Luta de classes futebolera
August 21st, 2014 por Victor | Categorias: Futebol.Sem a Flacoxinha e com a torcida ao lado, sua gente, seu povo, o Flamengo, mesmo fraco, fica mais forte. É o maior reforço do clube no ano.
— Mauro Cezar (@MauroCezarESPN) August 21, 2014
Tentam me convencer que gente em estádio de futebol (e em qualquer lugar) é diferente entre si, mas eu sou turrão e ainda não fui convencido a enxergar além do que meus olhos enxergam. Quando olho um sujeito com a camisa do Flamengo na arquibancada do Maracanã, eu tiro o sujeito por torcedor do Flamengo e ponto final.
Entendo os que fazem distinções, mas sou resoluto a não diferenciar um reles torcedor por sua grana, cor, onde enfia seu caralho ou esfrega sua xoxota. Se a criatura está disposta a pagar por seu ingresso, ver o jogo e eventualmente escolher um time para torcer, é parte integrante da Torcida sem qualquer deficiência. As emoções que uma partida de futebol destina e demanda de um torcedor(*) não distingue viadagens político-ideológicas.
(*)Se por torcedor o sujeito entende aqueles porradeiros de Organizadas, aí a análise é outro. Estou a avaliar comportamentos sociais e não sociopatas.
ingresso caro = só vai coxinha
ingresso barato = vai todo mundo
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E qual a importância disso no espírito torcidal?
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(claro, partindo do pressuposto que isso é verdade, o que é bem contestável)
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ingresso caro = só vai coxinha = pouca torcida em jogos chinfrins
ingresso barato = vai todo mundo = mais torcida em jogos chinfrins
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É um bom ponto levantado em jogos de menor demanda. O quantitativo de torcedores inegavelmente influencia positivamente.
A questão do comentário é que ele reage à torcida que comparece em jogos de grande demanda com ingresso caro. Invariavelmente surge a corneta “não é o torcedor de estádio”.
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Acho legal os julgamentos.
Me pergunto: em qual nível social o Mauro Cezar se coloca? Como ele se enxerga quando vai ao estádio para torcer?
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[IRONIC MODE = ON]
Torcer? Nunca. Afinal de contas, como profissional de imprensa ele sente a OBRIGAÇÃO de ser IMPARCIAL.
[IRONIC MODE = OFF]
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Para quem trabalha com massa e retórica, não importa o nível social em que ele se coloca. Seu público não é seu cliente, mas seu produto.
Pender para o lado majoritário é defender a matéria-prima.
O curioso aqui é que fugiu-se do muxoxo padrão que “a torcida não compareceu” para um padrão apartheidiano qualificando torcedores por seus supostos extratos financeiros médios (o que eu acho que deve ser mentira, inclusive. Tenho plena crença que o público presente no Maracanã é constituído dos mesmos indivíduos presentes em ocasiões recentes de casa cheia em jogos do Flamengo). Passou-se de “a torcida não compareceu” para “a torcida que compareceu não presta, não é digna, não é verdadeira”. Pesado, bem heavy metal.
Em minha experiência de estádio, pouca relevância e diferença vejo entra torcedores “pobres” e “ricos”. Acho que mal consigo identificar para diferenciar. Já entre não-organizados e Organizados…
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