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Posts Tagged ‘Fórmula-1’

A traquinagem do moleque Vettel

September 16th, 2008 | 10 Comments | Filed in Fórmula-1
Nem ele acreditou

Nem ele acreditou

Se todo mundo pensou que a pole position já estava de bom tamanho para o garoto, ele mesmo provou que queria muito mais. Sebastian Vettel dominou o GP da Itália como se fosse gente grande e pincipalmente, como se tivesse um megacarro nas mãos. Ao mesmo tempo que a seu pacote pode ser considerado razoável – cópia do projeto de Adrian Newey para a matriz Red Bull, adaptado a um motor que é Ferrari – a Scuderia Toro Rosso é extremamente limitada. Basta lembrar que o time é a reencarnação da nossa saudosa Minardi. Nanica por vocação.

Quem sabe, se a pista secasse logo no início, sua sorte poderia ser diferente e os adversários partiriam para cima sem piedade. Mas sob o aguaceiro, ele provou que é um grande talento da Alemanha pós-Schumacher. Teve uma pilotagem brilhante, e entrou para a história novamente – ele já era o piloto mais jovem a pontuar, marca atingida pela BMW ano passado – como vencedor de grande prêmio mais jovem da F1. Palmas e todos os méritos para ele. “Welcome to the world of winning”, como disse Ron Dennis para Heikki Kovalainen na ocasião de sua primeira vitória, na Hungria.

Falalando em Kovalainen, todos os deméritos para ele. E isso está virando implicância mesmo. Porque ele largou em segundo lugar, a bordo de uma McLaren, e conseguiu passar a corrida inteira sem ao menos aparecer no retrovisor do vencedor – aquele, que guia a reencarnação da Minardi. Enquanto todos para trás se digladiavam com o piso molhado e disputavam posições freneticamente, ele correu o tempo todo sem ter sua segunda posição ameaçada. Mesmo assim, não teve inspiração para dar pelo menos uma pressionada no líder. Inoperante, passivo, terrível. No calor do momento, eu vocifero: é o pior piloto em atuação no Fórmula 1.

Na outra McLaren, Lewis Hamilton conseguiu sustentar a liderança do campeonato numa corrida kamikase e sem nenhuma gentileza. Alguns concorrentes o criticaram por algumas manobras de ultrapassagem, e em alguns momentos, me lembrou Ayrton Senna. Passou Kimi Räikkönen como quis, e superou todos os outros até topar com outro carro vermelho à sua frente. O sétimo lugar já era suficiente, e estava de bom tamanho após largar em décimo-quinto e as péssimas condições da prova.

Felipe Massa perdeu uma boa chance de voltar a liderar o mundial. Largou em sexto, chegou em sexto. Mesmo sendo bom de chuva e com Hamilton largando lá atrás, ele sofreu com os problemas já conhecidos de aquecimento dos pneus da Ferrari em baixas temperaturas. Agora tem um ponto de desvantagem para Hamilton e vinte de vantagem para Räikkönen – e essa outra mala finlandesa ainda teima em dizer que não “ajuda” o brasileiro, apesar do posicionamento da equipe. Não precisa ajudar, Bola-de-Neve, é só não atrapalhar. Depois de zerar em três corridas seguidas e ver o parceiro marcar 23 pontos, ele ainda teve a boa notícia de que estará empregado até 2010. Melhor abrir o olho, pois ele é quarto no campeonato e Heidfeld vem aí.

As conseqüências da punição a Lewis Hamilton em Spa-Francorchamps já apareceram. Muitos pilotos tiveram “remorso” em ultrapassagens, e com medo de sofrer da estúpida coerência dos fiscais, devolviam posiçôes. Vamos conferir quanto tempo essa lenga-lenga vai durar.

Nelson Piquet continua mais fora da pista do que dentro dela.

De resto, Robert Kubica fez apenas um pit e completou o pódio. Fernando Alonso chegou em quarto e como Jarno Trulli e Timo Glock não pontuaram, levou a Renault a empatar com a Toyota na disputa dos construtores. Ele está de namoro com a BMW para o ano que vem. Melhor descartar logo a Honda, porque se hoje ele reclama dos gauleses, não acredito que sua vida melhoraria muito no carro japonês.

Próxima parada, Cingapura dia 28. Primeiro GP noturno da F1.

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Como sempre, choveu na Bélgica

September 9th, 2008 | 6 Comments | Filed in Fórmula-1
Esse aí, coitado, não conseguiu nada. Mas a foto ficou show de bola...

Esse aí, coitado, não conseguiu nada. Mas a foto ficou show de bola...

Hamilton ao contrário

Hamilton ao contrário

Justamente na pista onde o braço do piloto é tão ou mais importante do que a máquina, Kimi Räikkönen resolveu dar sinal de vida. Largou agressivamente da quarta posição, ignorou Heikki Kovalainen, bateu rodas com Felipe Massa e na rodada de Lewis Hamilton, assumiu a liderança ainda na primeira volta. E se manteve na ponta até o momento em que a corrida – que já não era nada entediante mesmo – ganhou os contornos de salve-se quem puder. A chuva tão anunciada chegou, a menos de três voltas para o fim. Os pilotos pareciam crianças numa piscina, de boinhas de braço e tentando a todo custo segurar na margem. Daí…

Fernando Alonso foi aos boxes e colocou pneus intermediários para completar apenas uma volta. Estava em quarto, voltou em oitavo. Mas a diferença dele para os patinadores que mantiveram pneus para seco era tão grande que ele, sem sustos, reassumiu a sua quarta posição. Nick Heidfeld, com o mesmo expediente, cruzou em terceiro.

Monsieur Bourdais, quase no pódio pela primeira vez

Monsieur Bourdais, quase no pódio pela primeira vez

Os carros da Toro Rosso por muito pouco não conseguiram um pódio. Sebastian Vettel já estávamos acostumados, mas Sébastien Bourdais finalmente teve uma atuação digna de um campeão de outras terras que emigrou para a F1. Conclusão, o alemãozinho imberbe em quinto e o francesinho de óculos em sétimo. Ponto para os motores Ferrari, que empurraram mais a filial dos energéticos do que os Renault fizeram pela matriz Red Bull.

Mas a chuva embaralhou os carros da frente também. Kimi vinha absoluto, mas como todo mundo sabe, o finlandês não gosta nada de água, ainda mais com pneus não apropriados. Hamilton desferiu seu ataque e os dois tiveram uma animada troca de posições. No fim da batalha, o inglês tomou a ponta claramente favorecido por uma cortada na chicane Bus Stop. Logo em seguida, Räikkönen vê o muro muito de perto e dá adeus à prova. Quando ele justificava o número 1 que leva no bico, voltou a ser o pé-frio de outros tempos.

O inglês cruza em primeiro, só que a polêmica estava apenas começando. A punição me parecia inevitável, mas até a imprensa italiana criticou a posição dos fiscais belgas. E quando um cara do quilate do tricampeão Niki Lauda declara ser esta a pior decisão da história da F1, temos que considerar. Enfim, 25 segundos acrescidos ao tempo, o piloto da McLaren cai para terceiro e Heidfeld era agora segundo.

Massa, que já estava feliz com a segunda posição que já havia caído no seu colo, viu-se então vencedor. Ainda mais numa prova em que ele em nenhum momento conseguiu incomodar os ponteiros. Há de se fazer justiça à sua bela classificação, uma vez que ele tinha duas voltas no tanque – catorze quilômetros de combustível a mais – que os seus adversários, e ainda por pouco não foi pole-position. Agora ele só está a dois pontinhos de desvantagem para Hamilton e tem dezesseis de vantagem para seu rival vermelho. Mas o time ainda reluta em dar-lhe o status de número 1. A história do ano passado está se repetindo. Só que agora, quem pode se beneficiar é Lewis Hamilton. Se a Ferrari é tão fria, racional e pragmática na hora de tomar decisões, cinco corridas para o fim e dezoito pontos atrás do líder é um bom argumento – na minha modestíssima opinião – para se concentrar em um piloto só daqui para a frente. Depois não vá dizer que eu não avisei.

Duas coisinhas…

A situação dos demais brasileiros está muito ruim. Caso Alonso se mude mesmo para a BMW recusando a proposta da Honda, pode ser que Barrichello ganhe mais uma temporada e aumente seu recorde de GPs. Mas será que valerá a pena? Os japoneses parecem tão perdidos que é difícil imaginar algo diferente na próxima temporada. O pijama já me parece uma ótima opção ao macacão da Honda.

Nelson Ângelo Piquet tem sorte de ser brasileiro. Se o nome dele fosse Satoru Piquet, Aguri Piquet, Tora Piquet, Ukyo Piquet, ou mesmo Neosu Piquet, imagina o que o Galvão Bueno estaria falando dele durante as transmissões…

A próxima é Monza, na Itália, próximo domingo.

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O problema está lá na cabeça

August 26th, 2008 | 3 Comments | Filed in Fórmula-1
Com o pé nas costas

Com o pé nas costas

A Fórmula 1 se reuniu novamente esse ano numa Espanha emocionalmente fragilizada pela tragédia em Madrid, no aeroporto de Barajas. Além dos sentimentos às famílias das vítimas, nada muito a se falar do GP de estréia na pista de Valência. Sim, uma bela cidade, que eu realmente não ficaria chateado de viver por lá. E um traçado de rua que até parecia bastante atraente. Mas a corrida foi das mais monótonas da temporada.

De positivo, a volta de Robert Kubica ao pódio com sua BMW. E novamente, bom desempenho das Toyota, com Jarno Trulli em quinto e Timo Glock em sétimo. Também destaque a superação de Lewis Hamilton – com um forte resfriado e uma dolorida torcicolo – fez o que pôde para chegar em segundo e manter uma distância segura no campeonato para Felipe Massa. O brazuca fez o hat trick e retomou a vice-liderança do campeonato.

De negativo, a Honda. Quando não têm problemas de velocidade em reta (ou a falta dela), os japoneses inovam no carro de Rubens Barrichello com o F1 sem-freio. Ainda no Japão: medalha de lata para Kazuki Nakajima, que cometendo a proeza de tirar o anfitrião Fernando Alonso na primeira volta, frustrou a torcida local. E a Ferrari não passou ilesa por causa da vitória. A equipe, incrivelmente ainda líder entre os construtores, substituiu o tradicional ”pirulito” – aquela ‘pá’ que o mecânico usa para segurar o piloto durante o serviço dos boxes e liberá-lo, erguendo o instrumento ao término – por mais uma luzinha no volante. Quase enrolou a vida de Massa (foi liberado antes da hora e quase bateu com Adrian Sutil no pitlane) e piorou quando Kimi Räikkönen saiu antes de ser liberado, carregou a mangueira de abastecimento e um mecânico, que quebrou o pé.

Stefano Domenicali, na cadeira elétrica

Stefano Domenicali, na cadeira elétrica

A corrida do finlandês deveria ter terminado ali. Porque ao voltar a pista, a Scuderia pagou mais um mico ao ver a usina do carro número 1 explodir como com Massa na Hungria, novamente na reta dos boxes. Três semanas passaram e a equipe não foi capaz de sanar o problema de confiabilidade. São tão recorrentes os erros da Ferrari no ano que cada vez mais parece que os problemas estão no comando. O mesmo comando que num momento crucial, entrando no terço final da temporada, ao invés de apostar em um Felipe Massa que demonstra ser o piloto mais rápido do ano, fica na dúvida e ainda crê – segundo seu diretor-técnico – na recuperação daquele que está o mais broxa da temporada, Kimi Räikkönen.

Stefano Domenicali não parece estar muito confortável na cadeira que um dia foi de Jean Todt. É grave a incapacidade do time de fazer as coisas funcionarem com a perfeição de outros tempos. Não menos importante é a falta de poder na hora de tomar decisões. E que ninguém pense que uma derrota em 2008 não irá direto para a conta de Domenicali.

Ou faz-se a opção agora, ou a Ferrari cometerá o mesmo erro da McLaren no ano passado, que culminou com a perda do título. Faltam seis corridas e os vermelhos têm o melhor carro. Mas a equipe ainda pode sucumbir à sua própria incompetência. As fichas de Ron Dennis todos sabemos onde estão desde a primeira corrida do ano. Já as da Ferrari…

No nosso Dia da Independência, GP da Bélgica.

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A primeira vez a gente nunca esquece

July 21st, 2008 | 5 Comments | Filed in Fórmula-1

Mais um marco ao clã Piquet na Alemanha

Timo Glock se esborrachou no muro

Hospitalizado, Timo Glock deve ter recebido flores, bombons, cartões estimando melhoras e quem sabe, algumas grid babes vestidas de enfermeiras. Tudo presente de Nelsinho Piquet. Na mesma pista onde o pai estreou na Fórmula 1, o filho subiu ao pódio pela primeira vez. Largando de uma desanimadora décima-sétima posição, ele entrava no box para seu único reabastecimento no exato instante em que o alemão bateu violentamente a traseira de seu Toyota no muro, com a suspensão rompida. Guiou algumas voltas na liderança, manteve um bom ritmo e seu segundo lugar lavou a alma da Renault. Os franceses tiveram o melhor resultado no ano e entraram definitivamente na briga com Toyota e Red Bull para ser a quarta força da temporada. Fernando Alonso, que foi péssimo e chegou em décimo-primeiro, se roeu.

Piquet, o Pai, estreiou na Alemanha

E o maior mérito dele ainda veio após a corrida. Como sempre, a imprensa correu em cima, esperando um desabafo, um cala-boca aos críticos. Ao não rebater ninguém, tampouco prometer resultados sabidamente difíceis pela limitação do seu equipamento, ele mostra maturidade e se foca no que ele realmente precisa fazer para melhorar como piloto. Nada de papo furado para vender jornal. Palmas para ele.

Rala, Ferrari

Mesmo tendo demonstrado superioridade nos últimos testes, a Ferrari levou um baile da McLaren, na casa da Mercedes. Felipe Massa perdeu a pole no sábado e em nenhum momento teve possibilidade de disputar a vitória. Terminou a corrida no terceiro lugar sendo pressionado pela BMW de Nick Heidfeld. Este, mais uma vez superou Robert Kubica, que foi apenas o sétimo, apagado como Kimi Räikkönen. O homem de gelo já vinha mal e ainda teve que esperar na fila para fazer a segunda parada, quando os dois carros da Ferrari foram aos boxes na mesma volta durante a bandeira amarela. Fez uma boa progressão no último trecho, mas nada que o levasse além do quinto posto. Novamente, está atrás do parceiro na classificação, e cada vez mais se fala em sua aposentadoria ao fim de 2009.

Os engenheiros da equipe italiana, depois desse revés, parece ter ficado sem rumo. A próxima corrida em Budapeste favorece tradicionalmente aos rivais prateados, e se não quiserem que seus pilotos fiquem para trás na tabela, terão que tirar um coelhão vermelho da cartola. Os erros abundantes ao longo do ano começam a mandar a conta para Maranello.

CoultHARD de engolir

O David Coulthard é mesmo uma máquina de tirar os outros da pista. A vítima da vez foi Rubens Barrichello. O brasileiro nem reclamou. Disse que Coulthard provavelmente não o viu. Levando em consideração o que a Honda não andou no fim de semana, foi até um favor do escocês “Mr. Magoo”.

Se ele não fosse muito gente fina, teria feito muitos inimigos no seu ano de despedida. Mas não são poucos os que gostariam da antecipação de sua aposentadoria, marcada somente para o fim do ano.

Vettel, o funcionário do ano

O imberbe alemãozinho chegou em oitavo, marcando mais um pontinho. E teve confirmado o power-up para a próxima temporada. De Toro Rosso, ele passará a Red Bull.

Faltou falar de alguém?

Lewis Hamilton, o Soberbo

Claro!!! Do vencedor!!!! O soberbo!!! Lewis Hamilton simplesmente detonou a todos. Fez a pole, disparou na dianteira, e quando tudo indicava que a corrida seria chata, a McLaren resolveu dar emoção. Falharam grosseiramente ao não chamar o inglês para o reabastecimento durante a bandeira amarela. Mas tudo bem, porque voltando de sua segunda parada em quinto, ele superou um a um dos seus adversários. Massa ainda tentou resistir. Os outros, prudentemente, o deixaram ir embora. Numa temporada marcada por erros de parte a parte, Lewis fez a diferença quando o próprio time jogou contra. Ele se isolou na liderança do campeonato, com quatro pontos de vantagem para Massa. Crescendo no momento certo, pode ficar difícil batê-lo, num ano em que o desempenho de todos os postulantes ao título foi igual a uma gangorra.

Voltas finais

· O salto de qualidade da McLaren surpreendeu a todos. O fato é que a equipe desenvolveu um sistema que, através de um segundo par de borboletas atrás do volante, controla o torque do motor. Na prática, é como um controle de tração, só que manual. Depois de revelado o segredo industrial, logo os concorrentes terão o mesmo dispositivo. Mas enquanto não conseguem copiar, testar e usar nas corridas, a vantagem é toda de quem inventou.

· De um jeito ou de outro, estamos assistindo a um show de imprevisibilidade. Decisões de equipe equivocadas, barbeiragens dos pilotos de ponta, chuvas, batidas e Safety Cars estão dando ao povo o que o povo gosta: corridas disputadas, com direito à surpresas no final e equilíbrio na tabela de classificação. A tendência é que o campeão só seja conhecido aqui no Brasil. É o melhor campeonato dos últimos tempos.

O Santander ganhou o direito do jabá

· Começa a temporada de boatos sobre quem vai para onde em 2009. Vettel está garantido. Em menos de 24 horas, Button e Barrichello foram confirmados e desconfirmados. Nelsinho, outrora carta fora do baralho, depois que soube aproveitar a sorte e ir ao pódio, pode ter alguma chance, senão na Renault, em algum outro lugar. Especula-se de Alonso na Ferrari em 2010. Mas dependendo do destino do bicampeão para 2009 é que as outras peças irão se mover. Todos o querem, poucos são os que oferecem condições para tê-lo. Urubuzando, ainda estão os desempregados da Aguri, Anthony Davidson e Takuma Sato, aguardando um vacilo de alguém para voltarem às pistas.

· A próxima, na Hungria, dia 3 de agosto.

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Weather Forecast: rain!!!!

July 7th, 2008 | 7 Comments | Filed in Fórmula-1

De novo ele!!!! São Pedro deu às caras no GP da Grã-Bretanha e fez a turma cortar um dobrado para completar a prova. A pista de Silverstone – que por politicagem, infelizmente se despede da Fórmula 1, substituída por Donington Park a partir do ano que vem – já oferece vários pontos de ultrapassagem, mas sob aquele aguaceiro, qualquer previsão, mesmo as mais, lógicas poderiam ir por água abaixo. Ou não.

Do céu ao inferno

Felipe Massa. Lamentável. Sofreu com erros da equipe, na classificação (não conseguiu sair do box a tempo de fazer a última tentativa de volta rápida) e na estratégia de corrida (escolha equivocada de não trocar os pneus no primeiro pit), mas quem errou muito mesmo, foi ele. Rodou pelo menos cinco vezes e chegou em último, duas voltas atrás de Hamilton, o vencedor. Já deu provas de que tem poder de recuperação e dessa vez admitiu os erros. Mas nessa, afundou.

Do inferno ao céu

Lewis Hamilton fez uma excelente largada, pulando de quarto para segundo e supernando Kovalainen ainda no início. Depois disparou e calou a boca da imprensa inglesa, que vinha atirando pedras no seu telhado depois dos últimos erros. Deu show para a sua torcida, que continua apoiando. Saiu das profundezas das críticas para a liderança do mundial.

“Tá triste, papai? Vou rezar para chover…”

Quando Rubens Barrichello abriu a janela do hotel e viu aquele tempo horroroso, deu uma risadinha e resolveu dar aquele carrinho de controle remoto para o filho Eduardo. Tudo bem, na Inglaterra chove muito, mas que reza boa!!! Se o menino acordou cedo, viu uma das melhores atuações da carreira do paizão. Enquanto os outros sofriam com as aquaplanagens calçados de pneus intermediários, Ross Brawn mostrou sua categoria e mandou o brasileiro para a pista com compostos para chuva extrema. E ele voou. Chegaria em segundo, se o segundo pitstop não fosse prejudicado. Mas o pódio valeu vitória. Declaração de Brawn: “Tudo como nos velhos tempos.” Mais um trunfo para a renovação de contrato por mais um ano.

Kubica? Button? Piquet? Fisichella? Sutil? Vettel? Coulthard?

TODOS rodaram e ficaram pelo caminho. Piquet, quando vinha em quarto, com boa estratégia e com ultrapassagem (de novo!!!) sobre Fernando Alonso. Pena, mas a pista estava traiçoeira demais, enquanto os times insistiam nos pneus intermediários. Pior para os pilotos. É a vida.

De resto…

A corrida foi um festival de rodadas, e dos destemidos que chegaram ao final, poucos se salvaram de dar uma passeada pela grama, inclusive alguns viram a corrida em mão inglesa. Heidfeld chegou em segundo e saiu um pouco da sombra do parceiro Kubica. Räikkönen aprontou várias, mas seus movimentos friamente calculados o levaram a um quarto lugar. Alonso, sexto, Webber, sétimo, Nakajima oitavo.

A temporada está uma gangorra para os pilotos de ponta. Já se foi metade do campeonato, e a disputa daqui para a frente promete ser acirradíssima, daquelas para se decidir bem no final, e nos detalhes.

Classificação:

Hamilton 48, Massa 48, Räikkönen 48 (isso está ficando muito interessante…) Kubica 46, Heidfeld 36, Kovalainen 24.

A próxima, na Alemanha, dia 20!!!!

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Très bien, Monsieur Felipe!!!

June 23rd, 2008 | 12 Comments | Filed in Fórmula-1

Dessa vez, nada atrapalhou. Felipe Massa contou com a sorte e encabeçou a dobradinha da ferrarista no GP da França. Mesmo tendo perdido a pole-position no sábado, para qual era favorito, e ter sido despachado na largada por Kimi Räikkönen, as vaquinhas de Magny-Cours já mugiam a favor dele. Quando estourou o escapamento da Ferrari do finlandês após o primeiro pit , o brasileiro viu o caminho aberto para assumir a liderança do campeonato com 48 pontos, seguido por Kubica (46), Räikkönen (43) e o novo manda-mal Hamilton (38).

Dos reais candidatos ao título, Massa é o que está em ascensão. Mantendo a ponta da tabela por mais duas ou três corridas, e de preferência abrindo mais alguns pontinhos para Räikkönen, que na prática é o principal rival, poderá se tornar a aposta da Ferrari para a temporada. E ainda conta a favor o trabalho que desempenhou no ano passado, tendo entregue até a vitória no Brasil, selando assim o campeonato para Kimi. Caso não houvesse zerado as duas primeiras etapas, o caneco já estava quase no bolso. Mas ele segue forte e pode ser o ano dele.

Toyota na fita

Jarno Trulli foi o nome da corrida. O italiano assumiu a terceira posição na largada e garantiu o pódio na raça, brigando até a última volta contra o assédio de Heikki Kovalainen, outro que tembém fez brilhante corrida e salvou a lavoura da McLaren.

No pódio, Trulli revelou o luto por Ove Andersson, ex-dirigente da equipe, morto recentemente num rali.

Falando em McLaren…

A equipe inglesa tem de se preocupar seriamente com a blindagem do wonder-boy Lewis Hamilton. Cada vez que ele fica sob pressão, desata a fazer besteira, e em Magny-Cours, ele foi punido com justiça por ter cortado caminho na chicane para fazer uma ultrapassagem, sobre Sebastian Vettel. Uma enxurrada de críticas, principalmente da imprensa britânica.

O mal é esse. Quando o cara vence bem e dá tudo certo, é gênio, é Senna, o escambau. Fez caquinha, não presta mais. Hamilton está apenas na segunda temporada. Já demosntrou que leva jeito, mas daí a ser Deus vai um longo caminho. E são os próprios jornalistas ingleses que o colocam nessa posição, mas quando as coisas não acontecem, as cobranças são pesadas. Ele não tem reagido nada bem.

Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. O trabalho para Ron Dennis e sua trupe é orientar melhor o pupilo. Muito novo, muita grana, muita exposição. Uma receita bombástica para se desperdiçar um talento.

Na oitava corrida, a estréia

Nelson Piquet II, finalmente!!!!! Depois de uma qualificação acima da média (sofrível) que ele vinha tendo, foi bastante agressivo na corrida e se defendeu com competência nas disputas que travou com as duas McLarens. Só perdeu a posição para Kovalainen porque apertou o botãozinho errado na saída da primeira parada. Ao invés de desligar o limitador de velocidade, acionou o ponto morto. Mas se recuperou. Erro por erro, numa bobeada de ninguém menos que Fernando Alonso, ele roubou a sétima posição do parceiro e marcou seus primeiros dois pontos na carreira.

Bom resultado, quem sabe agora ele possa trabalhar mais tranqüilo e apresente uma performance condizente com sa capacidade e seu DNA.

Alonso errou na França e também no Canadá. Tudo bem, o Nelsinho tem errado muito mais. Mas não deve estar nada fácil guiar esse carrinho francês.

No mais…

Mark Webber, definitivamente na sua melhor temporada, foi sexto. Rubens Barrichello teve uma péssima classificação (17º), trocou o câmbio e largou em último. Chegou em décimo quarto, numa corrida de um único abandono (justamente Jenson Button, seu companheiro de calvário na Honda). Não foi ruim, mas deu a impressão de que já acabou o gás na reação do time japonês. Não andaram bem em nenhum momento do fim de semana.

Robert Kubica não teve muitas chances com a BMW na prova, mas mesmo assim levou a quinta posição e cada vez mais ofusca Nick Heidfeld, apenas décimo-terceiro. O polonês continua amadurecendo a olhos vistos, não erra e se destaca, na minha modesta opinião, como o melhor piloto da temporada. O dia que ele estiver no lugar certo e na hora certa, será o cara a ser batido.

Quando o circo chegou ao fim de mundo que é o circuito francês, no meio do mais absoluto nada, era praticamente certa a despedida da pista para a F1. Não mais. Tio Bernie pode estar reconsiderando…

A próxima, Silverstone, dia seis de julho!!!!

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Já estava madurinha!!!

June 10th, 2008 | 6 Comments | Filed in Fórmula-1

A primeira vez a gente nunca esquece.

Hino inédito na Fórmula 1. O Grande Prêmio do Canadá marcou a primeira vitória de um polonês na categoria. Robert Kubica deu à BMW-Sauber o primeiro triunfo do time também. Para completar a festa tedesca, Nick Heidfeld completou a dobradinha histórica. Mesmo não tendo ainda equipamento para lutar diretamente com Ferrari e McLaren, a regularidade dos seus pilotos, com destaque para Kubica – que não à toa é o novo líder do campeonato – já credenciava a equipe a vencer, em certas circunstâncias. E o que aconteceu foi o seguinte:

Digno de Indy

Lewis Hamilton, após demonstrar incontestável talento nas ruas de Mônaco, arruinou sua própria corrida, levando consigo Kimi Räikkönen. A causa, o famigerado e já criticado sinal vermelho na saída dos pits, onde Kimi estava parado. Hamilton não viu, arrebentou a traseira do finlandês e mostrou que seu talento para vencer corridas é tão aflorado quanto sua capacidade de protagonizar bizarrices. Pela patuscada, o inglês vai perder, juntamente com Nico Rosberg, dez posições no grid da França, daqui a duas semanas. E quem poderia sair ganhando com isso???

Massa espetáculo

Em um único lance, dois candidatos ao título ficaram no zero. Cabia então a Felipe Massa fazer sua parte para poder sair até na liderança do campeonato. Mais uma vez, a Ferrari complicou a vida do brasileiro. Além do desempenho pífio na disputa pela pole position no sábado, uma falha na bomba de combustível no primeiro pit obrigou Massa a uma parada a mais, tirando a chance de vitória. Tudo bem, porque no meio do pelotão, ele partiu para cima dos adversários e culminou o seu show com uma ultrapassagem sobre Barrichello e Kovalainen, no grampo (mal) recapeado e que soltava asfalto a cada passagem, passando inclusive com duas rodas na grama. Ele ainda duelou com as Toyota, superando Jarno Trulli nas voltas finais, acabando na quinta colocação. Meno male, é vice no mundial, empatado com Hamilton.

Barrichello, bambino…

A boa participação de Rubens começou no sábado, levando seu Hondinha atá o Q3, acabando em nono, mas lotado de gasolina. E a tática de parar uma só vez proporcionou que o piloto guiasse várias voltas na liderança na primeira metade da prova. Ele esteve o tempo todo entre os pontos e estava em quarto, quando já com o equipamento em frangalhos, cometeu um erro e caiu para sexto. Terminou em sétimo, mas segurando o assédio de um voraz Vettel (oitavo) e do atrapalhado Kovalainen (nono) muito bravamente.

Veteranos em alta!!!!

David Coulthard, o último bon vivant da F1, pela primeira vez no ano teve uma boa atuação, e foi ele quem completou o pódio!!! Depois de tantos anos passados dos seus melhores dias, os caras ainda encontram a motivação para ver que aquele champagne ainda tem o mesmo gosto de quando eles freqüentavam a cerimõnia da premiação.

O destaque negativo (mais um)

Nelson Piquet Jr. Durante a semana recebeu o apoio de ninguém menos que Fernando Alonso. Mas na pista, está enfrentando muitas dificuldades. Mal foi à Q2, classificando-se em décimo-quinto. Na corrida, ia bem, estando atrás do companheiro de time, quando cometeu (mais um) erro, sozinho. Parou voltas depois. A batata segue assando…

Dia 22, a derradeira corrida em Magny-Cours, na França. Au revoir!!!

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… porque com chuva é mais gostoso.

May 26th, 2008 | 13 Comments | Filed in Fórmula-1

Lewis Hamilton

A chuva, mais uma vez, nos brindou com uma super corrida, várias surpresas no Principado. Erros, acidentes, mudanças incessantes nas condições do asfalto, tudo imprevisível. Um verdadeiro festival de carros sem bico. No final, venceu Lewis Hamilton, que no início, tocou o guard-rail e teve um pneu furado, mas depois foi brilhante para superar Massa e Kubica. O inglês, com sua segunda vitória no ano, assume a liderança do campeonato.

Tudo parecia conspirar para uma vitória de Massa, pole position que fez valer sua condição e disparou na frente logo de início. Kimi Räikkönen largou mal, e caiu da segunda para a quarta posição. O brasileiro abria vantagem sobre o pelotão até a entrada do safety-car, após David Coulthard achar a parede e ainda ser colhido pelo carro de Sébastien Bourdais em seguida. O que estava bom, ficou ruim.

Na relargada, Massa saiu da pista e Robert Kubica assumiu a liderança. A Ferrari (que já havia vacilado com Kimi antes da largada, perdendo a hora de colocar os penus no carro nº1 e ganhando uma punição), acreditou na chuva e errou feio na estratégia do brasileiro, que acabou em terceiro e revoltado com o time. As apostas no tempo não terminaram por aí.

Nelsinho sob pressãoA Renault olhou para o céu e contrariou a previsão do tempo oficial, que afirmava que a chuva voltaria. Chamou seus pilotos e devolveu-os à pista calçados com pneus para seco, com a pista ainda úmida. Fernando Alonso (que alternou bons e maus momentos, fazendo ultrapassagens arrojadas, mas num toque em Nick Heidfeld, provocou um engarrafamento na Loews), perde o rumo, reequilibrou e seguiu. Já Nelsinho Piquet fazia uma corrida boa, cautelosa, mas na volta de saída dos pits escorregou duas vezes, e na segunda, bateu na Saint Devote. Não teve a manha de manter o carro na pista até que a condição melhorasse. Ficou torcendo para acontecer com mais alguém, para que a culpa pudesse recair sobre a equipe. Mas àquela altura, todo mundo estava colocando o mesmo tipo de pneu, e ninguém mais rodou. Já estou realmente ficando pessimista com a situação dele. Não sei até quando vai agüentar a pressão.

Novamente, o trapalhão foi justamente o campeão Räikkönen. Parou duas vezes para trocar o bico de sua Ferrari, vinha mal mas estava por ali, até que na última relargada, acertou a traseira do carro de Adrian Sutil, e acabou com a alegria da Force India (que compra motores de Maranello). Não pontuar foi um castigo merecido. Ele perdeu a liderança do campeonato e a vantagem que tinha para Massa caiu para um pontinho só. O mundial, e principalmente, a disputa interna da Ferrari ficaram totalmente abertos.

Destaque aos poucos pilotos que passaram incólumes pela prova:

Robert Kubica, liderou, chegou em segundo e está apenas a seis pontos do líder Hamilton. Corre muito por fora, mas pode ser considerado na disputa do campeonato. Andou bem mesmo na chuva.

Adrian Sutil, fazia a corrida de sua vida e levava seu modesto Force India na quarta posição, quando foi abalroado por Räikkönen. Apesar de eu ter tido a clara impressão de que ele vinha perdendo o carro no instante anterior ao choque. Consegui rever a cena algumas vezes. Mas como o erro que eu aponto pudesse não ter conseqüências tão graves, o culpado fica mesmo Kimi.

Rubens Barrichello, como sempre excelente na chuva, aproveitou as características do circuito para levar seu Honda, lentinho mas equilibrado, ao sexto lugar. Ganhou oito posições em relação à de largada. Três pontos muito comemorados pelos japonenses. Ele pontuou após 22 Grandes Prêmios. E vem batendo Button com facilidade, apesar de estarem empatados na classificação.

Sebastian Vettel saiu em décimo-nono e chegou em quinto. Fantástico!!! Ele, que só na Turquia completou a primeira corrida no ano, já pontuou pela primeira vez.

Vem bem, Mark WebberMark Webber, o campeão da minha antipatia, chegou em quarto e marcou todos os quinze pontos da Red Bull no campeonato. Bem decente. Está queimando minha língua.

Agora, dia 8 de junho, no Canadá.

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Na Turquia, só dá ele…

May 11th, 2008 | 25 Comments | Filed in Fórmula-1

Felipe Massa confirmou o favoritismo e venceu pelo terceiro ano consecutivo o GP turco. Com três pole-positions. O brasileiro agora é vice-líder do campeonato, sete pontos atrás de Kimi Räikkönen. Mais um final de semana perfeito, apesar de adrenalizado por um surpreendente Lewis Hamilton, que no final ainda deu uma ajudinha ao brasileiro em relação ao campeonato.

Kimi saiu da quarta posição e largou mal, mas se recuperou e alcançou a segunda posição. Só foi superado pela estratégia da McLaren, que manteve Lewis com o carro leve e em ritmo frenético, com a condição de ser obrigado a fazer um pitstop a mais. Valeu, pois em condições normais, a McLaren não conseguiria acompanhar a Ferrari e chegaria em terceiro. O time inglês tentou o pulo do gato e levou momentos de tensão à equipe vermelha, que ainda temeu até perder a vitória pelo desempenho de Hamilton na corrida. A segunda posição coroou uma bela atuação do inglês, tendo inclusive feito uma bela manobra de ultrapassagem sobre o vencedor. O nome da prova.

Massa teve sorte, e deve uma ao Hamilton, pois ele conseguiu tirar quatro pontos da vantagem de Kimi ao invés de dois, caso o finlandês tivesse chegado em segundo. Mas Räikkönen ainda tem uma gordurinha para queimar, e ele vai saber usá-la muito bem. O brasileiro parece recuperado das instabilidades do início e continuará no limite. A dupla da Ferrari hoje está bem forte e, se a equipe permitir, tende a uma disputa muito acirrada pelo título, sem maiores interferências dos demais.

Os pilotos da BMW, discretos porém competentes, chegaram em quarto e quinto, com Kubica novamente superando Heidfeld. O time alemão se mantém na segunda posição entre os construtores, mas com apenas dois pontos de vantagem para a McLaren (44 a 42). A Ferrari, com 63, já é vista de binóculos.

Alonso empolgou, fez uma ótima classificação e completou a corrida em sexto. A melhora na performance do espanhol não foi acompanhada pelo companheiro Nelson Piquet, que não passou da Q1 no sábado e foi apenas o décimo-quinto na prova. Tudo bem que o carro francês não é lá uma maravilha, mas o brasileiro está sendo muito mais lento do que Alonso e na F1, a paciência é bastante curta. Tem que trabalhar muito para justificar o pedigree.

Mark Webber, pela terceira vez na temporada, chegou em sétimo. E pontuou em quatro dos cinco GPs. Vem mostrando mais do que o “leão de treino” que sempre foi. E Nico Rosberg completou a zona dos pontos.

Rubens Barrichello agora é o piloto que mais disputou corridas na F1. Teve bolo, foto, capacete e pintura comemorativos. E a festa acabou em ressaca, com um carro muito lento nas retas e numa estratégia de apenas um pitstop. no fim, um decepcionante décimo-quarto lugar, três posições atrás de Jenson Button, também da Honda. E falando na montadora japonesa, essa semana foi anunciado o óbito da Super Aguri (Stupid Aguri, segundo David Coulthard). Nada mais previsível. Após dois anos de atividade, a Honda fechou a torneira da filial, criada (extra-oficialmente) para empregar o ídolo nipônico Takuma Sato. Isso não aconteceria se a equipe principal estivesse na crista da onda, mas ficou claro na decisão que a Honda A não queria uma concorrente quando decidiu apoiar a entrada do timinho no campeonato. Assim, todos os recursos disponíveis serão aplicados para tirar Button e Barrichello do limbo. Se bem que a central paddock de boatos já coloca o nome de Taku-San no lugar do brasileiro. Será?

Barbeiro da semana: Giancarlo Fisichella. Furou o sinal de saída dos boxes e saiu antes que o trieno fosse iniciado. Já de cara perdeu três posições no grid como punição. Na largada, encheu a traseira da Williams de Nakajima, e ficaram os dois por ali mesmo. Lamentável. Mais sorte da próxima vez.

E, até que enfim!!! Sebastian Vettel conseguiu chegar ao fim de um GP nesse ano. Foi o último carro a cruzar, mas depois de acidentes, quebras espíritas e abandonos na primeira curva, já dá um certo ânimo. Avante, Toro Rosso.

A próxima parada é em Mônaco, no dia 25.

Felipe Massa tem bala na agulha para ser Campeão Mundial?
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Barcelona chata. Mas com bom sinais

April 27th, 2008 | 7 Comments | Filed in Fórmula-1

Eu não lembrava que o circuito de Barcelona era ruim de ultrapassagens. No videogame, sempre tento no fim da reta. Passei boa parte da corrida lendo jornal. Tava chato, mas, no finzinho, vi uma surpresa boa, com os quatro primeiros colocados andando próximos. Continuo otimista que teremos a temporada mais divertida dos últimos anos.

Tá bom, os pilotos tão carecas de conhecer o circuito, onde treinam o ano todo. Mas a diferença foi pequena, tanto que na chegada, apareceram os quatro na mesma imagem. Nos treinos, já havia sido apertado – Kimmi com 1’21’’813, Alonso com 1’21’’904, Massa com 1’22’’058, Kubica com 1’22’’065, e Hamilton marcando 1’22’’096.

Na corrida, Alonso foi ultrapassado por Massa na largada e quebrou. No fim, Kimmi chegou 3’2’’ à frente de Massa, este 0’9’’ sobre Hamilton, e o inglês, 1’4’’, à frente de Kubica.

Essa quarta posição ainda reafirma a BMW como postulante a segunda ou terceira equipe. Depois deste domingo, a Ferrari tem 47 pontos, e a MNW ta em segundo, com 35, um a mais que a escuderia inglesa. Bom piloto o Kubica, apesar de parecer o Lula Molusco.

Piquetzinho mostrou que sabe correr, deu muito trabalho nos treinos. Pode ter sido prejudicado pelo desequilíbrio do carro quando passou reto, mas forçou na tentativa de ultrapassagem. Ainda assim, ganhou uma ressalva e explicações pro papai, quando o Coulthard passou o Sato no mesmo ponto.

Melhoras ao Kovalainen, que bateu forte.

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