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“Not bad for a #2 driver”

July 13th, 2010 por | Categorias: Fórmula-1, Fórmula-1 2010.

Mark ao fim da classificação: A asa é minha, ele quebrou a dele... snif...

A Fórmula 1 era o segundo evento mais importante do domingo, mas valeu a pena deixar a arrumação do churrasco para depois da bandeirada. A inauguração do novo traçado de Silverstone foi disputado e incluiu episódios dignos de Caim e Abel. Tudo começou quando no sábado, a direção da melhor equipe do ano resolveu o destino de uma mera peça aerodinâmica. A guerra de palavras extrapolou a pista e só terminou no fim da corrida.

O título acima é o epitáfio definitivo da paz na Red Bull. Não adianta dizer que novamente os pilotos fizeram as pazes ou que cantaram juntos “American Pie” em um videokê na casa do chefe. Mark Webber proferiu a pérola que externou sua insatisfação por ter sido tratado da forma que, teoricamente, seria a sua condição. Porém, a boa forma na pista e a eficiente tática de desequilibrar seu parceiro fora dela credencia o australiano a aspirar ao título, apesar de a briga interna dos touros vermelhos cair como uma luva mesmo para a McLaren. Parabéns pela vitória, Webber. Se o critério for o mesmo, na Alemanha a asa dianteira mais bonita será sua, com mérito.

Isso porque Sebastian Vettel não leu a cartilha de Nelson Piquet (pai): “não se ganha uma corrida na primeira volta, mas pode-se perder tudo nela”. O alemãozinho foi superado na largada pelo seu rival Webber e se afobou, tendo sido tocado por Lewis Hamilton e ficado para trás com um pneu furado. Sua boa corrida de recuperação o colocou em sétimo e ele até deu show. Em termos de campeonato isso infelizmente não funciona, e ele trocou seus 12 pontos de vantagem para Webber por 7 de desvantagem.

A atuação dos oito primeiros colocados foi primorosa, todos eles. Adiantemos logo que o nono foi Michael Schumacher, que cada vez mais parece não falar o mesmo alemão da sua Mercedes… mais complicado foi ainda ter que ver Nico Rosberg chegar em terceiro, com um carro igual ao dele. Hamilton arriscou e petiscou o segundo lugar ao sair ileso do toque que deu em Vettel, além de manter a liderança do campeonato. Jenson Button superou brilhantemente os problemas da classificação e subiu de 13º para o quarto lugar, não deixando assim seu companheiro de equipe se distanciar demais na tabela.

Barrichello rendendo frutos na Williams

Para Rubens Barrichello, sua quinta posição foi a confirmação de que o resultado obtido em Valência não fora por acaso. A equipe de Grove cresce a olhos vistos e já se fala com certa tranquilidade de que o brasileiro ficará por lá para sua 19ª temporada na F1. O time deu um voto de confiança para a evolução da Cosworth e renovou o contrato de fornecimento de motores para 2011, e Barrichello já crê que poderá voltar a vencer no próximo ano. A conferir. Depois da ressurreição com a Brawn no ano passado e com a conhecida capacidade de Frank & seus Williams de se reinventar ao longo dos anos, 2011 promete para a dobradinha.

Kamui Kobayashi foi sexto, pontuou pela terceira vez em quatro GPs e vai lavando a honra da BMW-Sauber. Adrian Sutil, oitavo, leva para casa a lembrança do dia em que ultrapassou na pista o seu ídolo Schumacher.

Para Alonso, a grama virou pista

Um verdadeiro inferno astral se abateu sobre os pilotos espanhóis, apesar de mesmo assim eles terem rido por último por causa de um tal don Andrés Iniesta. Pedro de la Rosa e Jaime Alguersuari ficaram pelo caminho, enquanto Fernando Alonso dessa vez, fez por merecer uma punição. O bicampeão ultrapassou Robert Kubica com as quatro rodas fora da pista, claramente cortando caminho. A Ferrari não orientou o piloto a devolver a posição ao polonês, que abandonou logo em seguida. Resultado: drive-through e um abraço. Aliás, falou Alonso, lembrou Ferrari. Felipe Massa sofreu de fogo “amigo” (com aspas mesmo…) bateu rodas com o asturiano e levou um toque no pneu traseiro. O brasileiro não encontrou mais o caminho, tendo mais um GP para esquecer. No final, falou muito no escutador de jazz do parceiro. Eles só chegaram à frente das nanicas. Ferrari = zero ponto. Crise na casa do Comendador!!!!

Se nessa corrida ninguém viu Bruno Senna passar, foi porque ele não passou mesmo. As más línguas dizem que ele falou mal do carro por email, e sem querer enviou em cópia para o mandachuva da Hispania, uma víbora chamada Colin Kolles. SUDERJ informa: sai Senna, entra Sakon Yamamoto. Não era nem necessário dizer que a participação do japa não fez a menor diferença. Atitude feia sim, pois enquanto o novato caminhava ao lado de Karun Chandhok fazendo o reconhecimento da pista, o golpe era anunciado na sala de imprensa. O problema é que a defesa alegada pela imprensa brasileira – que nunca sentiu qualquer piedade de outras vítimas de rasteiras de timecos na F1 como Magnussens, Albers, Ides, Mazzacannes da vida – passou mais pela veia marqueteira, aquele velho papo de “logo no GP em que o tio rebatizou de ‘Silvastone’…”. Transparece o real motivo da presença dele na categoria.

Engraçado ele não se mancar do mico que está pagando na equipe que é a Andrea Moda do século XXI. Quer pilotar? A família deve ter dinheiro para colocá-lo em um carro decente. Ou então que se assuma bon vivant e vá passar seus dias na farra. Ou quem sabe, fazer uma dupla com o Jonas Brother Mario Moraes na Indy…

A próxima corrida é na casa do Vettel. E se o garoto ainda quer ser campeão, melhor açoar o nariz e botar para quebrar, porque a casa está caindo para ele.

Hamilton 145; Button 133; Webber 128; Vettel 121; Alonso 98.

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15 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

15 Comentários para ““Not bad for a #2 driver””

  1. Alexandre N.
    13/07/10 - 22:24

    Essa foi uma boa corrida. A parte mais legal foi a disputa entre os quatro alemães, onde o Vettel conseguiu uma ultrapassagem na força e na marra em cima do Sutil.

    Em relação à punição ao Alonso, não achei justa. Levemos em consideração que o Kubica fechou tanto a porta que, se o Alonso não fosse pra grama, a corrida terminaria para os dois alí mesmo. Kubika jogou ele pra fora e Alonso não teve outra coisa a fazer senão aquilo. E o mais interessante foi ver que ele conseguiu aquela ultrapassagem SEM acelerar. Portanto, eu não considero aquilo trapaça. Eu diria que foi mais uma situação extraordinária de corrida. E antes que alguém diga, não gosto do Alonso. Mas não nego que ele é um SENHOR piloto.

    Quanto ao Barrichello, não perco mais meu tempo elogiando ele pois não acho mais necessário. É notório que toda esta evolução dos carros da Williams são obra dele. Sem contar da participação dele no Top Gear, programa inglês de automobilismo onde ele quebrou o recorde da pista do programa pilotando um carro de passeio (recorde que pertencia ao piloto do programa).

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    Robinson

    À primeira vista pensei o mesmo que você.

    Depois achei que a Ferrari foi quem vacilou mais uma vez.

    Esse caso, se comparado com o caso Hamilton de semanas atrás daria a maior munição para o Alonso disparar contra a direção de prova. O que pegou foi que a Ferrari, depois de comunicada que o piloto deveria devolver a posição ao Kubica, deu uma de sem-braço e não deu a ordem. Alegaram que naquele momento o polonês já estava muito atrás. Ou seja: praticamente admitiram que estavam errados. O drive-through foi pela desobediência.

    Foi diferente da demora para punir o Hamilton em Valência.

    O safety car só veio então para acabar com qualquer esperança de recuperação dele.

    #############

    Muito legal esse programa, o Top Gear.

    Dá pra ver como o Barrichello é querido e valorizado lá fora.

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    Alexandre N.

    Se é pra achar um culpado, então é justo pôr a culpa na Ferrari. Mas, mesmo assim, achei injusta demais a punição (e até mesmo este incidente ter passado por julgamento!). O maior “culpado” mesmo foi a garoteada do Kubika. Prestando bem atenção na imagem daquele momento, ele estava com o carro mais a frente do que o Alonso e a preferência pra curva ainda era dele. Por isso, nem precisava forçar tanto a barra assim.

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  2. Victor
    14/07/10 - 10:42

    Parece-me que dei azar ao não ver as 3 corridas durante a Copa do Mundo.
    Esta temporada pelo que Robinson passa resgata o sentido de Mundial de Pilotos ainda que à revelia das escuderias (ou dos #1).
    Há quem goste dos jogos de equipe, das estratégias, etcetera. Nunca me empolguei com isso na F1. Já acho poucos carros com condições de disputar títulos e vitórias, diminuir ainda o número deles com predileções na escuderia torna a coisa mais sacal, ainda que tenha seu valor. Não condeno, mas não me atrai.

    Com o fim da Copa, dá para voltar a assistir corridas e cornetar Robinson com mais propriedade.

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  3. Pablo Martinez
    14/07/10 - 12:14

    Foi uma bela corrida.

    Gosto muito do Vettel. Arrojado, impulsivo, no limite. Apesar disso, como no ano passado, demonstra ainda muita inexperiência e falta de capacidade para administrar a pressão. Sempre que precisa ser frio, calculista, o jovem alemão treme e se estrepa. Por isso, na briga interna da equipe vejo Webber mais preparado e constante.

    Ja na McLaren a disputa é mais equilibrada. Hamilton é excelente piloto, rápido, ousado e mais constante que Vettel. Sem dúvida, um dos 3 favoritos.

    Mas quem vejo surgindo como “surpresa” mesmo é o outro inglês: Button.
    Extremamente constante. Frio. Calculista. Joga SEMPRE pensando no campeonato e não no show de uma corrida. Vem juntando pontos significativos e importantes. Acho que ele é o que melhor pegou o espírito da nova formula – 1, pontuar acima de tudo. Vitória é importante? Óbvio. Principalmente com as boas modificações no sistema da contagem de pontos privilegiando as melhores posições. Mas é exatamente isso o diferencial. Num campeonato tão igual e disputado, a constância e regularidade é o que desequilibra.

    Alonso, pelo que a Ferrari demonstra, está totalmente fora do páreo. Ainda o considero, disparado, o melhor piloto, mas em termos de campeonato está fora.. O que acho mais interessante é como a imprensa brasileira é tendenciosa, injusta, parcial e hipócrita. Quando Alonso foi para a Ferrari a primeira coisa que falei foi: o espanhol vai HUMILHAR o Massa. Não deu outra. Desde que Alonso chegou massa não conseguiu andar na frente.. Sempre pior nos confrontos diretos na equipe, sempre largando atrás, sempre pontuando menos e sempre chorando muito mais. De fato fiquei surpreso com a renovação do contrato do Massa. Desculpe, mas não é top five mesmo…

    Só para terminar, outro que anda brilhando muito é o Nico Rosberg.. Colocou schumi no bolso, vem sendo extremamente rápido e constante. Se a Mercedes evoluir, vai começar a entrar no grupo que luta pelas vitórias.

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    Alexandre N.

    Com o final da temporada de 2007, acabei chegando a conclusão de que Felipe Massa não é essa coca-cola toda que muitos apregoam por aí. E o mais engraçado é que a maioria fala muito mal do filho do Piquet, que também foi companheiro de equipe do mesmo Alonso e a diferença entre os tempos marcados por eles (quando os carros eram iguais) nunca foi maior do que 400 milésimos.

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    Victor

    Não vi as três últimas corridas, mas as outras eu vi.
    Os resultados e desempenho de Massa estão aquém de suas temporadas anteriores.

    Surpreenderia se ficasse constatado que o cara perdeu reflexos, campo de visão e acurácia na profundidade depois da porrada do parafuso ano passado?

    Depois do acidente da Tamburello, Piquet disse que perdeu isso tudo e ficou mais lento (quando finalmente o Mansell ficou rápido hahahaha)

    De qualquer forma, nunca achei Massa TOP, mas sempre um bom piloto e até competitivo. Era o que parecia ser. Naturalmente, um piloto bem inferior a Alonso mesmo sem o acidente.
    Comparação que era sabida e aceita, tanto pelo mercado quanto pela mídia quanto pela sua postura em público. Bem diferente de um outro na F1 que se acha “O” piloto. Falo de um piloto de testes de luxo com larga experiência na categoria, que acha que está entre os 10 maiores da história. pfiu.

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    Alexandre N.

    Victor, se é pra falar mal, dê logo nomes aos bois. Assim fica difícil de entender. rs…

    Voltando ao assunto Felipe Massa, se analisarmos friamente o seu rendimento desde a sua chegada na Fórmula 1, chegamos a conclusão de que ficou na Sauber, sempre tomou tempo dos companheiros de equipe (se não estou enganado, levou couro até do Villeneuve). Daí veio o período Ferrari, onde a coisa ficou mais evidente ainda. Em 2006, era o segundo piloto. Em 2007, levou couro do Raikkonen, que estava estreando na equipe (e o finlandês só pode treinar com o carro em 2007, sendo que em 2006 Massa já fazia testes com o carro). Em 2008 e 2009 (até o acidente) ele foi melhor do que o Raikkonen, mas devemos levar em consideração que o finlandês ja demonstrava que só estava na Fórmula 1 por causa única e exclusiva do contrato.

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    Robinson

    Como era de se esperar, a equipe de F1 da Globo se apressa a dizer que não é isso não.

    Pessoalmente, acho que tanto pode ser por isso como por outros fatores técnicos.

    O fato – o que realmente importa – é que ele já conseguiu com um carro ruim da engolir um cara durão como o Räikkönen, e no momento ele não faz sombra ao Alonso. Não cola a desculpa do carro ruim, porque isso não o impediu de ser bom no passado.

    Para ser sincero, eu já estava vendo o Kubica na Ferrari em 2011. Mas Maranello costuma ser leal aos seus, então enquanto acreditarem no potencial do brasileiro, ele fica por lá.

    Estando azarado, com problemas técnicos ou mesmo com medinho, não dá para disfarçar a péssima temporada dele.

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    Alexandre N.

    Rapaz, desde 2008 o Raikkonen já não estava nem aí pra F1. Queria pegar a viola dele e ir disputar o Mundial de Rali.

    Uma prova disso está aqui:
    http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2010/02/03/one-comment-197/

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  4. Yuri
    14/07/10 - 13:06

    Fórmula Indy deveria ter mais circuitos OVAIS. Tão RUALIZANDO muito as pistas.

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  5. Alexandre N.
    14/07/10 - 14:25

    Ah, acabei esquecendo…

    A garotada da Toro Rosso também estão sendo boas surpresas neste mundial. O russo Petrov começou bem, mas deu uma rateada. Vamos aguardar e ver se ele volta a fazer as boas corridas que vinha fazendo.

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    Robinson

    Verdade. Buemi e Alguersuari têm se tido atuações bastante interessantes, sendo que o suíço já teve o nome linkado com a Red Bull, para a substituição de Webber em 2012 e com a Renault – no caso, substituiria Petrov no ano que vem.

    A prova disso é que o chefe da Toro Rosso acaba de confirmar os dois jovens para 2011.

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