Esporte não é teatro
August 18th, 2009 | 28 Comments | Filed in Musas, OlímpicosPor mais previsível que possa ser um evento esportivo, não há script a ser seguido. Isinbayeva perdeu seus saltos e por mera consequência ficou em último no Mundial de Berlim.
Pela expectativa, por ser quem é, e por suas marcas, a data é marcante e merece o destaque. Ponto.
Depois disso, vem o festival de baboseiras.
Palpiteiros já dizem que ela deveria começar com alturas menores que 4,75m para ir adquirindo ritmo durante a prova (ninguém levantou a questão do gasto de energia que poderia faltar para alturas acima do recorde dela) e um monte de outras teorias.
Ela treina e passa da altura mínima estabelecida por ela para saltar. Não conseguiu, paciência. Até porque, o mínimo que ela se impôs, não é nenhuma moleza, pois afinal, a campeã da prova saltou esse mínimo.
A pista estava boa, o vento estava bom, tudo estava ok. Não senti nada, não estou com lesão. Eu estava concentrada, fiz como sempre faço. Entrei na disputa em 4m75 e depois tentei 4m80 porque essas são marcas que eu costumo bater com frequência em treinos. Eu pulei 4m70 no aquecimento antes da prova. Não era para ter sido assim.
Agora é esperar Londres 2012.
Pena que junto de Isinbayeva, vem explicações do estilo Ronaldinho Gaúcho erra passes porque não está sorrindo.
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Esporte não é teatro, mas parece cinema. Cheio de efeitos especiais. Mas isso é já é outro assunto…