Maraca Privado. Passou a coceirinha…
February 27th, 2013 | 78 Comments | Filed in Copa das Confederações 2013No final do ano passado (cerca de 3 meses) rolou uma mobilização dos barbudinhos contra a privatização do Maracanã. O discurso pronto é o mesmo de outros temas: o estádio é do povo; o futebol perderia seu caráter popular; o que está acontecendo seria uma “elitização”; serviços essenciais devem ser providos pelo Estado e etc. Alguns desses são bem articulados e sabem passar a mensagem. Cuidado!
Três meses depois, já fora dos holofotes, a coiceirinha que sentem em suas barbichas deve ter passado. O Edital para a licitação já saiu com a publicação dos direitos e deveres do vencedor. Nem o “naming rights” a empresa poderá negociar. Caso ganhe, Eike terá que se adaptar às inúmeras regras, como deve ser. Será que os cabeludinhos leram? Os bem articulados tenho certeza que não só leram como já devem estar tentando uma forma de crítica ao modelo (qualquer um é passível). Mas os deveres da empresa ganhadora, ficarão no espiralismo por parte desses.
O discurso contra as privatizações é manjadaço. Nunca param para avaliar de qual privatização estão falando, como será feita, qual setor, de quanto é a atual demanda (o tamanho desse mercado), quais são os limites do contrato e etc etc etc. É sempre um “estão entregando nossas riquezas para o capital privado explorar”. Puta saco!
O exemplo dos alimentos é ilustrativo. Não existe nada mais essencial na vida do que alimentos. Hoje, a produção desses recursos indispensáveis estão predominantemente com empresas privadas. Com o uso da tecnologia e inovação desenvolvidas por essas empresas, a produção foi barateada tornando-se eficiente e acessível aos povos. Nem é raro vermos até pobres obesos. Chupa Malthus.
O Maraca será, enfim, privado. Torço por uma boa gestão. Caso a propalada elitização revelar-se uma melhor forma de acesso, mais conforto, segunrança, melhor atendimento… então o elitismo vai gerar externalidade positiva. Bem-estar. Satisfação. Vai ficar mais caro? Sim. Até o busão aumenta.