Botafogo 3X2 Madureira – ufa!
April 3rd, 2009 por Gaburah | Categorias: Botafogo, Campeonato Carioca 2009, Futebol.E segue o Botafogo na base do sufoco.
Resumaço de Botafogo 3X2 Madureira
– Golaço de Alex Alves (que não quis comemorar, viu ô Victor Simões) – Madura 1X0
– Madureira fechadaço só no contra-ataque (que nem o Americano jogou e já tinha sido outro sufoco)
– 2º tempo
– Madura mantém o ferrolho
– Fogão empata com a raça de Leandro Guerreiro (e aqui merece destaque):
Pouca gente deve ter percebido, mas o Guerreiro porta agora a braçadeira de capitão do time. Sem alarde nenhum, Ney Franco faz justiça a um jogador que tem sido fundamental ao Botafogo nesta temporada. Leandro Guerreiro tem sido a salvação da peneira, digo, zaga alvinegra e ainda assim tem chegado bem ao ataque. Mesmo enquanto Juninho carregava a braçadeira, o volante (a exemplo também do Reinaldo) não se omitiu da responsabilidade de chamar o grupo. Ontem, mais uma vez, foi o destaque do Botafogo. Um craque simples, elegante, humilde, ao estilo do unânime Nilton Santos.
– Reinaldo faz um gol de categoria – Fogão vira
– Madura empata numa falta ridícula do Léo Silva
– Madura continua congestionando competentemente o jogo
– Gabriel se machuca e é substituído por Túlio Souza (e aqui merece outro destaque):
Túlio Souza chegou ao Botafogo em 2007 cercado de expectativa após uma passagem brilhante pelo Coritiba na série B. Mal chegou, apresentou uma contusão que se arrastou durante meses e que se descobriu ser uma síndrome raríssima (muscular, óssea ou articular, não lembro – mas vou correr atrás da informação) que o afeta de tal forma que ele não consegue nem chutar uma bola. Ainda assim, Túlio Souza sempre mostra empenho e disciplina quando lançado e é sim sempre uma boa opção. Ontem ele entrou no lugar do Gabriel e…
– 49 min do 2º tempo – Túlio Souza faz o seu (que já estava tentando desde seu primeiro lance no jogo) e comemora freneticamente, vai à arquibancada e desabafa com um daqueles corneteiros que todo time encontra na torcida – normalmente aqueles bêbados chatos ou quem não tem o que fazer mesmo, que vão para o estádio só pra xingar e descarregar suas frustrações. Válida a comemoração, a emoção e o desabafo.
Mas as deficiências do Botafogo estão lá, refletidas na “queda de produção” sentida nas últimas três rodadas. “Queda de produção” pois os times deste grupo tem mostrado mais qualidade do que os do grupo do Botafogo e do framengo, daí a maior dificuldade em jogar mais fácil. Além disso, com essa zaga, definitivamente não dá.
E no apagar das luzes o Botafogo segue na luta pela classificação. O Resende já tem exemplos a seguir – Americano e Madureira – e pode complicar a vida do Botafogo sim.
Os gols do jogo:
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Ontem eu não fui ao jogo. Caso um desses tenha sido Zarga, Serginho ou Fabinho, favor mandar fotos.
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Será que era eu?
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Gaburah,
L. Guerreiro ainda está jogando como terceiro zagueiro ou já está mais à frente. O 4-4-2 voltou?
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Não voltou e nem vai voltar tão cedo enquanto esta zaga permanecer sofrível como está. Neyzão não é bobo.
Meu Deus, e esse Teco que não estréia…
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Que saudade do Renato Silva!
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É natural, mesmo com os esforços contra, que o time dê uma relaxada no 2º, depois que vence o 1º turno.
E agora, nesta fase do campeonato então, está todo mundo reduzindo o ritmo, já com a cabeça nas finais.
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Vocês podem por favor opinar sobre o Renan no segundo gol do Madureira?
Não me sinto à vontade.
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Não achei frango não. Foi uma pancada, que passou no meio da barreira, e ainda quicou na frente dele. Difícil defender uma bola dessas.
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O nome do problema do Túlio Souza é Síndrome de Gilmore.
Pink Floyd é uma merda mesmo…
http://www.lancenet.com.br/botafogo/noticias/09-04-03/521146.stm?futebol-tulio-souza-o-botafogo-e-como-um-pai-para-mim
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http://www.lancenet.com.br/botafogo/noticias/09-04-04/521960.stm?futebol-entenda-a-rara-lesao-de-tulio-souza-do-botafogo
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O principal problema do Botafogo reside nas próprias limitações do seu elenco. Com essa loucura de tantos jogos com poucos intervalos, é nítido o desgaste físico dos jogadores diante da curta pré-temporada. As dificuldades aumentam porque não dá para compensar com a técnica. Não adianta reclamar da retranca do Madureira. Não resta outra alternativa aos clubes pequenos contra os grandes. O time mais forte precisa ter competência para burlar e marcar seus gols.
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Você lê o que os outros escrevem?
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Perfeito.
Hahahaha.
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Nem acreditei, já estava comemorando a classificação antecipada do Mengão… Agora no clássico domingo o Fla não pode bobear. meu medo é o Cuca que é pé frio em clássicos.
Nesse carioca podiam ter feito as rodadas duplas. Ontem o Engenhão estava vazio, assim como o Maraca. Assim não tem clube que consiga sustentar um estádio.
vlw abs
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Nesse carioca podiam ter feito as rodadas duplas.
Sabe que não seria má idéia?
Mas a questão é: as torcidas tem civilidade pra isso?
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Vide… http://www.blablagol.com.br/basta-seguir-a-inglaterra/#comment-31272
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Aliás, ontem foi o pior público da história do Engenhão. Não consigo nem imaginar o que isso significa. Será que teve público negativo? Sei lá, -3 presentes.
Mas mesmo assim acredito que o Botafogo deve insistir com seus jogos lá, até que se crie o hábito no torcedor. Sem deixar de procurar outras soluções pra facilitar o acesso ao estádio.
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1200 e poucos pagantes.
Dava até tristeza pela TV.
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Eu acho que os torcedores dos outros times grandes deveriam seguir os torcedores alvinegros.
Não tinha de ninguém comparecer a essa montueira de jogos contra times insignificantes custando 30 pratas.
Neguinho quer fazer política com times do interior do Estado, que faça, mas que paguem as contas.
Certo faz o torcedor do Botafogo que só prestigia as finais, que são a única coisa que interessa.
Só tem lixo para ver. Mas pagar pela xêpa do lixo já é demais.
****
E isso em um país que tem brincando uns 20 times maneiros.
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Isso é verdade também…
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u tuliu soza naum preczva t me respndidu dakela forma
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Discordo.
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Fui assistir um showzaço, mas uns palhaços só falavam de futebol e blablagol. A cantora, maravilhosa, deve ter ficado puta com eles.
Assim, perdi o jogo.
No dia seguinte fiquei brincando comigo mesmo tentando advinhar o público. Acertei. Chutei que não passaria de 2 mil.
O Bota (e os outros) deviam realmente estudar umas promoções pro jogo. Não só baratear, mas tb fazer um show no intervalo, criar um clima antes e depois. Fazer um talk show com alguns torcedores, passar um filme no telão, sei lá. Tem que inventar algum motivo a mais pros caras irem ao estádio.
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Seria um bom motivo fazer jogo contra adversários de tamanho razoavelmente semelhante ao Botafogo?
Asimov,
uma questão retórica para reflexão:
Um sujeito que acompanha regularmente, pagando para ver no estádio espetáculos deprimentes que seriam esses jogos Davi x Golias em um campeonato regular não seria de certa forma um fanático?
Só isso explicaria o cara ir a 2 jogos seguidos como esse.
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Eu sou de certa forma fanático. Se o Vasco jogasse perto da minha humilde residência eu iria a todos os jogos. Inclusive contra os “Davis”.
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No início dos anos 90 o Flamengo jogou muitas partidas na Caio Martins. Eu fui em TODAS. Não lembro nem quantas foram.
Flamengo contra América, Bangu, Volta Redonda, Bragantino, Criciúma, Fluminense (2 vezes), Botafogo entre outros vários… e até Flamengo x Vasco teve se não me falha a memória.
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Victor, acho que esta discussão é das mais relevantes e vale um post. Enquanto não sai, defina pra mim o que é fanatismo.
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Para me ajudar a responder, procurei o Google (dica nerd – esse comando define: ******* do Google é muito legal) e fiquei com a definição fanatismo – atitude de quem é fanático; adoração religiosa exagerada, que distancia-se da racionalidade; paixão cega a alguma idéia.
O que me levou que a idéia mais exatada do significado da palavra é essencialmente e estritamente pejorativo, além da conotação religiosa.
Mas somos pagos para pensar e analisar, e não somente copiar uma definição de dicionário.
****
Primeiro tentarei definir como entendo como você define fanatismo partindo da definição de dicionário para o que você usualmente escreve no blog:
Basicamente, com a conotação estritamente pejorativa que há também na definição, mas sem a característica essencialmente religiosa da mesma (muito embora você iguale claramente a relação entre o fanatismo religioso e o futebolístico).
até aí, eu faço o mesmo.
Pelo que você escreve, entendo que você considera o fanatismo não só o estado de espírito, como a externação do mesmo nas atitudes, o que eu também considero. Mas o que pelo menos no que escrevemos distancia um pouco nossas definições, são os critérios para identificar tais atitudes.
E nossa tênue diferença parece ser que você trate o fanatismo no futebol na esfera da sociologia, enquanto eu em esfera de patologia.*
Percebo que no seu caso, incomoda-te no fanático pelo futebol a sua dificuldade de sociabilizar com os demais, com a intolerância ao que não é o time dele. Você invariavelmente identificou hostilidade no fanático.
Já eu, não acho que o fanático necessariamente precise externar desta forma seu fanatismo. O sujeito pode para mim, não ser hostil e intolerante com os demais, porém, pode colocar seu time (ou qualquer outra coisa) como algo de excessiva importância em sua vida, mesmo que isso não prejudique a terceiros e nem impeça a sociabilização do indivíduo (como aliás, percebemos em muitos fanáticos religiosos).
Veja que Serginho frequentaria o estádio, aceitando pagar pelo ingresso, com frequencia apesar do jogo ser merda e ele reconhecer isso. Porém, a inserção da dificuldade da distância do estádio faz com que o mesmo escolha a dedo os jogos que vai, o levando para dentro de uma faixa de torcedores, de certa forma apaixonados, mas que não faz absurdos pela paixao. Até aí, percebe-se uma relação sadia, algo como hobby, que ocupa de forma significante a vida do sujeito, mas não se sobrepõe de maneira doentia as demais.
A forma como vejo o fanatismo, pode ser levada um pouco como o vício, que prejudica a pessoa, não necessariamente tornando-a insuportável para terceiros, mas bloqueia de certa forma a racionalidade por longos períodos de tempo.
*Eu acredito que vemos o fanatismo da mesma forma, só que simplesmente escolhemos diferentes pontos de vista para expor. Quem ganha com isso? A discussão.
Concordo, isso deve virar post. Mas farei com calma, porque agora vou me desfanatizar e chutar o balde do Fla x Flu amistoso e ir para o Candongueiro com Serginho comer feijoada.
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Se fanatismo é ir ao estádio pagando caro pra ver um jogo merda, comemorar a vitória ou ficar triste com a derrota, em ambas situações beber uma cervejinha, voltar rouco pra casa, ler, ver, assistir, acompanhar e se interessar pelas coisas do time, então eu sou fanático.
Se fanatismo é outra coisa muito diferente disso, então eu não sou fanático.
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Victor,
Eu também vejo o fanatismo como uma patologia. Se no campo individual é assunto da psicologia. Se no campo social, da sociologia.
Concordo que um fanático perde o foco e age conforme os desejos de uma coletividade.
Isso pode ser pejorativo, ou não.
Numa guerra contra o seu país é natural que o desejo coletivo de defesa da sua pátria confira um caráter fanatizado às suas atitudes. Isso não é necessariamente negativo (imaginando que vc seja um mero soldado sem as questões ideológicas da alta patente).
Olavo de Carvalho comumente cita o fanatismo religioso positivo como um dos caminho para o encontro da espiritualidade plena (pensemos em Sidarta Gautama).
Mas é pejorativamente reconhecemos melhor o termo. Nos lembramos das guerras dos católicos e protestantes, dos xiitas, dos nazistas e por aí vai.
Achei um link que pode ser interessante: http://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xvcongresso/resumos/042764.pdf.
Mas enquanto não começo as procuras fico com uma definição minha do que seria fanatismo no campo individual e coletivo.
No campo individual:
Um indivíduo que age em função de um fim bem objetivo, baseado em um ideal ou idéias, próprias ou de outro, que lhe foi transmitida. Este fim é independente de amarras sociais, éticas, humanistas ou outras, mas estas poderiam ser respeitadas em parte, se isso não for impecílio para a realização do fim.
No campo social o fanatismo agiria num patamar semelhante, porém em ampla escala.
Sua característica principal é a intolerância aos que não pertencem ao modelo proposto pelo que ele(s) considera(m) ideal.
Outra característica marcante é a veemente necessidade de coaptação.
Um fanático não se considera pleno se não há convencimento, desmoralização de ideais que para ele são ultrapassados.
Outra característica do fanático é a universalização dos seus atos, pois a sua vida não tem mais sentido sem o seu “fim”. Seus atos abrangem a totalidade de sua existência, profissional, familiar e social.
E como isso repercute na existência do indivíduo?
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O estádio de futebol durante um jogo é um dos poucos lugares públicos onde eu posso viver meus instintos mais primitivos de maneira aberta e “livre”. Eu não vou sair falando palavrão na rua, por exemplo. Mas durante um jogo estou liberado pra xingar tudo e todos. O problema é qdo o cara sai do estádio cuspindo na cara dos adversários, procurando por confusão…
Mas não tem nada de errado em ser um pouco fanático além-estádio. Por exemplo: Ano passado o time do Vasco tirava meu sono! rs
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Isso é fanatismo?
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Sou fanático? Não sei! rsrs
De qq maneira, acho q dentro do estádio o ser humano está liberado para ser fanático. (Só não vale briga! Aí vira coisa de marginal…)
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Nunca escrevam como escrevi. O correto é empecilho.
Mas, Alexandre, vc coloca uma questão que o Victor já tinha levantado. Há sim o fanatismo moderado.
Como toda patologia ou desvio da normalidade, existem os níveis de intensidade.
Certamente é destes fanáticos moderados que se fala na mídia, por exemplo, quando citam atitudes esquisitas e engraçadas dos torcedores ou fãs.
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Hmmmm… de repente a mídia gosta de chamar o fã de fanático. Da um efeito mais bacana… enfim. Os torcedores do Red Sox são, supostamente, os mais “die hard fans” (ou “fã ate a morte”) de todos os esportes e todos os clubes dos EUA. Só q não são chamados de fanáticos pela mídia de lá.
De qq maneira, acho q a questão maior é o estádio como a arena onde o indivíduo pode viver instintualmente toda sua raiva e/ou alegria e com a conivência de todos em volta. Quero dizer, o fato q vc pode entrar ali e descarregar a alma, entra em conflito com as regras de convivência social existente fora do estádio. Lá dentro vc pode. Lá fora, não pode! rs (Pode dentro de casa né? Bom, ao menos eu posso! rs)
O Maracanã como o Coliseu de Roma… Pão e circo e tals… De repente é até um projeto de controle… Tem um doc de 4hrs da BBC muito legal sobre o assunto. E embora o futebol não seja o tema central, ele é abordado. Recomendo!
http://video.google.com/videoplay?docid=8953172273825999151
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Alexandre,
É comportamente normal de quem assiste a um esporte ou qualquer outro espetáculo se emocionar.
E naturalmente, as arenas de esporte são o local mais que indicado para tal tipo de comportamento. Ali é o local para se desligar mesmo a razão.
A forma como alguém se envolve ou se entrega ao esporte como torcedor ou mesmo fã, não define por si só o fanatismo. Alguém que seja sensato e saudável pode sem prejuízo algum de sua sanidade enquanto torcedor mostra-se extremamente passional.
A forma como o sujeito começa a colocar essa “paixão” além da ordem normal do dia-a-dia que começa a definir o fanatismo.
E claro, não esqueçamos que para ser um fanático necessariamente o sujeito precise ser agressivo ou esbravejar. Pode-se o ser com toda polidez do Mundo.
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Asimov,
Ótima explicação.
Parece que você está alguns bons passos na minha frente no entendimento da questão sobre o fanatismo. Sendo assim, vou “calar-me” e ler.
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A questão dos pífios públicos no Engenhão não tem nada a ver com a torcida do Botafogo.
Pra mim essa questão é bem clara.
http://www.blablagol.com.br/decepcao-nodo-engenhao/
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http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-03-29_2009-04-04.html#2009_04-03_18_34_26-9991446-0
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Com isso vc quis dizer que o Engenhão foi o estádio que mais atraiu público para ver a seleção brasileira?
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Não, Pedro Bó
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Hehe.. então não entendi mesmo. Segunda-feira é brabo.
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