Diante do time mais fraco que o Americano apresenta dos quais tenho lembrança, o Botafogo marca três e configura sua liderança no grupo.
Realmente os times pequenos esse ano estão fazendo papel de figurantes no campeonato, com a minha ressalva – sempre – do Cabofriense e do Madureira. E mesmo assim, não sei se são times pra dar trabalho.
Talvez justamente por esse nível, é nítida a evolução do entrosamento do Botafogo a cada rodada. Jorge Henrique e Wellington estão atingindo uma sintonia quase perfeita, e o Cuca vai ter trabalho se quiser encaixar o Escalada nesse time.
Pra variar, quem assistiu a transmissão pela Globo pôde constatar que a campanha pelo favoritismo do alvinegro já foi lançada. Uma puxação de saco irritante, elogios rasgados e análises tendenciosas, fáceis de sustentar quando o time pega uma carne-seca que nem o Americano. Nem mesmo esses clássicos iniciais serão termômetro fiel. A porca só vai torcer o rabo mesmo nas finais. Até lá, ao que parece até agora, é tudo mera marcação de passo.
Castillo pareceu bem mais tranqüilo hoje. Mas ainda errou o tempo em uma saída de cobrança de escanteio. Já falei e digo de novo: Sr. preparador de goleiros do Botafogo, é necessário dar mais atenção aos treinamentos deste fundamento com o arqueiro, pois o cara é bom e pode ficar melhor ainda.
Avassalador no primeiro tempo, o Botafogo cansou e talvez tenha até relaxado diante da fragilidade do adversário, num jogo catimbado como todo Botafogo X Americano. E só por isso não vou falar de novo da queda de rendimento do time quando o placar está a favor.
À torcida botafoguense um aviso: não acreditem (como eu até o jogo de hoje) que Wellington veio pra ser um atacante matador, goleador, centro-avante clássico. Não será.
Wellington é sim um garçon excelente, tem uma apurada visão de jogo e não tem o menor pudor em colocar os companheiros na cara do gol. Tanto é que o Jorge Henrique mais uma vez se beneficiou disso. Wellington deu dois passos perfeitos nos dois primeiros gols, sendo que no primeiro colocou a bola caprichosamente nos pés do Túlio que, com categoria, só teve o trabalho de marcar. Assim que o YouTube disponibilizar o primeiro gol, colocamos aqui.
Nas finalizações Wellington é trombador, se atrapalha nos dribles e perde, mas perde mesmo. Chuta tudo por cima. Então, caro torcedor alvinegro – correndo o risco de queimar a língua – antes de começar a criticar o cara por não fazer ou isolar um monte de bola, lembrem-se que a grande maioria dos gols que o time marcou até agora passou pelos pés do atacante. Periga mesmo o Jorge Henrique trocar de posição com ele.
E antes que eu me esqueça, o Botafogo não é favorito de merda nenhuma.