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Webber fatura o GP da Espanha

May 11th, 2010 | 12 Comments | Filed in Fórmula-1 2010

Webber pegou o touro manso para ele e deixou o brabo (manco) para Vettel

O australiano Mark Webber largou da pole e seu único trabalho foi o de bloquear seu companheiro de equipe na primeira curva. Depois disso, ele disparou e conquistou sua terceira vitória na carreira – a primeira em 2010 – com um pé nas costas. E apesar de também guiar o RB6, o melhor carro da temporada, Sebastian Vettel não tem tido muita sorte. Mais uma vez, o alemão encarou um grave problema de freios, e apesar dos apelos da equipe para que abandonasse, ele conduziu bravamente o seu touro manco até a bandeirada. Para quem ia zerar, os quinze pontos desse terceiro lugar caíram muito bem, e certamente significarão muito na decisão do campeonato.

O dono da casa, Fernando Alonso, pode não ter vencido, mas tem o que comemorar. Apesar do mico que a Ferrari o fez passar – os italianos inventaram um duto imitação da McLaren só que tabajara, no qual o piloto precisa tirar uma das mãos do volante nas retas, tipo a 300 km/h – foi bastante favorecido pela má sorte dos rivais. Além do problema de Vettel, o asturiano viu cair no colo ainda a segunda posição quando o showman 2010 Lewis Hamilton teve um pneu estourado na penúltima volta e ficou a pé. Melhor: agora a sua desvantagem para Jenson Button, líder da tabela, é de apenas três pontinhos.

O piloto do carro número 1 teve uma desagradável surpresa em Barcelona: ele testemunhou o despertar de um heptacampeão, quando Michael Scumacher cismou que não ia deixar ninguém passar por ele. Defendendo-se com maestria, ninguém passou por ele mesmo. A Button, restou o consolo de se manter na ponta da tabela. A Schumacher, o quarto lugar representou o fim do sorriso amarelo.

Felipe Massa foi um dos destaques negativos da corrida. Não apenas pela corrida, onde chegou em sexto sem qualquer brilho . Seus resultados medianos não disfarçam sua performance sofrível, sendo mais notado se comparado a Alonso. O piloto alega um problema de adaptação aos pneus, mas sua lentidão desperta cada vez mais boatos sobre a possível ida de Robert Kubica para Maranello. Na classificação do campeonato a coisa ainda dá para reverter, mas para isso, ele vai ter que ganhar corridas, e do jeito que está, sua concorrência parece em melhor forma. O pior: tudo isso suscita dúvidas quanto a sua confiança para guiar após o acidente de Budapeste.

Quem com mola feriu, com pedra quase foi ferido

Quem com mola feriu, com pedra quase foi ferido

Molas para lá, pedras para cá, pensa Rubens Barrichello. O brasileiro não teve um sábado dos melhores. Acabou fazendo companhia aos times novatos do fundo do grid ao ser eliminado no Q1 e chegou aos boxes com o capacete magoado por uma pedra lançada pelo carro de Hamilton após uma saída de pista. E reclamou de seu engenheiro porque o coitado tentou em vão avisor em meio a interferências do rádio que o piloto se aproximava de carros lentos, atrapalhando a volta do brasileiro. ELE desconcentra e a culpa é do engenheiro???? Para compensar a barriquelada, na corrida ele pôs novamente seu companheiro de Williams no bolso, e mesmo largando em 17º, já estava em décimo nas primeiras voltas, cruzando a linha final em nono. Só poderia ter dormido sem as besteiras do sábado.

No mais, destaque positivo para a boa fase da Force India. Seja com Vitantonio Liuzzi ou com Adrian Sutil, o time vem frequentando a zona de pontuação. Em Barcelona foi a vez de Sutil, em sétimo. Jaime Alguersuari superou um incidente com Karun Chandhok e marcou mais um pontinho.

Peter Sauber é quem tem eque dar explicações em casa. Sua equipe é a única das veteranas que ainda não pontuou. Na última corrida seus pilotos passariam completamente despercebidos, não fosse o módico décimo-segundo lugar de Kamui Kobayashi. Assim, as carenagens dos carros helvéticos irão até o fim do ano branquinhas, praticamente sem patrocinadores…

Na F1-B, tudo continua praticamente na mesma.

Bruno Senna até largou bem, mas passou reto em uma curva ainda na primeira volta. Por lá ficou. Sua equipe, a Hispania, convocou Cristian Klien, muito mais rodado do que Senna e Chandhok, para testar o carro nos treinos de sexta. Bastaram vinte voltas para jogor no ventilador – com palavras mais amenas, logicamente – que o projeto desenvolvido pela Dallara não passa de um GP2 metido a besta. E afinal, não seriam os dois calouros titulares que perceberiam os graves defeitos do chassi.

A Virgin foi autorizada a modificar seu chassi, uma vez que o tanque de gasolina não teria sequer capacidade para terminar as  corridas. Apenas Timo Glock recebeu o carro alterado e chegou na penúltima posição. Lucas di Grassi chegou em último, quatro voltas atrás, mas chegou.

Já na Lotus paraguaia malaia… com de hábito, um dos carros não conseguiu ao menos largar, e desta vez, foi Heikki Kovalainen. Para aumentar o ódio de quem guarda as boas lembranças da verdadeira Lotus, o chefe do bando asiático, Tony Fernandez, vetou um acordo para separar as sessões dos carros mais lentos nos treinos nas ruas de Mônaco. Segundo ele, os pilotos da categoria são bem pagos e bons o suficiente para superar os transtornos provocados pelas chicanes ambulantes da F1-B. Mesmo nas ruas estreitas do Principado.

Senhor Tony Fernandez: então é assim que o senhor quer que seus patrocinadores apareçam na TV, nos retardo-otários que atrapalham os líderes e as disputas, e ainda colocam o pescoço de pilotos, fiscais e até do público (sempre muito próximos da pista, nas sacadas dos hotéis, nas marinas e pelas ruas…) em risco? Aqueles guard-rails não perdoam. Segurança não é brincadeira não.

Aquilo não merecia se chamar Lotus. Colin Chapman dá cambalhotas no seu túmulo.

A partir de quinta-feira, vamos todos torcer para que nada de estranho aconteça. E as respostas chegam no domingo, no GP de Mônaco.

Holy crap, Colin!!!

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