançado e um zagueiro.

Será que ele joga?

Será que ele joga esse ano?

O campeonato será polarizado, mais uma vez, pela briga dos dois gigantes, funcionando mais como aquecimento para a Copa do Brasil e a Copa Libertadores, que os dois entram para ganhar, apesar de menos cotados. Mas América e Ipatinga sempre podem surpreender, comendo pelas beiradas.

Estarei na estreia hoje, esperando pra ver a cara do Cruzeiro. Apesar das pernas pesadas, pelo menos de falta de entrosamento o time não pode reclamar.

Um abraço e que o Pão-de-Queijão/10 seja o disputado só dentro de campo.

Quem leva o campeonato mineiro?
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