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Young Flu. Que Fluminense é esse?

November 12th, 2009 por | Categorias: Copa Sul-Americana 2009, Fluminense.

Se prometerem não me processar, eu juro que devolvo a grana com a devida correção. Este não é o Fluminense sobre o qual venho escrevendo durante o ano.

Que Fluminense é esse do fim de ano? Onde estava escondido esse time?

Os resultados tem sido magros, mas engana-se quem crê que o futebol está na conta do chá. Pelo contrário, a bola está sobrando. Caso Gaburah se baseasse na partida do Cerro Porteño contra o Tricolor no Paraguai, jamais temeria o time paraguaio porque nada jogou contra o Fluminense.

Fora de casa, os tricolores pressionaram com muita propriedade até aos 27 minutos do 1º tempo, como se necessitasse do gol para não perder uma Copa do Mundo. Luis Roberto, narrador da TV Globo de forma muito feliz fez a analogia do Cerro Porteño com um boxeador nas cordas de tão atônito que estava.

Após os 30 minutos, a pressão terminou, mas o padrão ofensivo do Fluminense manteve-se. Manteve-se até o fim da partida.

Já está ficando monótona esta imagem

Já está ficando monótona esta imagem

O artilheiro Fred, que tomou como pessoal a cornetada Blablagoliana, assim como nos demais jogos da arrancada tricolor, não aparecia muito para a partida. Quando apareceu, dominou a bola carregou e fez o gol. Fred tem se caracterizado por não perder gols, mesmo que para isso, dê poucos chutes. Tal característica tem como efeitos positivos os de não irritar a torcida (antítese – Tuta e Washington) e preocupar o adversário 90 minutos (similaridade – Romário).

Como dito antes, ainda depois do gol, o Fluminense ditou as ações e assim terminou a partida, sem que a equipe tivesse um único destaque negativo para contar história. Nem mesmo Marquinho improvisado na lateral-esquerda.

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Na partida em si, também não houve aquele jogador que tivesse sido iluminado (se fosse para escolher o melhor em campo, escolheria Conca). Mas quero registrar aqui mais uma partida sóbria do zagueiro Dalton. Jogando na sobra (esquema de 3 zagueiros) mostrou tranquilidade de veterano e pode dar caldo, isto é, pode ser um jogador de Seleção Brasileira.

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O “Novo Flu” sem Fabinho, Ruy, Luis Alberto, Edcarlos e  Wellington Monteiro é rápido, muito rápido. Maicon Bolt e Mariano correm desesperadamente (aliás, correm tanto que erram chutes e cruzamentos na mesma proporção) e abrem espaços para Conca jogar. O argentino ainda conta com a proteção de Diogo e um mais contido Diguinho com função agora mais de marcação e saída de bola que propriamente aparecer no ataque, papel que está sendo muito feliz.

O “Young Flu” está correndo, e correndo certo.

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Notas anti-pedrada:

  • O futebol de Fred não é comparável ao de Romário
  • Dalton mostrou requisitos de jogador de Seleção Brasileira. Tornar-se um no futuro são outros quinhentos…

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Por falar em anti-pedrada, já perdi até o saco em comentar sobre pedras, garrafas e pilhas voadoras pelos estádios da América Latina. E ainda achamos aqui ruim.

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11 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

11 Comentários para “Young Flu. Que Fluminense é esse?”

  1. André Bona
    12/11/09 - 1:52

    Se tivesse mata-mata no brasileirao e dessem uma vaga pro Flu, com certeza ele seria o campeão.

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    saulo

    Se tivesse o antigo mata-mata, o Fluminense estaria eliminado e rebaixado. A diretoria estaria dispensando e dando férias aos seus atletas em outubro. Esse era o sonho da Globo.

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  2. Bruno Leonardo
    12/11/09 - 2:17

    Não vejo o Dalton superior ao Digão. Tudo bem que exercem funções diferentes na zaga, mas se o Dalton poderá ser no futuro um “selecionável”, não vejo o Digão menos cotado para tal.

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    Victor

    Bruno,
    achei o Digão o melhor do time contra o Palmeiras. Tanto que conseguiu a proeza de ter seu nome gritado pela torcida no intervalo.
    Digão está se mostrando um zagueiro vibrante.
    Pode até mesmo no momento estar “jogando mais” que Dalton.

    Eu me referi ao Dalton muito em relação ao estilo. Nem mesmo em relação à partida na qual ele não se destacou (assim como contra o Palmeiras). Só que eu acho que o Dalton tem um talento a mais.

    Mal comparando, mas muito mal comparando mesmo, é como se fosse algo como Mauro Galvão e Odvan.

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  3. Renan Canuto
    12/11/09 - 8:19

    Flu de extremos? É uma pena que tenha acordado tão tardiamente. Uma pena ter contratado Renato Gaúcho. Uma pena ter insistido em jogadores medíocres. Uma pena se cair jogando esse bonito futebol. Enfim, o Flu deste ano é uma pena.

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    saulo

    Renato Gaúcho cometeu um grande erro: perdeu a oportunidade de tirar os “medalhões” do time. Neste ponto o Cuca leva uma grande vantagem. No Flamengo não deu certo porque gosta de aparecer mais que o próprio jogador. E quem tem Adriano, não pode fazer isso.

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  4. Lucas Porto
    12/11/09 - 9:49

    Um verdadeiro massacre. 1×0 ficou de graça para os paraguaios.
    Esse time está jogando demais! Dá gosto de ver!

    Abraços!

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    Victor

    É verdade.
    Também um bom resumo do jogo.

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  5. Victor
    12/11/09 - 10:00

    Pessoal,
    gostaria de lembrar que esse fenômeno tricolor não é incomum.
    Todos os anos tem um Goiás que faz isso.

    Aliás, se olhar de forma mais ampla, mais de um time faz isso, só que não necessariamente em zona de rebaixamento.

    O São Paulo teve arrancada uma hora qe neguinho falou que Jason voltou.
    O Cruzeiro vem galopando desde a Libertadores
    O Flamengo viu isso com a volta do Pet
    O Palmeiras em um momento com Jorginho
    O Botafogo está com 3 vitórias seguidas!

    O Fluminense é mais um deles. Para sorte do Fluminense, a dele acontece em um momento dramático, contrasta com uma campanha anterior horrorosa e soma-se com a participação na Sulamericana.

    Não me importa quem está no comando tricolor, mas faz bem em vender esse momnento com promoções e coisa e tal. Terá casa cheia, festa e espaço na mídia por mais 2 jogos, e vendendo a imagem do milagre.

    Aqui do nosso lado mais sensato, cabe entender que esta fase acontece com diversos times, o que não nos impede de acreditar (não no sentido de torcer, mas de achar mesmo) que o Fluminense tenha, baseado no momento vivido, condições de fugir do rebaixamento.

    A tecla que nós batíamos por aqui, era que o Fluminense além de muito longe matematicamente da fuga do rebaixamento, não tinha bola para escapar.
    Os motivos para essa ausência de bola foram expostos durante o ano, e vou resumir no Aparthaid Unimed/Fluminense de jogadores com e sem salários (o problema persiste). Mas não podemos fechar os olhos que o time tem conseguido jogar o futebol que precisava para tentar o tal milagre, e com aproveitamento de quem disputa o título (nem é o melhor aproveitamento dos últimos jogos).

    Cair não será uma sangria desatada, porque fez por onde. Mas pensando lá na frente, 2009 já deixa na marra o ensinamento que Xerém pode e deve ser usado. Xerém, além de ganhar inúmeros título, colocou muita gente boa para jogar aí. Não me faz sentido que o Tricolor não se aproveite disso antes dos demais.

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  6. Serginho Valente
    12/11/09 - 10:37

    Acho que esse é o ponto. Xerém. Quem diria que o Cuca fosse bancar isso…

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  7. Douglas
    12/11/09 - 16:15

    Parreira e Renight têm culpa no cartório na pífia campanha tricolor. Parreira decepcionou por não conseguir armar uma equipe sólida defensivamente e insistiu em velhos vícios (o cara, assim como nos tempos de Seleção, segue dando preferência a “nomes”). Em suma, com Parreira, o afobado mas de certa forma eficiente Kieza sequer teria chance entre os titulares, Digão estaria treinando separadamente do grupo; e Maicon, fazendo as vezes de “falso lateral”. Já Renight foi um desastre completo. Coisas do faro futebolístico apuradíssimo de Celso Barros, que agora sonha com o fraco PC Gusmão na frente tricolor.

    O que vai me deixar puto se o Flu for rebaixado é que eu já tinha perdido as esperanças. Cuca, maldito, foi resgatá-la no fundo do poço, montando um time que joga com autoridade. Para minha angústia.

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