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Artigos sobre ‘Torcidas Organizadas’

Foi dado o motivo.

March 24th, 2009 | 37 Comments | Filed in Futebol, Justiça, Torcidas Organizadas, Vídeo

Primeiramente gostaria de dizer que é com grande alegria que posto meu primeiro texto aqui no blog. Muito legal poder compartilhar as minhas ideias com a galera. Valeu aê!

Mas vamos ao que interessa. Após uma série de discussões no Brasil inteiro sobre a legalidade ou não da carteirinha de cadastro do torcedor em jornais, programas de TV, sites e aqui mesmo no Blá Blá Gol, tudo que os defensores dessa medida queriam era um motivo para que a ideia ganhasse peso. E o motivo foi dado.

Após o clássico entre Corinthians x Santos, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista, o que se viu nas arquibancadas do Pacaembu foram cenas de guerra. A T.O. do Santos, talvez inflamada pelo fato da diretoria corinthiana ter liberado apenas 6% da carga de ingressos para o rival, iniciou uma confusão tremenda com a PM. Quem acompanhou a confusão, com certeza ficou preocupado com a família que estava exatamente no ponto de encontro entre a Jovem e os policiais militares.

Pancadaria Torcida Jovem x PM

Enquanto a TV ia mostrando as imagens, os repórteres buscavam declarações dos jogadores, comissões técnicas e outros personagens do clássico. Até que, perguntado sobre o que poderia ser feito para evitar esse tipo de confusão, o promotor Paulo Castilho lançou a pérola: “Somente quando o projeto (do pacote de medidas que visa identificar todos as pessoas que vão a estádios) for aprovado e tivermos um cadastro eficiente, com monitoramento, essas pessoas sairão daqui diretamente para a cadeia”.

Balela, sr. promotor. O cadastro pode até ser utilizado para identificar os possíveis focos de tensão, como as T.O.’s, por exemplo. Quem fizer parte da Organizada, precisa ser cadastrado no sistema do governo.

Nos outros casos, a discussão aqui é muito mais profunda do que proibir cervejas e bandeiras nos estádios ou obrigar o torcedor inocente à se cadastrar em um sistema de vigilância. O assunto passa por políticas de segurança mais rígidas que identifiquem os marginais que atuam nas Organizadas. Passa também pela forma como essas Organizadas são tratadas pelo Estado e pelos clubes de futebol. E passa pela forma errada com que as autoridades como o sr. tratam o problema. Após o último clássico entre São Paulo x Corinthians (famoso pela Polêmica dos 10%) o próprio Paulo Castilho defendeu a diminuição da carga de ingressos para a torcida visitante. Pois bem, tivemos 6% para a torcida do Santos e a situação foi pior que a do clássico Majestoso.

A questão não é diminuir a carga de ingressos ou criar sistemas rígidos e inconstitucionais de controle dos torcedores. A questão principal é a falta de atitudes concretas. Busque-se as imagens da confusão, identifique-se os agressores e puna-os, mas sem soltá-los 4 horas depois. Nada mais simples. Nada mais utópico num país marcado pela impunidade. O cadastro já foi feito. A identificação dos agressores é simples. Basta olhar para uma carteira que já é utilizada a muito tempo. O RG.

PS.: Peço desculpas pela simplicidade do post. Aqui no trampo é meio complicado de conseguir imagens e vídeos.

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Domingo de clássicos

February 16th, 2009 | 7 Comments | Filed in Estrutura, Futebol, Torcidas Organizadas

E imagina se vendessem cerveja…

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Praga

December 3rd, 2008 | 43 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2008, Flamengo, Futebol, Torcidas Organizadas

“Queremos que o Caio Júnior saia agora, antes mesmo do jogo contra o Atlético-PR. Como não há tempo para arrumar um substituto, o (preparador físico) Ronaldo Torres e o (auxiliar-técnico) Andrade deveriam assumir o cargo”

Dirigentes do Flamengo? Oposição? Departamento de futebol? Conselho de qualquer coisa do clube? Nada disso. As palavras são de um dos líderes das torcidas organizadas do clube.

Você acha que acabou? Kleber Leite recebeu três líderes de torcidas organizadas para “reunião”.

Enquanto essa palhaçada continuar, o amadorismo…. ah… quer saber… deixa pra lá.

E tudo isso no dia que faz 30 anos de um grande capítulo na história do Clube da Gávea.

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STJD discrimina torcida do Flamengo

November 5th, 2008 | 18 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2008, Estrutura, Flamengo, Justiça, Torcidas Organizadas

Ou ao menos ratifica a discriminação feita pela PM e CBF com a torcida rubro-negra.

Decidiu a CBF após consulta a PM sobre as condições de segurança no Engenhão para Botafogo x Flamengo que o jogo ocorresse no Maracanã.

Oficializando assim a marginalização da torcida do Flamengo, justificando que por motivos de segurança pública seu time não pode jogar em um estádio onde todos os demais times do País (incluindo aí a Seleção Brasileira) podem.

O blogueiro que vos escreve não concorda com a atitude da CBF e com a ratificação do STJD. Muito embora o blogueiro quase concorde com o laudo da PM.

O blogueiro concorda que há problemas de segurança. Só não concorda que eles seriam resolvidos com a mudança do João Havelange para o Mario Filho.

E não pensa o blogueiro que seja isso um problema exclusivo da torcida do Flamengo, pois afinal, já presenciei confusão e brigas envolvendo outras torcidas, e não raramente brigas em jogos de uma só torcida.

Sendo assim, o blogueiro recrimina o STJD pela discriminação à torcida do Flamengo, e lamenta pela diretoria rubro-negra e torcedores do clube deixarem passar batido tal episódio.

A mesma diretoria e torcida que manifestaram-se com toda razão contra a baixaria que cometeu a torcida do Vitória da Bahia ao estender uma faixa chamando os torcedores do Flamengo que lá residem como Vergonha do Nordeste.

Faixa lamentável da torcida do Vitória

Faixa lamentável da torcida do Vitória

Torcida que se revoltou por ser taxada como traíra no Nordeste, mas não se importa em ser tratada como marginal no Rio de Janeiro.

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Que vá além de Nota Oficial

August 7th, 2008 | 9 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2008, Flamengo, Futebol, Torcidas Organizadas

O Flamengo soltou notas oficiais sobre a bizarrice ocorrida na Gávea.

Soltar Nota Oficial é fácil. Muitas ficaram por isso mesmo.

É esperar e torcer para que essa não fique. Que o Flamengo esteja apenas fazendo jogo de cena enquanto a poeira não baixa.

A íntegra da Nota Oficial de Repúdio emitida pelo Flamengo:

O Clube de Regatas do Flamengo repudia os lamentáveis fatos ocorridos hoje, na sede do clube, durante o treino da equipe de futebol profissional.

Estes atos de violência e vandalismo foram praticados por indivíduos que não representam o conjunto de torcedores rubro-negros, que invadiram o clube ameaçando os jogadores, dirigentes, sócios e jornalistas.

A torcida do Flamengo é Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro e não acolhe estes elementos.

É caso de polícia e a diretoria do clube tomará todas as providências para que estes infaustos acontecimentos não se repitam.

Rio de Janeiro, 5 de agosto de 2008

Conselho Diretor do C.R.Flamengo

****

Outra Nota Oficial dá conta que uma contratação rubro-negra foi cancelada devido a esse episódio:

Em razão da veiculação pela internet das imagens ocorridas no lamentável episódio ontem na Gávea, a familia do jogador Morales impediu sua transferência para o Flamengo.

O jogador já havia acertado suas bases salariais, sua passagem havia sido emitida e sua hospedagem reservada.

O incalculável prejuizo institucional promovido por vândalos fez com que o clube perdesse importante reforço para nossa retomada no campeonato brasileiro.

Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2008

Kleber Leite

Vice Presidente de Futebol

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Botafogo sai na frente. De novo.

May 13th, 2008 | 50 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2008, Futebol, Torcidas Organizadas

Botafoguense de verdade tem de estar com BebetoE mais uma vez o presidente do Botafogo dá exemplo: no que depender de Bebeto de Freitas, acabou a moleza das quadrilhas torcidas organizadas.

Como se pode imaginar, a repercussão entre os marginais membros das organizadas foi a pior possível, culminando com agressão à dirigente dentro da sede do clube. Bebeto de Freitas se mostra firme dentro do planejamento e gerenciamento de recursos do clube, e o fato de acabar com a moleza da bandidagem rapaziada vai servir não somente para gerar mais receitas, mas também para separar o joio do trigo.

Torcedor consciente faz questão de ir ao estádio sabendo que sua presença vai ajudar o clube. Estudante e idoso tem mais que pagar meia mesmo. Marmanjo que gosta de moleza tem é que ficar em casa assistindo pela TV. E se for pra porta do estádio fazer arruaça tem mais é que ser enquadrado.

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Basta! É muita babaquice!

November 25th, 2007 | 13 Comments | Filed in Futebol, Torcidas Organizadas

Achei a reportagem importante, pois ilustra bem o que andamos discutindo sobre “torcidas organizadas” aqui no Blá Blá, então tomei a liberdade de reproduzi-la:

 

“A rivalidade entre as torcidas organizadas do Rio está transformando a cidade num campo minado. Obcecados por futebol, torcedores fanáticos dos quatro grandes clubes cariocas — Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense — estão demarcando seu território, proibindo a presença de rivais e espalhando medo por toda a cidade.

Uniformizados ou não, aqueles que são identificados numa área dominada por ‘inimigos’ são perseguidos, agredidos e expulsos do local. Para se tornar uma vítima, nem é preciso ser integrante de alguma organizada, basta que sejam torcedores de um time adversário para serem hostilizados.

Levantamento de O DIA com informações de componentes das torcidas Jovem do Flamengo, Força Jovem do Vasco, Fúria Jovem do Botafogo e Young Flu mostra os 15 principais pontos de combate dos membros destas quatro facções, as mais violentas do Rio. O mapeamento também aponta por quem eles são controlados, como é o caso das ruas Santa Clara e Rodolfo Dantas, em Copacabana, redutos da Jovem Fla, e da Rua dos Artistas, na Tijuca, dominada pela galera da Fúria Jovem.

“Invadir território inimigo hoje é o mesmo que tentar atravessar a Faixa de Gaza segurando uma bandeira de Israel. É pedir para morrer”, compara um integrante da Força Jovem do Vasco que, por questões de segurança, preferiu não se identificar, referindo-se ao território palestino.

A mais recente vítima desta guerra entre torcedores rivais foi o rubro-negro Germano Soares da Silva, 44, que morreu quinta-feira. Líder da torcida Jovem Fla, ele foi espancado durante briga com integrantes da Força Jovem, dia 16. O confronto aconteceu na Praça 15, no Centro, e envolveu mais de 100 pessoas. Cinqüenta e cinco foram detidas e levadas para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Membro da Young Flu há 10 anos, o tricolor X. tem uma explicação para tanta intolerância: “A rivalidade é muito grande, e todos querem ser soberanos. Quanto mais violenta, mais respeitada ela é. Por isso quem ‘planta a cara’ em território dominado por ‘alemães’ tem que ter disposição, porque será caçado”.

‘GUERREIROS’ TÊM TRATAMENTO VIP NAS FACÇÕES

Justamente por seu comportamento violento, os brigões das organizadas são respeitados dentro das facções. Os mais cruéis são chamados de ‘guerreiros’ e recebem tratamento VIP. Sempre prontos para agredir rivais, têm uma série de benefícios.

“Os homens de frente são sempre os primeiros em tudo: a ganhar ingressos para os jogos, a ser chamados para as viagens quando as partidas são disputadas fora do Rio e, às vezes, até recebem ajuda de custo para firmar na torcida e dar apoio nas batalhas”, revela um integrante da ‘tropa de elite’ da Fúria Jovem, do Botafogo.

Mas, segundo este mesmo torcedor alvinegro, que já perdeu a conta de quantas batalhas participou, nem tudo são flores para os ‘guerreiros’.

“A cobrança em cima da gente é muito grande. Na hora dos confrontos, por exemplo, não podemos nem pensar em recuar, temos que ‘sustentar’, senão ficamos desmoralizados e somos cobrados”, frisou outro guerreiro, integrante da Jovem Fla.

Inconformado com a morte de Germano, ele anuncia mudanças na torcida. “Já estamos nos movimentando para dar o troco neles (torcedores da Força Jovem do Vasco). Isso não vai ficar assim. A galera da pesada mesmo, que tinha se aposentado, já está se articulando para voltar. Vamos sacudir a casa deles”, ameaça o torcedor, acrescentando que haverá punição para os integrantes da Jovem Fla que participaram da briga entre as duas organizadas.

“Ninguém é obrigado a brigar. Mas o que não pode é abandonar o barco e deixar um parceiro sozinho como fizeram com o Germano. Eles foram covardes, por isso serão cobrados. Ser integrante de torcida organizada não é brincadeira, é preciso ter peito, ter coragem, e isso aquela molecada não teve”, critica o rubro-negro.

O respeito aos ‘guerreiros’ conquistado ao longo dos anos entre os rivais tem um preço. “Depois que entramos, não temos mais como sair. Por mais que a gente tente, ficamos marcados para sempre. Eu mesmo já abandonei essa vida há dois anos, mas até hoje sei que tem ‘alemão’ me caçando”, desabafa um tricolor que, desde que abandonou a Young Flu, nunca mais voltou a um estádio de futebol.

COMANDANTE É CONTRA O FIM DAS TORCIDAS

Comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) há oito anos, o major Marcelo Vianna Pessoa conhece como poucos a estrutura das torcidas organizadas do Rio. Ameaçado de morte por grupos de torcedores incomodados com o trabalho de prevenção e repressão aos confrontos, geralmente programados via Internet, ele acredita que a rivalidade e a intolerância entre esses grupos sempre vão existir.

“Não há como mudar isso. O que não podemos admitir é que prevaleça a falta de respeito entre esses torcedores, que são capazes de qualquer sacrifício por seus clubes. Tampouco podemos permitir que eles coloquem em risco a segurança de outros cidadãos que não têm nada a ver com essa guerra”, afirma o policial, que se diz contra a extinção das torcidas organizadas.

“Mas desde que sejam realmente organizadas, porque, do jeito que estão funcionando hoje, não têm nada de organizadas”, diz o major. “Mais parecem um monstro criado por interesses pessoais e por amor ao clube, porém que cresceu sem forma nem conteúdo. Agora temos que dar um jeito de domá-lo e de educá-lo. Caso contrário, continuaremos enxugando gelo e nunca acabaremos com essa guerra absurda que assusta e preocupa os torcedores de bem.”

Mesmo entre amigos, rivalidade é maior do qualquer laço

Amigos, amigos, fanatismo à parte. A rivalidade doentia nutrida entre torcedores de times adversários leva a situações extremas, como a de pessoas capazes de se espancar mesmo mantendo laços de amizade. O mais incrível é que, em alguns casos, no dia seguinte aos confrontos os mesmos ‘guerreiros’ conseguem conviver e se relacionar como se nada tivesse acontecido.

“Durante as batalhas deixamos de ser cidadãos comuns e passamos a agir como guerreiros, por isso não reconhecemos ninguém como amigos, a não ser nossos companheiros de torcida”, explica um integrante da Força Jovem do Vasco.

“Nessas horas, qualquer um que não seja da nossa facção é ‘alemão’, e ‘alemão’ tem que morrer”, diz um membro da Young Flu.

Integrante da violenta Fúria Jovem, um alvinegro lembra que, certa vez, reencontrou um amigo de infância que não via há alguns anos durante uma briga entre botafoguenses e tricolores. O confronto aconteceu a poucos metros da sede da Young Flu, no Méier, e cada um estava de um lado.

AMIGOS NO TRABALHO

“Foi incrível, porque não sabia que ele era da Young Flu, e o reconheci durante uma briga, quando já estava prestes a lhe acertar um soco. Quando nos olhamos, a surpresa foi tão grande que acabamos nos empurrando para que cada um fosse para um lado, para não termos que bater um no outro. Mas foi por pouco”, recorda o alvinegro da Fúria.

Coincidência mesmo aconteceu com um integrante da Fúria Jovem e outro da Torcida Jovem do Flamengo. Companheiros de trabalho, os dois se tornaram amigos graças ao amor comum pelo futebol. Poucos meses depois a dupla descobriu que já havia estado frente a frente num duelo entre flamenguistas e botafoguenses.

“Foi uma surpresa imensa para nós dois. Nunca imaginava que ele era integrante de uma torcida organizada, assim como ele também não sabia que eu era. Mas soubemos lidar com a situação e hoje continuamos amigos. Pelo menos enquanto estamos no trabalho”, brinca o rubro-negro.”

 

Fonte: O Dia

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De dentro do Caio Martins (do ginásio)

November 19th, 2007 | 22 Comments | Filed in Basquete, Estrutura, Torcidas Organizadas

Talvez pela minha última impressão de basquete (a moderna Arena Mult-uso no Pan) vendo jogos internacionais (mesmo não sendo a força máxima dos países), achei muito caído o jogo.

Tecnicamente foi bem ruim. As equipes são equilibradas, niveladas por baixo (parece até com um outro esporte, mas aqui, os “craques” estão na NBA), com o time do Vasco ligeiramente melhor.

O Flamengo só tem 1 jogada: preparar a bola para o arremesso de Marcelinho, que acabou sendo o cestinha da partida. Os pivôs são decadentes. O Vasco tem basicamente Valtinho na armação, fazendo infiltrações que geralmente resultam em bons ataques, e um pivô apenas razoável.

Percebe-se o nível pelo baixo placar do jogo, 61 x 61. E foi somente no final que o jogo ficou interessante. Faltando apenas alguns segundos, placar empatado e posse de bola para o Flamengo, Marcelinho tinha o jogo nas mãos. Na derradeira tentativa, a defesa do Vasco faz falta ignorada pelos árbitros. Seriam 2 lances livres que provavelmente decidiriam a partida. O cronômetro zera e a confusão se instaura.

Os jogadores do Flamengo partem para cima do árbitro, que começa a prorrogação com falta técnica, ou seja, 2 lances livres e posse de bola para o Vasco. As torcidas, que até então, não prestavam muita atenção no jogo, mais preocupadas em cantar gritos de guerra e porrada, começam a ficar mais atentas. A do Vasco gritou “timinho” quando os jogadores do Flamengo reclamaram.

O Flamengo esboça uma reação. Numa disputa de bola, o jogador do Flamengo cercado por 3 vascaínos acaba acertando um deles. A porrada estanca na quadra e a PM tem que intervir. Jogo parado por mais de 10 minutos e aquela dúvida se havia condições de continuação pairava.

Jogo reiniciado, o Flamengo volta melhor, e abre 6 pontos. Parecia que não dava mais pro Vasco. Agora era a vez da torcida do Flamengo gritar: “time de aluguel”*.

Só que em 2 contra-ataques o Vasco fez uma cesta de 2 e Valtinho colocou uma de 3 pontos. Apenas 1 ponto a frente o Flamengo perde mais uma bola e o Vasco passa por 1 ponto. Faltando 5 segundos, o Flamengo ainda teve a posse de bola para fazer uma cesta de 2 pontos e ganhar a partida, mas não conseguiu. Vasco 74 x 73 Flamengo.

Acabou que o jogo foi emocionante e os R$ 4 da entrada valeram.

————

Parece que a porrada rolou na saída entre as torcidas, mas isso eu não fiquei pra ver. É impressionante como continua essa babaquice de torcida organizada. Foi o jogo inteiro de gritos de guerra e troca de provocações.

————

* perguntei pro cara sentado ao meu lado se ele sabia do que se tratava. Parece que esse não é o time do Vasco. É um time de Brasília que está todo emprestado ao Vasco. Depois disso percebi que a camisa do Vasco não tinha a faixa tradicional e mal dava pra ver a cruz de malta perto dos vários detalhes escritos em azul (?!?!?!). Aonde tem dirigentes tem e$quisitice$.

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Evolução aplicada às Torcidas

September 11th, 2007 | 6 Comments | Filed in Futebol, Torcidas Organizadas

O Início e o Fim - AsimovPessoal,

Inspirado pelos gurus espirituais Asimov e Sagan estava pensando sobre essa questão de torcida organizada e fanatismo.

A evolução mostra que seres vivos que não são extintos tiveram algum fator que os fez ser mais bem adaptados ao meio. Adaptando esse conceito aos times podemos tirar algumas conclusões interessantes.

A primeira que vem a minha cabeça é a necessidade de um equilíbrio entre um certo extremismo ao torcer (evito a palavra fanatismo que considero patológica) e a racionalidade.

Um time de cidade do interior que não seja movido por uma grande vontade popular terá muita dificuldade em se manter competitivo.

Um time que, como o Rafael lembrou, institui uma forma diferente de torcer, pode atingir uma parcela maior de torcedores, que não necessariamente gostem de futebol. A capacidade de fazer uma festa no estádio pode ter sido um diferencial importante para o Flamengo ser o clube popular que é hoje.

O problema desses clubes (de massa) é se deixar levar por esse instinto festivo. Esse tipo de torcida torna-se fanático e obriga mudança de atitudes dos próprios clubes.

O São Paulo, por exemplo, foi muito racional nos anos 70 quando convenceu a torcida que seria melhor não ganhar títulos investindo num novo estádio.

Quais serão os clubes que “evoluirão”? Outro dia estava lendo que o América era um dos clubes de maior torcida no Rio. Porque hoje deixou de ser?

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Para quem acha que Torcida Organizada é praga só de time grande.

September 10th, 2007 | 18 Comments | Filed in Torcidas Organizadas

A praga das torcidas organizadas pelo jeito incomoda não só aos grandes clubes como também aos pequenos.

Ao menos é o que se constata pela mensagem recebida na seção de Contato do Blá blá Gol, escrito por Frederico Dorth Leão, torcedor do Tupi de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Como eu sou movido por um estúpido preconceito por torcidas organizadas, tomo o depoimento como verdade e nem ao menos irei ponderar que possa ter sido exagerado, pois sei que irão alegar que a queixa mais grave que é xingar árbitros e dirigentes é comum. Azar. Qualquer reclamação contra torcidas organizadas serão amplificadas nessa tribuna.

Mesmo que a queixa venha de outra torcida organizada do mesmo time. Ao menos um membro escreveu a palavra educação.

E pelo jeito, os torcedores de fato do Tupi estão preocupados, por conta dos moradores de Juiz de Fora torcerem mesmo é para os times do Rio.

Escudo do Tupi-MGParece que o jogo ocorrido mexeu mesmo com a cidade. Acabou 3×0 para o Tupi.

Segue abaixo a mensagem inalterado no mais descarado Ctrl-C/Ctrl-V, mas com uma pergunta minha: Quem seria Omar Peres que tanto ódio causa a Frederico Dorth Leão?

 

Frederico Dorth Leão

A torcida TUPIRADOS é uma vergonha no estádio, ficamos perto deles na arquibancada com esposas e filhos e tivemos vergonha por eles, gente sem educação, não respeita o torcedor que foi ali para assistir o jogo, não respeita o time em campo, não respeita os árbitros com palavras obscenas e não respeita os dirigentes com agressões verbais.

Fomos para o outro lado, mas não deixamos de ouvir os comentários de muitos outros torcedores na arquibancada sentindo vergonha desses elementos, que sujam o estádio com sua PRESENÇA TOTALMENTE DISPENSÁVEL.

Torcida assim o Tupi não precisa e provou no domingo. Venceu por 3 a 0 sem eles mencionarem qualquer grito de apoio e ou palavra de incentivo, então TUPIRADOS nós torcedores, estamos convidando vocês a protestarem contra o clube do lado de fora do estádio. Mandaremos uma carta formal a Secretaria de Esportes e Lazer solicitando a proibição de vocês adentrarem o estádio.

A Torcida Tribo gritou o tempo todo, incentivou e também protestou contra dirigentes, jogadores e árbitros, mas com muito mais EDUCAÇÃO.

A TUPIRADOS está se achando uma FIEL (TO do Corinthians), uma MANCHA VERDE (TO do Palmeiras) ou uma RAÇA RUBRO-NEGRA (TO do Flamengo) que usam da violência, ameaças e outros artifícios imbecis para tentarem na força uma mudança. Não é assim que funciona e nem será assim que irão conquistar algo.

Vocês com certeza não se lembram, mas a equipe do Tupi que foi no segundo jogo contra o Cruzeiro, no mineiro desse ano, foi uma mescla do Juniores com os jogadores que não AMARELARAM, com uma desculpa besta de medo de não receber o bicho (MERCENÁRIOS). Outra coisa que vocês se esqueceram, ou, na ignorância não conseguem enxergar, é que QUEM ABANDONOU O TUPI foi o OMAR PERES, alegando falta de apoio e decepção. COITADO… e Hoje o Tupynambás tem apoio? Tem patrocínio? Ou ele só será dirigente do Módulo II e III? E vocês BURROS ficaram rastejando a frente da empresa dele, mendigando que ele voltasse e o nosso amigo gostando da POPULARIDADE e já pensando nas eleições como seria.

Pobres coitados vocês, não merecem um time. Merecem voltar a torcer para os times do Rio, e Juiz de Fora ficar sem uma equipe profissional para não sentir vergonha de uma torcida tão suja, mal educada e incompetente como a TUPIRADOS.

Sujar o ouvido de crianças e mulheres que queriam passar a manhã do domingo junto a sua família torcendo para o clube que é paixão da cidade. Que pobreza!

Saibam protestar ou se retirem do estádio. Deixe essa administração acumular prejuízos, não dêem o seu dinheiro a eles, e temos a certeza que eles sairão por conta própria como fez seu aclamado OMAR PERES. Imbecis, mendigos de caráter, brio e honra.

Merecem ser humilhados por esses grandes.

OBS: Solicitaremos a publicação em todos os sites que mencionam o Tupi para que todos possam ver a vergonha que é esses “TORCEDORES”.

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